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Avaliação clínica: O enfermeiro precisa desenvolver o raciocínio clínico. o Considerar a peculiaridade de cada ser humano (NHBs – Necessidades Humanas Básicas – de cada pessoa) o Visão holística o Pensar racionalmente Entrevista Fase de coleta de dados; Entrevista compreensiva: saber explorar os dados, demonstrar interesse e conhecimento, ser receptivo e estabelecer uma boa comunicação; Conhecer o paciente, sem impor valores, autoridade ou fazer julgamentos; Evitar interrompê-lo; Respostas claras e de fácil compreensão; Objetivos: o Saber como o cliente está: condições físicas e psíquicas. o Situar como o cliente é: suas características gerais e seus hábitos. o Conhecer como o cliente percebe o processo saúde-doença: crenças e valores. o Identificar as demandas de cuidado: percebidas pelo paciente e pelo enfermeiro. o Identificar sinais e sintomas de alterações fisiológicas, emocionais, metais, espirituais e sociais. Fases da entrevista: o Introdução: ▪ Enfermeiro se apresenta; ▪ Chama o paciente pelo nome; ▪ Explica a necessidade de entrevistá- lo; o Corpo: ▪ Início à entrevista propriamente dita; ▪ Estimular o paciente a expressar sua percepção sobre seu estado de saúde (queixa principal); ▪ Obter informações sobre hábitos e costumes; ▪ A utilização de um instrumento com tópicos a serem preenchidos facilita a coleta de dados; o Fechamento: ▪ Avisar o paciente que a entrevista está acabando; ▪ Fazer um breve resumo dos dados colhidos e validá-los com o paciente; ▪ Colocar-se à disposição para esclarecer dúvidas; ▪ Agradecer a colaboração; Deve durar entre 15-45 minutos; Roteiro: Aspecto abordado Conteúdo a ser coletado Por que coletar Motivo da procura do serviço e/ou queixa principal Expressão do paciente sobre o motivo que o levou a procurar a assistência e descrição dos sintomas que apresenta. Conhecer os aspectos principais do elemento causador do desequilíbrio das NHBs e/ou padrões funcionais de saúde. Presença de doenças e tratamentos anteriores; alergias Descrição resumida de doenças crônicas; motivo de hospitalizações e/ou cirurgias anteriores; alergias a medicamentos, alimentos, esparadrapo etc. Conhecer o perfil de saúde, possibilitar a associação desse perfil ao estado atual do paciente, prever complicações. Antecedentes familiares Estado de saúde dos familiares diretos (presença de diabete, hipertensão arterial, doenças cardíacas, renais, autoimunes, tuberculose etc.) e causa da morte desses familiares, se for o caso. Conhecer a herança familiar de saúde e sua relação com o estado de saúde do paciente, buscando os fatores de risco para tal. Uso de medicamentos Relação dos medicamentos que tomou ou toma (se prescritos por médico ou não) e outras substancias que ingere para alívio de sintomas. Ampliar os dados relativos ao seu estado de saúde e tratamento. Existência de outros fatores de risco Relato de consumo de álcool, fumo ou drogas (quantidade, frequência, idade de início e, se for o caso, quando parou). Auxiliar na associação do estado atual e do progresso de saúde, assim como prever complicações. Hábitos e costumes Relato das condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e repouso, atividades físicas, sexuais, lazer etc. Compreender como vive, as possíveis repercussões de seus hábitos/costumes no desenvolvimento da doença. Pode ser manual (impressa) ou digital; Fatores: o Habilidade técnica; o Conhecimento; o Ambiente interno e externo; o Crenças e valores; o Relacionamento interpessoal; Se atentar à comunicação verbal e à não verbal; Posicionamento para coleta de dados e métodos propedêuticos Propedêutica = exame físico Posicionamento: o decúbito dorsal (DDH), o decúbito lateral, o decúbito ventral (prona), o sentado o ou ortostático (em pé). Técnicas básicas: o Uso de EPIs; o Material necessário (estetoscópio, esfigmomanômetro, fita métrica, relógio etc.); o Postura educada, gentil, calma, informar ao cliente o que vai fazer; o Preparo técnico, psicológico, postura ética e humanização; Entrevista, inspeção, palpação, percussão, ausculta. o Abdome: 1- inspeção, 2- ausculta, 3- percussão, 4- palpação o Ausculta antes da palpação! o Utilização dos sentidos. inspeção Observação geral e localizada. . o Obtenção de dados através de dados através dos olhos e nariz. Observação dos segmentos corporais e a presença de dismorfias (deformidades), distúrbios no desenvolvimento, lesões cutâneas, secreções, presença de cateteres, coloração, movimentos corporais, sondas, tubos e demais dispositivos. o Estática ou dinâmica. o Inspeção frontal ou tangencial. o Preservar a privacidade do paciente. o Iluminação adequada. o Dar atenção às áreas de maiores queixas. o Dicas: ▪ Manter a sala em temperatura agradável; ▪ Manter a privacidade do paciente; ▪ Evitar interrupção; ▪ Observar a expressão facial do paciente; ▪ Durante o exame, manter o paciente informado de cada passo para deixá-lo; Palpação Obtenção de dados a partir do tato e da pressão. o Tato -> superficial (1 cm) o Pressão -> profundo (5 cm) Mãos lavadas, aquecidas, unhas curtas e limpas, luvas. Identificação de modificações de textura, espessura, consistência, estabilidade, dureza, umidade, sensibilidade, volume, frêmito, flutuação, elasticidade, .... Variantes: mão espalmada; sobreposta; mão espalmada usando apenas as polpas das digitais digitais, em forma de pinça (indicador e polegar), dígito-pressão, puntipressão ou fricção com algodão. o Digito-pressão -> identifica edema, dor ou circulação. ▪ Sinal de Godet. o Puntipressão -> agulha com involucro. ▪ Identifica sensibilidade. Dicas: o Regiões dolorosas devem ser palpadas por último. o Para palpar o abdome, o paciente deve estar em decúbito dorsal. Percussão Vibrações originadas por pequenos golpes realizados em determinadas superfícies do organismo. Impressões acerca da resistência que a região golpeada oferece durante o procedimento. Variantes: direta; dígito-digital; punho- percussão; com a borda da mão; ou piparote; Sons: o Maciço: sem ar (osso, fígado) o Submaciço: pouco ar (intestinos) o Timpânico: contém ar, coberta por membrana flexível o Claro-pulmonar: área dos pulmões Dicas: o Mantenha as unhas curtas. o Realize dois golpes seguidos para confirmar o som. o Em órgãos simétricos, faça percussão comparada. o Adote uma posição correta e confortável durante o exame. o Enquanto estiver aprendendo os sons, treine em objetos ou em um colega. o Feche os olhos para concentrar-se melhor quando estiver treinando. Ausculta Utilização do estetoscópio para obter ruídos considerados normais ou patológicos. Ouvir sons que são inaudíveis sem o aparelho. Tipos de estetoscópio: o Clássico; o Master; o Digital; o Amplificador; o Eletrônico; o Pediátrico; Componentes do estetoscópio: o Olivas; armação metálica; tubos de borracha; e receptores. Tipos de ausculta: o No pulmão: murmúrio vesicular (MV) ou ruídos adventícios (patológico). ▪ Sibilos = chiado de gato; ▪ Roncos = chiado de queda d’água em pedras; o No coração: bulhas normais (BCNRF) ou anormais. o No abdome: sons vasculares e do intestino = ruídos hidroaéreos (RHA). Considerações finais Ao coletar os dados apropriadamente, podemos descobrir os problemas de saúde que aquele individuo está enfrentandoe planejar uma assistência individualizada. A avaliação clinica permite a identificação dos diagnósticos de enfermagem, o que lhe confere o exercício autônomo da profissão. Uma coleta de dados competente, evita que o paciente passe por abordagens desnecessárias e cansativas.
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