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Mariana Alves – 6º período Angiologia Aterosclerose Definição Deposição irregular de lipídeos na íntima, causando estreitamento do lúmen arterial e evoluindo, eventualmente, para fibrose e calcificação. Doença base que leva a estenose, que leva a doenças obstrutivas arteriais. Anatomia A artéria tem uma camada muscular muito maior que a da veia, isso vai interferir na sua função dela. Endotélio É um tipo especial de epitélio que forma uma barreira semipermeável. Separa os compartimentos do plasma sanguíneo do interstício. Existe uma troca constante de plasma, fluido intersticial, proteínas, entre várias outras substâncias. Funções: - conversão de angiotensina I em angiotensina II, contribuindo na vasoconstrição - conversão de bradicinina, serotonina e prostaglandinas em compostos inertes - lipólise de lipoproteínas (LDL, VLDL, HDL) - produção de vasoativos que influenciam o tônus vascular (endotelinas, óxido nítrico) Músculo Liso Presente na camada média dos vasos, exceto os capilares (tem alta permeabilidade) As células da musculatura lisa são envoltas por uma lâmina basal e por uma quantidade variável de tecido conjuntivo. Possui fibras colágenas, fibras elásticas e substância fundamental (gel heterogêneo que fica nos espaços extracelulares). As fibras variam de quantidade dependendo do tamanho da artéria. Nessa imagem podemos observar a diferença das artérias musculares (de calibre médio) das artérias elásticas (de grande calibre). A quantidade de fibra elástica na de grande calibre é muito maior, toda sua musculatura é envolta por fibras elásticas. Na de calibre médio é praticamente composta de células musculares lisas, com praticamente uma Mariana Alves – 6º período Angiologia camada de lâmina elástica separando a íntima da média. *vasa vasorum – arteríolas que estão irrigando a parede do vaso, levando oxigênio para manter a parede do vaso saudável. Inervação Possui receptores simpáticos de norepinefrina e colinérgicos de acetilcolina. A maioria dos vasos sanguíneos que contem musculo liso nas suas paredes é provida por uma rede profusa de fibras não mielínicas da inervação simpática (nervos vasomotores) cujo neurotransmissor é a norepinefrina. Descarga de norepinefrina por essas terminações nervosas resulta em vasoconstrição. Fisiologia A aterosclerose é um processo degenerativo natural da circulação arterial. Em algumas topografias esse processo é mais intensificado, principalmente nas bifurcações (bifurcação das coronárias, bifurcações ilíacas, bifurcação da femoral pra femoral profunda). Durante a bifurcação ocorre o processo de força de cisalhamento (quando o fluxo durante a bifurcação é desviado ele provoca pequenos traumas na parede do vaso) Fatores de risco Hipercolesterolemia (principal fator de risco), hipertensão arterial, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo – mais importantes. Outros fatores: hiper-homocisteinemia, infecção, inflamação, proteína C reativa elevada, estresse oxidativo, fatores genéticos. *arterioesclerose – endurecimento, enrijecimento da parede do vaso. Não consegue aferir a pressão direito. Hipercolesterolemia – fator de risco mais importante. Hipertensão arterial – promove a proliferação de células musculares lisas por conta da angiotensina II. Promove lesão e descamação do endotélio de forma crônica pelo aumento contínuo da pressão. Eventos de placa (quando já tem placa formada e tem pico hipertensivo pode fazer com que desloque aquela placa) Diabetes – atua na macro e na microcirculação sobre a matriz extracelular da parede vascular Quimiocinas derivadas das plaquetas – plaquetas secretam quimiocinas e fator plaquetário que iniciam processo inflamatório endotelial. Tabagismo – altera o endotélio, aumento da PA, da adesão plaquetária e diminuição do HDL Homocisteína – quando elevado causa diminuição do óxido nítrico, aumenta produção de colágeno que piora a aterosclerose, pois enrijece mais a artéria. Mariana Alves – 6º período Angiologia Infecção, inflamação, proteína C reativa e stress oxidativo – muito relacionado a infecções por com citomegalovírus, clamídia, herpes vírus. Os portadores de doenças inflamatórias crônicas têm risco elevado. Fatores pouco tradicionais – medicamentos imunológicos e uso crônico abusivo de álcool Evolução natural da doença aterosclerótica Primeira década – infiltrações, estrias gordurosas que se formam embaixo do endotélio A partir da terceira década de vida – lesões intermediárias de acumulo de lipídeos, formação da placa de ateroma propriamente dita com as células espumosas posicionadas nesse espaço extracelular. No inicio da quarta década – formação da capa de fibrina e complicações da lesão. Pode haver o rompimento dessa placa, expondo todo o conteúdo, extravasando sangue, iniciando a cascata de coagulação, podendo formar um coágulo de sangue nessa região. Endotélio saudável • Inibe eventos aterogênicos • Modula o tônus de células musculares lisas • Inibem a ativação plaquetária • Possui atividade anti-inflamatória e fibrinolítica Endotélio doente • Aumento da permeabilidade endotelial • Aumento da aderência dos leucócitos (monócitos; cel. T) • Aumento das citocinas e fator de crescimento • Perda das funções anticoagulantes O que agride o endotélio: níveis elevados de LDL-c, radicais livres pelo stress oxidativo (tabagismo e HAS), hiper- homocisteinemia, inflamação crônica. Mecanismos celulares e fisiologia 1. Fatores de risco e lesão endotelial 2. Permeabilidade endotelial aumentada Mariana Alves – 6º período Angiologia 3. Migração de leucócitos para o espaço subendotelial (monócitos) 4. Monócitos se diferenciam em macrófagos 5. Macrófagos endocitam quantidades enormes de lipoproteínas modificadas e se tornam foam cells 6. Migração de cel. Musculares lisas vasculares (CMLV) para o espaço subendotelial 7. CMLV sintetizam grande quantidade de matriz extracelular formando capa fibrótica 8. Crescimento da lesão, formação da placa, ocasionando estenose da luz 9. Apoptose dos macrófagos formando centro necrótico envolto por capa fibrótica de matriz extracelular Mecanismos hemodinâmicos - Força de cisalhamento Áreas onde ocorre um turbilhonamento do fluxo tem maior formação de placas Bifurcações vasculares – Aorta, ramos supra-aórticos, carótida e femorais Artérias fixas com stress mecânico contínuo – Canal de Hunter - Fluxo e estase Regiões de turbilhonamento possuem maior tempo de contato com as células endoteliais Aumento da atividade plaquetária e linfocitária Acidente de placa Ruptura seguida de trombose – é o principal mecanismo responsável por eventos cardiovasculares (infarto, AVC, oclusão arterial aguda) Progressão da placa depende do ritmo de proliferação celular, deposição de lipídeos, formação da capa fibrótica, presença de necrose e calcificação. Características de uma placa estável: Baixa atividade proteolítica, pouca inflamação, capa fibrótica mais espessa, núcleo sem necrose/hemorragia, núcleo pequeno. Características de uma placa instável: Intensa atividade celular, alta atividade proteolítica, capa fibrótica delgada, nichos de necrose/hemorragia, núcleo volumoso Avaliação USV com Doppler Angio ressonância magnética e angio tomografia IVUS – ultrassom intravascular. Mais fidedigno com relação a característica da placa
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