Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ECONOMIA BRASILEIRA NOS ANOS 90 A globalização criou uma realidade econômica caracterizada pelo aumento do volume e da velocidade dos fluxos financeiros internacionais, pelo nivelamento comercial em termos de oferta e demanda, pela convergência de processos produtivos e pela convergência de regulações nos Estados. Essa tendência histórica deparou-se, entretanto, com duas outras, uma que a continha e outra que a acompanhava: a formação de blocos econômicos e a nova relação entre o centro do capitalismo e sua periferia. Desde 1990 do governo Itamar Franco, as relações internacionais do Brasil foram caracterizadas por ausência de estratégia de inserção no mundo da interdependência global visto que a abertura do mercado foi eleita como ideologia de mudança. O Brasil empenhou-se junto aos órgãos multilaterais para estabelecer uma ordem mundial. Ganhou devida importância ao processo de integração do Cone Sul que consistia em Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, mas as relações internacionais apresentaram mal resultados no comércio exterior que induziram forte dependência financeira e abalaram o núcleo nacional da economia, o que persistiu nos governos FHC e Lula. Plano Real Visto como a salvação da economia nos anos 90, o plano real foi uma aposta ambiciosa para controlar a inflação. Itamar Franco assumiu a presidência num momento crítico. Em 1993, a inflação chegou ao máximo registrado em nossa história: superior a 2.000% em doze meses. Itamar convocou Fernando Henrique Cardoso para o Ministério da Fazenda, para traçar um novo plano para o Brasil, como forma de combater a hiperinflação. Nesse mesmo ano, uma nova moeda entrou em circulação: o Cruzeiro Real (CR$). Dessa vez, um Cruzeiro Real era equivalente a mil Cruzeiros Reais. O plano real foi então constituído em 3 etapas: A primeira, o ajuste fiscal que procurou equilibrar as contas dos governos através de um controle orçamentário, ou melhor dizendo, uma tentativa de gastar menos e recolher mais através de impostos. A segunda, Implementação da Unidade Real de Valor (URV) que pode ser considerada a parte fundamental do Plano Real, que teve início em março de 1994. Tratava-se de uma moeda virtual atrelada à cotação do dólar comercial no dia anterior. Na prática, todos os preços na prateleira eram marcados com o valor de URV, porém, quando se pagava, o valor era convertido para a moeda circulante, o Cruzeiro Real. A paridade entre a URV e o Cruzeiro Real era atualizado todos os dias por meio de uma nota oficial do BACEN e, depois, a mídia circulava a notícia. Por fim, o Real que foi oficializada em 1 de julho de 1994. No dia de seu lançamento, todos deveriam converter os Cruzeiros Real para Real. A colocação é que R$1 era equivalente a CR$ 2.750. Assim, o Plano Real conseguiu contornar a alta generalizada de produtos e serviços através de etapas que aconteciam simultaneamente para desinchar a economia. Atualmente, o real não é mais tão valorizado como em seus primeiros anos e, por isso, o controle da inflação deve ser pauta de todo governo. Afinal, a inflação afeta todo o país e mexe no bolso da população. Assim contribuindo para o crescimento e principalmente desenvolvimento econômico do Brasil na década de 90 e nas décadas seguintes.
Compartilhar