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Sistema Muscular

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VICTOR CORDEIRO SIMÃO – MEDICINA LXIX UFG 
SISTEMA MUSCULAR 
 
• Três tipos de tecido/célula muscular 
o Esquelético, cardíaco e liso 
• Diferenças na localização, inervação, 
estrutura celular 
o Todas células são extensíveis, 
excitáveis, elásticas 
 
MÚSCULO ESQUELÉTICO 
• Fixados aos ossos/pele; maioria é 
voluntário; mantém a postura, estabiliza 
articulações, gera calor 
• Maioria dos mm. consiste de ventres 
(contráteis), tendões 
 
Tecido conectivo 
• Camadas de tecido conjuntivo separam o 
ventre muscular 
o Epimísio: envolvido ao redor dos mm. 
o Perimísio: envolvido ao redor dos 
fascículos nos mm. 
o Endomísio: envolvido ao redor das 
fibras/células dos mm. 
• Combinam-se no final para formar 
tendão 
o Origem fixa a um osso fixo 
o Inserção fixa a um osso móvel 
 
Figura 1. Corte de um músculo esquelético 
ilustrando camadas de tecido conjuntivo, 
fascículos, fibras musculares. 
Miócitos 
• Células cilíndricas longas com múltiplos 
núcleos 
• Membrana plasmática → sarcolema 
• Citoplasma → sarcoplasma 
o Contém o reticulo endoplasmático 
liso → reticulo sarcoplasmático 
(armazena cálcio) 
• Túbulos transversos (túbulos T) projetam-
se do sarcolema para o centro do 
músculo 
• Longos filamentos – miofibrilas – 
preenchem o sarcoplasma, contém 
filamentos finos de actina, filamentos 
grossos de miosina (arranjados nos 
sarcômeros) 
 
Sinal motor 
• Os sinais motores do cérebro controlam 
o sistema esquelético 
• Neurônios motores liberam acetilcolina 
no sarcolema → íons rápidos se 
desclocam através do sarcolema, 
descendo o túbulo T→ cálcio entra no 
miócito → retículo sarcoplasmático libera 
o cálcio no sarcoplasma → actina + 
miosina → miócito se contrai → retículo 
sarcoplasmático captura o cálcio → 
músculo relaxa 
 
 
VICTOR CORDEIRO SIMÃO – MEDICINA LXIX UFG 
 
Figura 2. Composição de um miócito.
 
MÚSCULO CARDÍACO 
• Involuntário, estriado; localizado apenas 
nas paredes do coração 
• Menor que o músculo esquelético; 
ramificado e interconectado 
• 1 a 2 núcleos centrais por fibra 
• Muitas mitocôndrias → resistência a 
fadiga 
• Células marca-passo demostram 
automaticidade; gera potencial de ação 
 
Disco intercalar 
• Composto de junções do tipo GAP e 
desmosomas 
o Junções do tipo GAP: áreas de baixa 
resistência, permite rápida 
propagação de sinal entre 
cardiomiócitos (contração 
coordenada de células) 
o Desmossomos: ancorar as células 
juntas; evita que as células se 
distanciem durante a contração 
o Permite ao coração trabalhar como 
uma unidade (sincisio funcional) 
 
Túbulos/Tubos transversais 
• Invaginam-se do sarcolemma 
• Também servem para uma propagação 
mais rápida 
o Ajuda a conduzir o sinal mais 
profundamente dentro da célula, 
permitindo uma contração mais 
sincronizada 
o Prolonga-se ao longo das faixas Z, 
comunica com retículo 
sarcoplasmático (armazenamento de 
Ca2+) 
 
Filamentos espessos e finos 
• Como o músculo esquelético, as 
miofibrilas cardíacas contêm sarcômeros 
delimitados por bandas Z 
o Faixas Z: perpendiculares à miofibrila, 
presas a lamentos finos 
o Os filamentos espessos encontram-se 
entre as bandas Z 
o Todas as proteínas envolvidas são 
globulares 
o Filamentos espessos e finos deslizam 
um sobre o outro → contração 
 
Filamentos espessos 
• Miosina: cauda com duas cabeças 
o Cada cabeça tem ATPase, sítios de 
ligação 
 
Filamentos finos 
• Actina: globular/G-actina polimeriza-se 
em um filamento de filamentos/F-actina 
o Duas F-actinas se transformam em 
fios com o sítos de ligação para 
miosina 
• Tropomiosina: bloqueador de sítio, 
previne a contração ao desativar a 
fixação da miosina com a actina 
• Troponina: molécula composta de três 
subunidades: 
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o C: Ca2+ ligação → impede a troponina 
de inibir actina 
o I: Inibitória → inibe a ATPase 
o T: → afinidade com a tropomiosina; 
marcador de infarto do miocárdio no 
sangue 
 
Endomísio (tecido conjuntivo frouxo) 
• Contem capilares, nervos 
• Proporciona suporte, elasticidade; separa 
as células 
 
• Mantido pelos fibroblastos 
 
MÚSCULO LISO 
• Geralmente encontrado em órgãos ocos 
(e.g. intestino, bexiga, útero, vasos 
sanguíneos); músculo involuntário 
• Células fusiformes, apenas um núcleo 
• Sem túbulos T; caveolas 
• Finos, grossos miofilamentos; sem 
sarcômeros → aparência lisa 
 
 
Figura 3. Aparência dos filamentos de miosina e de actina
 
Figura 4. Bandas Z são regiões entre os 
sarcômeros nos músculos esqueléticos e 
cardíacos. 
 
Figura 5. Células do músculo liso. 
 
 
 
 
 
 
VICTOR CORDEIRO SIMÃO – MEDICINA LXIX UFG 
MECANISMO DE CONTRAÇÃO 
MUSCULAR DEPOIS DA GERAÇÃO 
DE ENERGIA 
• Filamentos grossos de miosina puxam a 
actina fina em direção a Linha M → 
sarcômero encurta, banda-A do músculo 
não se altera; banda-I se encurta 
• Na máxima contração, os filamentos 
grossos e finos estão quase 
completamente sobrepostos; bandas H e 
I praticamente somem 
 
FATORES QUE DETERMINAM A 
FORÇA DA CONTRAÇÃO 
 
Tamanho das fibras musculares 
• Fibras musculares mais largas →  
filamentos →  pontes cruzadas → 
contrações fortes 
Número de fibras musculares ativas 
•  fibras musculares → contrações fortes 
 
Frequência de estimulação (relação 
força-frequência) 
•  frequencia de estimulação → íon cálcio 
flui do retículo sarcoplasmático para o 
sarcoplasma → liga-se as proteínas 
regulatórias da troponina nos filamentos 
de actina → ligação com miosina → 
contrações fortes 
Tamanho do sarcomero 
• Relação tensão-comprimento 
• Quanto maior o sarcômero → contração 
forte; diretamente proporcional 
 
Velocidade do encurtamento muscular 
• Relação força-velocidade 
• Contração lenta →contração forte 
 
Figura 6. Mudanças que ocorrem na contração muscular. 
 
 
VICTOR CORDEIRO SIMÃO – MEDICINA LXIX UFG 
TIPOS DE MÚSCULOS 
 ESQUELÉTICO LISO CARDÍACO 
LOCALIZAÇÃO 
Fixado aos ossos Forma parede de 
órgãos ocos 
 
Vasos sanguíneos, 
glândulas 
Coração 
CONTROLE NEUROLÓGICO 
Voluntário 
 
Involuntário (reflexos) 
 
Inervação: sistema 
nervoso somático 
 
Neurotransmissor: ACh 
Involuntário 
 
 
 
 
Inervação: sistema 
nervoso autônomo 
 
Neurotransmissor: ACh, 
NE 
 
Também é regulado 
por hormônios, 
substâncias produzidas 
localmente 
 
Determina o próprio 
ritmo 
 
Contrai em resposta de 
ser tensionado 
Involuntário 
 
 
 
 
Inervação: sistema 
nervoso autônomo 
 
Neurotransmissor: ACh 
 
 
 
 
 
 
 
Determina o próprio 
ritmo: células marca-
passo 
FUNÇÕES 
Movimento, postura, 
estabilização 
 
Termogênese 
 
Controle voluntário da 
micção 
Vasta distribuição 
 
Trato digestivo: 
movimento da comida 
 
Urinário: esvaziamento 
da bexiga 
 
Vascular: diâmetro dos 
vasos 
 
Sensorial: mudança no 
tamanho da pupila 
 
Endócrino: contração 
de glândulas 
Propulsão do sangue 
CARACTERÍSTICAS 
CELULARES 
Longas, cilíndricas, 
estriadas 
Em formato de fuso Cilíndrica, estriada, 
ramificada 
NÚCLEO Múltiplo Um, localizado centralmente 
Um, localizado 
centralmente 
CARACTERÍSTICAS 
ESPECIAIS CÉLULA-CÉLULA 
Nenhuma Junções do tipo GAP 
em células viscerais 
Disco intercalar 
 
Desmossomo 
 
Junções do tipo GAP 
 
 
 
 
VICTOR CORDEIRO SIMÃO – MEDICINA LXIX UFG 
DEFINIÇÕES 
• Tendão: liga músculo no osso; 
suprimento vascular escasso; resistentes 
• Aponeuroses: liga músculo no osso; 
formato de lâmina 
• Fáscia: lâmina (tecido conjuntivo); 
envolve o músculo; bainha de contenção 
• Retináculo: espessamento transversal da 
fáscia 
• Músculo agonista: agente motor 
• Músculo antagonista: se opõem ao 
agonista 
• Músculo sinergista: auxilia o agonista 
• Músculo fixador: postura 
• Alavanca de 1ª classe: carga – eixo – 
esforço 
 
• Alavanca de 2ª classe: eixo – carga – 
esforço 
• Alavanca de 3ª classe: eixo – esforço – 
carga 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS 
ESTRIADOS ESQUELÉTICOS 
• Forma: curtos, largos, leque 
• Disposição das fibras: peniformes 
• Número de inserções proximais• Número de inserções distais 
• Número de ventres 
• Disposição dos fascículos: triangular, 
circular, fusiforme, paralelo 
• Profundidade: superficial, profundo

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