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26/04/2018 EEEEspinha spinha spinha spinha BBBBífidaífidaífidaífida Profª Carla Gomez Definição • Malformação congênita do sistema nervoso central caracterizada pela protrusão cística – contendo a medula espinhal e as meninges – causada pela falha no fechamento do tubo neural, podendo ocorrer na terceira e quarta semanas de gestação. • Resulta na abertura vertebral, músculo-fascial, dural e cutânea com protrusão e exposição da medula espinhal que se encontra aberta em forma plana, resultando numa alteração funcional da medula em diversos graus, dependendo do nível em que ocorre. Diagnóstico • Ecografia Fetal: avaliar a anatomia externa e interna do feto para verificar a existência ou não de malformações ou defeitos congênitos. • Dosagem Materna da Alfa-fetoproteína Sérica: determina o nível sérico materno de alfa-fetoproteína. • Amniocentese: oferece informações sobre as condições bioquímicas e citogenéticas fetais, se apresenta muito útil na detecção sindrômica de malformações. 26/04/2018 26/04/2018 Tratamento cirúrgico • Para diminuir o risco de infecção o ideal é a realização da cirurgia nas primeiras 24 horas após o nascimento. • Objetivo de reconstituição anatômica, a preservação de tecido nervoso viável e a redução ou prevenção do risco de infecção do sistema nervoso central. Incidência • 0,1 a 10 : 10.000 nascidos vivos; • 2° causa de deficiência motora infantil; • Em relação às etnias a incidência é menor entre negros e asiáticos; • O Brasil é referido como sendo o quarto pais com maior incidência de espinha bífida entre 41 países pesquisados, com taxa de 1,139 a cada mil nascidos vivos. • Caracterizada por protrusão cística contendo a medula espinhal e as meninges. Sinais e Sintomas • Graus variados de déficits neurológicos e sensório-motores; • pé torto; • Mal formação esquelética; • medula presa; • dificuldade de marcha; • escolioses graves; • hidrocefalia; • distúrbios psicológicos; • problemas urológicos e intestinais. 26/04/2018 Classificação • Espinha Bífida oculta e assintomática; • Meningocele: meninges expostas; • Mielomeningocele: meninges, medula expostas Fatores • Genéticos: 3 a 5% após a gestação prévia de uma criança com defeito de fechamento do tubo neural. parentes consanguíneos de primeiro grau. Parentes de segundo grau de um portador da patologia (irmãos e avós) tem risco estimado de 1 a 2%. • Ambientais: baixas condições socioeconômicas, baixa escolaridade dos pais, idade materna inferior a 19 anos e superior a 40 anos, origem hispânica, exposição à hipertermia no início da gestação, hiperglicemia ou diabetes, obesidade materna, medicamentos antagonistas do folato e anticonvulsivantes. • Nutricionais: àcido fólico. Causa da Mielomeningocele 26/04/2018 Avaliação Fisioterapêutica • Paraplegia flácida e alteração sensitiva abaixo da lesão; • Paralisia do membros inferiores; • Dificuldade ou inabilidade para adquirir ou manter-se em postura ortostática e deambular; • Distúrbios musculoesqueléticos, especialmente nos tecidos moles e periarticulares; • Alterações posturais, caracterizadas, sobretudo, por hiperescoliose ou hipercifose; • Déficits sensoriais, cognitivos, tônicos e tróficos; • Alteração da densidade mineral óssea, a partir dos seis anos de idade, correlacionada a um aumento da percentagem corporal de tecido adiposo; Classificação do nível da lesão • Nível torácico: sem movimentos ativos dos membros inferiores; • Nível lombar alto: apresenta atividade dos músculos psoas, adutores, e eventualmente o quadríceps; • Nível lombar baixo: apresenta movimentação dos músculos psoas, adutores, quadríceps, flexores mediais do joelho, e eventualmente tibial anterior e/ou glúteo médio; • Nível sacral: apresentam-se em atividade os músculos antes citados e também os flexores plantares e/ou extensores do quadril. Exames Complementares • Radiologia Simples: anomalias ósseas nos corpos das vértebras e lâminas. Finalidade de avaliar o grau de cifose e escoliose que o paciente apresenta em decorrência da patologia. • Tomografia Computadorizada: identificação das malformações anatômicas decorrentes da patologia. • Ressonância Magnética: verificar anormalidades na medula vertebral e coluna vertebral, também auxiliando na orientação do tratamento. 26/04/2018 Tratamento Fisioterapêutico • Melhorar da força muscular; • Adequação do tônus; • Prevenção de contraturas; • Independência funcional; • Melhorar a deambulação; • Otimizar o desenvolvimento infantil. Tratamento Pós-cirúrgico • Objetivo de realizar a plástica das meninges e da pele que recobre o defeito. • Fisioterapia = antes e após a cirurgia. Pré-cirurgia (técnicas desobstrutivas e reexpansivas, apoio abdominal, orientação aos pais e cuidadores). Pós-cirúrgico (desobstrução das vias aéreas, a reexpansão pulmonar, e a mobilização precoce). • Dependendo do nível da lesão e condição do paciente, é importante a realização de exercícios objetivando a funcionalidade. Fisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia conduta • Encurtamento muscular e contraturas: alongamentos, exercícios passivos, pompages, tração manual nas estruturas, mobilizações intra-articulares e massoterapia; 26/04/2018 Fisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia conduta • Fortalecimento e aumento de tônus muscular: estimulação elétrica neuromuscular, exercícios resistidos com theraband e halteres, exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva com resistência; Fisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia conduta • Incentivo à marcha: utilização de órteses associadas ao andador, treino de marcha com estabilização do fisioterapeuta; Fisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia conduta • Equilíbrio estático e dinâmico: exercícios na bola e no rolo, com o paciente mantendo as mãos na bola Bobath e o fisioterapeuta causando desequilíbrio movimentando; realizando força contra a resistência oposta do fisioterapeuta; 26/04/2018 Fisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia conduta • Treinos de transferência: no tatame com o uso do suporte push up; treino de aquisição da postura de gatos, com auxílio de apoio anterior do rolo; treino de aquisição da postura sentada, com estabilização do fisioterapeuta; treino na posição bípede com o auxílio de apoio da bola Bobath; treino de transferência de peso lateralmente sentado no rolo; Fisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia conduta • Dissociação pélvica com mobilização em rotação, anteversão e retroversão sentado na bola Bobath mobilizando a pelve; Fisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia condutaFisioterapia conduta • Estimulação da coordenação, força e concentração com a diagonal funcional e primitiva para membros superiores com o uso de brinquedos. 26/04/2018 Cuidados e RestriçõesCuidados e RestriçõesCuidados e RestriçõesCuidados e Restrições • Após o nascimento: avaliar as condições respiratórias e cardíacas, e a criança deve ser mantida em decúbito ventral ou lateral para não exercer pressão sobre o tecido exposto. • Avaliação neurológica inicial: nível medular sensitivo-motor e o grau de hidrocefalia. Nível sensitivo através do estímulo cutâneo. Nível motor estimulada no dorso ou membros superiores com um objeto pontiagudo. Realizar a inspeção da malformação, seu formato, tamanho da falha e a integridade da pele adjacente. Cuidados e RestriçõesCuidados e RestriçõesCuidados e RestriçõesCuidados e Restrições • Complicaçõesnas primeiras: hidrocefalia, necrose, fístula liquórica, infecção com ou sem meningite e deiscência de ferida operatória. • Síndrome da medula presa com piora da marcha, fraqueza progressiva, escoliose, dor, deformidade ortopédica e disfunção urológica. Se desenvolve na fase de crescimento podendo variar do primeiro ano até os 20 anos de idade. Cuidados e RestriçõesCuidados e RestriçõesCuidados e RestriçõesCuidados e Restrições • Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: dificuldade de controle da cabeça e tórax, principalmente nos casos associados à hidrocefalia, assim como na dificuldade encontrada pela criança no início dos processos de sentar, levantar e deambular. (Técnicas para desenvolvimento neuropsicomotor). • Dependência de cadeira de rodas (20 a 50%) para os indivíduos que deambulavam na infância, apresentam piora de deambulação na passagem da infância para a vida adulta. 26/04/2018 Tratamento fisioterapêutico • Fundamental para a recuperação do paciente na utilização de técnicas com objetivo de melhorar a funcionalidade, autonomia e qualidade de vida do indivíduo.
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