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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO – QUESTÕES E ESTUDOS DE CASO Questões 1. Um indivíduo, após sofrer um acidente, teve uma lesão em seu cerebelo. É de se esperar que este indivíduo tenha problemas de manutenção do tônus muscular e coordenação muscular, como equilíbrio, regulação do caminhar e falar. ( ) VERDADEIRO ( ) FALSO 2. Em acidentes em que há suspeita de comprometimento da coluna vertebral, a vítima deve ser cuidadosamente transportada ao hospital em posição deitada e, de preferência, imobilizada. Esse procedimento visa a preservar a integridade da coluna, pois em seu interior passa a medula espinhal, cuja lesão pode levar à paralisia. ( ) VERDADEIRO ( ) FALSO 3. O bulbo é o órgão que está em contato direto com a medula espinhal; é via de passagem de nervos para os órgãos localizados mais acima. Uma lesão no bulbo provavelmente apresenta distúrbio de sono. ( ) VERDADEIRO ( ) FALSO 4. Um indivíduo sofreu uma queda e desmaiou, sendo socorrido e conduzido ao hospital onde foram feitos exames e o mesmo ficou sob observação. Após algum tempo despertou, afirmando que não estava enxergando. O médico explicou à família que o trauma deve ter atingido os lobos temporais, situados nas regiões laterais inferiores da cabeça, que controlam a visão. ( ) VERDADEIRO ( ) FALSO 5. O tecido nervoso é formado por células com grande capacidade para receberem e transmitirem impulsos nervosos. Essas células, denominadas neurônios, são dotadas de prolongamentos: os dendritos e o axônio. Na conexão entre dois neurônios não há continuidade citoplasmática, mas sim um tipo especial de junção, denominada sinapse. ( ) VERDADEIRO ( ) FALSO 6. Uma dona de casa encostou a mão num fero quente e reagiu imediatamente por meio de um ato reflexo. Nessa ação, o neurônio efetuador levou o impulso nervoso par ao cérebro. ( ) VERDADEIRO ( ) FALSO 7. No sistema nervoso, é observada a presença das substâncias cinzenta, observamos os corpos celulares. Na medula espinhal, a substância cinzenta localiza-se mais externamente do que a substância branca. ( ) VERDADEIRO ( ) FALSO CASO CLÍNICO 1 Paciente J.A.A. 72 anos, sexo masculino, casado, 4 filhos, morador da Barra da Tijuca, bancário (aposentado), relata que há aproximadamente 3 anos iniciou com sintomas como: tremor de repouso, e bradicinesia, associado a um quadro de dificuldade na marcha, apresentado sintomas como “freezing”, procurou atendimento médico e teve vários possíveis diagnósticos, no entanto, seu quadro clínico apresentou piora, sendo orientado a procurar um neurologista, no qual foi diagnostico com doença de Parkinson associado a camptocomia, no qual. Foi encaminhado para setor de Fisioterapia par acompanhamento e tratamento. HPP: hipertenso, nega diabetes, nega cardiopatias e pneumopatias. Com base no caso apresentado responda: a) Em termos neurais, o que ocorre para o principal sintoma, o tremor, ocorra em casos de pacientes com Parkinson? Degeneração progressiva dos neurônios da substância negra, que diminui a produção de dopamina e bloqueia a resposta do córtex motor. b) Como é feito o diagnóstico do Parkinson? Se inicia com a avaliação neurológica feita em consultório, quando se destaca pelo menos três de quadro sinais: • Presença de tremor; • Rigidez nas pernas, braços e troncos; • Lentidão dos movimentos • Instabilidade na postura. c) Qual a relação da fisiopatologia da doença de Parkinson com os sintomas apresentados? Explique. Está associada à disfunção dos sistemas neurotransmissores, principalmente, por uma redução nas concentrações de dopamina no estriado em decorrência da perda progressiva dos neurônios dopaminérgicos da parte compacta da substância negra. d) O que é a comptorcormia? É uma doença postural caracterizada por flexão anormal da coluna toracolombar que surge na posição ereta, aumenta durante a caminhada e desaparece na posição supina. e) O que é a síndrome extrapiramidal e porque o Parkinson é classificado como tal? A síndrome extrapiramidal é um conjunto de sinais e sintomas causados por distúrbios nas vias nervosas que são utilizadas para controlar o movimento. O Parkinson é classificado como tal pois é uma doença neurológica que se dá através da síndrome extrapiramidal. CASO CLÍNICO 2 Uma mulher de 85 anos de idade foi avaliada por um neurologista devido à perda de memória de curto prazo. Recentemente, ela foi encontrada perambulando na vizinhança, em busca do caminho para casa. Sua filha descreveu que a paciente apresentou dificuldade na função cognitiva a partir da morte do marido, dois anos antes, e que a família atribuiu a dificuldade ao luto e à depressão. A filha relatou ainda que a mãe caiu muitas vezes nos últimos três meses, e mostrou-se mais canada com as atividades. No exame cognitivo, a paciente não estava orientada para data ou mês, embora conseguisse identificar o dia da semana e a estação do ano. Conseguiu nomear o Estado, a região e a cidade, mas não a clínica em que estava sendo avaliada. Foi capaz de recordar três palavras imediatamente após serem ditas a ela, embora não tenha conseguido recordar qualquer uma depois de cinco minutos de distração. Pronunciou de forma correta as três primeiras letras de “mundo” de trás para a frente. Conseguiu dar nome a um relógio de pulso, uma caneta e um agasalho, mas não conseguiu dar nome a um botão, uma luva e uma abotoadura. Desenhou corretamente um relógio, mas não foi capaz de ajustar os ponteiros par a9h15. O exame neurológico geral nada revelou, exceto redução ao toque leve e vibração nas extremidades inferiores distais, bem como marcha levemente instável. A paciente foi encaminhada para avaliação e tratamento com fisioterapeuta. a) Qual provável diagnóstico, baseado no relato acima? Alzheimer b) Quais as alterações no cérebro causadas por essa doença, que justificam os sintomas apresentados? Atrofia no cérebro, especialmente nas regiões têmpora-parietal. Afeta as regiões como lobo frontal e lobo temporal, mais especificamente, o hipocampo. c) Qual a importância dos neurotransmissores para o sistema nervoso? São os neurotransmissores que transportam, estimulam e equilibram os sinais entre os neurônios ou células nervosas e outras células do corpo. d) Existe cura para a doença em questão? R= Não CASO CLÍNICO 3 26 anos, sexo masculino, pardo, concluiu o ensino fundamental, solteiro, não tem religião, vem ao ambulatório de psiquiatria acompanhado por sua mãe, que aponta como motivo da consulta o fato do paciente estar irritando-se facilmente e dormindo pouco. Mãe refere que ele iniciou tratamento psicológico aos 3 anos, tendo sido atendido por alguns psicólogos de modo descontinuado, que diziam que ele tinha retardo mental. No início a adolescência, um psiquiatra prescreveu um medicamento, mas o uso foi interrompido posteriormente por sua genitora. A psiquiatra que o atendeu por duas vezes não informou à genitora o diagnóstico do seu filho. Há um mês, iniciou novo tratamento psicológico e o psicólogo solicitou acompanhamento psiquiátrico. Mãe relata que aos 02 anos de idade, o paciente se comportava de maneira repetitiva, pulando e batendo os braços como se fosse um pássaro. “As pessoas diziam que ele tinha algum problema, que aquilo não era normal”. Na escola não tinha amigos, ficava isolado sofreu algumas agressões físicas e verbais por parte de colegas. Sempre brincou sozinho. Teve desenvolvimento da fala e marcha no tempo correto, entretanto, apresenta escrita deficiente. Seguiu toda a sua vida escolar sendo ajudado pelos professores nas avaliações, sempre orais, em função da dificuldade apresentada com a escrita. Mesmo assim, precisourepetir dois anos. Atualmente, não estuda e não quer trabalhar. Fez um curso breve de computação. Mãe coloca que ele descuida da sua higiene, precisando de alguma supervisão. Quando em casa, se irrita com facilidade, se contrariado, e limita-se a assistir televisão ou escutar, repetidas vezes, músicas de uma determinada banda onde tem uma cantora que considera sua musa. Pergunto ao paciente sobre a musa e ele diz: “Meu sonho é um dia encontrar com ela”. Desde criança ele apresenta comportamentos repetitivos. Todos os dias quando sua mãe sai de casa, dirige-se ao final de linha de ônibus, onde fica toda a manhã, volta em casa para o almoço e retorna para o mesmo loca à tarde. Conhece todas as linhas de ônibus, o horário dos mesmos e também todos os motoristas e cobradores, tendo boa relação como os mesmos. Questiono ao paciente o motivo deste seu comportamento e diz:” Gosto de ônibus, sei os horários, a cor, se um dia eu dirigisse um ônibus ninguém ia pagar passagem”. Apesar da fixação pelo ônibus, só entra em um vazio, só aceita sentar-se no fundo e junto a uma janela. Antes deste comportamento, era interessado por árvores, pesquisando sobre as mesmas, tendo parado com este tipo de comportamento aos 15 anos, o que substituiu pelo interesse excessivo por ônibus. Ainda refere a mãe do paciente: “Ele não atravessa a sua sozinho, queixa que fica atordoado com barulhos dos carros, também não sabe lidar com dinheiro. Ele sabe comprar qualquer coisa, mas se der o troco ele pega, se não der, ele não pede. Ele precisa seguir horários rígidos para tudo, senão fica muito nervoso. Quando não se interessa pelo assunto, o outro fala e ele não responde”. Reside com os pais e um irmão mais velho. Não tem amigos. Não tem nenhuma atividade de lazer fora do domicílio. Nunca namorou nem pena nisso. Relata relação forte com a mãe sendo que só fica em casa quando ela está. Relação distinta com pai e irmão. Não apresenta doenças crônicas, tabagismo, etilismo e convulsões. Sem história familiar de transtorno mental. EXAME PSÍQUICO Paciente vestido adequadamente e higienizado. Não interage muito durante a consulta, desvia o olhar, olha para o chão ou responde às perguntas com os olhões fechados. Está orientado globalmente, com a memória conservada. O pensamento é coerente, não foram detectadas ideias delirantes ou alucinações. Só fala quando solicitado, compreende as perguntas que lhe são feitas e responde às mesmas com coerência. A linguagem é normal. Mostra-se um pouco inquieto durante o atendimento, mexendo braços e pernas, mas mantendo-se sentado. Não apresenta agressividade. EXAME FÍSICO Bom estado geral, afebril, acianótico, anictérico, corado, hidratado. FC: 82 bpm: FR 14 imp; PA: 118 X 68 mmHg: Temperatura: 36,8 °C a) Qual o diagnóstico mais provável? Provavelmente trata-se de um distúrbio ou disfunção do neurodesenvolvimento, muito próximo ao TEA - Transtorno do Espectro do Autismo. b) O que determinou o diagnóstico correto só tardiamente? Podia ter sido diagnosticado aos 3 anos de idade, quando os sintomas são muito latentes. Contudo, por conta de diversas suspeitas relacionadas e a falta de um profissional mais especializado em transtornos do neurodesenvolvimento, o paciente teve sua descoberta tardia, impedindo que o mesmo realizasse as terapias adequadas desde cedo, atrasando mais o seu desenvolvimento em algumas áreas específicas. c) Em termos neurais, como o autismo age no cérebro? Ele pode ser considerado doença? Por ser tratar de uma condição do desenvolvimento neurológico, o TEA não é passível de cura e, logo não é considerado uma doença. Em termos neurais, o TEA atua desregulando a poda neuronal que é responsável pela criação das sinapses, conexões importantes para o desenvolvimento do indivíduo. Assim, os neurônios se organizam de forma atípica CASO CLÍNICO 4 Histórico Clínica Paciente de sexo masculino, 31 anos, deu entrada no pronto socorro após sofrer um politrauma por acidente automobilístico. O paciente estava consciente e dispneico. Apresentava plegia de membro inferior direito e paresia de membro inferior esquerdo, com sensibilidade de membros inferiores diminuída. Como antecedente, relatou ser portador de hipertensão arterial (HAS) e transtorno de ansiedade. Paciente faz uso dos medicamentos Naprix e Escitalopran diariamente. Após realização de exames complementares foi identificado compressão do saco dural ao nível de T8-t9 E t9-t10 e fratura dos processos transversos em L1 e L2 à esquerda. Durante a internação, paciente evoluiu com distensão abdominal, vómitos repetidos, desidratação importante não responsiva a reposição de volume e Insuficiência Renal Aguda. Após diálise e estabilização do quadro clínico foi submetido a intervenção cirúrgica para descompressão via posterior, artrodese de T8-T10 e tratamento conservador para fratura dos processos transversos. Exame Físico Sinais vitais • FC: 133 bpm; • FR: 24 irpm; • Temperatura: 37,4°C; • PA: 130 x 70 mmHg (deitado, em membro superior direito); • Saturação de O2: 92%; • Dextro: 80mg/dL. Geral: bom estado geral (BEG), fácies de dor, hipocorado, hidratado, afebril, acianótico, anictérico e dispneico. Peso: 110 kg. Altura: 1,83m. Cabeça e pescoço: sem achados dignos de nota em orelhas, olhos, nariz e cavidade oral. Ausência de linfonodomegalias palpáveis e sopro carotídeo. Aparelho respiratório: expansibilidade diminuída, murmúrios vesiculares diminuídos e roncos difusos. Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos e sem sopros. Abdome: globoso, distendido, sensível à palpação superficial em toda a sua extensão, principalmente na região da fossa ilíaca direta, sem visceromegalias, ruídos hidroaéreos presentes. Membros inferiores: pulsos presentes e simétricos. Ausência de edema ou cianose. Plegia de membro inferior direito e paresia de membro inferior esquerdo. Joelhos e articulações: sem sinais dignos de nota. Exames complementares Exames de Imagem Tomografia Computadorizada de Coluna Lombo-Sagra: fratura dos processos transversos à esquerda em L1 e L2. Corpos vertebrais, demais apófises transversas e processos espinhosos com aspecto preservado. a) Qual a definição de trauma raquimedular? É a lesão da medula espinhal que provoca alterações, temporárias ou permanentes, na função motora, sensibilidade ou função autônoma b) Explique o que ocorre fisiologicamente no sistema nervoso quando ocorre esse tipo de trauma. Choque medular, choque neurogênico, trombose venosa profunda, disrreflexia autônoma, bexiga neurogênica, intestino neurogênio, espasticidade, úlceras por pressão, pneumonias, alterações psicossociais e infecções. c) Quais as possíveis consequências de uma lesão medular? Pode comprometer a comunicação entre o cérebro e o sistema urinário e a eliminação da urina armazenada na bexiga deixa de ser automática. d) Caso essa lesão não seja completa (ver Escala de Frankel), existe chance de recuperação total do paciente? Se a lesão for incompleta, é possível haver recuperação parcial ou até total com o tempo.
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