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PSICOLOGIA APLICADA À FISIOTERAPIA Noções básicas sobre as principais teorias aula 5

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PSICOLOGIA	APLICADA	À	FISIOTERAPIA
Noções	básicas	sobre	as	principais	teorias	
psicológicas
Professor	Milson	figueiredo
milsonfigueiredo@yahoo.com.br
Teoria	Psicanalítica
• Freud (1900) escreveu sobre a estrutura do aparelho psíquico,
referendo três sistemas ou instâncias psíquicas, divididas em:
inconsciente, pré-consciente e consciente.
• Posteriormente, reformulou sua teoria definindo como: id, ego e
superego.
• Mecanismos de defesa do ego: recalque; formação reativa;
regressão; projeção; racionalização.
• id: constitui o reservatório da energia psíquica, onde se “localizam” as pulsões
de vida e de morte. As características atribuídas ao sistema inconsciente, na
primeira teoria, são, nesta teoria, atribuídas ao id, que e regido pelo principio
do prazer. Para melhor entendimento, o id e o inconsciente, e não ha como a
pessoa ter acesso aquilo que esta nele, pois tudo fica reprimido, guardado,
todas as experiencias vividas, tanto as boas como as ruins;
• ego: e o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id e as
exigências da realidade e as “ordens” do superego. Procura dar conta dos
interesses da pessoa. E regido pelo principio de realidade que, com o principio
do prazer, rege o funcionamento psíquico. E um regulador, na medida em que
altera o principio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições
objetivas da realidade. As funções básicas do ego são: percepção, memoria,
sentimentos e pensamento. O ego e o mesmo que eu, a parte consciente da
pessoa, a sua identidade e tudo aquilo que ela sabe de si;
• superego:	origina-se	com	o	complexo	de	Édipo,	a	partir	da	internalização	das	
proibições,	dos	limites	e	da	autoridade.	A	moral	e	os	ideais	são	funções	do	
superego.	O	conteúdo	do	superego	refere-se	a	exigências	sociais	e	culturais.	
Para	compreender	a	constituição	do	superego,	e	necessário	introduzir	a	ideia	
de	sentimento	de	culpa.	Neste	estado,	o	individuo	sente-se	culpado	por	
alguma	coisa	errada	que	fez	ou	que	não	fez	e	desejou	em	algum	momento	ter	
feito.	Algo	considerado	como	mal	pelo	ego,	mas	não	necessariamente	
perigoso	ou	prejudicial,	pode,	pelo	contrario,	ter	sido	muito	desejado.
• Reacalque: neste caso, o individuo “não vê” e “não ouve” o que aconteceu,
existindo uma supressão da realidade. No recalque, a percepção da pessoa
sofre uma distorção. Por exemplo: ao ler um documento, a pessoa “não vê”
algumas palavras ou frases, comprometendo sua compreensão ou lendo
apenas aquilo que ela gostaria que estivesse ali;
• Formação reativa: no caso, o ego afasta o desejo real para uma direção
oposta. Um exemplo e o excesso de atenção, a superproteção. De acordo com
Freud, o desejo e exatamente inverso daquilo que a pessoa demonstra;
• Regressão: e o retonho a etapas anteriores ao do desenvolvimento atual. Por
exemplo, quando uma pessoa adoece, ela pode apresentar um comportamento
que não condiz com a sua idade, ficando mais infantilizada;
• projeção: conforme explicam Bock, Furtado e Teixeira (1999, p. 79),
e uma confluência de distorções do mundo externo e interno. A
pessoa projeta algo que e do seu interior e que ela não reconhece
como sendo seu para outra pessoa, por exemplo;
• racionalização: aqui a razão e colocada a serviço do ego e a pessoa
usa de argumentos intelectualmente convincentes e aceitáveis para
justificar algo. Diversos autores escrevem que na racionalização o
ego coloca a razão a serviço do irracional.
Teoria	do	desenvolvimento	cognitivo	de	
Jean	Piaget
• Por entender o desenvolvimento como construção, Piaget escreve
as etapas as quais o conhecimento é construído, sempre de acordo
com o aparecimento de novas qualidades do pensamento da criança.
• Todo conhecimento tem início a partir do nascimento do bebê,
estendendo-se até a vida adulta.
• Piaget usou o modelo biológico para explicar o desenvolvimento intelectual,
afirmando que o homem caminha na busca entre suas necessidades biológicas
de sobrevivência e as restrições do ambiente para a satisfação de tais
necessidades.
• Tanto o desenvolvimento intelectual como o biológico procuram sempre o
equilíbrio e são inseparáveis. O desenvolvimento intelectual e o resultado da
constituição de um equilíbrio progressivo entre o que Piaget chamou de:
Assimilação: a incorporação de novas experiencias e informações
recebidas pela pessoa;
Acomodação: para receber as novas informações ha a necessidade de
modificação das estruturas mentais a fim de incorporar as novas
experiencias.
A teoria dos estágios de desenvolvimento
• 1o período: sensório-motor (dos 0 aos 2 anos de idade);
Ø inteligência prática, manifesta em ações. Esquemas de ação, ”conceitos”
sensório-motores, início da construção das categorias de objeto, espaço,
tempo e causalidade. Da indiferenciação eu-mundo exterior ao
reconhecimento de objeto, espaço, tempo, causalidade.
ØNeste estágio, o bebê conhece o mundo através dos seus
movimentos e sensações. ... Durante esse estágio inicial de
desenvolvimento cognitivo, bebês e crianças pequenas adquirem
conhecimento através de experiências sensoriais e manipulação de
objetos.
• 2o período: pré-operatório (dos 2 aos 7 anos de idade);
• Pré-operatória: Pensamento indutivo , presença do animismo e do
artificialismo no raciocínio, egocentrismo. Indiferenciação entre o
ponto de vista próprio e o dos outros, rigidez e irreversibilidade do
pensamento. Interesse como prolongamento da necessidade,
sentimentos de respeito(afeição +temor) pelos mais velhos,
obediência, moral heterônoma.
• o estabelecimento da noção de objeto, sem que o mesmo esteja
próximo, habilidades de imaginação é imitação dos objetos também
caracteriza fortemente esse estágio.
• 3o período: operações concretas (dos 7 anos 12 anos de idade
aproximadamente);
• No estágio das operações concretas, a criança adquiriu maturidade
biológica suficiente para começar a operar através de regras. Em
outras palavras, esse estágio é caracterizado pelo desenvolvimento
de um pensamento lógico que não precisa mais de tanta
manipulação física.
• Passagem intuição á lógica do concreto, início da descentração. Aquisição da
capacidade de perceber a reversibilidade das operações, explicações causais,
noções de permanência de substância, peso e volume. Sentimentos de
respeito mútuo e de justiça (distributiva e retributiva), moral da
cooperação(correlata á lógica da reversibilidade ), aparecimento da vontade
como regulação da ação.
• 4 período: operações formais (dos 11/12 anos em diante).
ØOperatório formal ou abstrato: Acesso á lógica operatória abstrata,
descentração se completa. Pensamento proposicional e hipotético-
dedutivo ,esquemas formais de lógica combinatória e de proporções.
Construção da autonomia.
Teoria	do	desenvolvimento	psicossocial
• Erick Erikson (1902-1994) acreditava na importância da infância para
o desenvolvimento da personalidade, mas, para ele, a personalidade
continua a se desenvolver além dos cinco anos de idade, o que o
diferencia também de outros teóricos.
• Propõe oito estágios do desenvolvimento psicossocial através dos
quais um ser humano em desenvolvimento saudável deve passar da
infância para a idade adulta até quando idoso.
O	primeiro	estágio	– confiança/desconfiança
• Ocorre	aproximadamente	durante	o	primeiro	ano	de	vida,	0	- 18	
meses	- (Oral-Sensorial)
• A	criança	adquire	ou	não	uma	segurança	e	confiança	em	relação	a	si	
próprio	e	em	relação	ao	mundo	que	a	rodeia,	através	da	relação	que	
tem	com	a	mãe.	Se	a	mãe	não	lhe	der	amor	e	não	responde	às	suas	
necessidades,	a	criança	pode	desenvolver	medos,	receios,	
sentimentos	de	desconfiança	que	poderão	vir	a	reflectir-se nas	
relações	futuras.	Se	a	relação	é	de	segurança,	a	criança	recebe	amor	
e	as	suas	necessidades	são	satisfeitas,	a	criança	vai	ter	melhor	
capacidade	de	adaptação	às	situações	futuras,	às	pessoas	e	aos	
papéis	socialmente	requeridos,	ganhando	assim	confiança.
• Virtude	social	desenvolvida:	esperança.
O	segundo	estágio	– autonomia/dúvida	e	vergonha
• Aproximadamente entre os 18 meses e os 3 anos - (Muscular-Anal)
•É caracterizado por uma contradição entre a vontade própria
(os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que
começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o
meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autônoma,
não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com
sentimentos de vergonha. A atitude dos pais aqui é importante, eles
devem dosear de forma equilibrada a assistência às crianças, o que
vai contribuir para elas terem força de vontade de fazer melhor. De
facto, afirmar uma vontade é um passo importante na construção
de uma identidade. -Manifesta-se nas "birras"; nos porquês; querer
fazer as coisas sozinho.
• Virtude social desenvolvida: desejo.
O	terceiro	estágio	– iniciativa/culpa
• Aproximadamente	entre	os	3	e	6	anos	- (Locomotor-Fálico)
• É o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a
criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que
não pode fazer. Este estágio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem
que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes
papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser
“outro” que não “os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança
no sentido de que pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa. Neste
estágio a criança tem uma preocupação com a aceitabilidade dos seus
comportamentos, desenvolve capacidades motoras, de linguagem,
pensamento, imaginação e curiosidade.
• Questão chave: serei bom ou mau?
• Virtude social desenvolvida: propósito
O	quarto	estágio	– indústria	(produtividade)/inferioridade
• Decorre na idade escolar antes da adolescência, 6 - 12 anos - (Latência)
• A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se
competente. Neste estágio, a resolução positiva dos anteriores tem especial
relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não poderá
afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de inferioridade pode levar
a bloqueios cognitivos, descrença quanto às suas capacidades e a atitudes
regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez
que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes.
• Questão chave: Serei competente ou incompetente?
• Virtude social desenvolvida: competência.
• Vertente negativa nesse desenvolvimento: formalismo, a repetição obsessiva
de formalidades sem sentido algum em determinadas ocasiões.
O	quinto	estágio	– identidade/confusão	de	identidade
• Marca o período da Puberdade e adolescência
• É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente
precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua
singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de
identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Fatores que
contribuem para a confusão da identidade são: perda de laços familiares e
falta de apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do
grupo de pares; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais
exteriores à família (que permitem o reconhecimento de outras perspectivas)
e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e as figuras
de ligação.
• Neste estágio a questão chave é: Quem sou eu?
• Virtude social desenvolvida: fidelidade/Lealdade.
• Vertente Positiva: Socialização.
• Vertente negativa: O fanatismo.
O	sexto	estágio	– intimidade/isolamento
• Ocorre entre os 21 e os 40 anos, aproximadamente - (Adulto
Jovem)
• A tarefa essencial deste estágio é o estabelecimento de relações
íntimas (amorosas, e de amizade) duráveis com outras pessoas.
• Questão chave deste estágio: Deverei partilhar a minha vida ou
viverei sozinho?
• Virtude social desenvolvida: amor.
• A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não
conseguem estabelecer compromissos nem troca de afectos com
intimidade
• O sétimo estágio – generatividade/estagnação
• 35 - 60 anos - (Adulto)
• É caracterizado pela necessidade em orientar a geração seguinte, em
investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de
afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. Há a
possibilidade do sujeito ser criativo e produtivo em várias áreas.
Existe a preocupação com as gerações vindouras; produção de ideais;
obras de arte; participação política e cultural; educação e criação dos
filhos.
• Virtude social desenvolvida: cuidado do outro.
• A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos
sociais, à falta de relações exteriores, à preocupação exclusiva com o
seu bem estar, posse de bens materiais e egoísmo
O	oitavo	estágio	– integridade/desespero
• Ocorre a partir dos 60 anos - (Maturidade)
• É favorável uma integração e compreensão do passado vivido. É a hora do balanço,
da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez da vida. Quando se
renega a vida, se sente fracassado pela falta de poderes físicos, sociais e cognitivos,
este estágio é mal ultrapassado. Integridade - Balanço positivo do seu percurso vital,
mesmo que nem todos os sonhos e desejos se tenham realizado e esta satisfação
prepara para aceitar a idade e as suas consequências. Desespero - Sentimento
nutrido por aqueles que considerem a sua vida mal sucedida, pouco produtiva e
realizadora, que lamentem as oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado
tarde para se reconciliarem consigo mesmo e corrigir os erros anteriores.
• Neste estágio a questão chave é: Valeu a pena ter vivido?
• Virtude social desenvolvida: sabedoria.
• Erik Erikson considera as 4 primeiras fases freudianas psicossexuais (Oral, anal, fálica
e latência) e acrescenta mais 4, completando o ciclo do desenvolvimento humano
Teoria	do	desenvolvimento	de	Gesell
• O ponto central desta teoria é sobre o padrão de crescimento,
sobre o qual Gesell afirma que cada criança é única e
orientada pela atividade genética.
• Seus estudos apontam para quatro dimensões de conduta do
desenvolvimento, sendo elas: motora, verbal, adaptativa e
social.
• A importância dos trabalhos de Gesell está na compreensão
que ele oferece do comportamento motor da criança.
Teoria	Comportamental
• Conhecida também como teoria Behaviorista ou Experimental teve
seu início nos estados Unidos com o John Watson (1878-1958).
• A análise Experimental do Comportamento é utilizada em diversas
áreas para treinamento de pessoas, como é o caso, por exemplo, da
Educação com os métodos de ensino programado.
• Há outras teorias que se debruçaram no estudo sobre o
desenvolvimento humano, mas nos ocupamos daquelas de maior
interesse para a Fisioterapia.

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