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TESTE DE APERCEPÇÃO INFANTIL

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TESTE DE APERCEPÇÃO INFANTIL FIGURAS DE ANIMAIS (CAT-A)
O CAT (sigla do inglês para Teste de Apercepção Infantil) é um dos mais importantes instrumentos para diagnóstico psicológico e psicoterapia, desde a sua publicação, em 1949, por Leopold Bellak e Sonya Sorel Bellak.
Trata-se de um método projetivo temático que tem como objectivo revelar a estrutura de personalidade da criança e sua maneira de reagir e lidar com as questões do crescimento.
Em sua versão original, os estímulos apresentam figuras de animais, partindo do pressuposto que as crianças se identificam mais prontamente com personagens animais do que com pessoas, como apresentados nos estímulos do Teste de Apercepção Temática –TAT, de Henry Murray (1935).
Posteriormente foi criado o CAT-H, uma adaptação com figuras humanas.
APRESENTAÇÃO:
O material com figuras de animais apresentou uma série de vantagens teóricas, tais como o fato de as imagens de animais evocarem a fantasia com mais facilidade, o que pode ser observado nos contos de fadas, nas fábulas e no papel destacado dos animais nos jogos infantis e nos desenhos animados da televisão e nas histórias em quadrinhos.
O CAT-A compreende dez gravuras, representando animais em várias situações, as quais permitem investigar: 
aspectos como o relacionamento da criança com figuras importantes em sua vida, 
a dinâmica das relações interpessoais, 
a natureza e a força dos impulsos, 
as defesas mobilizadas, 
o estudo do desenvolvimento infantil, 
a compreensão da dinâmica familiar.
Cartão 1
Cartão 2
Cartão 3
Cartão 4
Cartão 5
Cartão 6
Cartão 7
Cartão 8
Cartão 9
Cartão 10
TÉCNICA DE APLICAÇÃO: 
A aplicação do CAT está sujeita às dificuldades comuns em técnicas destinadas às crianças, devendo levar em consideração o nível de compreensão da faixa etária.
É importante estabelecer um bom rapport, evitando provocar ansiedades relacionadas com as expectativas da criança diante da avaliação do desempenho.
Geralmente o CAT é indicado para ser aplicado no final do processo psicodiagnóstico, quando o contato com o aplicador já foi estabelecido.
As instruções para a aplicação do CAT são recomendadas por Bellake Abrams (1998):
“Este é um jogo de histórias. São dez figuras ao todo. Eu vou mostrar uma figura por vez, e você deve tentar criar uma história de faz de conta para ela. Diga o que está acontecendo na figura, o que vai acontecer depois e como termina a história. Ou você pode dizer o que acha que aconteceu antes; em seguida, o que está acontecendo na figura e depois qual é o fim da história. O que interessa é você inventar uma história com começo, meio e fim, da sua própria imaginação. Muito bem, esta é a primeira figura”.
As instruções podem ser retomadas sempre que necessário de forma sucinta e adaptada à idade e aos recursos da criança.
É importante que o psicólogo mantenha uma atitude de interesse diante do que a criança narra.
Frequentemente é preciso encorajá-la a narrar histórias, mas deve-se ter cuidado para não induzir sua resposta ao incentivá-la.
Diante de uma criança que apenas descreva a figura ou pareça ter dificuldade em inventar uma sequência de ações, pode-se perguntar, por exemplo: “o que aconteceu antes disso?” ou “o que aconteceu depois disso?” É importante assegurar-se de que a criança entenda o que seja “inventar uma história”.
As pranchas devem ser apresentadas uma por vez, na sequência determinada pela numeração de 1 a 10, enquanto as demais pranchas devem permanecer fora do alcance de criança. Isso assegura que a criança mantenha a atenção na figura apresentada.
Todos os comentários e comportamentos da criança devem ser observados e anotados durante a aplicação (gestos, expressões faciais e posturas que acompanham os relatos).
Narrativas incompletas ou confusas podem ser esclarecidas com a realização de um rápido inquérito, imediatamente após a verbalização da história.
É importante que o aplicador utilize perguntas abertas, tomando, assim, o cuidado para não sugerir ou induzir as respostas da criança.
Todo o relato dever ser anotado (exatamente com as palavras da criança), bem como as interferências do aplicador que provocaram as associações.
DESCRIÇÃO DAS PRANCHAS
e TEMAS FREQUENTEMENTE EVOCADOS NO CAT-A:
CARTÃO 1: Três pintinhos sentados à mesa, um deles sem guardanapo, com uma grande travessa de comida. No fundo, há uma figura sombreada, de forma vaga, sugerindo uma galinha ou um galo.
As respostas mais típicas envolvem referências à figura materna, geralmente percebida como objeto que nutre e gratifica. 
•Temas referentes ao ato de comer, de ser ou não ser alimentado, e atitudes diante da alimentação predominam nessa prancha. 
•Eventualmente podem ser percebidas referências à rivalidade fraterna (quem recebe mais comida, quem se comporta bem ou mal, quem não tem guardanapo). 
•O papel da comida como recompensa ou punição e problemas gerais de oralidade podem se revelar nas narrativas.
CARTÃO 2: Três ursos puxam uma corda, um pequeno e um médio de um lado, um grande do outro.
A percepção do conflito edípico costuma se manifestar nessa prancha. 
•É interessante observar com quem o ursinho coopera (pai ou mãe). 
•O estímulo também sugere temas relacionados à competitividade que podem revelar a segurança ou insegurança da criança quanto à própria capacidade. 
•A situação pode ser vista como uma luta, acompanhada de medo da agressividade ou como uma brincadeira (cabo de guerra, por exemplo). 
•A ruptura da corda pode revelar preocupação com castigo ou, simbolicamente, medo de castração.
CARTÃO 3: Um leão está sentado numa poltrona, segurando um cachimbo; uma bengala pode ser vista, apoiada na poltrona. Ao fundo há um ratinho, dentro de um buraco na parede.
O leão costuma ser associado à figura paterna, dado o seu papel de “rei” e a posse de símbolos de poder, como o cachimbo e a bengala. 
•A bengala pode ser percebida como instrumento de agressividade ou para depreciação, nesse caso a figura do leão é vista como velha e/ou impotente, alguém que não se precisa temer (o que pode ser fruto de uma manobra defensiva). 
•É importante observar se a figura é uma força benigna ou ameaçadora. 
•O ratinho é muitas vezes a figura de identificação da criança, mas nem sempre é prejudicado pelo leão, muitas vezes torna-se a personagem mais poderosa da história, conseguindo ludibriar o leão, sem ser apanhado pelo mesmo. 
•A identificação que se revela, ora com um animal ora com outro, costuma indicar conflito entre submissão e autonomia.
CARTÃO 4: Um canguru com um chapéu e uma bolsa carrega uma cesta onde há uma garrafa de leite. Na sua bolsa ventral está um bebê canguru com uma bexiga na mão. Junto está um canguru um pouco maior numa bicicleta.
O estímulo evoca situações de lazer e relação com a figura materna. 
•Questões de rivalidade fraterna ou preocupações com a origem dos bebês podem se revelar
•Em ambos os casos, a relação com a mãe é um aspecto importante. 
•Podem ser identificados desejos de autonomia (ênfase no pequeno canguru que vai de bicicleta) ou de regressão para ficar mais perto da mãe (identificação com o bebê na bolsa). 
•A cesta pode sugerir temas relacionados à alimentação ou amamentação. 
•Eventualmente são sugeridos temas de fuga do perigo.
CARTÃO 5: Um quarto escuro no qual se observa uma cama de casal, 
com volumes sob as cobertas. No primeiro plano, há um berço com dois ursinhos.
•São comuns temas relacionados com a cena primária. Por exemplo, a criança está inquieta com o que acontece com os pais na cama. 
•Essas histórias refletem a vivência emocional da criança relacionada com a dinâmica edipiana, bem como as observações, conjecturas e confusões que vivencia perante a percepção dos pais como um casal. 
•Outras vezes, os dois ursinhos na cama estimulam temas de exploração e manipulação mútua.
CARTÃO 6: Uma caverna escura, dois ursos grandes dormindo. No primeiro plano, um ursinho está deitado, de olhos abertos.
•Essa prancha também elicia histórias relacionadas à cena primária. 
•A práticatem demonstrado que frequentemente a prancha 6 amplia o conteúdo que ficou retido na prancha 5. 
•Temas como ciúmes, castigos, necessidades orais (o ursinho está com fome ou é alimentado), ameaças (fantasmas, lobos), necessidade de proteção e medo de perder a mãe.
CARTÃO 7: Numa floresta, um tigre com garras e dentes à mostra avança em direção a um macaco.
•As respostas mais típicas se referem à figura que ataca, geralmente percebida como masculina, hostil, persecutória e ameaçadora. 
•A prancha favorece a expressão do medo da agressividade e de modos de lidar com ela. 
•O grau de ansiedade da criança diante do tema da agressão pode ficar evidente, inclusive provocando rejeição à prancha. 
•Algumas vezes os mecanismos de defesa transformam o tema numa história inócua (o macaco podendo ganhar do tigre em esperteza; o tigre e o macaco brincam ou são amigos) ou ainda, as histórias são irrealistas (o macaco é mais forte que o tigre).
CARTÃO 8: Dois macacos adultos sentados num sofá, com xícaras nas mãos. Outro macaco adulto está perto de um macaquinho. Na parede há um quadro de uma macaca mais velha. 
•Nessa situação costuma ser refletida a experiência da criança na constelação familiar. 
•A maneira como interpreta o adulto que fala com a criança (ou a repreende) também é importante. 
•O macaco adulto pode ser percebido como figura paterna ou materna, sendo sempre significativo o fato de ser uma percepção benigna ou inibidora. 
•Nessa prancha é possível obter dados acerca de como a criança percebe o mundo dos adultos e como se relaciona com ele. 
•Aspectos da educação recebida podem ser evidenciados, temas de oralidade também podem surgir.
CARTÃO 9: Um quarto às escuras, com a porta aberta, onde se observa um coelhinho acordado no berço.
•Surgem temas referentes a medo de escuro, de ser deixado só ou de ser abandonado pelos pais. 
•Temas relacionados a pesadelos, agressividade e castigo também podem ser observados. 
•Eventualmente as narrativas giram em torno do que se passa no ambiente ao lado. 
•Desejos de independência e de crescimento também podem ser revelados nas histórias. 
CARTÃO 10: Um cachorro grande e um cachorro pequeno estão em um banheiro. O cachorro pequeno está deitado nos joelhos do cachorro maior.
•Essa prancha sugere narrativas que podem revelar as concepções morais da criança. 
•Histórias sobre treinamento esfincteriano e controle dos impulsos podem ser observadas. 
•Eventualmente também podem surgir temas de carinho e cuidados de higiene entre os personagens, bem como situações de castigo ou punição.
EXEMPLO: J., menina, 9anos
Cartão 7: “Tem um tigre que quer pegar o macaco. O macaco está pensando: ‘Será que esse tigre quer me comer?’, sentindo medo. O tigre está nervoso, pensando em pegar o macaco. (O que aconteceu antes?) O macaco estava pirraçando ele e o tigre ficou nervoso e foi pra cima. (O que aconteceu depois?) O leão, rei, deixou o tigre um mês sem sair de casa”.
Cartão 8: “É a mãe, o pai, a filha e o filho. Estão conversando felizes e pensando em mudar de casa. (O que aconteceu antes?) O filho quebrou o vidro da casa, e a mãe colocou ele de castigo. (O que aconteceu depois?) O pai comprou uma casa grandona”.
Bibliografia:
BELLAK, L. & ABRAMS, D. V. CAT-A: Teste de apercepção infantil –figuras de animais. Adaptado à população brasileira por Adele de Miguel (et. al.). São Paulo: Vetor, 2010.
CAROTENUTO, C. O pesadelo infantil e o teste CAT: uma análise psicodinâmica. São Paulo: Vetor, 2003.
CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico-V.5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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