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METABOLISMO DA BILIRRUBINA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Centro de Ciências da Saúde – Odontologia
Processos Patológicos Gerais – 2020.3
Discente: Eliclaudio Alves da Silva Júnior
METABOLISMO HEPÁTICO DA BILIRRUBINA
Antes de fala da bilirrubina é importante lembrar que se trata de um pigmento, que são substâncias que possuem suas próprias cores e origem características, e são encontradas em diversos organismos na natureza, podendo esta em células vegetais ou animais.
Diante disso, a Bilirrubina é um pigmento endogéno, sendo o principal pigmento produzido pela bile, sua cor característica é o amarelo e é resultado da degradação da heme. Sua principal via de produção por meio do sistema fagocitário mononuclear que realiza a degradação dos eritrócitos, e a outra via é através do metabolismo hemoproteico hepático. A presença em níveis anormais de bilirrubina no sangue( chamadas de hiperbilirrubinemia), podem ser auxiliar no diagnósticos de doenças, sejam elas hereditárias ou adquiridas, visto que são consequências da produção não controlada da bilirrubina ou defeito na filtração hepática desses pigmento. Para isso, podemos dividir o seu ciclo em 5 fases, sendo elas: formação da bilirrubina, transporte no sangue, captação nos hepatócitos, conjugação com o ácido glicurônico e excreção nas vias biliares.
Cerca de 4/5 das bilirrubina vem da hemoglobina livre advindo da destruição de hemácias velhas por meio de macrófagos encontrados no fígado, baço e medula óssea(essas hemácias tem aproximadamente 120 dias de vida). E a demais são produzidas através das hemoproteínas hepáticas. Para que haja essa liberação da hemoglobina é preciso que a fração de heme seja separado da globina, seguindo disso o heme que é um tetrapirrol com molécula de ferro centralizada será aberto por meio da oxidação provocada pela enzima heme oxigenasse, a abertura desse anel provocará a formação de biliverdina que será reduzida em bilirrubina com a biliverdina redutase. No transporte a bilirrubina não conjugada é associada a albumina para ser transportada. Esse complexo é transportado para o fígado por meio da veia porto hepática onde se associa a ligadinha ou proteína y e proteína Z que transportam do citosol para o retículo endoplasmático liso, dentro do retículo se conjuga com o ácido glicurônico, se transformando em bilirrubina conjugada por meio de duas enzimas: uridina difosfato e glicuroniltransferase-1A1. Primeiro a bilirrubina é se tranforma com uma molécula de ácido glicurônico e após isso outra molécula de ácido glicurônico se associa a molécula que já sofreu esterificação, formando o diglicuronato que é solúvel na água é pouco ligado à albumina, assim sendo excretado pela urina quando seus níveis plasmáticos se elevam.
A excreção da bilirrubina depende do transporte ativo pela membrana canalicular de hepatócitos, isso graças a proteína associada MRP2, que quando ocorre disfunção pode suprida pela MRP3, transportando a bilirrubina conjugada para o plasma, funcionando como uma rota alternativa para a liberação da bilirrubina. Quando esse processo está em baixa, a bilirrubina não consegue ser excretada pela bile, passando para o sangue pelo processo de regurgitação. Quando chega no íleo e intestino grosso, os glicuronatos sofrem ações bacterianas e se transformam em urobilinogênios, esses mesmos acabam por serem oxidados em compostos corados que são as urobilinas que darão cor ao bolo fecal. Já as urobilinas reabsorvidas nos intestinos serão liberadas na urina, dando uma cor amarelada.
Quando não há á excreção devida da bilirrubina ou há uma super produção de bilirrubina e os níveis ultrapassam 2mg/dL3 no sangue o indivíduo pode ter adquirido icterícia, seus sinais mais relevantes são pele e olhos amarelados(quando seus níveis estão acima de 2,5 a 3 mg/dL.3), isso porque a bilirrubina está em grande quantidade, superando a capacidade de ligações com a albumina, o que leva a deposição nas regiões descritas como em sintomas. Em estágios mais avançados a urina, lagrima e suor podem se apresentar amarelados. Isso ocorre devido a perturbação no equilíbrio entre a produção e drenagem da bilirrubina diante dos seguintes mecanismos:
· Produção excessiva de bilirrubina : isso pode fatores que levam ao defict nas hemácias como: anemia falciforme, reabsorção do sangue após hemorragia interna e em síndromes de eritropoese ineficaz.
· Captação reduzida de hepatócitos: como por exemplo na síndrome de Gilbert e medicamentos que causam interferências no sistema de transporte da membrana.
· Fluxo biliar prejudicado: é o caso da colestase.
· Conjugação prejudicada: em doenças hepacelular difusa, e em deficiências genéticas quanto ao UGT1A1.
Referências Bibliográficas:
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo - Patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Gen, Guanabara Koogan, 2016.
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; MITCHELL, R. N. Robbins. Patologia básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

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