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Disciplina: BIOTECNOLOGIA Profª Natália Faria Romão Bióloga / Mestre em genética e toxicologia Esp. em Microbiologia dos Alimentos – ITAL Experiência: 2 anos de trabalho em lab. Análise Alimentos Doutoranda em: BIOTECNOLOGIA – UFAM (Rede Bionorte) Bolsista: FAPERO/CAPES N1: Exercícios: 1,0 APS: 2,0 Práticas: 1,0 Avaliação: 6,0 N2: Exercícios: 1,0 APS: 2,0 Práticas: 1,0 Avaliação integrada: 2,0 Avaliação: 4,0 Modo de Avaliação Bibliografia utilizada Plano de Ensino PARA N1: • Conceitos e histórico da biotecnologia. • Técnicas Básicas da Biologia molecular (Enzimas de restrição, eletroforese e PCR) • Tecnologia do DNA recombinante e a Engenharia genética. • Genômica, Proteômica, Transcriptômica e Metabolômica. • Extração de DNA. • Terapia gênica • Expressão de proteínas (Recombinantes) PARA N2: • Marcadores moleculares • Técnicas que avaliam toxicidade e mutagenicidade/genotixicidade • Técnicas emergentes como microarrays, iRNAs e CRISPR. • Sequenciamento • Práticas: Teste de toxicidade / mutagenicidade Allium cepa. Plano de Ensino Biotecnologia AULA 1: Introdução, revisão de Técnicas básicas de identificação de ácidos nucléicos Profª Natália Faria Romão Bióloga / Mestre em genética e toxicologia Doutoranda: Biotecnologia - UFAM Bolsista: FAPERO/CAPES É um conjunto de conhecimentos que permite a utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens, assegurar serviços (com fins industriais). Variam por autor Biotecnologia BIOTECNOLOGIA CONHECIMENTOS Ciências e Tecnologia AGENTES BIOLÓGICOS Organismos, Células, Organelas ou unidades funcionais PRODUZIR BENS ASSEGURAR SERVIÇOS • A biotecnologia tem por base vários ramos do conhecimento que poderiam ser classificados como fundamentais: – Bioquímica – Fisiologia – Genética – Microbiologia – Virologia – Botânica – Zoologia – Ecologia – Engenharia química Biotecnologia Multidisciplinar Biotecnologia A Biotecnologia opera a nível molecular, onde as barreiras reprodutivas estabelecidas na formação da espécie desaparecem. Isso é possível porque todos os seres vivos possuem DNA como molécula fundamental portadora da informação gênica e compartilham o mesmo código genético, que codifica determinadas proteínas dos homens, animais, plantas, insetos e microorganismos. Biotecnologia Uma das características da biotecnologia que tem contribuído para o receio que parte da população manifesta em relação a ela é a velocidade com que esta ciência avançou nos últimos anos e como sua aplicação em benefício da sociedade atingiu o mercado de forma tão inesperada. Ex.: de 50 a 100 anos atrás uma invenção demorava cerca de 30 anos para ser disponibilizada ao público; hoje as invenções são comercializadas antes mesmo que o público tome conhecimento. Biotecnologia – marcos históricos • 6.000 a.C.: bebidas alcoólicas (cerveja e vinho) são produzidas por sumérios e babilônios; • 2.000 a.C.: panificação e bebidas fermentadas são utilizadas por egípcios e gregos; Biotecnologia – marcos históricos • 1875 d.C.: Pasteur mostra que a fermentação é causada por microrganismos; • 1880-1910: surgimento da fermentação industrial (ácido láctico, etanol, vinagre...); Biotecnologia – marcos históricos • 1910-1940: síntese de glicerol, acetona e ácido cítrico; • 1940-1950: antibióticos são produzidos em larga escala por processos fermentativo; • 1953: estabelecida a estrutura do DNA; • 1973: início da engenharia genética; • 1982: insulina humana é produzida. Biotecnologia – história no mundo Primeira Geração: 6.000 /2000 a.C. • Fatos: – cruzamento de espécies animais e plantas; – leveduras para fermentação de pão e álcool Biotecnologia – história no mundo Segunda Geração: Fim do século XIX Teoria de Louis Pasteur • Fatos: – microrganismos causam enfermidades humanas – ação dos microrganismos anaeróbios nas fermentações láctea, butírica, alcoólica.... Terceira Geração: Início de 1970. Biologia Molecular • Fatos: 1o – isolamento e manipulação de genes 2o – fusão e multiplicação de células Biotecnologia – história no mundo Manipulação do material genético e reprogramação de microrganismos “fábricas” para produção de vários bens úteis Química Farmacêutico Alimentos Agropecuário Papel & celulose Biotecnologia moderna Biotecnologia moderna • PLANEJAMENTO A LONGO PRAZO - discutir e definir uma plataforma tecnológica adequada. • Subsídios do governo federal/estadual; • Balanço pesquisa básica / tecnológica; • Definir algumas prioridades tecnológicas chaves para o futuro; • Propriedade intelectual e Transferência de tecnologia BRASIL Biotecnologia moderna Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ Instituto Ludwig de Pesquisa ao Câncer Instituto Butantan EMBRAPA – CENARGEN IPEPATRO- Porto Velho (RO) BRASIL Os Centros de Excelência em Biotecnologia Biotecnologia moderna • Cultura de Células: Plantas e Humanas; • Clonagem: Molecular, Celular – Terapia Gênica e animal; • Genômica • Bioinformática • Bionanotecnologia Novas Tecnologias em Biotecnologia Revisão Geral para o Estudo de BIOTECNOLOGIA Utilização de Bactérias Benefícios X Patogenidade • Bactérias Nitrificantes: grande importância ecológica: – Fixam o nitrogênio da atmosfera na forma de nitratos – Bactérias Desnitrificantes: devolvem o nitrogênio dos nitratos e da amônia para a atmosfera. • Bactérias responsáveis pela decomposição de matéria orgânica. • Capacidade de fermentação: produção de queijos iogurtes, temperos, embutidos... • Indústria farmacêutica: fabricação de antibióticos específicos. Ex.: Estreptomicina. Archeas: Arqueobactérias • Aspergillus niger: produção de ácido cítrico para alimentos e bebidas desde de 1914. • Saccharomyces cerevisae: pão, vinho, etanol e na engenharia genética: proteínas heterólogas – Ex.: Vacina da hepatite B. Fungos: na biotecnologia • Pichia pastoris: produção de proteínas heterólogas – quimosina bovina (coalho), hormônio do crescimento humano (medicamento), lipases (detergentes), amilases (xaropes)... Fungos: na biotecnologia • Trichoderma sp: produção de celulases comerciais – remoção da parede celular das plantas para a produção de suco de frutas de melhor qualidade. • A habilidade dos fungos degradar plantas está levando a investigação desses organismos para programas de limpezas do meio ambiente – biodegradação de compostos tóxicos. Fungos: na biotecnologia Microorganismos na Biotecnologia • As microalgas: – fabricação de gomas, corantes naturais, pastas, entre outros. • As macroalgas: – As Rodófitas, Clorófitas, Feófitas, são usadas diretamente em sopas, saladas, condimentos… algas: na biotecnologia • As Rhodophytas: – Produção do ágar, sendo utilizado no meio culinário (é usado como espessante e estabilizante) ou na produção de meios de cultura. – O outro produto é a carragenina, também usado como estabilizador, clareamento de cervejas, entre outros. algas: na biotecnologia • As Rhodophytas: – no meio farmacêutico como alguns medicamentos, cápsulas de remédios e cremes cosméticos. – Tem também um poder laxativo. – A carragenina, possui formas reversíveis as mudanças de temperatura (transformação de um líquido em gel e vice-versa), estando presente em cremes dentais, tintas, cosméticos, sabões e tecidos. algas: na biotecnologia • As Phaeophytas: – produzem o alginato, usados como espessantes eestabilizadores, clareador de cervejas, estabilizador de espumas, e na preservação de frutas. algas: na biotecnologia • Espécies do gênero Laminaria: – Usadas no combate ao inchaço da tiróide, e como substância anti-coagulante (devido a um componente com características semelhantes a heparina). – Por possuírem propriedades de aumentar e diminuir seu volume, é utilizada na dilatação do colo uterino, a fim de provocar o parto prematuro. – A Digenia simplex, é usada como anti-helmíntico; – A Phycocyaninis, é usada no combate à tumores. algas: na biotecnologia Os microorganismos e outros organismos como as algas são utilizados em larga escala na Biotecnologia nos processos de industrialização. TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE DNA TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE DNA • Para se entender a técnica necessitamos compreender os procedimentos que levam ao desenvolvimento da técnica: Enzimas de Restrição Eletroforese PCR TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE DNA Enzimas de Restrição • A partir de 1970, ficou mais fácil analisar a molécula de DNA com o isolamento da enzimas de restrição. • São endonucleases: dentro das moléculas de DNA, cortando-as em locais bem definidos; • São produzidas normalmente por bactérias – ajudam a defende-las de invasores = vírus. • Essas enzimas “picotam” a molécula de DNA em determinados pontos = pontas adesivas, que podem se ligar a outras pontas de moléculas de DNA que tenham sido cortadas com a mesma enzima. Enzimas de Restrição • Em Engenharia Genética, esses fragmentos de DNA serve para criar, in vitro, novas moléculas, recortando e colando vários pedaços de informações. Enzimas de RestriçãoEnzimas de Restrição ENZIMAS DE RESTRIÇÃO Tipos de cortes: - Produção de terminais coesivos (adesivos) - Produção de terminais abruptos (ou cegos) Enzimas de Restrição Enzimas de Restrição • O DNA pode ser composto de várias repetições da sequência GAATTC (por exemplo) ao longo de sua extensão. • Em contato com a enzima EcoRI a fita pode ser clivada "cortada" em diversos lugares, gerando vários pedaços, de tamanhos diferentes. Enzimas de Restrição Enzima Organismo Sequencia EcoRI Escherichia coli RY13 5' G AATTC 3' AluI Arthrobacter luteus 5' AG CT 3' BamHI Bacillus amyloliquefasciens H 5' G GATCC 3' HaeIII Haemophilus aegyptus 5' GG CC 3' HindIII Haemophilus influenzae Rd 5' A AGCTT 3' Enzimas de Restrição Técnica de separação de partículas através de corrente elétrica 1-Identificação de substâncias 2-Homogeneidade de sistemas biológicos 3-Determinação de pontos isoelétricos Eletroforese • Movimento de partículas dispersas num fluído sob influência de um campo elétrico uniforme. • DNA, carga negativa – Tem tendência a se dirigir ao pólo positivo quando sujeito a um campo elétrico • Serve para separar moléculas por tamanho/carga elétrica – Proteína deve ser desnaturada com detergente (SDS) • Técnica utilizada à exaustão em trabalhos de biologia molecular Eletroforese em gel de Agarose Foto: Natália Romão A agarose é um polissacarídeo (como ágar e pectina. Etapas: Eletroforese em gel de agarose 1.Preparação do gel 2.Aplicação das amostras 3.Eletroforese 4.Coloração 5. Análise dos resultados Preparação do gel Horizontal X Vertical Agarose X Poliacrilamida Eletroforese em gel de agarose Aplicação das amostras Definição do mapa das amostras por canaleta Eletroforese em gel de agarose Foto: Natália Romão Corrida do gel • Aplicação do campo elétrico • Fonte elétrica gera fluxo de íons através da solução tampão • Terminais positivo e negativo • Tempo adequado, senão o DNA sai do gel Eletroforese em gel de agarose Foto: Natália Romão Corrida do gel Eletroforese em gel de agarose Foto: Natália Romão Coloração das moléculas • Brometo de etídio – Agente intercalante do DNA • Cancerígeno! – Composto fluorescente à luz UV – Gel de agarose • Prata – Gel SDS-PAGE • PoliAcrilamide Gel Electrophoresis – Melhor resolução • Coomassie blue, etc Eletroforese em gel de agarose Diagnóstico padrão para E. Coli Foto: Natália Romão • Os fragmentos de DNA menores podem migrar mais rapidamente que os fragmentos de DNA maiores. • É possível calcular o tamanho exato de um dado fragmento com base na sua razão de migração. Eletroforese em gel de agarose • A reação em cadeia da polimerase (PCR, Polymerase Chain Reaction), foi idealizada em meados de 1980 e totalmente descrita em 1987 Antes e depois de Karry mullis Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) • Uma simples cópia de um gene específico dentro de um genoma pode ser amplificado para alguns microgramas, partindo-se de quantidades mínimas como sub picogramas de DNA total. • A condição básica para a aplicação da técnica, depende da construção de oligonucleotídeos (iniciadores) os quais são complementares as duas fitas opostas do DNA e que estejam flanqueando a sequência a ser amplificada Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Técnica que permite a amplificação da quantidade de DNA específico utilizando a enzima Taq DNA polimerase, sequências iniciadoras específicas (primers) e variações de temperatura controladas. Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Taq DNA polimerase O nome Taq vem de Thermus aquaticus, a qual é uma bactéria encontrada sobrevivendo a altas temperaturas em geisers no Yellow Stone National Park. Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Trata-se de uma enzima cuja atividade é mantida durante 45 minutos a 95°C. • É importante deixar claro que o excesso de enzima também pode prejudicar a eficiência da reação, podendo inclusive inibi-la. Taq DNA polimeraseReação em Cadeia da Polimerase (PCR) • Equipamento de PCR (tornará os ciclos possíveis • Fita de DNA que se deseja amplificar • TAQ polimerase (fará o papel da DNA polimerase) • Oligonucleotídeos de DNA, servirá como iniciadores (são sintetizados por métodos químicos) • dNTPs (desoxirribonucleosídeos trifosfatados) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) O que é necessário para que a técnica aconteça OH dATP dGTP dCTP dTTP Etapas da PCR Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Desnaturação Anelamento Extensão 94ºC 35-65ºC 72ºC Taq polimerase Primers Tampão Água 94ºC DENATURAÇÃO 72ºC EXTENSÃO 35-65ºC ANELAMENTO ETAPAS DA PCR 1. Adição de reagentes 2. Alternância de temperaturas (Termociclador) 25-40 (35) CICLOS DNA dATP dCTP dGTP dTTP (nucleotideos) Análise dos dados Luz Ultravioleta Fotodocumentação Termociclador Reação: DNA Enzima Taq Primer Nucleotídeos Tampão Água Eletroforese em gel de agarose + Brometo de Etídeo Reação de PCR + Tampão Corado (Loading Buffer) Marcador de pares de base (pb) 300 200 100 400 500 600 1400 1300 400 400 400 600 600 100 100 100 100 FOTODOCUMENTAÇÃO DO GEL DE AGAROSE 2% UTILIZANDO MARCADOR LADER 100 pb TAMANHO ESTIMADO DOS FRAGMENTOS DE DNA AMPLIFICADOS • Após 30 ciclos, para cada 1 molécula de DNA terá-se 2 30 • Ou 2x2x2x2x2 (30x) • 1.073.741.824 Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) • Seleção de primers – Sintetizados quimicamente – 15 a 25 pb – Define limites de alvos a amplificar – Serve como ponto de inicio para replicação – Permite a copia de duas cadeias simultâneas do DNA. Reação em Cadeia da Polimerase(PCR) Primers Pesquisa: Natália Romão (EMBRAPA) • Seleção de primers – Banco de dados: International Nucleotide Sequence Database (www.insdc.org) – GenBank (NCBI, NIH) – European Molecular Biology Laborstory (EMBL) – DNA Databank of Japan (DDBJ) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Primers
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