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Ciclo cardíaco

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O sangue circula de modo contínuo, 
independente do batimento cardíaco. Isso ocorre 
porque durante a sístole ventricular, as artérias se 
dilatam para receber o sangue. Durante a diástole 
ventricular, elas voltam ao seu diâmetro normal, 
empurrando o sangue para frente, fazendo com 
que a circulação sanguínea ocorra de modo 
contínuo. 
O nó sinoatrial é um conjunto de células 
musculares primitivas. São chamadas de 
primitivas pois possuem pouco material contrátil e 
alta permeabilidade de íons, fazendo com que 
sempre esteja entrando sódio e saindo potássio 
das células, gerando um potencial de ação. Esse 
potencial de ação vai passar pelas vias 
intenodais, que são 3 e promovem caminhos 
rápidos até o nó ativentricular. A partir disso, 
esse potencial de ação passa pelo feixei de his, 
chegando nas fibras de purkinje, que distribuem 
esse potencial pelo epicárdio. 
Antes que a condução passe pelo nó 
atrioventricular, ocorre um atraso para que o 
primeiro potencial de ação passe pelo átrio, ele 
contraia e apenas depois passe para o ventrículo. 
OBS.: peixes, anfíbios e répteis não possuem 
células musculares primitivas, portanto, quem 
gera o potencial de ação são gânglios nervosos. 
Propriedades do músculo cardíaco 
 Inotropismo → capacidade de contrair; 
 Cronotropismo → capacidade de ter 
frequência; 
 Dromotropismo → capacidade de 
conduzir um potencial. 
 
 As valvas atrioventriculares possuem um 
formato de paraquedas, o que auxilia no 
impedimento da volta do sangue já presentes nos 
ventrículos quando este está em sístole. Isso 
ocorre, pois, o músculo papilar está preso ao 
musculo da parede ventricular, quando o último 
contrai, o m. papilar contrai junto, puxando as 
fibras tendíneas para dentro do ventrículo, não 
permitindo que elas voltem para o átrio. 
 
 Pela posição anatômica, quando o 
ventrículo esquerdo contrai, ele traciona o direito, 
facilitando a expulsão do sangue presente no 
ventrículo direito. 
Volumes cardíacos 
 Volume diastólico: volume total no 
ventrículo quando em diástole; 
 Volume sistólico: volume ejetado pelo 
ventrículo quando em sístole; 
 Volume sistólico final: volume restante 
no ventrículo depois da sístole. 
Débito cardíaco: volume ejetado por cada 
ventrículo em 1 minuto. 
DC = volume sistólico X frequência cardíaca 
Retorno venoso: quantidade de sangue 
venoso que chega no átrio direito a cada 
momento. 
Ciclo cardíaco 
Sequência de eventos que ocorrem em um 
batimento cardíaco. Enquanto os átrios estão em 
sístole os ventrículos, obrigatoriamente, estão em 
diástole. 
o As válvulas semilunares se fecham; 
1 – Relaxamento isovolumétrico: 
 Semilunares acabaram de se fechar; 
 Os ventrículos começam a entrar em 
diástole, portanto seus volumes não se 
alteram. 
 
o As válvulas atrioventriculares se abrem. 
OBS.: as válvulas não são abertas por sinais 
elétricos e sim por uma diferença de pressão 
(ação mecânica). 
2 - Enchimento rápido: 
 Por uma diferença de pressão, o sangue 
presente no átrio é dispensado no 
ventrículo. P atrial > P ventricular; 
OBS. II: durante a sístole ventricular anterior, os 
átrios estavam recebendo sangue. 
3 – Diástase: 
 Como o fluxo sanguíneo é contínuo, o 
sangue presente nas veias passa para os 
ventrículos antes da sístole atrial, já que as 
válvulas atrioventriculares ainda não se 
fecharam. 
4 – Sístole atrial: 
 O átrio contrai e ejeta o sangue no 
ventrículo. A quantidade de sangue que é 
ejetada corresponde a 30% do volume 
sistólico. 
 
o As válvulas atrioventriculares são 
fechadas. 
5 – Contração isovolumétrica: 
 Os ventrículos entram em sístole, mas 
como as válvulas atrioventriculares 
acabaram de se fechar e as semilunares 
ainda não se abriram, o volume dos 
ventrículos permanecerá o mesmo. 
 
o As válvulas semilunares são abertas. 
6 – Ejeção: 
 Os ventrículos em sístole ejetam o sangue 
para suas artérias. 
7 – Protodiástole: 
 O ventrículo começa a relaxar, mas ainda 
não entra totalmente em diástole por que 
as semilunares ainda estão abertas, 
permitindo a saída do sangue por inércia e 
por viscosidade. 
 
o As semilunares são fechadas, reiniciando 
o ciclo. 
Lei de frank-starling 
É a autorregulação do débito cardíaco, ou seja, 
todo o sangue que o receber será ejetado dentro 
de seus limites fisiológicos. 
Quanto mais o musculo cardíaco for distendido no 
seu enchimento, maior será a força da contração. 
Caso a quantidade de sangue seja muito grande, 
nem tudo será ejetado, pois existe um limite 
fisiológico de distensão. O excesso de volume 
levará a uma fraqueza muscular e causará uma 
patologia. 
Em movimento: o musculo irá precisar de uma 
quantidade de sangue maior, então o sangue que 
fica no baço, fígado e nas veias do trato 
gastrointestinal, que está em uma movimentação 
mais lenta, é redirecionado através da 
vasoconstrição feita pelo SNS, para os músculos 
esqueléticos. No entanto, para receber esse 
sangue, no musculo esquelético terá que ocorrer 
uma vasodilatação. 
SarcÔmero 
É a unidade funcional do músculo estriado 
cardíaco. É composto pela actina (filamento fino) 
e miosina (filamento grosso). O limite de cada 
sarcomero é a linha Z, onde se originam a actina 
que se ligam à miosina. A interação entre a actina 
e miosina acaba criando uma tração. 
O cálcio é armazenado no retículo 
sarcoplasmático. Quando a célula sofre um 
potencial de ação e entra sódio, isso faz com que 
o cálcio saia do retículo sarcoplasmático e vá para 
o citoplasma. Após isso, ele se liga à troponina e 
a tropomiosina se desloca, permitindo a ligação da 
actina com a miosina. 
Regulação heterométrica (diferentes medidas) 
Quando o ventrículo se distende, as células 
musculares cardíacas se distendem. Essa 
distensão aumenta a região entre a miosina e 
actina para as próximas interações (dentro dos 
limites fisiológicos). 
Quanto menor a quantidade de interações entre a 
actina e miosina, vai ocorrer um menor 
encurtamento do sarcômero e uma menor força de 
contração. 
Um contato mínimo entre actina e miosina, vai 
resultar em uma distensão excessiva, fazendo 
com que o coração não tenha muita força na hora 
da contração. 
 
Bulhas ou ruídos cardíacos 
1° ruído: fechamento das valvas AV; barulho 
TUM; 
2° ruído: fechamento das semilunares; barulho 
TAC; 
Ruídos auscultáveis apenas por fonocadiograma: 
3° ruído: enchimento do ventrículo ao final do 
enchimento rápido; 
4° ruído: sístole atrial; 
Patologias valvulares 
Estenose valvular: quando a válvula não abre 
corretamente e o sangue não vai todo para a 
próxima câmara. 
o Estenose da AV – Sopro – TUM – TAC 
o Estenose da semilunar-TUM-sopro – TAC 
Insuficiência valvular: válvula não fecha 
corretamente e o sangue reflui para a câmara ou 
vaso anterior. 
o Insuficiência da AV – Sopro – TAC 
o Insuficiência da semilunar – TUM – sopro 
Edema: congestão (acumulo de sangue venoso) 
→ aumento da pressão hidrostática nas veias; 
edema pulmonar é sinal de problema no ventrículo 
esquerdo.

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