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Decisão do STF sobre CPOM e ISS

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Universidade Veiga de Almeida
Pós-graduação em Gestão e Planejamento de Tributos
Disciplina: Tributos sobre o faturamento I - ISS
Prof.ª. Rose de Bom 
Aluna: Nathalia Feliciano Marinho Maia Gonçalves
Decisão de Inconstitucionalidade do CPOM 
Segundo a lei complementar 116 de 2003, o ISS será devido no local da prestação, para os serviços listados no artigo 3º do inciso I ao XXV. Para os demais serviços, o imposto será devido no local do estabelecimento prestador, ou na falta deste, no local de domicílio do prestador.
No artigo 3°, são listados os são serviços onde há a necessidade de o prestador ir ao local denominado pelo tomador para realizar o serviço, como é o caso do serviço de montagem de andaimes, que dependem que o prestador se desloque ao local designado pelo tomador para realizar a montagem. Nesses casos o ISS é devido no município que está sendo “onerado” pela prestação do serviço.
Mas existem casos em que não há necessidade da ida do prestador ao local para a prestação do serviço. Os casos mais comuns são as consultorias. Diferente de um serviço de limpeza, a consultoria, por vezes, pode ser feita no município do prestador e enviada por e-mail, ou executa online ou via vídeo conferência, sem a necessidade de visita ao local do tomador dos serviços.
Como em muitos casos o ISS é devido no local de estabelecimento do prestador, muitas empresas passaram a se estabelecer em municípios onde o ISS tinha alíquotas menores e prestavam seus serviços em municípios onde a alíquota era maiores. A alíquota do ISS varia de 2% a 5%.
Diante disso alguns munícipios passaram a exigir dos prestadores de outros municípios um prévio cadastro, a fim de se munir de informações que ajudariam a identificar a real situação do prestador, tal cadastro foi denominado por CEPOM, que significa Cadastro de Empresas Prestadoras de Outros Municípios. 
As empresas que desejassem prestar serviços para tomadores de outros munícipios deveriam então, realizar o cadastro no CEPOM, caso o prestador dos serviços não efetuasse o cadastro, o tomador ficaria responsável por aplicar retenção. O Imposto deveria ser retido e repassado ao município do tomador, independente do mesmo já ter sido pago ao município do prestador, evitando assim a falta de recolhimento ao município devido. 
No dia 26/02/2021, o STF declarou ser inconstitucional que um Município exija o cadastro de prestador de serviços não estabelecido em seu território e aplique a retenção de ISS como medida punitiva aquele que não se cadastrar, e com isso, a partir daí torna-se ilegal a exigência do cadastro e consequente retenção por punição.
Desta forma, a decisão coloca fim a obrigatoriedade, assim como a exigência de um cadastro dos prestadores de serviços estabelecidos em outro município. 
A medida é uma resposta ao questionamento sobre a regularidade do CPOM feito pelo Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo (SERPROSP).
Como se trata de um Recurso Extraordinário com reconhecida repercussão geral, o entendimento do STF deve ser aplicado a todos os cadastros de prestadores de serviço criados por outros municípios com o mesmo fim.
Desta forma, o STF aguarda que todos os municípios sejam informados, se posicionem sobre a decisão e, assim, informem às empresas sobre como proceder com o fim da obrigatoriedade.
Em minha opinião, a decisão STF foi extremamente correta, pois o munícipio ao instituir o CEPOM, se sobrepõe a lei, transfere a sua responsabilidade em fiscalizar os serviços que estão sendo tomados por empresas estabelecidas em seu município para as tomadoras, que ficavam obrigadas a aplicar a retenção efetuar o pagamento do ISS ao munícipio, quando toma o serviço de uma empresa que não tenha efetuado este cadastro, tornando-se responsável solidária da prestadora de serviço, pouco importando também, se o prestador seria bi tributado.
	Mesmo diante da decisão, muitos municípios ainda não se posicionaram quanto ao fim do CEPOM, o que deixa as empresas inseguras em deixar de aplicar as retenções por falta de cadastro, porém em meu ponto de vista, a decisão do STF é soberana e deve ser seguida e cumprida, e caso eventualmente, o município decida aplicar algum tipo de multa, julgo que as tomadoras de serviços poderão facilmente recorrer por meios judiciais.

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