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Controle Estatístico de Processos

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CONTROLE DE 
ESTATÍSTICO DE 
PROCESSOS
Gisele Lozada
Causas de variabilidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  De� nir as diferentes variáveis em um processo.
  Reconhecer causas comuns de variação.
  Identi� car causas especiais de variação.
Introdução
O processo de manufatura pode gerar produtos com variações entre si, 
ocasionadas por dispersões no seu processo produtivo. Estas dispersões 
são tradadas como variáveis de entrada, que podem ser controláveis, 
como peso, tamanho, volume e não controláveis, como a temperatura 
ambiente, variações da matéria-prima, estresse dos operadores, entre 
outras. As razões para as variações de entrada são classificadas em dois 
tipos: causas comuns, que representam as causas inerentes ao processo; 
e as causas especiais, que são as que não pertencem ao ambiente do 
processo e que geram grandes dispersões. 
Neste capítulo, você vai estudar sobre as variáveis de entrada, o re-
sultado destas variações nos produtos gerados quanto à classificação 
de defeitos e um paralelo entre causas comuns e causas especiais da 
variabilidade.
Variabilidade
É admissível que em todo o processo de produção existam dispersões, ou 
seja, deslizes em alguns dos elementos de entrada que geram variações no 
produto, ou entre produtos iguais produzidos em um determinado período 
de tempo. Para Costa (2012), a variabilidade de processo tem a ver com as 
diferenças existentes entre as unidades produzidas. Portanto, se a variabilidade 
do processo for grande, as diferenças entre as unidades produzidas serão 
U3_C08_Controle estatístico de processos.indd 121 17/07/2017 15:12:31
fáceis de observar; ao contrário, se a variabilidade do processo for pequena, 
tais diferenças serão difíceis de observar.
Essas dispersões, ou de outro modo, variações nos elementos de entrada, 
são ocasionadas pela influência das diversas fontes de insumos da produção, 
que são classificadas em variáveis de entrada controláveis e não controláveis. 
As variações se tornam um problema quando afetam demasiadamente os custos 
e o comprometimento da qualidade, pois estes desencadeiam complicações 
como competitividade de mercado da empresa e confiabilidade dos clientes 
nos produtos, entre outros.
No mundo onde a competividade é global, a temática do controle de qua-
lidade está entre os grandes desafios da indústria atual, seja na busca pela 
melhoria contínua e monitoramento dos processos internos da empresa, ou 
pela exigência do mercado por produtos de alta qualidade. Nesta perspectiva 
Pozzobon (2001), enfatiza que está no setor de produção a busca pela maior 
eficiência, utilizando-se de recursos tecnológicos avançados, reduzindo custos 
e eliminando o desperdício, através de melhor aproveitamento dos recursos 
existentes, e assim por adiante, contribuindo para uma maior competividade 
no mercado.
Variáveis de entrada
Dentro das variáveis de entrada, podemos separá-las por controláveis e não 
controláveis, sendo assim:
  Variáveis de entrada controláveis: são aquelas em que a administração 
pode mensurar previamente, e manter sobre sua responsabilidade, como 
medidas de tamanho, peso, volume, etc.
  Variáveis de entrada não controláveis: são aquelas que estão distantes 
da responsabilidade da administração, como a ação do tempo, varia-
ções na temperatura e na própria matéria-prima, fadiga e humor dos 
operadores, entre outros.
Outras variáveis relevantes
Além das variações de entrada, pode-se elencar como de suma importância 
considerar também as seguintes: 
 Controle estatístico de processos 122
U3_C08_Controle estatístico de processos.indd 122 17/07/2017 15:12:31
  variações internas: são aquelas que ocorrem dentro do mesmo produto;
  variações item a item: ocorrem entre os itens produzidos em tempos 
próximos;
  variações tempo a tempo: ocorrem entre os itens produzidos em dife-
rentes períodos do dia.
Em um processo de manufatura de móveis temos cada ferramenta e seu ajuste ade-
quados, os operadores com o treinamento condizente à peça e móvel que estarão 
produzindo, bem como o material (madeira) que cada móvel tem em sua composição.
Efeitos da variabilidade
Como efeito ou resultado das diversas variáveis inerentes a cada processo 
teremos os defeitos, ou seja, produtos não-conforme em relação à tolerância 
defi nida para tal processo. Conforme Toledo (2014), sobre estes defeitos, 
podemos aplicar a seguinte classifi cação:
  Defeitos crônicos: são inerentes ao próprio processo, estão sempre 
presentes nos resultados, não causam mais surpresa na recorrência por 
tratar-se de defeitos conhecidos.
  Defeitos esporádicos: representam desvios em relação ao que o processo 
é capaz de fazer, são mais facilmente detectáveis.
O conceito de defeito parte antes de uma definição sobre tolerâncias de processo. 
Aliando o objetivo específico do produto com a capacidade esperada do processo. 
Não tendo estruturado as métricas sobre o processo, corre-se o risco de relativizar o 
que é ou não defeito, bem como sua classificação entre crônico e esporádico.
123Causas de variabilidade
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Causas de variações comuns e especiais
As variações estão presentes no ambiente de qualquer processo de produção. 
Como vimos anteriormente, elas podem ser impetuosas, com grande impacto 
no aspecto produtivo, ou imperceptível, controlável e, de certa forma, toleráveis, 
pois representam baixo impacto. Como iniciativa de controle, o primeiro passo 
a fazer é classifi car em variações comuns e variações especiais.
As variações comuns ou aleatórias são aquelas inevitáveis e que não 
representam grande significância no conjunto do processo produtivo. Na 
maior parte dos casos, são variações conhecidas da administração, de difícil 
observação, podendo até serem consideradas como toleráveis, uma vez que, 
está na insuficiência administrativa a sua principal razão.
Ribeiro e Caten (2012), em referência às causas comuns, concluem que 
estas variações representam o padrão natural do processo, pois referem-se às 
variações que ocorrem no dia a dia da produção, inclusive em dias de condi-
ções normais. Se o processo apresenta somente causas de variações comuns, 
é considerado como controlável e estável, de forma que, apresenta a mesma 
variabilidade ao longo do tempo.
As variações comuns podem ocorrer pelo uso de equipamentos inadequados 
ou obsoletos, métodos de produção inadequados, falta de treinamento dos 
operadores, entre outros.
Leia mais sobre as causas comuns e como elas são ex-
tremamente importantes para ter um processo mais 
eficiente além de estável, neste artigo que questiona 
e ajuda a refletirmos se realmente todas as causas 
comuns são inerentes ao processo. Disponível em: 
https://goo.gl/Ct6izn
 Controle estatístico de processos 124
U3_C08_Controle estatístico de processos.indd 124 17/07/2017 15:12:32
As variações especiais ou assinaláveis são aquelas que provocam grande 
significância, pois geram grandes dispersões no processo produtivo, e por esta 
razão, os episódios de variações especiais são reconhecidos com facilidade. 
Estas variações necessitam de tomada de decisões rápidas, uma vez que estão 
fortemente relacionadas com o comprometimento dos custos e qualidade dos 
produtos.
 Fonte: Toledo ([2006?]). 
Comuns ou aleatórias Especiais ou assinaláveis
1 – São inerentes ao processo 
e estão sempre presentes
1 – São desvios do comportamento 
“normal” do processo. Atuam 
esporadicamente. 
2 – Muitas pequenas causas 
que produzem individualmente 
pouca influência no processo
2 – Uma ou poucas causas 
que produzem grandes 
variações no processo
3 – Sua correção exige grande 
mudança no processo. Justificável 
economicamente, mas não sempre
3 – Sua correção é, em 
geral, justificável e pode ser 
feita na própria linha
4 – A melhoria da qualidade do 
produto, quando somente causas 
comuns estão presentes, necessita 
dedecisões gerenciais que envolvem 
investimentos significativos 
4 – A melhoria da qualidade pode, em 
grande parte, ser atingida por meio 
de ações locais que não envolvem 
investimentos significativos 
5 – São exemplos: treinamento 
inadequado, produção apressada, 
manutenção deficiente, 
equipamento deficiente, etc. 
5 – São exemplo: máquina 
desregulada, ferramenta gasta, 
oscilação temporária de energia, etc.
 Quadro 1. Comparativo de causas comuns e causas especiais. 
A confusão na classificação entre causas comuns e especiais pode levar a 
administração à tomada de ações equivocadas, levando à maior variabilidade 
e a custos mais elevados, especialmente, em tratamento de causas comuns 
como se fossem causas especiais. 
125Causas de variabilidade
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Figura 1. Ações e soluções de causas comuns e causas especiais. 
Fonte: Toledo (2014)
Figura 2. Processo instável vs processo estável. 
Fonte: Ribeiro e Caten (2012).
Em uma linha de empacotamento de leite temos dois histogramas que evidenciam 
a quantidade de leite (mL) em cada embalagem. Sobre estas amostras vemos dois 
comportamentos. No primeiro, com o efeito de causas comuns; e o segundo, com o 
efeito de causas especiais.
 Controle estatístico de processos 126
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Figura 3. Histograma do volume de leite (mL) em um exemplo de efeito de causas comuns. 
Fonte: Costa (2012).
Figura 4. Histograma do volume de leite (mL) em um exemplo de efeito de causas especiais. 
Fonte: Costa (2012).
127Causas de variabilidade
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COSTA, A. F. B. et al. Controle estatístico de qualidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
RIBEIRO, J. L. D.; CATEN, C. S. ten. Controle estatístico do processo. Porto Alegre: FEENG, 
2012. (Série Monográfica Qualidade). Disponível em: <http://www.producao.ufrgs.br/
arquivos/disciplinas/388_apostilacep_2012.pdf>. Acesso em: 06 maio 2017
TOLEDO, J. C. et al. Qualidade: gestão e métodos. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
Leituras recomendadas
DOMENECH, C. H. As causas comuns no CEP são inerentes ao processo?. [200-?]. Disponível 
em: <https://goo.gl/Ct6izn>. Acesso em: 06 maio 2017.
MARSHALL JUNIOR, I. et al. Gestão da qualidade. 10. ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2010.
PEREZ-WILSON, M. Seis sigma: compreendendo o conceito, as implicações e os de-
safios. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.
POZZOBON, E. M. P. Aplicação do controle estatístico do processo. 129 fls. 2001. Disser-
tação (Mestrado em Engenharia de Produção)- Universidade Federal de Santa Maria, 
Santa Maria, RS, 2001. Disponível em: <http://w3.ufsm.br/adriano/disser/estela.pdf>. 
Acesso em: 03 maio 2017.
TOLEDO, J. C. Introdução ao CEP: Controle Estatístico de Processo. [2006?]. Disponível 
em: <http://www.gepeq.dep.ufscar.br/arquivos/CEP-ApostilaIntroducaoCEP2006.
pdf>. Acesso em: 06 maio 2017.
 Controle estatístico de processos 128
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