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Supervisão Pedagógica teoria e prática

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1 
 
Disciplina: Supervisão Pedagógica: teoria e prática 
Autores: M.e Kellin Cristina Melchior Inocêncio 
Revisão de Conteúdos: Esp. Materson Christofer Martins 
Revisão Ortográfica: Esp. Marlon Richard Alves Pillonetto 
Ano: 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
Kellin Cristina Melchior Inocêncio 
 
 
 
 
Supervisão Pedagógica: teoria e 
prática 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
INOCÊNCIO, Kellin Cristina Melchior. 
Supervisão Pedagógica: teoria e prática / Kellin Cristina Melchior Inocêncio. 
– Curitiba, 2018. 
34 p. 
Revisão de Conteúdos: Materson Christofer Martins. 
Revisão Ortográfica: Marlon Richard Alves Pillonetto. 
Material didático da disciplina de Supervisão Pedagógica: teoria e prática – 
Faculdade São Braz (FSB), 2018. 
ISBN: 978-85-5475-142-5 
 
 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 
Nesta disciplina abordar-se-á assuntos bastante pontuais e que auxiliam 
na construção do processo profissional. Inicialmente, desvendaremos e 
conceituaremos a ciência da pedagogia, transitando pelo estatuto da 
cientificidade da mesma. Posteriormente, serão apresentados os principais eixos 
que estruturam a formação do pedagogo que atua como supervisor pedagógico, 
de maneira a desenvolver um trabalho consciente e crítico. 
Além disso, analisaremos os principais conceitos que envolvem a 
supervisão pedagógica como a educação e os saberes da docência. Desse 
modo, ao longo das aulas, compreender-se-á os campos de atuação da 
pedagogia, incluindo não somente a escola, porém, realizando uma abordagem 
aos espaços não escolares. 
Na sequência, buscaremos compreender os modos, formas e processos 
educacionais que existem na sociedade brasileira e, claro, os limites da própria 
escola. 
Finalizar-se-á esta disciplina explanando sobre o processo de ensino-
aprendizagem que envolve os projetos sociais e educacionais, incluindo as 
empresas e os movimentos que estão entrelaçados a ele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Aula 1 – Supervisão pedagógica: historicidade e conceituação 
 
Apresentação da aula 1 
 
Nesta aula serão reconhecidos alguns conceitos básicos dessa disciplina, 
os quais nos permitirão aprender com mais profundidade a temática da 
supervisão pedagógica. Este estudo partirá do seguinte questionamento: “como 
é definido o conceito de supervisão pedagógica e como é sua atuação 
profissional?” A partir desse debate, será explorado novas temáticas que 
envolvem essa disciplina, como o caminhar histórico que envolve a profissão do 
supervisor pedagógico e as principais conceituações para pedagogia e 
supervisão pedagógica. 
 
 
1.1 Supervisão pedagógica e a educação básica 
 
A educação básica brasileira está envolta por diversas políticas 
educacionais, bem como por normas e diretrizes que buscam orientar o caminhar 
da escola em busca de qualidade e igualdade. Pensando nesse objetivo da 
educação brasileira, é possível afirmar a necessidade e relevância de um 
profissional apto, capacitado, crítico e autônomo a frente desse processo e, 
justamente a esse profissional, atribui-se a função de coordenador ou supervisor 
pedagógico. 
 
Após relacionar a leitura do parágrafo anterior com a realidade 
da qualidade que possui a educação básica brasileira, pode-se 
perceber, como o supervisor pedagógico é essencial para a 
construção não somente da escola, mas também de uma 
sociedade igualitária e crítica. 
 
 
1.1.1 Conceituando a supervisão pedagógica 
 
Inicia-se a conceituação da supervisão pedagógica nas lentes de Vieira 
(1993), cujo salienta que "a supervisão pedagógica é entendida como uma ação 
 
7 
 
de monitorização sistemática da prática pedagógica, sobretudo através de 
procedimentos de reflexão e de experimentação" (VIEIRA, 1993, p. 28). 
Ao buscarmos a etimologia da palavra supervisão localizamos o resultado 
de “olhar por cima”, remetendo a superioridade e a ações como controle, 
imposição, inspeção, avaliação e fiscalização. Concomitantemente, é possível 
analisar a palavra e seu significado ao ato de acompanhar, orientar e liderar. 
Dessa maneira, podemos classificar como fundamental à supervisão pedagógica 
o seu amplo aspecto reflexivo que deve permear suas atividades como um todo, 
justamente por necessitar de uma visão global dos acontecimentos pertinentes 
ao ambiente escolar e, também, aqueles que ocorrem além dos muros escolares 
e que, direta ou indiretamente, interferem no cotidiano da escola e em seus 
alunos e professores. 
Ao atentarmo-nos a própria expressão “supervisão pedagógica” 
certamente perceberemos, em uma busca cronológica pelos termos e conceitos 
educacionais, que ele é consideravelmente recente, porém, o mesmo passou 
por alterações necessárias conforme a própria escola e sociedade foram 
transformando-se, ou seja, a princípio, era voltado apenas para a formação de 
professores, mas sem uma preocupação com a formação continuada exigida 
pelas constantes mudanças que experimentamos. Sobre tal temática, Alarcão 
(2001) pontua que: 
 
A multiplicidade de funções a exercer hoje na escola pelos professores 
e a sua necessária articulação sistémica implica que o professor já não 
possa ser formado apenas no isolamento da sua sala ou da sua turma. 
Ele é membro de um grupo que vive numa organização que tem por 
finalidade promover o desenvolvimento e a aprendizagem de cada um 
num espírito de cidadania integrada. (ALARCÃO, 2001, p.18) 
 
 
Com o modificar da função docente, a supervisão pedagógica se tornou 
fundamental quando se pensa em gestão escolar, justamente para transformar, 
supervisionar e direcionar todo o trabalho pedagógico, estendendo-se não 
somente ao corpo docente, mas também aos pais, responsáveis, alunos e a 
comunidade escolar. Isto posto, “ensinar os professores a ensinar deve ser o 
objetivo principal de toda a supervisão pedagógica” (ALARCÃO; TAVARES, 
1987, p. 34). Há tempo podemos concluir que a supervisão pedagógica interfere 
sobre os sistemas educacionais, promove articulações consideradas essenciais 
no espaço escolar, auxilia na construção de docentes mais atualizados e 
 
8 
 
partícipes, realiza a junção das teorias e práticas que permeiam o ambiente 
escolar e, indo além, promove a transformação social tanto dos educandos como 
dos educadores. 
 
Vocabula rio 
Historicidade: qualidade ou condição do que é histórico; 
historicismo.Conjunto dos fatores que constituem a história 
de uma pessoa e que condicionam seu comportamento em 
uma dada situação. 
 
 
 
1.2 Historicidade que envolve o supervisor pedagógico 
 
O supervisor pedagógico é, sem dúvida, uma figura essencial na 
construção dos saberes escolares, sendo uma profissão que surgiu em meados 
do século XIX. Apresentava como sua primordial função a de supervisionar o 
trabalho docente e, inicialmente, era sentido como uma ameaça ao trabalho do 
professor. 
Naturalmente com o avanço cronológico, já adentrando no século XX, 
agrega-se a sua função a busca por padronização de comportamentos e 
rendimento escolar, colocando o docente como capaz de promover, por meio de 
seus esforços, a eficiência e qualidade escolar. 
Já no início da década de 1930, soma-se a essas características que 
norteiam a profissão do supervisor pedagógico, a percepção de liderança de 
grupo, a fim de buscar e alcançar objetivos específicos e coletivos em prol da 
qualidade escolar. 
Seguindo a crescente vertente da busca pela qualidade do ensino e 
primando por docentes que desenvolvessem suas atividades com afinco e 
maestria, a função do supervisor pedagógico passa a atrelar-se ao currículo, 
buscando diminuir as lacunas existentes acerca do ensino de baixo padrão. 
 
 
 
9 
 
Pesquise 
Investigue acerca do percurso histórico da profissão de 
supervisor pedagógico. Busque compreender que tal função 
percorreu no tempo e espaço as transformações 
educacionais que envolveram as legislações e a educação 
básica. 
 
Ao longo do tempo diversas modificações foram atribuídas a escola e suas 
concepções o quê, naturalmente, modificou algumas funções pertinentes a 
gestão do supervisor pedagógico. Na contemporaneidade, apresentamos esse 
profissional como aquele capaz de transformar e contribuir significativamente 
para a formação totalitária do educando, envolvendo seu trabalho aos eixos 
norteadores que embasam o currículo da educação básica, contemplando o 
Projeto Político-Pedagógico da instituição escolar, juntamente com a 
comunidade escolar, orientando e gerindo todo o trabalho coletivo, bem como o 
avanço individual do corpo docente, sendo responsável, concomitantemente, por 
promover a motivação desses profissionais e suas pesquisas, criando um 
ambiente agradável, visando alcançar os objetivos previamente traçados. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Leia a obra Pedagogia, ciência da 
educação?, organizado por Selma Garrido 
Pimenta. O livro se apresenta com textos 
bastante relevantes para a área educacional, 
sendo um deles o Estatuto da Cientificidade 
Pedagógica, de Tarso Mazzotti. Além de 
Mazzotti, outros autores como Pimenta, 
Nóvoa e Libâneo colaboraram com artigos. 
 
 
1.3 A pedagogia, o supervisor pedagógico e o estatuto da cientificidade 
 
 Nesta seção será abordada uma temática bastante significativa para 
nossa disciplina. A partir desse momento passaremos a associar e considerar a 
pedagogia conforme seu estatuto de cientificidade, conceituando-a como aquela 
 
10 
 
que deve ser considerada como um apanhado de todas as ciências humanas e 
sociais e relaciona-se, diretamente, a delimitação e diferenciação do “ser” ao ato 
educativo. Assim, o sistema escolar passa a entrelaçar-se as relações sociais. A 
esse respeito, Mazzotti (1992) afirma: 
 
A educação escolar – o modo mais sistemático da ação educativa em 
nossa sociedade apresenta-se como objeto de investigação para as 
Ciências do Homem. Assim a antropologia e história, a sociologia 
procuram investigar as relações sociais que são tecidas no processo 
de escolarização e por ele. Como um cristal, a educação escolar reflete 
as luzes das diversas ciências que procuram apreendê-la. (MAZZOTTI, 
1992, p.16) 
 
Dessa maneira, parece nítido que a pedagogia é múltipla e, múltipla em 
saberes, em funções, em cultura e demais aspectos que envolvam a formação 
do sujeito, como o social, afetivo, emocional e psicológico. Essa pluralidade sem 
dúvida envolve não somente o espaço físico denominado socialmente 
responsável pela educação: a escola, mas, também, a comunidade escolar 
como um todo. Nessa perspectiva, é possível afirmar que não se faz escola 
sozinho, não se faz escola apenas pela atuação do supervisor pedagógico, não 
se faz uma educação igualitária e de qualidade pautada apenas em interesses 
dos docentes ou de gestores. A escola vai muito além dessa perspectiva, ela é 
o todo, o conjunto, a formação integral do aluno e a comunidade escolar. 
Para melhor compreendermos o estatuto da cientificidade da pedagogia, 
cabe, neste momento, observar a imagem a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2018). 
Pedagogia
Ciências Humanas
Filosofia, História, 
Direito, 
Antropologia 
Cultural ...
Ciências Sociais
Aspectos 
sociais/individuais 
e coletivos
 
11 
 
Nesse viés, as ações do supervisor pedagógico devem permear os 
aspectos descritos, aliando teoria e prática, justapondo a cultura, as principais 
experiências vivenciadas pelos educandos e os saberes que vão além dos muros 
escolares, com aqueles partícipes do processo de ensino e aprendizagem 
ocorridos no ambiente escolar. 
Dessa maneira, o supervisor pedagógico deve atuar estabelecendo 
relações significativas entre a teoria e a prática, com projetos interdisciplinares 
que considerem e, até mesmo, enfatizem, a realidade da comunidade local 
associando às questões conteudistas e de obrigatoriedade de ensino e 
aprendizagem, porém, sempre respeitando a diversidade presente no ambiente 
e na comunidade escolar. 
 
Resumo da aula 1 
 
Esta aula iniciou-se com os principais conceitos para a pedagogia e para 
a profissão de supervisor pedagógico, bem como estudou-se sobre a 
composição da ciência da pedagogia, composta pelas ciências distintas: 
humanas e sociais. 
Conheceu-se ainda um pouco da profissão de supervisor pedagógico 
explorando sua trajetória no tempo e na educação básica brasileira. 
Por fim, adentrou-se nas particularidades do estatuto de cientificidade da 
pedagogia, e percebeu-se que ela é a junção das ciências humanas e sociais, 
mesmo sendo ciências com aspectos e enfoques tão diferenciados, ao se 
juntarem, completam-se para a construção da formação totalitária do indivíduo. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Para compreendermos mais sobre a junção entre as ciências 
humanas e as sociais, leia os dois primeiros capítulos do livro 
Pedagogia, ciência da educação?, organizado por Selma 
Garrido Pimenta: Estatuto de Cientificidade Pedagogia, de 
Tarso Bonilha Mazzotti, e Panorama Atual da Didática no 
Quadro das Ciências da Educação: Educação, Pedagogia e 
Didática, de Selma Garrido Pimenta, disponível em: 
<https://www.academia.edu/882286/Estatuto_de_cientificida
de_da_Pedagogia>. Em seguida, de maneira discursiva, 
aponte os principais pontos que estão relacionados com as 
discussões abordadas nesta aula. 
 
12 
 
Aula 2 – Eixos estruturantes na supervisão pedagógica 
 
Apresentação da aula 2 
 
Para compreender de maneira mais aprofundada a supervisão 
pedagógica, não se pode dissociá-la da formação inicial do pedagogo e dos 
eixos que compreendem e estruturam a educação básica brasileira. Ser e estar 
atuante na função de supervisor pedagógico requer, sem dúvida, um profissional 
capacitado e que caminhe ativa e participante nas necessidades da escola, 
envolvendo, assim, suas particularidades e relações construídas pelo próprio 
meio e, ao mesmo tempo, que atenda as questões que envolvem a legislação 
brasileira escolar, ou seja, as normas, leis e diretrizes. 
 
 
2.1 Eixos estruturantes e a educação básica 
 
A educação básica brasileira é formada por suportes que a estruturam 
que são chamados de eixos. Para contemplar esses eixos os profissionais da 
educação precisam estar em consonância, assim, precisam atender as 
exigências tanto legais, quanto sociais, que envolvem a escolae os saberes. 
Com a Supervisão Pedagógica esse processo não se diferencia, ou seja, a 
profissão é formada por bases que a orientam e que devem ser seguidas. Para 
tanto, é fundamental que o supervisor pedagógico desenvolva o seu trabalho 
conforme os eixos de ensino que, sem dúvida, promovem o desenvolvimento do 
educando enquanto um cidadão partícipe da sociedade, sabedor e capaz de 
exercer a plena cidadania. 
Importante 
Lembre-se, os eixos que compreendem o currículo da educação 
básica se resumem a quatro itens: 
 Cidadania; 
 Sustentabilidade Humana; 
 Aprendizagens; 
 Diversidade. 
 
 
13 
 
Santomé (1998, p. 125) define como eixos aquilo que, “permite uma 
organização curricular mais integrada focando temas ou conteúdos atuais e 
relevantes socialmente, em regra geral, deixados à margem do processo 
educacional”. O que, na prática, pode-se compreender por meio do seguinte 
infográfico: 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2018). 
 
2.1.1 Exercendo a cidadania 
 
Quando pensamos em uma supervisão pedagógica que contemple os 
eixos estruturantes de um currículo escolar, certamente estamos pensando em 
uma formação ampla do sujeito e não apenas uma formação conteudista. É 
exatamente nesse aspecto que o supervisor pedagógico necessita realizar um 
trabalho completo e que permita, ao longo da caminhada escolar do educando, 
o desenvolvimento de habilidades e de conscientização. Tal consciência é o que 
levará ao cidadão a criticidade para atuar na sociedade em que ele faz parte, 
que saiba colocar-se, exercer sua cidadania e afastar-se da manipulação de 
esferas políticas e midiáticas. Essa concepção de educação nos remete, sem 
dúvida, a Barbalet (1998, p.36), cujo salienta que “os direitos de cidadania 
impõem limitações à autoridade soberana do Estado [...] e podem ser chamados 
com mais propriedade deveres do Estado para com seus membros”. 
 
14 
 
 Dessa maneira, o supervisor pedagógico, sem dúvida, assume uma 
condição profissional de trabalhar com o desenvolvimento humano em sua 
totalidade, incluindo os aspectos morais, sociais, políticos, econômicos e, sim, 
os conteudistas escolares. 
 
Para compreendermos o termo “exercer sua cidadania”, 
devemos tomar como ponto inicial o pensamento de Pedro Demo 
(1995, p.3): “cidadania é assim, a raiz dos direitos humanos, [...] 
competência humana de fazer-se sujeito, para fazer história 
própria, coletivamente organizada.” 
 
 Assim, o supervisor pedagógico necessita orientar o trabalho escolar, 
envolvendo corpo docente, pais e responsáveis, funcionários administrativos, 
além, é claro, de estender a toda a comunidade escolar, indo além dos muros 
esclares, promovendo a gestão a todas as instâncias que envolvem o seu núcleo 
escolar, a fim de proprocionar a formação de um sujeito pleno e que seja capaz 
de exercer integralmente os seus diretitos e deveres passando, assim, a 
cidadania plena ser considerada um orientador significativo do trabalho escolar. 
 
2.1.2 A sustentabilidade humana 
 
 Adentrando um pouco mais nas particularidades dos eixos estruturantes 
curriculares e que, sem dúvida, estão interligados a função primordial do 
supervisor pedagógico, analisaremos a relevância da “Sustentabilidade 
Humana”. Esse item estabelece relações entre o “ter e o ser”, participa da 
formação do sujeito no que tange as práticas de consumismo, impulsividade e 
imediatismo relacionados ao comércio e as relações socioeconômicas. Cabe ao 
supervisor pedagógico determinar e orientar o trabalho pedagógico, sobretudo 
em projetos interdisciplinares, que visem enaltecer a natureza, os malefícios com 
as crises ambientais em detrimento do lucro, do poder e do consumismo, em 
suma, o supervisor pedagógico entra com a função de orientação, de promover 
uma educação embasada na realidade social, na sustentabilidade e que, 
sobretudo, auxilie o educando ao pensar crítico e coerente. 
 Dessa maneira, adentramos em uma esfera bastante significativa e que, 
sem dúvida, nos remete aos ensinamentos de Paulo Freire quanto à igualdade 
 
15 
 
e a criticidade do educando, cabendo ao supervisor pedagógico observar todas 
as esferas sociais que participam de seu ambiente escolar, a distribuição de 
renda do público escolar e da comunidade, os serviços disponíveis, as 
tecnologias a disposição, os recursos e o próprio meio ambiente e a relação 
estabelecida com ele, pois, 
 
[...] a lógica da sustentabilidade humana também propõe o 
enfrentamento da injustiça social, caracterizada, sobretudo, pelas 
contradições entre a opulência e a miséria, a alta tecnologia e a 
precariedade de recursos, entre a crescente exploração de recursos e 
a desesperança dos seres humanos, a globalização dos mercados e a 
marginalização e exclusão social”. (GALANO, et al., 2003, p.3) 
 
 Pode-se relacionar o trabalho do supervisor pedagógico com o eixo de 
sustentabilidade humana, conforme a figura a seguir: 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2018). 
 
2.1.3 Aprendizagens 
 
Outro eixo que estrutura o trabalho do supervisor pedagógico e que está 
relacionado ao projeto político-pedagógico e ao currículo da educação básica, é 
Su
p
er
vs
o
r 
p
ed
ag
ó
gi
co
Sustentabilidade
Humana
Promover um conjunto de 
procedimentos diversificados e 
sistemáticos.
Desenvolvimento das habilidades 
humanas e potencialides 
profissionais, intelectuais, 
biofisiológicas, emocionais e 
sociais. 
 
16 
 
denominado “Aprendizagens”. Esse eixo é tão significativo quanto as relações 
de formação social, pois trata-se exclusivamente do processo de ensino e 
aprendizagem que permeia a caminhada educacional. 
Podemos, então, associar a aprendizagem ao supervisor pedagógico com 
a garantia básica do direito de toda criança em participar de uma educação 
igualitária e de qualidade, enaltecendo que os educandos são seres cognitivos 
e afetivos e que sim, aprendemos pela convivência escolar, pela interlocução 
com os demais e, naturlamente, por um ambiente escolar apropriado, pensado, 
planejado e colocado em ação a fim de atingir a aprendizagem. 
Nesse processo, certamente, o olhar criterioso do supervisor pedagógico 
torna-se essencial, uma vez que se faz necessário observar a complexidade que 
envolve o ato de ensinar e de aprender, considerando todas as diversidades 
existentes entre os educandos, suas particularidades e singularidades que 
incluem as dificuldades de aprendizagem, social, emocional e afetiva. 
 
Curiosidade 
Você sabia que, seguindo esses preceitos e eixos 
estruturantes o supervisor pedagógico torna-se o centro do 
processo de ensino e aprendizagem? Sim, pois ele precisa 
atender não somente os desafios propostos por leis 
educacionais, mas sim, olhar os seus educandos e 
educadores com suas variáveis, suas indagações e 
condições, contribuindo para a formação de ambos e 
construção histórica da própria escola. 
 
2.1.4 Diversidades 
 
O próximo e último eixo é denominado por “Diversidades”, mas afinal, 
“o que é considerado diversidade para o ambiente escolar?” 
A diversidade como eixo estruturante do currículo e de gestão escolar se 
relaciona a direitos humanos, a educação do campo, as relações Étnico-raciais 
e de gênero e que despertam conflitos e fenômenos sociais isolados, como o 
racismo, sexismo e a homofobia. 
 
17 
 
A diversidade, assim, é considerada como a natureza das diferenças de 
gênero, de intelectualidade, de raça e etnia, de orientação sexual, de 
pertencimento, de personalidade, de cultura, de classe social, motoras, 
sensoriais, enfim, da diversidade vista como possibilidade de adaptar-se e de 
sobreviver como espécie na sociedade. É exatamente nesse contexto tão 
complexo que o supervisor pedagógico deve fortemente atuar, promovendo uma 
formação que contemple a todos e que respeite a todos, independente de suas 
particularidades. 
Até o momento conseguimos descrever e compreender a relevância do 
trabalho do supervisor pedagógicofrente a busca por uma educação de 
qualidade, além, é claro, de desenvolvermos a percepção acerca da importância 
que o mesmo possui na orientção do trabalho que envolve toda a escola e a 
comunidade escolar. 
Muito se fala em direitos humanos, em qualidade escolar e até mesmo em 
igualdade social, porém, “qual a relação que, de fato, a escola e, naturalmente, 
o supervisor pedagógico possuem com essas condições?” 
Tanto com os direitos humanos, como com a pedagogia do campo, com 
as relações étnico-raciais e de gênero estão, sem dúvida, fortemente presentes 
no ambiente escolar pois, a escola, é ambiente social de convivência mútua, 
estabelecendo ao supervisor pedagógico a função de desenvolver uma escola 
que promova o respeito. 
Assim, o eixo diversidade possui uma flexibilidade significativa, 
justamente por trabalhar com as constantes alterações que tais temas 
promovem, ficando a cargo do supervisor pedagógico promover uma gestão 
democrática que enalteça uma educação na mesma condição, ou seja, que 
inclua a todos os indivíduos, negros e brancos, com deficiências ou não, mas 
que recebam o mesmo respeito e que se apoderem dos mesmos direitos e 
deveres. 
Certamente, diversas orientações acerca do trabalho do supervisor 
pedagógico nos foi explanado. Embasados em nossos conhecimentos 
adquiridos nesta aula, pudemos conhecer a relevância de um trabalho de gestão 
bem organizado e fundamentado nos eixos curriculares, seguindo as leis, 
normas e regras educacionais além, é claro, da necessidade em contemplar a 
 
18 
 
comunidade escolar como um todo, respeitando as particularidades do público-
alvo de cada instituição escolar. 
Não podemos apontar um eixo que consideraríamos mais significativo 
frente ao trabalho do supervisor pedagógico, mas sim, descrever que em cada 
situação, um eixo em particular, sobressai-se e auxilia o profissional no 
desenvolvimento dos educandos e em sua formação totalitária, enaltecendo, 
novamente, a importância do supervisor pedagógico, suas ações e gestão, para 
uma educação de qualidade e igualitária. 
 
Resumo da aula 2 
Nesta aula, adentramos nas particularidades de cada eixo estruturante e 
os relacionamos com o trabalho de gestão do supervisor pedagógico. Dessa 
maneira, pudemos esclarecer a necessidade do supervisor pedagógico em 
estabelecer seu trabalho com uma gestão democrática, possibilitando à 
comunidade escolar a participação ativa, sobretudo, relacionada aos eixos que 
estruturam não somente o trabalho de gestão do supervisor pedagógico, mas 
sim, a escola como um todo, na busca dos resultados traçados por cada 
instituição além dos objetivos descritos pelas leis e normativas educacionais. 
 
Atividade de Aprendizagem 
A pesquisa é essencial para aprofundarmos e fixarmos nosso 
aprendizado e, como sugestão, torna-se relevante realizarmos 
uma pesquisa acerca da flexibilidade apontada no eixo 
diversidade”. Este eixo diversidade é construído e selecionado 
a partir das questões sociopolíticas, culturais, pedagógicas e 
intelectuais. A partir desta constatação, o trabalho de gestão e 
de orientação pedagógica do supervisor pedagógico deve 
considerar o contexto histórico e social dos educandos ou 
apenas seguir as normativas e leis que regem o currículo? 
 
 
 
 
 
19 
 
Aula 3 – Campos de atuação da Pedagogia: Educação em espaço escolar 
e não escolar 
 
Apresentação da aula 3 
 
 A Pedagogia é considerada uma ciência que trata da educação de 
maneira ampla, correspondendo aos métodos e modos de ensino que projetam 
a formação de um cidadão, moldando-o nos parâmetros de criticidade e 
autonomia que exigem uma sociedade contemporânea, ou seja, a pedagogia em 
suas esferas, incluindo a supervisão pedagógica, devem, necessariamente, 
estar presentes seja em espaço escolar ou não escolar, a fim de formar um 
indivíduo em sua totalidade. Partido desse conceito inicial sobre a Pedagogia, 
veremos nesta aula acerca dos espaços escolares e não escolares que 
envolvem o supervisor pedagógico e a formação do ser humano. 
 
 
3.1 A atuação do supervisor pedagógico nos espaços escolares 
 
Inicialmente, buscaremos compreender e delimitar uma definição para o 
conceito de espaços escolares. Se espaço é considerado um local apropriado 
para determinada ação, ao unirmos as palavras espaço e escolar, podemos 
considerar propriamente dito como “espaço escolar,” a escola de educação 
formal. 
Dessa maneira, ao realizarmos um levantamento no tempo e no espaço, 
perceberemos que a conceituação de espaço passou por uma significativa 
ressignificação, deixando assim de ser considerado um espaço no âmbito 
geométrico, chegando à denominação de comunicação, de signos e significados 
que buscam promover algo. 
Seguindo essa vertente, os espaços escolares referem-se às instituições 
de ensino, sejam elas de cunho privado ou público. A escola é considerada um 
ambiente propício e, certamente, adequado para a construção de ensino e 
aprendizagens formais, além de proporcionar a troca de experiências, mesmo 
àquelas construídas além dos muros escolares que, naturalmente, é riquíssimo 
 
20 
 
em símbolos e comunicações. Acompanhe, na imagem a seguir, as principais 
atribuições do espaço escolar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2018). 
 
 Com isso, é coerente informarmos que os espaços escolares não são 
neutros, neles há uma infinidade de informações e preferências que auxiliam não 
somente nas questões cognitivas – aprendizagens, mas concomitantemente, a 
construção da formação nos aspectos sociais e coletivos. 
Os espaços escolares, segundo Piaget (1970), proporcionam 
experiências significativas e espaciais que são fatores determinantes no 
desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo. Partindo da concepção de Piaget 
e pensando na formação integral do educando, os espaços escolares vão muito 
além de uma construção física, mas um local que abriga diversos interesses que 
estão entrelaçados para a vida e formação do aluno. Assim, não podemos 
dissociar a escola e o seu espaço, da denominação de local próprio para o 
desenvolvimento humano em sua totalidade, abrangendo os aspectos 
sensoriais, motores, cognitivos, afetivos e sociais. 
Nesta vertente, o supervisor pedagógico atuante, crítico e autônomo que 
trabalha para atingir resultados positivos na formação do ser humano e de uma 
educação de qualidade, realizará ações na perspectiva de crescimento escolar, 
com o auxílio de novos métodos e metodologias, na promoção de projetos 
interdisciplinares e formação continuada de professores, por exemplo. 
 
Aprendizagem formal
Comunicação -
dialogicidade
Interação Social, físico e cognitivo
Espaço 
escolar
 
21 
 
Assim, é perceptível que a escola de educação básica não caminha sem 
a presença de um supervisor pedagógico. Ele tonar-se o centro dos processos 
educativos e envolve, certamente, toda a comunidade escolar. Fica a seu cargo 
a responsabilidade de promover e orientar diversas atividades, conforme 
imagem a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2018). 
 
Nessa perspectiva, o supervisor pedagógico responde por toda a escola, 
sobretudo, ao que se refere a esfera conteudista e pedagógica de maneira 
ampla. Na sequência, veremos acerca dos espaços não escolares e da relação 
dos mesmos com o supervisor pedagógico. 
 
3.2 Os espaços não escolares 
 
Os espaços escolares, como já estudamos, são considerados, 
socialmente, responsáveis pelo processo de aprendizagem e educação, porém, 
há um questionamento bastante significativo que nos leva a refletir sobre os 
demais espaços sociais e que, certamente, podem gerar aprendizagem. Então, 
pode-se analisar a sociedade ao seu redor e questionar-se: “afinal, quais são 
esses locais que geram troca, comunicação e saberes que não aqueles 
dispostos nos bancos escolares?”. 
Atividades da docência –
planejamento, projetose 
avaliações
Aproximar e evolver a 
comunidade ao ambiente 
escolar
Promover a formação 
continuada dos docentes
Desenvolver projetos 
inerdisciplinares que atendam a 
escola e a comunidade, além de 
contemplar o PPP da instituição
Supervisor 
Pedagógico
 
22 
 
 Primeiramente, antes de adentrarmos na resolução desse 
questionamento, é imprescindível percebermos que a educação é considerada 
a mola propulsora da sociedade em diferentes aspectos, como o social, 
econômico e político, carregando a responsabilidade de diminuição das lacunas 
sociais e da construção de uma sociedade igualitária. Partindo desses moldes, 
a escola não é mais o único local de aprendizagem e de atuação do supervisor 
pedagógico, porém, socialmente o mais importante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2018). 
 
Devemos fazer uma reflexão sobre os possíveis espaços que geram 
educação e que auxiliam na formação do educando, sobretudo nas questões 
que envolvem a globalização e o avanço tecnológico, aliado a interação, aos 
aspectos sociais, econômicos e até mesmo políticos. 
 
Vocabula rio 
Globalização: “processo de integração entre as economias 
e sociedades dos vários países, especialmente no que se 
refere à produção de mercadorias e serviços aos mercados 
financeiros e à difusão de informações”. 
Fonte: https://dicionariodoaurelio.com/globalizacao 
 
 
Supervisor 
Pdagógico
Igrejas
Associações 
de bairro
Empresas
ONGs
Sindicatos
Abrigo
Casas 
prissionais
 
23 
 
As transformações ocorridas ao longo das décadas que envolveram o 
processo histórico da educação básica brasileira, inclusive a era industrial, 
certamente contribuíram para que o supervisor pedagógico fosse incluído em 
espaços diferenciados da escola, a fim de proporcionar aprendizagens diversas. 
Essa passagem da aprendizagem aos muros escolares abriu novas 
possibilidades de atuação do supervisor pedagógico e proporcionando a 
construção significativa de diversos pontos que estruturam a formação de um 
cidadão, como a interação social, a troca entre os pares e a comunicação, 
adentrando na cultura, nas experiências individuais e coletivas e no respeito ao 
próximo e a sua bagagem cultural e social previamente construída. 
É nesse ambiente transformador que o supervisor pedagógico atua, 
porém, ele precisa diferenciar-se de um pedagogo voltado para uma educação 
formal, tradicional e arcaica, ou seja, é preciso acompanhar as mudanças e 
inserir-se nesse contexto transformador. 
A partir desse conhecimento acerca dos espaços não escolares e 
seguindo a indicação de um pedagogo que procure mediar o processo de 
formação dos sujeitos, é essencial que algumas capacidades, habilidades e 
competências sejam construídas, desenvolvidas e potencializadas, justamente 
para que a educação não formal ocorrida nos espaços não escolares tenha 
significado e seja, de fato, relevante para a sociedade. 
Dessa forma, o supervisor pedagógico deve caminhar aquém de sua 
formação básica, abrangendo novas fontes de formação e informação, 
procurando adequar-se as necessidades da sociedade e do seu espaço de 
atuação não formal. Nesse viés, certamente é fundamental que o supervisor 
pedagógico perceba o público-alvo desse espaço não escolar, bem como a 
realidade socioeconômica, para direcionar sua formação e a formação dos 
sujeitos, promovendo ações que os contemplem em sua totalidade. 
Nessa perspectiva, o supervisor pedagógico não deve deixar de lado a 
consciência crítica em trabalhar com pensamentos diversos, com culturas 
diferenciadas, experiências construídas em meios distintos, com transformações 
de valores, de famílias e de sociedade e, é exatamente essa riqueza cultural que 
norteia seu trabalho e auxilia na formação integral do cidadão e na transformação 
do comportamento humano, aliando, inclusive, aquela educação que ocorre 
adentrando os muros escolares. 
 
24 
 
Ví deo 
A fim de que percebamos um pouco mais sobre o contexto das 
práticas educativas nos espaços não formais e da atuação do 
supervisor pedagógico, assista ao vídeo O Trabalho do 
Pedagogo no Ambiente Escolar e Não Escolar – Abrigo, 
disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=a4VJKJa2eb4 
Esse vídeo mostra a atuação de um supervisor pedagógico em 
um abrigo, com sua linguagem simples, nos permite 
compreender as principais atividades relacionadas ao trabalho 
do pedagogo. 
 
Construímos diversos conceitos que certamente nos orientarão ao longo 
da disciplina e, até mesmo, de nosso curso e de nossa atuação profissional, 
despertando a busca pelo conhecimento e pela melhor atuação para formação 
integral de um sujeito, seja na educação formal ou informal. 
É necessário ressaltarmos que, independente do ambiente que esteja 
gerando a educação, é primordial que espaço não escolar, que educação 
informal, caminhe lado a lado com a educação oriunda do espaço formal, ou 
seja, da escola. Essa junção auxiliará a formação de um sujeito integro, 
completo, atuante, ativo e conhecedor de suas responsabilidades sociais, 
econômicas e políticas. 
 
Saiba Mais 
Os espaços não formais também auxiliam a construção das 
aprendizagens formais, ou seja, a atuação do supervisor 
pedagógico lá no ambiente escolar e as orientações que o 
mesmo realiza junto ao corpo docente para auxiliar e 
promover melhores maneiras de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia o artigo: Educação formal fora da sala de aula – olhares 
sobre o ensino de ciências utilizando espaços não formais, 
disponível em: 
http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/1674.pdf 
Esse escrito nos permitirá transitar entre a educação formal 
e informal, reforçando os principais pontos vistos em nossa 
aula. O mesmo apresenta como resumo pontos 
fundamentais como: utilização de ambientes extraescolares 
com a finalidade de desenvolver aprendizados, sendo uma 
prática pouco explorada como estratégia de ensino-
aprendizagem na educação formal. Para que se alcance 
resultados significativos, em termos de aprendizagem, é 
necessário, uma boa compreensão das funções, do 
funcionamento e das potencialidades, dos diferentes 
espaços não-formais para a educação formal. O artigo faz um 
recorte e uma reflexão sobre alguns olhares em torno das 
definições da educação formal, não formal e informal e dos 
espaços nos quais estas modalidades de educação 
acontecem, dando maior ênfase à educação formal e ao uso 
dos espaços não-formais para o desenvolvimento de 
atividades de ensino-aprendizagem. Busca também fazer 
uma reflexão sobre as estratégias de ensino de ciências que 
podem ser realizadas nestes ambientes não-formais. 
 
Resumo da aula 3 
 
Nesta aula aprofundamo-nos no que tange os espaços de educação 
formal, a escola, e os espaços de educação não formal. Com isso, construímos 
aprendizagens significativas acerca da temática e que os levaram a diferenciar 
a atuação do supervisor pedagógico em alguns ambientes, como em abrigos, 
Organizações Não Governamentais (ONGs), igrejas, clubes, associações e 
sindicatos e até em empresas. Nessa perspectiva, conseguimos ampliar as 
possibilidades de atuação do supervisor pedagógico, bem como de sua 
formação e necessidade constante de buscar novas informações e formações 
continuadas. 
 
 
26 
 
Por fim, adentramos na esfera da relevância do supervisor pedagógico na 
exploração desses ambientes, apontando como fundamental o respeito ao 
público-alvo, aos aspectos econômicos, sociais e políticos que permeiam a 
formação integral do estudante. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Explique as principais diferenças explanadas acerca dos 
ambientes formais e informais de educação. Na sequência, 
escolha um ambiente não formal de educação para explorar e 
identificar as principais ações do seu supervisor pedagógico. 
 
 
 
Aula 4 – Supervisor pedagógico: os projetos comunitários e sociais 
 
Apresentação da aula 4 
 
 Asociedade brasileira é composta por uma diversidade econômica 
intensa, ou seja, temos lacunas e desigualdades sociais em todas as regiões de 
nosso país. Essas desigualdades de fato são perceptíveis quando nos referimos 
a educação oferecida aos cidadãos brasileiros, sobretudo quando verificamos o 
quesito qualidade, garantido em nossa constituição, percebemos que não é 
oferecida de forma igualitária a todos os cidadãos brasileiros. Nesse ambiente 
repleto de diferenças econômicas, sociais, culturais e políticas encontram-se os 
projetos educacionais, de educação formal e informal e, naturalmente, a atuação 
do supervisor pedagógico. Desse modo, nesta aula, analisaremos exatamente 
esse cenário e perpassaremos pelos principais projetos que aliam a educação 
com a ação de comunicar-se, visando a autonomia, a cidadania, o respeito, a 
diminuição da violência entre outros objetivos particulares. 
 
4.1 Projetos sociais e a atuação do supervisor pedagógico 
 
 Procuramos até o momento distinguir a relevância do supervisor 
pedagógico e suas ações nos espaços de educação formal e nos espaços que 
 
27 
 
vão além dos muros escolares, denominados não formais. Partindo desse 
pressuposto, vamos nos aprofundar na atuação desse profissional quando nos 
remetemos aos projetos comunitários e sociais. “Há, de fato, espaço para o 
trabalho do pedagogo nessa esfera educacional?” 
 Após refletirmos, certamente chegaremos à conclusão de que o 
supervisor pedagógico é essencial nesses ambientes, seja em ONGs, igrejas, 
casas de detenção, associações de bairros, sindicatos ou demais espaços não 
escolares, mas que geram aprendizagem. 
 Hipoteticamente, vamo-nos remeter a um ambiente informal de educação, 
porém, que apresenta um nível elevado de violência, com crianças que estão à 
margem da sociedade e que apresentam diversas necessidades além das 
econômicas, como afetivas e culturais, por exemplo. Nesse ambiente o 
pedagogo deverá utilizar-se da própria realidade para gerar conscientização e 
promover, por meio dos projetos, a gradativa, porém, fundamental transformação 
social. 
Quando entrelaçamos a supervisão pedagógica aos espaços não 
escolares, os projetos e transformações sociais, não separamos Paulo Freire 
desse tripé, afinal, Freire foi um transformador social que vislumbrava a 
comunicação como indissociável da educação como prática libertadora, visto 
que, é por meio do diálogo, da comunicação e interação que a aprendizagem se 
instaura. Para comunicar é preciso pensar e ter a reciprocidade do ato, tornando 
os sujeitos ativos e comunicativos entre si. 
A comunicação, apresentada por Freire, foi a base dos processos 
educomunicativos no Brasil, propiciando a concepção de que todo sujeito tem o 
direito de comunicar-se, exercer criticamente sua cidadania e participar de seu 
meio de maneira democrática. Para Freire (1997, p. 78), “se dizer a palavra 
verdadeira, que é trabalho, que é práxis, é transformar o mundo, dizer a palavra 
não é privilégio de alguns homens, mas direito de todos os homens”. 
Ao realizar o ato de transmissão de informações, que promove a interação 
individual e coletiva, o sujeito passa a refletir acerca de seus pensamentos e, 
naturalmente, passa a promover sua autonomia, sendo que, essa dinâmica 
enquadra-se num processo humanista, pois “fazendo e refazendo as coisas e 
transformando o mundo, os homens podem superar a situação em que estão 
 
28 
 
sendo um quase não ser e passar a ser um estar sendo em busca do ser mais” 
(FREIRE, 1997, p. 74). 
De acordo como o autor, a comunicação se dá por um ciclo, onde 
comunicação e sujeitos se completam por intermédio do pensamento, da 
reflexão, da autonomia e da interação e, por meio desse ciclo, diversos projetos 
comunitários e sociais foram colocados a população, tornando a participação do 
supervisor pedagógico extremamente relevante o espaço não formal de 
educação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2018). 
 
No período em que Freire discorria sobre essa dinâmica de comunicação, 
meados da década de 1980, e diante da possibilidade de articular pensamentos 
e ações, diálogo e transformação, comunicação e liberdade, a consequência, no 
âmbito social, foi a possibilidade dos indivíduos questionarem as formas 
retrógradas de poder, promovendo, no Brasil, constantes movimentos sociais, 
sobretudo aqueles que incentivavam a cultura e o sentimento de patriotismo. 
 
29 
 
4.2 Educom – Projetos comunitários e sociais que envolvem a 
comunicação, a escola e os espaços não formais de educação 
 
Há diversos e significativos projetos que acontecem na educação informal 
e em espaços não escolares que, concomitantemente, atuam com a escola. Tais 
projetos se diferenciam conforme o ambiente e o público-alvo, buscando atingir 
as necessidades daquele momento, ou seja, um trabalho realizado em um abrigo 
poderá diferenciar-se daqueles aplicados em casas de detenção. Há a 
necessidade de adequações que dependem exclusivamente do olhar do 
supervisor pedagógico. A partir de agora, vamos conhecer alguns projetos 
significativos que acontecem nos âmbitos nacionais e estaduais que, 
certamente, buscam diminuir as lacunas das desigualdades sociais. 
Para iniciarmos é relevante compreendermos que um projeto cria 
condições de promoção à formação teórica e prática, relacionando o que 
estudamos em aulas anteriores, mesclando os ambientes formais e não formais 
de educação e que, propiciam condições ao sujeito de gerar as próprias formas 
de expressão, construindo espaços de cidadania pelo uso comunitário e 
participativo dos recursos da comunicação e da informação. 
Os projetos que veremos a seguir estão relacionadas a temática da 
educomunicação, ou seja, aquela que relaciona a comunicação com a educação, 
a fim de auxiliar a formação totalitária do cidadão, neles, perceberemos diversos 
aspectos que são abordados e o foco passa a ser a formação, já os meios de 
comunicação e o supervisor pedagógico são os recursos e mediações para 
atingir os objetivos inicialmente propostos. Isso posto, percebe-se que os 
norteadores pertinentes à educação e à comunicação se entrecruzam 
constantemente, embora considerados divergentes em alguns aspectos, a 
interconexão entre ambos é requerida pela própria vivência em sociedade. Como 
já demonstrado pelo Ministério da Educação e Cultura “a produção 
contemporânea é essencialmente simbólica e o convívio social requer o domínio 
das linguagens como instrumento de comunicação” (BRASIL, 1996, p.21). 
Sendo assim, a educação é vista como ação comunicativa, e a comunicação um 
fenômeno presente em todos os modos de formação do homem. 
Neste contexto, o supervisor pedagógico atuante em espaços não 
escolares precisa compreender que a educomunicação se posiciona como uma 
 
30 
 
educação dialógica, com solidariedade, participação ativa e compartilhamento 
de saberes, uma espécie de tripé estabelecido entre relações sociais, educação 
e comunicação a fim de diminuir as lacunas e desigualdades sociais, capazes 
de oferecer a comunidade uma oportunidade real para criar um ambiente 
propício as relações, interrelações e aprendizagens diversas. 
Há projetos que intercalam os ambientes formais e informais de educação 
e que atingem uma proporção tão antes inatingível que chegam a estabelecer 
leis a Estados ou municípios, como o caso do projeto denominado 
Educomunicação pelas ondas do rádio (2002), no estado de São Paulo que 
mesclava a Escola Pública e a comunidade em geral. Ao todo o projeto 
movimentou cerca de 455 escolas de Ensino Fundamental. “Podemos imaginar, 
a relevância do supervisor pedagógico em um projeto tão extenso como esse?” 
Certamente ele é fundamental, afinal, suas ações, suas orientações, sua 
organização, a promoção que ele realiza para o envolvimento da comunidade 
escolar e os objetivos a serem alcançados são essenciaise definidores para o 
trabalho da supervisão escolar e de uma gestão capacitada, autônoma e 
comunitária. 
O projeto em questão, proporcionava para a escola, bem como para 
educadores e educandos, uma produção radiofônica, a qual permitia que a 
comunidade escolar utilizasse o poder da palavra, da dialogicidade, da troca e 
do conhecimento, além de promover um enriquecimento das habilidades de 
leitura e escrita, favorecendo o domínio da linguagem (SOARES, 2011). O 
projeto Educomunicação pelas ondas do rádio proporcionou ao município de São 
Paulo a criação da lei 13. 941, em 28 de dezembro de 2004, intitulada “Educom”, 
que definia o sentido de educomunicação para as práticas de recursos 
educacionais e como política pública no município. 
A lei Educom representa intenso avanço educomunicativo, constituindo-
se como um foco nacional, e mais, um exemplo aos demais estados e municípios 
do país. Em sua configuração garante-se o contato com os recursos 
educomunicativos de maneira ampla, não apenas de rádio e cinema, atingindo 
não somente os educandos e educadores, mas a comunidade escolar como um 
todo, sendo responsabilidade da administração municipal disponibilizar recursos 
para a implementação dos projetos de cunho educomunicativo. 
 
31 
 
A partir desse contexto outros espaços de educação não formal aderiram 
a projetos educomunicativos proporcionando aos supervisores pedagógicos 
novas possibilidades de atuação, igualmente, aumentando a responsabilidade 
social pertencente a sua profissão. Dessa maneira, diversos pontos do Brasil, 
atingindo grande parte do território nacional, com o auxílio das ONGs 
(Organizações não Governamentais), foram adotadas diversas ações e projetos, 
os quais eram denominados de “educação pela comunicação”. 
A maioria dos representantes destas ONGs, pedagogos, reuniu-se na 
cidade de Fortaleza (CE), no ano de 2009, definindo e assumindo o conceito e a 
educomunicação em seus projetos. Partindo desse contexto, os projetos 
envolvendo as ONGs e escolas contemplavam recursos de comunicação, não 
somente o vídeo ou o rádio, mas também a própria palavra, a partir da cultura e 
da utilização do jornal escolar. Entre os inúmeros projetos, destacam-se: 
 
 
Projetos – Rede Comunicação, educação e participação – CEP* 
 
Projeto Principais objetivos Região Mantenedor 
 
Escola de 
vídeo 
Auxiliar a formação humana, política 
e técnica; Ampliar as possibilidades 
de empoderamento e autonomia; 
 
PE 
UNESCO 
UNICEF 
 
Aprender 
fazendo 
Contato direto com as principais 
linguagens midiáticas; Democratizar 
a comunicação; Contribuir para uma 
formação crítica e solidária; 
RJ, 
MA, 
PE 
 
UNICEF 
 
Botando a 
mão na mídia 
Instigar a interação educador e 
educando; Desenvolver a criticidade 
sobre os meios de comunicação; 
Reflexão sobre as próprias 
experiências de vida; Desenvolver o 
senso de colaboração; Trabalhar 
com as organizações de ideias e 
expressões orais; 
 
 
 
Brasil 
 
 
 
CECIP 
A educação 
no bairro-
escola: 
fortalecendo 
o território e a 
comunidade 
local 
Fortalecer a comunicação local; 
Integrar os potenciais educativos; 
Garantir o desenvolvimento integral 
do ambiente e dos sujeitos; 
 
 
 
SP 
 
 
 
 
UNICEF 
 
32 
 
 
 
Programa 
jornal escola 
Expressar livremente os 
pensamentos e sentimentos; 
Promover a cidadania participativa; 
Propiciar a melhoria das habilidades 
de leitura e escrita; Promover a 
estrutura de diálogo e intercâmbio de 
experiências. 
 
CE, 
RN, PI, 
BA e 
SP 
 
 
UNESCO 
UNICEF 
BNDES 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2018). 
 
Todos os projetos apresentados no quadro são realizados com o auxílio 
direto de supervisores pedagógicos e visam a criticidade, a interação, a melhoria 
das habilidades de escrita, leitura e oralidade, auxilia o processo de troca de 
experiências, de socialização, colaboração, de solidariedade e de formação 
como um todo, abrangendo os aspectos humano, social, político e econômico. 
 
Resumo da aula 4 
 
Abordamos a relação dos projetos com a atuação do supervisor 
pedagógico e a relevância dos mesmos para a diminuição das lacunas existentes 
nos aspectos sócio econômicos. Conseguimos refletir sobre questões essenciais 
e que norteiam a disciplina como a possibilidade da junção entre os projetos 
sociais e os escolares. 
Pudemos compreender um pouco mais acerca dos projetos comunitários 
e sociais que acontecem com intervenção do supervisor pedagógico. Pudemos 
perceber a relevância da atuação do pedagogo nos espaços não escolares e da 
relação que estabelecem as aprendizagens que acontecem nos espaços 
escolares com os espaços não formais de educação. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Pesquise no mínimo dois projetos sociais que geram 
aprendizagens em espaços não escolares e relacione-os com 
a atuação do supervisor pedagógico. Os resultados devem ser 
apresentados de maneira dissertativa e não em tópicos. 
 
 
 
33 
 
Resumo da disciplina 
Procuramos trabalhar as mais relevantes temáticas que se entrelaçam a 
disciplina de Supervisão Pedagógica. Em um primeiro momento, enfocamos os 
conceitos acerca da supervisão pedagógica, analisamos, posteriormente, o 
trajeto e a construção histórica da profissão, reconhecendo os mais significativos 
avanços das ações pertinentes a esse profissional. 
Outro ponto fundamental que abordamos foi, sem dúvida, a relevância dos 
espaços não escolares para a construção das aprendizagens fundamentais que 
norteiam a formação do sujeito, relacionando a essa temática, os projetos 
sociais, comunitários e os escolares. 
A partir de conceitos e situações que norteiam a supervisão pedagógica, 
concluímos que é de extrema importância à função do pedagogo enquanto 
supervisor, seja ele no espaço de educação formal ou das inúmeras opções de 
atuação em diferentes ambientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
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(org.). Supervisão pedagógica. Princípios e práticas. Campinas: Papirus 
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Acesso em: jan./2018. 
 
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GALANO, C. et al. Manifesto pela vida, por uma ética para a 
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<http://www.pnuma.org/educamb/Manif_pela_Vida.pdf>. Acesso em: jan./2018. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? 5. ed. São Paulo-
SP: Cortez, 2002. 
 
PIMENTA, Selma Garrido [et.al.]. Pedagogia, ciência da educação? São 
Paulo-SP: Cortez, 1996. 
 
SANTOMÉ, Jurjo. Globalização e Interdisciplinaridade – O Currículo 
Integrado. Porto Alegre: Editora Artes Medicas Sul LTDA, 1998. 
 
SOARES. Ismar de Oliveira. Educomunicação – o conceito, o profissional, a 
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VIEIRA, F. Supervisão – uma prática reflexiva de formação de professores. Rio 
Tinto-Portugal: Edições Asa, 1993. 
 
 
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