Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE-UFAC CAMPUS FLORESTA CENTRO DE EDUCAÇÃO E LETRAS-CEL PESQUISA EM EDUCAÇÃO ALDECILDA CARNEIRO DE OLIVEIRA ANTONIA CLEICIANA ALVES DOS SANTOS AUDENIZIA ALENCAR DE MORAIS REFLETINDO SOBRE O TRABALHO DOS PROFESORES DA ESCOLA DO CAMPO EM PERIODO PANDÊMICO CRUZEIRO DO SUL-AC 2021 Nº PROFESSOR (A) IDADE TEMPO DE ATUAÇÃO MUNICIPIO TURMA/ ANO SERIADO/ MULTISERIADO QUANTIDADE DE ALUNOS 1 ALDECILDA CARNEIRO DE OLIVEIRA 39 22 M.L 1 AO 5 MULTISSERIADO 12 2 ANTONIA CLEICIANA ALVES DOS SANTOS 29 3 CZS 1 AO 5 MULTISSERIADO 8 3 AUDENIZIA ALENCAR DE MORAIS 39 14 M.L 1 AO 5 MULTISSERIADO 18 REFLEXOS SOBRE A FORMAÇÃO E O FAZER EDUCATIVO NO MULTISSERIADO 1. INTRODUÇÃO: O presente trabalho nos leva uma reflexão sobre a pratica pedagógica nas escolas multisseriadas de 1 ao 5 ano na educação do campo em tempo de pandemia. Tem como objetivo compreender a realidade educacional da escola municipal PEDRO DE MORAIS, situada na comunidade são salvador rio moa, zona rural no município de Mâncio Lima, atende filhos de agricultores de baixa renda, com a faixa etária de 30 (trinta) alunos. Para compreender a necessidade da valorização no senário escolar das experiências de vida obtidas pelos educandos, a partir da sua relação com o meio. Isto se justifica devida a dificuldade de entender o atual senário da educação do campo, sem considerar as experiências comuns e as histórias de vida da comunidade escolar; mediante ao acompanhamento da pratica do professor. “As escolas multisseriadas encontram grandes dificuldades de funcionamento do sistema educacional brasileiro. Além de correr risco de fechamento pelas prefeituras por não haver demanda de alunos, ela são marginalizadas pela sociedade como escolas com ensino deficiente.” (Roseli Salete, CARDART 2012 p. 213) 2.1 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES NO MULTISSERIADO No início de 2020 surgiu a pandemia do novo corona vírus, que para o mundo inteiro foi um grande impacto, as aulas e todo nosso cotidiano foi preciso se adaptar a uma nova realidade, que não foi fácil para ninguém, tudo isso causou um grande transtorno em todos os lugares, com o fechamento de todas as instituições, também com o fechamento das escolas, depois de alguns meses para os alunos do campo não fossem prejudicados as secretarias de educação junto coma a equipe pedagógica se preocuparam como seria possível atender os educandos de difícil acesso, as ideias mais viáveis foi a entrega de atividades nas residências dos alunos. A formação é feita a cada bimestre, onde os coordenadores reúnem os educadores para debater sobre as atividades que serão entregues, explicando para os professores como deve ser a nova rotina de cada atividade. Isso facilita muito o aprendizado dos educandos, quanto do educador, pois a cada capacitação adquirimos novos conhecimentos, isto é bastante prazeroso para nós como professores pois nunca o saber é demais, nós a cada dia temos que aprimorar novos conhecimentos para levar as crianças, que vivem em lugares distantes, que são tão carentes e precisam de um ensino de qualidade. 2.2 O ENSINO E O APRENDER NA ESCOLA MULTISSERIADA As atividades são elaboradas pela equipe da secretaria, e entrega aos professores. Há um cronograma de entregas e recebimento das atividades, o ensino nem todas as vezes dão certos como é orientado, por alguns pais não saberem ler, outros não se preocupam com o aprendizado dos seus filhos, dizem que é o dever dos educadores por ganhar para estar ensinando. Isto gera um grande conflitos na educação na educação do campo. Nas aulas presenciais já é complicado alfabetizar os alunos, com as aulas remotas onde só entrega as atividades e não dar um suporte, se deixa a mercê das ajudas dos pais que a maioria não sabem ler e não conseguem ajudar seus filhos. Os alunos fazem as atividades de forma aleatória, muitas das vezes os seus pais ou irmãos são quem realiza a resolução da atividades sem se preocupar com o seu aprendizado. Por conta da pandemia há muitas restrições para que possamos atender os alunos, então dificulta ainda mais o contato com o mesmo. 2.3 O OLHAR DO PROFESSOR SOBRE SUA PRÁTICA MULTISSERIADA As aulas remotas se tornaram difícil pôr a secretaria não ofertar barqueiros, sendo preciso o professor tirar recursos do seu próprio bolso para atender os alunos, usando sua própria embarcação, pois as residências dos alunos são distante da escola, há também as dificuldades enfrentadas nos rios pelo o fato de esta com a água baixa. Portanto podemos perceber que neste período pandêmico com a realização de aulas remotas se torna cada vez mais difícil atender os alunos, pois não podemos está com ele para dar apoio, vemos também que o tempo não é apropriado para atender a grande quantidade de alunos, alguns não fazem as atividades na data prevista por alguns motivos já citados. Isto dificulta muito o trabalho do professor sendo preciso relampejar as atividades e acordo com a realidade e a situação enfrentada, usando assim novas estratégias para suprir a necessidade dos alunos, não deixando os alunos desmotivados para que o aluno não venha a desistir, nesse senário a avaliação é feita de forma devolutiva das atividades. Dessa forma trabalhar na educação do campo com o ensino multisseriado é muito edificante, mas enfrentamos muitos obstáculos, para nós como educadores se sentimos muitos felizes de ensinar crianças tão carentes que vivem em lugares distantes em busca de aprendizado melhor para no futuramente ser tornarem bons cidadãos na sociedade, levando a eles perceber que é através da educação que se pode ter um futuro promissor. 2.4 CONCLUSÃO Enfim espera-se compreender que a educação do campo visa para o ensino de qualidade, que seja olhada como um aprendizado que é capaz de mudar a realidade, que as pessoas venham se conscientizar ao todo em busca de um mundo melhor, sendo assim teremos uma educação mais eficaz para nossos educandos, apesar das dificuldades que eles venha perceber que a educação é de fundamental importância do seu viver cotidiano. “Que as políticas pedagógicas pensem em um aprendizado para além da escola, mas que valorize a população que vive no campo e sua capacidade de mobilização e organização social”. (PIRES 2012 p. 130) REFERENCIAS: ANEXOS:
Compartilhar