Buscar

INSTRUMENTOS DE TRIAGEM PARA USO DE SUBSTÂNCIAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTRUMENTOS DE TRIAGEM PARA 
USO DE SUBSTÂNCIAS + Intervensão 
 
Os instrumentos de triagem para uso de substancias são CAGE, 
AUDIT E ASSIST. Os utilizados para uso especifico em 
rastreamento do álcool são CAGE e AUDIT, já o ASSIST avalia 
álcool e outras drogas. 
 No CAGE é indicado possibilidade de dependência a partir 
de 2 respostas positivas. No AUDIT temos quatro zonas, e quando 
o individuo se encontra na terceira é indicada a intervenção 
breve. Como não deu tempo semana passada, vimos apenas como 
funciona a entrevista motivacional. Estágios: 
• Pré contemplação: o individuo não reconhece os danos da 
substancia em sua vida, não se preocupa em mudar. 
• Contemplação: já admite o problema, mas ainda há 
resistência para mudar. 
• Preparação: planeja-se e cria-se condições para mudar, o 
individuo já esta motivado. O profissional deve orienta-lo 
sobre o compromisso dessa mudança. 
• Ação: implementa de fato mudanças no ambiente que vive 
e em seu comportamento. 
• Manutenção: continuidade do trabalho iniciado. 
• Prevenção de recaída: busca-se evitar a falha da 
manutenção e a volta do habito nocivo. 
 
Aintervenção breve, que técnica é essa e também 
observaremos que os seus princípios se parecem com os da 
entrevista motivacional, uma complementa a outra. São 6 
princípios e alguns deles já poderíamos imaginar por intuição nessa 
abordagem de pessoas que fazem uso de substancias. 
IMPORTANTE: a intervenção breve é utilizada quando 
há indicação de zona 3 no AUDIT e zona 2 do ASSIST. 
 
 
 
No ASSIST a zona 1 não requer intervenção, a zona 2 é uma 
intervenção breve e na zona 3 exige um acompanhamento 
especializado, pelo CAP’s AD, por exemplo. O álcool de todos eles 
tem uma pontuação maior para indicar necessidade de intervenção, 
de 0 a 10, porque há uma maior tolerância. Já as outras drogas a 
pontuação necessária é de 0 a 3. Com isso que foi dito, a 
intervenção breve será usada utilizada em estágios de 
dependência? NÃO! Pois quando reconhecemos esse 
estágio(dependência) é necessário um serviço mais especializado e 
ela é utilizada apenas quando se percebe a existência de um uso 
nocivo e de risco da substancia em questão. 
Para lembrar os 6 princípios da intervenção é interessante 
pensar no esquema de palavras, pois a própria descrição da técnica 
é dada pelas letras que formam a palavra FRAMES, que significa 
moldura. Nós encaixamos os individuo usuário de álcool ou de 
outras drogas nesses princípios, em que as iniciais formam a 
palavra chave. 
PENSOU EM INTERVENÇÃO BREVE, PESOU EM 
FRAMES. 
Aqui vemos uma introdução (no slide) mostrando que Miller 
e Sanches a propuseram na década de 70 e que cada vez mais ela 
vem sendo utilizada, não só no Brasil, mas também em outros 
países. 
F- FEEDBACK: retorno que damos para o individuo seja em 
uma consulta ou após aplicação de algum instrumento(audit, 
assist). Ele é importante pois não tem como a gente aplicar algum 
desses testes e o paciente não obter nenhum retorno, se não afinal, 
qual seria o sentido dele ter respondido a essas perguntas? Você vai 
dizer onde ele se encontra nas zonas de classificação de risco, se é 
na zona 3 do AUDIT ou na 2 do ASSIST, que reconheceu a partir 
disso que ele vem apresentando um comportamento de risco para 
uso da substancia e que isso traz danos a saúde. Concluindo: 
apresenta-se a técnica e faz o retorno. 
 
 
Exemplos de fala: “Observei o resultado do questionário que 
o senhor completou a poucos minutos e se o senhor se lembra, as 
perguntas eram sobre a quantidade de droga/álcool que consome e 
alguns problemas relativos a esse uso. Pelas suas respostas, parece 
que o senhor apresenta um risco para o surgimento de 
complicações relacionados ao uso dessa substancia se o padrão de 
consumo for mantido,(a pessoa pode já estar apresentando alguma 
complicação). E devido a isso, eu gostaria de falar contigo nos 
próximos minutos sobre essa situação, se me for permitido.” 
R- RESPONSABILIDADE: este segundo principio já tinha 
até sido falado na semana passada relacionado a entrevista 
motivacional... Nós profissionais da saúde temos deveres e 
responsabilidade com o paciente, mas a que está em questão aqui é 
a dele própria. Ou seja, deve-se fazer entender que ele é o 
responsável por seu tratamento, a mudança de perspectiva. É você 
responsabilizar o individuo sobre seu potencial de mudança em 
prol da saúde. 
Ex1: “Você que vai decidir o que fazer com essas 
informações”. Damos o atendimento mas o principal a gente da 
mudança é ele e ele tem que se automotivar também. 
Ex2: “Ninguém pode decidir por você”. Lembrando que 
devemos falar com todo jeito e não só jogar a responsabilidade para 
ele. 
Vários autores relatam que a percepção da responsabilidade 
age como motivador para a mudança de comportamento. 
Concluímos assim, que o individuo tem que se sentir responsável 
pela mudança e não só um mero agente passivo. 
 
A -ACONSELHAMENTO: nesta etapa você fornece 
orientações e informações claras para o indivíduo sobre esse uso 
nocivo que ele vem apresentando da substancia. Pode-se falar que 
já vem trazendo problemas para ele, sejam familiares, sejam 
físicos e também dos possíveis riscos de acometimento que ainda 
podem acontecer. 
 
 
 Discussão sobre possíveis metas(menu de opções) que é a 
próxima etapa; folhetos informativos; o que o paciente pode evitar 
e o que ele ganharia com a moderação do uso da droga. 
Ex: evitaria ressaca, pressão familiar e escolar(dependendo 
da idade e do contexto que se encontra) 
Ex: ganharia maior prazer, melhor desenvolvimento escolar, 
economia financeira e controle de sua própria vida. 
Essa é a parte de aconselhamento, no entanto, ela caminha 
junto com o menu de opções que é o próximo passo. Assim, deve-
se dar informações claras para o indivíduo e junto a esse menu é 
que se vai tentar traçar metas de ação. 
 
M – MENU DE OPÇÕES: a gente reconhece situações que 
fazem o individuo consumir a substancia em questão, seriam as 
situações gatilho, como: brigas familiares, bullying, desemprego. 
Pensando em menu de opções também podemos reconhecer 
ocasiões que estimulam o uso da substancia. Isso revela como ele 
consome, com quem, e o lugar. Ex: as vezes na saída do trabalho 
a pessoa faz um caminho e encontra amigos da faculdade que 
fazem uso da substancia X. A partir daí, a gente tenta traçar uma 
estratégia que diminua as chances dele se encontrar em posição de 
vulnerabilidade, como mudar a rota, voltar a amizade com outras 
pessoas que não consomem essa substancia, por exemplo. 
 
OBS:Esse traçar de meta deve ser feito JUNTO ao individuo. 
Outra possibilidade é mostrar no papel a questão econômica, 
dizer o quanto ele poderia economizar, o que poderia gastar com o 
dinheiro que juntou. Ex: viagens, instrumento musical, algum 
objeto de interesse. 
O que se faz nessa etapa é diferente de chegar e dizer a esse 
paciente que ele não pode/deve mais fazer o uso da substancia. 
Aqui se analisa as situações de vulnerabilidade e JUNTO dele 
pensamos em técnicas de como reduzir esse consumo. Não 
adota-se uma uma postura vertical, em que o saber esta com uma 
 
 
única pessoa pois dessa forma não surge o efeito esperado. O 
individuo tem que por si próprio reconhecer a situação que se 
encontra e participar da elaboração da estratégia para melhorar, 
gerando uma maior chance dele persistir. 
Ex1: Podemos sugerir que ele faça um diário, anotações, nem 
que seja em um bloco qualquer, onde ele diga onde ele costuma 
utilizar a substancia, a dose, quem o acompanha e as razões que o 
levaram a fazer isso(situação gatilho). 
Ex2: ver com ele atividades que são prazerosas e que 
poderiam substituir esse consumo que ele faz, como praticar um 
esporte, ler livros, aprender a tocar um instrumento. 
LEMBRANDO: Não utilizamos intervenção breve 
quando a pessoa já está dependente!E - EMPATIA: capacidade de se colocar no lugar do outro, 
mas vai alem disso. É pensar como vou expressar para o individuo 
que eu realmente me preocupo com a situação que ele expos no 
atendimento. Ex: “Imagino como deve 
ser difícil, mas você vai conseguir.” 
 
 S – AUTO-EFICÁCIA: como também foi visto na entrevista 
motivacional, é você focar no potencial de mudança que o 
individuo apresenta em relação ao consumo da droga/álcool. 
Temos que reforçar o progresso dele, as pequenas conquistas, 
lembrar que ele é capaz.

Continue navegando