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CONCEITO EM MODULAÇÃO DO PERFIL DA MICROBIOTA E IMUNOLOGIA DIGESTIVA 2016 AGOSTO DE 2016 Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br II preocupante estado de saúde da população dos países desenvolvidos foi um dos principais motivos da importante intensificação, desde 2009, das pesquisas sobre a microbiota. Essas recentes descobertas mudam profundamente a nossa compreensão da fisiopatologia humana. Elas permitiram profunda tomada de consciência da parte dos profissionais da saúde sobre a importância da preservação ou recuperação do equilíbrio deste ecossistema, das suas múltiplas implicações relativas à nossa saúde e nossos comportamentos. No entanto, a seguinte pergunta permanece inteira: COMO MODULAR SELETIVAMENTE E FISIOLOGICAMENTE O PERFIL BACTERIANO DA MICROBIOTA? Uma abordagem simples, fisiológica, baseada em conhecimento e respeito da fisiopatologia digestiva e nos conhecimentos atualizados sobre a microbiota. A DISBIOSE INTESTINAL E A HIPERPERMEABILIDADE, seu sintoma associado Ela se caracteriza por um perfil bacteriano incompatível para assumir a manutenção das funções digestivas, nutritivas, imunes e nervosas. Assim, fermentações inadequadas, proliferações anormais de bactérias patógenas no trato digestivo fazem o bolo alimentar fermentar demasiadamente. Isto gera inflamação e hiperpermeabilidade da mucosa intestinal. Assim, elementos indesejáveis e bactérias presentes no lume intestinal têm acesso à circulação linfática e sanguínea --> sistema porta --> FÍGADO. FÍGADO E ASSIMILAÇÃO DA VITAMINA D3 Uma importante fermentação produz ácidos graxos de cadeia curta, gerando uma esteatose hepática. Além de prejudicar o bom funcionamento hepático, a esteatose hepática vai alterar o estatuto da vitamina D (lipossolúvel). Não seria lógico tratar a esteatose antes de ingerir altíssimas doses de vitamina D3? Notamos também que o tratamento da esteatose é um pré-requisito para eliminar peso, e sobretudo reforçar a imunidade. O Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br III DISBIOSE HIPERPERMEABILIDADE MATRIZ As consequências da disbiose vão bem além das perturbações digestivas. Hoje é estabelecido que a disbiose é responsável por numerosas doenças crônicas, doenças autoimunes, degenerativas, até graves alterações comportamentais. O adoecimento sistêmico é reforçado pelo fato de que a circulação linfática e sanguínea são entradas e saídas da MATRIZ. Segundo o prof.A. Pischinger, “A matriz é o espaço central das biorregulações, o seu estado influencia o sistema neuro-hormonal e todos os metabolismos”. “Nossos humores condicionam nossos humores” H.H. Reckeweg. DISBIOSE = CÍRCULO VICIOSO As más absorções de nutrientes favorecem por um lado, as carências nutricionais (lembrando que os minerais representam a “coluna vertebral” de nossos metabolismos), por outro lado, os açúcares que não foram assimilados no intestino delgado chegam ao cólon onde fermentam; fonte de inflamação permanente e imunodepressão. A alteração da mucosa do intestino delgado favorece a cancerização, as alergias, doenças autoimunes, consequentemente uma importante oxidação, cansaço, envelhecimento cerebral e dores. O PULULAMENTO BACTERIANO A proliferação anormal de bactérias gera uma importante produção de poliamidas, fatores de crescimento tumorais e pólipos. A mucosa intestinal apresenta cada vez mais dificuldade em absorver os açúcares. Esta situação acaba disponibilizando mais nutrientes para bactérias, facilitando sua multiplicação. Uma perturbação da degradação dos açúcares rápidos provoca flatulências, ela gera HIDROGÊNIO. Já a produção de METANO evidencia fermentações anormais no intestino grosso, devido a perturbação da degradação dos açúcares lentos (cereais). A fermentação ácida provém do estômago – duodeno. Ela gera ACETATO DE METILO (causa: estase gástrica). Essa disbiose é muito agressiva, propicia à candidíase, entre outros. Lembrando que o Cândida albican produz 74 diferentes substâncias imunossupressoras! Mais rara, a perturbação na degradação das proteínas gera SULFURETO DE HIDRÔGENIO (cheiro de ovo podre), assinala uma grave alteração da imunidade. 12 Célula Sistema aberto “A matriz é o sistema basal das biorregulações nervosas, hormonais e humorais” segundo Prof. A. Pischinger. A MATRIZ = 20% do peso corporal SANGUE LINFA Sistema LINFATICO “Nossos humores condicionam nossos humores”, H. H. Reckeweg MATRIZ ZONA INTERMEDIÁRIA ENTRE SANGUE E ESTRUTURAS TISSULARES MATÉRIA – ENERGIA - INFORMAÇÃO Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br IV O nosso sistema digestório é um ECOSSISTEMA. Como todo ecossistema, ele é complexo e seu equilíbrio é frágil. Por isso, em segundo lugar, sugerimos entender antes de agir. A IMPORTÂNCIA DE DIAGNOSTICAR, QUALIFICAR UMA DISBIOSE A experiência clínica nos permitiu elaborar um questionário sintético de avaliação da disbiose (21 perguntas), que pode ser preenchido até pelo próprio paciente. As quinze primeiras perguntas permitem avaliar se, apesar de uma aparente normalidade (evacuação diária de fezes formadas), o paciente é portador de uma disbiose leve, importante e/ou antiga. As perguntas 16 até 21 esclarecem: ‣ Qual é o tipo de fermentação anormal? (Identificação da flora inadequada). ‣ Onde está atuando a disbiose: No estômago? Intestino delgado? Cólon? Nos três níveis? ‣ Por que a disbiose? (Os diversos problemas na assimilação dos nutrientes: açúcares rápidos, açúcares lentos, proteína, estase gástrica) ‣ Gravidade da disbiose (eventual existência de um biofilm ultra resistente nas camadas profundas das vilosidades intestinais? Por exemplo) Este questionário já permite caracterizar cerca de 70 % dos casos. (Veja o questionário na última página) O diagnóstico preciso da disbiose é obtido graças ao TESTE RESPIRATÓRIO DOS GASES EXPIRADOS: O teste detecta GASES E COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (COV): Hidrogênio, metano, sulfureto de hidrogênio, acetato de metilo e outros compostos orgânicos voláteis. A presença desses gases informa sobre o tipo de fermentação anormal devido ao crescimento bacteriano excessivo no trato digestivo e sua localização, como mencionados acima. Segundo estatísticas: 30 a 54% da população apresenta um teste positivo 74 a 84 % de testes positivos para pacientes com síndrome do cólon irritável 91 % de testes positivos em crianças com dores abdominais 92% de testes positivos em pessoas com insuficiência pancreática* *Ressaltamos a importância de identificar a disbiose da parte alta do tubo digestivo (estômago / duodeno). As consequências da disbiose alta afeta a imunidade e o fígado, com impossibilidade de desintoxicá-lo! Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br V TRATAR E RESTAURAR A IMUNIDADE DIGESTIVA Lembrando que a fisiologia digestiva é explícita em relação à distribuição da massa bacteriana ao longo do trato digestivo. Estômago 10²¯³ cel. /ml. Duodeno 10³¯⁴ cel. /ml. Jejuno 10⁴¯⁵ cel. /ml. Íleo 10⁸ cel. /ml. Cólon 10¹¹¯¹² cel. /ml. Ingerir lactobacilos em caso de disbiose é colocar bactérias em quantidade importante onde já se encontram em excesso! Onde existem disbioses e fermentações anormais, encontramos também proliferações bacterianas anormais, que faz o bolo fecal fermentar demasiadamente. A nossa proposta não é de estar em favor ou contra os probióticos! No entanto consideramos como fundamental entender antes de agir fisiologicamente, fechando um diagnóstico preciso do tipo de disbiose, da sua localização, do tipo de fermentação anormal envolvido no processo! Outra dúvida: Precisamos entender melhor a influência dos lactobacilos em relação à sobrepeso e obesidade.Os probióticos podem ser úteis a curto prazo, e onde encontram-se graves degradações do ecossistema intestinal, há um importante empobrecimento das variedades de cepas microbianas (Doenças inflamatórias crônicas dos intestinos, diarreia crônica, consumos frequentes de antibióticos, etc.). No entanto, as reposições de microbiota total (o transplante fecal) em patologias graves, representam uma ferramenta terapêutica extremamente útil. Mesmo assim, não acontece colonização; a reposição deve ser reconduzida periodicamente na maioria dos casos (exceto nos tratamentos contra o Clostridium difficile). Os antibióticos: Depois de 7 dias sob antibióticos, dois anos serão necessários para restaurar um certo equilíbrio da microbiota... Este novo equilíbrio não será igual ao anterior, por empobrecimento do perfil bacteriano. (Stephen Collins). O conceito é baseado no diagnóstico da disbiose, e inclui o conjunto dos sintomas apresentados pelo paciente e seus eventuais exames biológicos. O indispensável reajuste nutricional será motivado pelo diagnóstico da disbiose. POUCAS BACTÉRIAS, espaço de assimilação Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br VI O conceito pode agir simultaneamente sobre três frentes: MICROBIOTA AÇÃO BIFIDOGÊNICA AÇÃO ANTISSÉPTICA REAJUSTES NUTRICIONAIS Substratos bifidogênicos agindo sobre diversos quadros clínicos ou predisposições: VASCULAR DESMINERALIZAÇÃO COGNITIVO / NERVOSO SOBRECARGAS METABÓLICAS Fórmulas de óleos essenciais agindo sobre as fermentações anormais, corrigindo o perfil da microbiota eliminando micro- organismos patógenos (bactérias fungos vírus e parasitas), reforçando a ação anti-inflamatória além de estimular as secreções digestivas. Os óleos essenciais apresentam ações antissépticas particularmente seletivas, elas não danificam a flora normal. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br VII OS BENEFÍCIOS DA AÇÃO BIFIDOGÊNICA As bifidobactérias são um dos maiores grupos de bactérias que compõe a microflora intestinal. Estas residem no cólon e representam a cepa bacteriana relevante do equilíbrio e da estabilidade da microbiota. Elas também são associadas a uma menor incidência de alergias (Björkstén et al., 2001) e também com a prevenção do crescimento de algumas formas de tumores (Guarner e Malagelada, 2003). EFEITOS REGULADORES DAS BIFIDOBACTÉRIAS SOBRE OUTRAS COLÔNIAS BACTERIANAS Se acreditava que o mecanismo de inibição de patógenos gerado pelas bifidobactérias era relacionado à sua fermentação produtora de ácidos como acetatos e lactatos. No entanto foi demonstrado por Gibson GR e Wang X. Dunn Clinical Nutrition Center, Cambridge, UK, < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7989269 >, que as capacidades inibidoras das bifidobactérias não dependem somente da produção de ácidos. Co-culturas de bifidobactérias infantis colocaram em incubação Escherichia coli e Clostridium perfringens, em vários sistemas de fermentações. Foi observado que as bifidobactérias apresentaram efeitos inibidores não relacionados à produção ácida. Outros estudos apontaram que as oito principais espécies de bifidobactérias excretam substâncias antimicrobianas com ação de largo espectro. Também foram inibidas pelas bifidobactérias, espécies provenientes de cepas Salmonela, Listeria, Campylobacter, Shigella, Vibrio cholerae. Foi também observado uma proteção a longo prazo contra a invasão e colonização por patógenos! A microbiota intestinal e seu hospede são um exemplo de mutualismo, que é uma cooperação entre diferentes tipos de organismos onde há vantagens para ambos os lados, diferente da simbiose ou do comensalismo. A microbiota apresenta até a capacidade de regular a expressão de certos gênios do seu hospede, o que caracteriza uma relação simbiótica avançada¹¯². 1. Dethlefsen L, Eckburg PB, Bik EM, Relman DA. « Assembly of the human intestinal microbiota » Trends Ecol Evol. 21, 517–523 (2006) PMID 16820245. 2. Larsson, E. et al. « Analysis of gut microbial regulation of host gene expression along the length of the gut and regulation of gut microbial ecology through MyD88 » Gut 61, 1124–31 (2012) PMID 22115825 [archive] DOI:10.1136/gutjnl-2011-301104. A microbiota é considerada hoje como sendo um órgão vital fazendo parte do nosso organismo! http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7989269 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16820245?dopt=Abstract https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22115825?dopt=Abstract https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22115825?dopt=Abstract http://archive.wikiwix.com/cache/?url=https%3A%2F%2Fwww.ncbi.nlm.nih.gov%2Fpubmed%2F22115825%3Fdopt%3DAbstract https://fr.wikipedia.org/wiki/Digital_Object_Identifier https://dx.doi.org/10.1136%2Fgutjnl-2011-301104 Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br VIII BIFIDOBACTÉRIAS E “TERRENO” BIOLÓGICO Entre as bactérias saprófitos, como visto acima, as cepas de bifidobactérias são dominantes, elas são as mais eficientes para criar ou manter o meio intestinal em condição levemente ácido / reduzido meio rico em prótons e elétrons. Segundo o bioelectronigrama de Louis Claude Vincent, a zona ácida / reduzida é « criadora de vida », favorável às: VITAMINAS - FRUTAS - LEGUMES - VERDURAS - PLANTAS MEDICINAIS - SEMENTES GERMINADAS - ALGAS VERDES - BACTÉRIAS SAPRÓFITAS - FERMENTOS - etc. A condição “ácido-reduzida” representa um vetor anticâncer notável! Ela está em oposição à zona oxidada – alcalina, que é pobre em prótons e em elétrons, portanto favorável às doenças degenerativas atuais. NOÇÕES DE ENTEROTIPOS Eles representam grupos simbióticos da microbiota relacionados a predisposições patológicas, uma classificação dos seres vivos com base em seu ecossistema bacteriológico, em outras palavras, é uma “assinatura bacteriana intestinal”. A noção de enterotipo foi sugerida pela primeira vez por PEER BORK e al. LABORATÓRIO DE BIOLOGIA MOLECULAR, 2011 HEIDELBERG – ALEMANHA. De fato, sabemos que certas disbioses favorecem a aparição de pólipos por exemplo, outras induzem carências nutricionais, (principalmente dos minerais, sobre tudo do cálcio), e/ou enfraquecem a imunidade, outras alteram o metabolismo lipídico, e geram importantes inflamações de diversas localizações; endotélios vasculares, sistema nervoso, aparelho articular, mucosas, principalmente intestinais, mas também pulmonares, gengivas, além de alterações comportamentais e disfunções cognitivas. Em um estado mais avançado, encontramos as doenças degenerativas, autoimunes, cânceres, síndrome metabólica (sustentada por processo autoimune também), doenças e acidentes cardiovasculares e as degenerescências do sistema nervoso (Parkinson, Alzheimer), doenças comportamentais e as psicoses. O primeiro enterotipo que foi definido por PEER BORK e sua equipe corresponde a obesidade. Três outros enterotipos já foram pressentidos por outros pesquisadores: MOFO, BOLOR COGUMELOS MICOSES ANTIBIÓTICOS ÁGUAS DE REDES URBANAS VÍRUS INFARTO TROMBOSE NEOPLASIAS DOENÇAS DA CIVILIZAÇÃO BACTÉRIAS DOENÇAS INFECCIOSAS ALGAS MARRONS VITAMINAS FERMENTOS ALGAS VERDES BACT. SAPRÓFITAS ÁGUAS TERMAIS ZONA CRIADORA DE VIDA rH² 22 pH 7,4 OXIDAÇÃO REDUÇÃO 210 X cm²/cm SANGUE ACIDEZ ALCALINIDADE 28 35 14 7 Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br IX As sobrecargas metabólicas, alterações do perfil lipídico sanguíneo, glicemia elevada, sobrepeso e obesidade, esteatose hepática. As disfunções cognitivas, distonia neurovegetativas, nervosismo e alterações comportamentais. As doenças cardiovasculares, produção de citocinas angiogênicas (VEGF e IL-8), microvarizes e edemas, agregação plaquetária. As desmineralizações: osteoporose / osteopenia, com elevação do risco de doenças vasculares. Os enterotipos representam um interesse degrande valor para as abordagens PREVENTIVAS na área da saúde. O conceito permite uma ação bifidogênica, agindo preferencialmente sobre as predisposições e/ou o quadro clínico do paciente! A ação bifidogênica será então escolhida pela anamnese, avaliação clínica, incluindo os eventuais exames biológicos. SUBSTRATOS BIFIDOGÊNICOS Desde 1992 foram desenvolvidos, em colaboração com os Laboratórios Acepsa S.A. / Suíça, (microbiologia e engenharia em alimentos), substratos bifidogênicos, a partir de sutis combinações de fibras hidrossolúveis não assimiláveis pelo intestino delgado. Apesar de conter FOS na composição, os substratos NÃO GERAM GASES INTESTINAIS ANORMAIS (garantindo até 20 g de consumo diário. Nível de consumo usual: 5 a 10 g / dia). A eliminação desta desvantagem nos permitiu reconsiderar a importância dos prebióticos como sendo ferramenta de alto desempenho na modulação da microbiota. Os prebióticos são carboidratos complexos, não degradáveis pelas enzimas salivares e intestinais (ANJO, 2004; SAAD, 2006). Atuam principalmente no intestino grosso estimulando a proliferação e a atividade da flora intestinal, inibindo a multiplicação de microrganismos patogênicos, favorecendo a defesa imunológica (FORSYTE, 2002; FRANCO; OLIVEIRA; CARVALHO, 2006). Suas principais características são a capacidade de não sofrer hidrólise ou absorção no intestino delgado e a promoção da alteração da microflora intestinal por uma saudável. Dentre os prebióticos, destacam-se a oligofrutose, a inulina e os frutooligossacarídeos (SAAD, 2006). Diversos estudos experimentais mostraram a aplicação da inulina e da oligofrutose como importantes FATORES BIFIDOGÊNICOS. «A modulação da microbiota intestinal por prebióticos é consequente à alteração da composição dessa microbiota por uma fermentação específica, na qual resulta em uma comunidade em que há predomínio de bifidobactérias» (KAUR, GUPTA, 2002). Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br X «Alguns efeitos atribuídos aos prebióticos são a modulação de funções fisiológicas chaves, como a absorção de cálcio e, possivelmente, o metabolismo lipídico, a modulação da composição da microbiota intestinal, na qual exerce um papel primordial na fisiologia gastrointestinal, e a redução do risco de câncer do cólon» (ROBERFROID, 2002). Os oligossacarídeos são constituídos de três a dez açúcares simples ligados entre si, cuja atuação ocorre por três mecanismos diferentes (ANJO, 2004; FRANCO; OLIVEIRA; CARVALHO, 2006): 1. Retenção de substâncias tóxicas consumidas ou produzidas no trato gastrintestinal durante a digestão. 2. Produção de compostos protetores (repartição das mucinas do epitélio intestinal = efeito barreira) formados pela fermentação bacteriana de substâncias presentes na alimentação (SYNTHESIS Revista Digital FAPAM, Pará de Minas, v.1, n.1, 308-317, out. 2009 www.fapam.edu.br/revista 314). 3. Redução do tempo dos componentes alimentares no lúmen intestinal, promovendo uma correta formação e eliminação do bolo fecal. Eles promovem a homeostasia individual do ecossistema intestinal, diminuindo a expressão sintomatológica, garantindo um nítido efeito sistêmico sobre as principais funções vitais, tais como: IMUNIDADE – MÁ ABSORÇÕES – ESTRESSE OXIDATIVO – INFLAMAÇÃO INTESTINAL E SISTÊMICA (Citocinas pro-inflamatórias) – ESTADO FUNCIONAL DO SISTEMA NEURO ENTÉRICO (funções cognitivas, alterações comportamentais) – DETOXIFICAÇÃO HEPÁTICA (“Central metabólica”). A microflora intestinal é um mundo muito interativo, onde prevalecem duas principais competições: 1. Competição pelo substrato nutritivo efeito modulador sobre a composição da flora transitória e residente 2. Competição pelos sites de aderência efeito barreira imunidade proteção contra a colonização por bactérias patógenas As condições de vida do meio bacteriano e a composição da microbiota dependem de seis principais fatores naturais. Temperatura – Umidade – Oxigênio – pH<-->rH² - NUTRIENTES - Velocidade do trânsito intestinal - Fatores emocionais, MEDO, ANSIEDADE E PREOCUPAÇÕES « Para a microbiota intestinal, a competição pelo meio nutritivo, representa o fator mais lógico e poderoso que temos a disposição para modular a microbiota de maneira seletiva”. (MITSUOKA, 1989, HOLZAPFEL E AL. 1998, HOPKINS E AL., 2002). 5g diária, 14 dias Ação bifidogênica dos substratos Ceres,Thalassa, Eureka, Cellos sobre a composição da microflora intestinal após 14 dias de consumo diário ESTÍMULO DAS BIFIDOBACTÉRIAS ANTES DEPOIS Bacteroides 72% Bifidobactérias 81% Bacteroides 17% Bifidobactérias 17% LAB. ACEPSA 13.05.2013 Clostridias 2% Fusobactérias 9% Clostridias 1% Fusobactérias 1% http://www.fapam.edu.br/revista%20314 Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XI AÇÃO ANTISSÉPTICA Esta ação é fundamental, pois o restabelecimento da imunidade digestiva necessita frequentemente de uma ação antiproliferativa de patógenos (bactérias, vírus e fungos). Portanto, o uso de antibióticos seria incoerente dentro deste conceito! Para tanto, utilizaremos fórmulas de óleos essenciais para cada tipo de fermentação. Conforme o caso, agiremos também sobre a via dos TH1 (células NK). Os óleos essenciais utilizados provêm de plantas condimentaries principalmente. Elas são extraídas a partir de destilação a vapor de água. Estas apresentam potentes ações antissépticas: bactericidas, virucidas e fungicidas (candidíase). Elas são particularmente seletivas pois não tem efeitos significativos sobre as cepas saprófitos. Elas limpam a microbiota dos principais patógenos com “precisão cirúrgica”, apresentam importantes efeitos anti-inflamatórias, são estimulantes das secreções digestivas, imunoestimulantes (aumenta IgA, IgM, C3 eC4), anti-helmíntico, colagogo, colerético, mucolítico. O empobrecimento da composição da microbiota diminui o efeito barreira (proteção contra aderência de bactérias patógenos). Bactérias indesejáveis podem assim contaminar progressivamente as camadas profundas da mucosa, onde encontramos um BIOFILM ULTRARESISTENTE, e alterações da integridade das vilosidades. Nesses casos, os óleos essenciais são “ferramentas” terapêuticas adequadas, de alto desempenho. A eliminação do biofilm permite a reconstituição das vilosidades. A ação antisséptica é definida pelo: Diagnóstico da disbiose em primeiro lugar e o estado imune do paciente. UMA ABORDAGEM SISTÊMICA O conceito apresentado oferece uma abordagem sistêmica sobre a disbiose intestinal, a hiperpermeabilidade e suas consequências diretas e indiretas: Eliminar as proliferações bacterianas (SIBO*) / fermentações anormais *Small Intestinal Bacterial Overgroth Tratar a eventual esteatose hepática Tratar a paresia gástrica (estase gástrica) Eliminar a prisão de ventre Corrigir a má absorção dos açúcares rápidos e a inflamação / hiperpermeabilidade no intestino delgado Ação antiviral / antifúngica Reverter uma eventual contaminação das camadas profundas das mucosas biofilm resistente Um reajuste nutricional e um tratamento fisiológico adequado sobre uma realidade patológica multifatorial, diagnosticada, permitem resultados terapêuticos prometedores sobre muitas doenças de civilização. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XII TERAPÊUTICA Índice Páginas Diagnosticar e qualificar a disbiose ‣ Introdução XIII ‣ Disfunção imune & síndrome depressivo XIV ‣ Infertilidade XIV ‣ Fígado e vitamina D XV ‣ Identificar a flora patógena XV Terapêutica XVIII ‣ Generalidades XVIII ‣ Questionário “AVALIAÇÃO DA DISBIOSE” XIX ‣ Lista FODMAP´s XX ‣ Reajustes nutricionais XXI ‣ Ação bifidogênica XXI ‣ Escolher um substrato bifidogênico XXII ‣ Ação antissépticaXXIII ‣ Danos nas vilosidades intestinais e hiperpermeabilidade XXIV ‣ Desintoxicação hepática XXIV ‣ Doenças inflamatórias crónicas intetinais XXIV ‣ Lista e caraterísticas dos óleos essenciais XXV Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XIII DIAGNOSTICAR E QUALIFICAR A DISBIOSE INTRODUÇÃO O conceito não se limita a obter uma melhora passageira do perfil da microbiota, pois a abordagem é sistémica. A organização do “vivente” também é sistémica. Como sabemos, as consequências da disbiose vão bem além das perturbações digestivas! Identificar a flora patógena, as fermentações anormais, sua localização, sua(s) causa(s), seus sintomas / doenças associadas, a profundidade e gravidade das eventuais lesões nas mucosas, o estado da imunidade, do fígado, as inflamações crônicas, os hábitos nutricionais do paciente, seu estado emocional, etc. Uma permeabilidade intestinal alterada favorece: Doenças infecciosas e inflamatórias do intestino Reumatismos inflamatórios crônicos, fibromialgia Acne, eczema, psoríase, dermatites A foto-sensibilidade (= intoxicação hepática) Intolerâncias e alergias alimentares, urticária Síndrome do intestino irritável Síndrome de fatiga crônica Hepatites e pancreatites crônicas Doenças autoimunes e canceres A hiperpermeabilidade intestinal é causada pela proliferação bacteriana anormal, mas também pelo consumo de: Álcool, Anti-inflamatórios, Antibióticos, Quimioterapia, entre outros medicamentos, Agrotóxicos, Estresse e choque emocional, Carências micro nutricionais. As fermentações anormais e pululações bacterianas são mais prejudiciais do que achávamos no passado, pois favorecem a produção de poliaminas (fatores de crescimento tumoral e geradores de pólipos) e de bacteriocinas = autointoxicação e alteração do comportamento. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XIV DISFUNÇÃO IMUNE & SÍNDROME DEPRESSIVA A mucosa intestinal regula a imunidade graças à presença de linfócitos T reguladores específicos. Em caso de disbiose, a mucosa abriga também numerosos vírus / bactérias que destroem o muco (mucinas) e penetram assim nas camadas profundas das vilosidades da mucosa. Os danos nas mucosas geram uma baixa da imunidade e má absorção, o que favorece a expansão de vírus. Este círculo vicioso, amplificado pelo estresse e as carências nutricionais aumenta a ocorrência das infecções. Os vírus destroem, e as bactérias aproveitam do estrago, consumindo os açúcares disponibilizados pela má absorção. Elas multiplicam-se demasiadamente, produzem gorduras de cadeia curta que vão “entupir” o fígado. A imunidade enfraquece ainda mais, a inflamação torna-se crônica, o que favorece as recidivas das infestações virais, comprometendo cada vez mais a integridade da mucosa e a imunidade. Assistimos assim ao desenvolvimento da síndrome metabólica, à instalação de uma depressão imune crônica, e do advento das doenças autoimunes. O epitélio agredido de maneira contínua estimula permanentemente o sistema imunitário que acaba produzindo glóbulos brancos auto reativos (TH17), tendo por consequência o surgimento das doenças autoimunes. Nos casos de grave imunodepressão também observaremos um importante estresse oxidativo, o que representa uma porta amplamente aberta para as neoplasias. A hiperpermeabilidade intestinal induzida pelas toxinas digestivas aumentam progressivamente, até alterar o funcionamento de todas as mucosas, atingindo os tecidos epiteliais, incluindo a barreira hemato-encefálica. As bactérias cólicas produtores de metano consomem triptofano para sua divisão. O triptofano é o aminoácido precursor da síntese da serotonina (mediadora da adaptação e do bom humor). Tal flora acaba por gerar uma síndrome depressiva. Em caso de perturbação extrema da microbiota, o metano se aglomera com outros gases ou ácidos graxos, formando compostos cíclicos, semelhantes aos hidrocarbonetos, distúrbios do comportamento por autointoxicação. INFERTILIDADE A fertilidade também é afetada pela disbiose intestinal. Quando restabelecemos o equilíbrio do ecossistema intestinal (esvaziamento gástrico normal, perfil da flora intestinal de tipo mutualista e estável, sem má absorção, sem inflamação crónica, com eliminação correta do bolo fecal, fígado desintoxicado), as mucosas digestivas e uterinas recuperam sua integridade e funcionalidade. Isto permite a restauração da ovulação. Uma eficiente imunidade, sem fenômeno inflamatório previne aborto espontâneo. A depressão imune se transmite da mãe pelo feto, por isso é interessante sanear a flora intestinal antes da concepção. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XV FIGADO & VITAMINA D Como foi mencionado acima, uma forte fermentação produz ácidos graxos que vão invadir o fígado (esteatose hepática), prejudicando assim seu bom funcionamento, e impede a absorção correta da vitamina D (lipossolúvel). Conhecemos o papel fundamental da vitamina D para a quase totalidade dos parâmetros de saúde, particularmente para a imunidade. Uma forte fermentação associada a um baixo estatuto em vitamina D significa uma porta aberta para uma depressão imune e desmineralização. Quando se restabelece a função normal do fígado, a reposição com alta dosagem da vitamina D não se justifica mais. Notamos que a eliminação da esteatose hepática é pré-requisito para obter resultados sucedidos na eliminação do peso. IDENTIFICAR A FLORA PATÓGENA O aparente bom funcionamento intestinal (evacuação diária / fezes formadas) NÃO significa ausência de disbiose / alteração da permeabilidade da mucosa. O questionário de AVALIAÇÃO DA DISBIOSE (página XVI) permite uma avaliação rápida, de grande utilidade, (confiável em mais de75 % dos casos). Ela revela os seguintes aspectos: Sinais gerais de disbiose perguntas de 1 a 15 já são relevantes da existência de disbiose. Mais respostas positivas = mais o distúrbio é importante / antigo. Localização da disbiose perguntas de 16 a 21: 1. A disbiose no estômago – duodeno é uma fermentação ácida. Esta disbiose é a mais agressiva, propícia às CANDIDÍASES. Refluxo gástrico, esofagite, úlcera estomacal são gerados por um mau esvaziamento gástrico, com náuseas ou falta de apetite pela manhã, insônia. A estase gástrica gera obstipação terminal (fenômeno reflexo entre estômago e reto). Neste caso, o teste respiratório apontará um excesso de acetato de metilo. A ecografia mostrará uma distensão estomacal, o que provoca a diminuição da velocidade do seu esvaziamento, com acúmulo de gás, alterando assim a onda da propagação gástrica e sua tonicidade. A estase gástrica acaba provocando um refluxo, do duodeno para o estômago, tendo como consequência a destruição dos preciosos sais biliares pela acidez gástrica, (cerca de 30 % da população brasileira). Trânsito intestinal: flatulência – alternância diarreia / constipação (fezes duras evacuadas < 1 x dia). 2. A disbiose no intestino delgado. Nesta parte do sistema digestório, a população bacteriana é muito baixa, por ser um espaço de assimilação. Esta disbiose aponta um problema de assimilação dos açúcares rápidos, em consequência acarretará uma má absorção dos micronutrientes, em primeiro lugar dos minerais, principalmente Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XVI do cálcio. Um trânsito intestinal rápido e / ou a evacuação de fezes moles são frequentes nesta disbiose. Ela é caraterizada pela formação de hidrogênio. Observação: No intestino delgado, como não se encontra uma população bacteriana importante, a proteína RegIIIγ (descoberta recentemente) é secretada por células especializadas do epitélio, onde a sua função é de limitar o contato entre as bactérias da luz intestinal e a mucosa. As bactérias Gram-positivas são as principais afetadas pelaação da proteína. O processo de controle para as bactérias Gram-negativa no delgado ainda não é conhecido. 3. A disbiose no intestino grosso. O excedente de açúcares simples não absorvido no delgado, por má absorção ou consumo excessivo, penetram no cólon. Isto provoca, flatulências e fermentações excessivas, o que favorece o crescimento de bactérias patógenas, entre outras. Isto gera hidrogênio, gás sem odor. Os açúcares complexos (cereais e cereais integrais) e as fibras solúveis produzem gases com mau cheiro, o metano (conhecido por ser um gás altamente inflamável, corrosivo, muito tóxico e perigoso para o meio ambiente ...) A fermentação causada por má degradação das proteínas produz um gás com cheiro de ovo podre, causado pelo sulfureto de hidrogênio (raro). Um outro gás (muito raro) está sendo estudado: O Óxido nítrico (NO). A sua ação biológica provoca vaso e bronco dilatação por relaxamento da musculatura lisa. (Formulário “AVALIAÇÃO DA DISBIOSE” página XIX) O TESTE RESPIRATÓRIO A análise dos gases pulmonares é simples e não invasiva, ela oferece um diagnóstico preciso da disbiose, detectando os excessos de: hidrogênio, metano e compostos orgânicos voláteis (COV) presente no ar expirado. Ele permite determinar a qualidade da flora, as fermentações excessivas a o estado das mucosas intestinais. A avaliação se faz em dois tempos: uma primeira medida será feita pela manhã, após um jejum de 12 horas, logo após o paciente absorve a lactulose (açúcar não digerível). Uma segunda medida será feita após 90 minutos, onde observamos os eventuais aumentos dos diversos gases testados. O teste do H2 feito com uma frequência de 15 minutos coloca em evidência curvas diferenciadas que afina ainda mais o diagnóstico. EM BREVE PUBLICAREMOS UMA INFORMAÇÃO COMPLETA SOBRE O TESTE RESPIRATÓRIO, A SUA PADRONIZAÇÃO, SEU PROCEDIMENTO E SUA INTERPRETAÇÃO, INCLUINDO SUAS REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XVII Referências: Implementation and interpretation of hydrogen breath tests, Alexander Eisenmann, Anton Amann, Michael Said, Bettina Datta and Maximilian Ledochowski, Breath Research Unit of the Australian Academy of Sciences, Dammstr. 22, 6850 Dornbirn, Austria. Published 24 july 2008. EXEMPLO DE INTERPRETAÇÕES DE TESTES DO HIDROGÊNIO EXPIRADO Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XVIII TERAPÊUTICA GENERALIDADES O diagnóstico da disbiose permite individualizar a estratégia terapêutica, agindo sobre o quadro o mais amplo possível (como faria o homeopata). Os diversos aspectos do quadro clínico são: ‣ Proliferação bacteriana: com fórmulas de óleos essenciais específicas para cada tipo de fermentação anormal ‣ Estase gástrica: FERM-AC + atividade física aeróbica (min. 30 minutos, 3 x por semana), ou na medida do possível. ‣ Prisão de ventre: água, fibras + atividade física ( com a estase gástrica?) ‣ Má absorção dos açúcares no intestino delgado: alimentos baixa FODMAPS, mastigação – salivação, pequenas refeições a cada 3 horas (por exemplo) ‣ A inflamação do delgado: CERES 5 g/dia + FERM-H + spirulina ‣ Vírus: presença de vírus = baixa imunidade: FERM-AC / FERM-H + cogumelo Reishi (3 – 5 comprimidos/ dia) ‣ Esteatose hepática: reduzir o consumo de glúten, álcoois, FERM-AC, + fitoterápico: Carduus marianus ou Boldo, ou Berberis ou Chrysantellum, são excelentes colagogos, no entanto: CUIDADO para não drenar o fígado antes ter recuperado a capacidade de esvaziamento normal do estômago! ‣ Hiperpermeabilidade intestinal: para restaurar progressivamente a integridade da mucosa intestinal, utilizamos FERM-H e o cogumelo Shiitake ‣ Melhorar o conjunto dos fatores: o reajuste alimentar, é aconselhavel diminuir o aporte calórico, principalmente dos açúcares rápidos, comer poucas frutas longe das refeições, que podem ser cozidas ou amassadas, refogar os legumes para eliminar os açúcares solúveis: são oligofrutosídeos muito mal absorvidos e altamente fermentáveis, tais como: a stachyose, raffinose e a rhamnose. Aumentar o consumo de ácidos graxos poliinsatirados ômega 3. Manter um bom nível de vitamina D (no mínimo 60 mg/ml, sua reposição é essencial em caso de neoplasias, doenças autoimunes e dores osteo articulares Uma vez a disbiose diagnosticada, as suas causas conhecidas, temos a disposição três principais ações saneadoras; O REAJUSTE NUTRICIONAL, A AÇÃO BIFIDOGÊNICA E A AÇÃO ANTISSÉPTICA para cada tipo de disbiose. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XIX Avaliação da DISBIOSE: Sinais gerais de disbiose (sintomas atuais) 1. Tenho flatulências com frequência .................................................................................................................................... 2. ⃝ Mau hálito (digestão incompleta, fermentação bacteriana excessiva?) ⃝ Inflamação - Retração das gengivas ⃝ Aftas 3. Hemorroidas (internas ou salientes / sangrentas) (estado do fígado?)................................................................................... 4. Estou com dores abdominais frequentes 5. Enxaquecas frequentes (estado do fígado, alergia?).................................................................................................................. 6. Tomei recentemente antibióticos (nos dois últimos anos) 7. ⃝ Apresento problemas digestivos.................................................................................................................................... 8. ⃝ Estou com gordura no fígado ⃝ Estou com sobrepeso ou obesidade 9. ⃝ Nasci de cesariana ⃝ Não fui amamentado, ou pouco tempo: .............. Meses ..................................................... 10. Apresento alergias cutâneas (eczema, urticária, dermatites atópicas) 11. ⃝ Tenho asma ou infecções ORL recorrentes ⃝ Tenho infecções urinárias recorrentes............................................. 12. ⃝ Sofro de dores articulares e / ou tendinites ⃝ Tenho osteopenia ou osteoporose 13. ⃝ Sou impaciente / facilmente irritado (a) ⃝ Sou ansioso (a) ⃝ Depressão, inicia uma atividade e não a finaliza 14. ⃝ Estou com falhas de memória, dificuldades de concentração, atenção ⃝ Importantes cansaços 15. Magreza massa gorda %:._________.......................................(massa gorda < 20% = insuficiência enzimática pancreática)........ Fermentação ácida: estômago – duodeno = fermentação ácida com ACETATO DE METILO = estase gástrica? 16. Arrotos, náuseas, falta de apetite....................................................................................................................................... 17. Refluxos ácidos ................................................................................................................................................................... Fermentações anormais no intestino delgado: formação de HIDROGÊNIO = problema com a degradação dos açúcares rápidos 18. Trânsito intestinal muito rápido ......................................................................................................................................... 19. Fezes moles ........................................................................................................................................................................ Fermentações anormais no intestino grosso: produção de METANO = problema com a degradação dos açúcares lentos, cereais 20. Prisão de ventre ..(dias:................)...................................................................................................................................... 21. Cólon irritável, pólipos intestinais, fissuras / fístulas anais, doença inflamatória intestinal crônica................................... Favorecer o esvaziamento correto do estômago + Reajustes nutricionais Diminuir / suprimirlaticínios, frutose, leguminosas, alim. baixas FODMAPS Fibras, legumes, cereais integrais, água, reeducação do trânsito intestinal ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Sim ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não ⃝ Não Nome: .............................................................................................. Data: .............................................................. 201 ... JMD – Alim. 08.2016 Avaliação da DISBIOSE: Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XX Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXI REAJUSTES NUTRICIONAIS Disbiose ácida: Consumir proteínas facilmente assimiláveis: carne branca – ovos – peixes. Evitar os cereais contendo glúten. Cereais sem glúten: ARROZ, MILHO, QUINUA, TRIGO SARRACENO, PAINÇO, AMARANTE. Disbiose do delgado: Diminuir / suprimir os laticínios, evitar ingerir frutas cruas, refogar ou cozinhar os legumes em vapor suave, ou substituir os alimentos que provoquem fermentações por outros alimentos pouco fermentescíveis veja a lista FODMAPS acima (página XX). Disbiose do cólon: Escolher uma alimentação rica em fibras, legumes, verduras, cereais integrais e beber água de qualidade. As prisões de ventre podem necessitar de uma reeducação do trânsito. AÇÃO BIFIDOGÊNICA A cepa do gênero bifidobacterium é relevante do equilíbrio bacteriano intestinal. São as bactérias dominantes do cólon, onde representam cerca de 80 % de todas as bactérias do intestino grosso encontradas nas microbiotas equilibradas. Isto é a condição fundamental para garantir uma relação MUTUALISTA entre hóspede e hospedador. O entendimento atual desta relação leva em conta que há uma constante interação entre bactérias e sistema imune e a tolerância do organismo a estas bactérias. As fibras hidrossolúveis são inassimiláveis pelo organismo humano, porém são verdadeiros nutracêuticos. Elas chegam intatos no intestino grosso onde são fermentadas especificamente pelas bifidobactérias. Como vista anteriormente, uma disbiose pode ter consequências diferentes entre diversas pessoas. Por isso a linha fibrATIVA oferece quatro substratos bifidogênicos com polaridades terapêuticas diferentes. (Quadro página X) As quatro fórmulas oferecem um conjunto de ações comuns: 1. Bifidogênica, 2. Anti-inflamatória, 3. Protetora hepática 4. Imuno estimulante IgA, 5. Reguladora do teor hídrico do bolo fecal, 6. Nutrição enteral, 7. Antioxidante. Além disso, cada uma tem a sua especificidade: CERES As sobrecargas metabólicas, obesidade, prisão de ventre (fórmula muito anti-inflamatória) THALASSA Risco / doenças vasculares (anti-inflamatório específico dos endotélios vasculares, e antioxidante) CELLOS A desmineralização óssea + risco / doenças cardiovasculares (ação completa sobre o metabolismo mineral, sobretudo cálcico) EUREKA A distonia neurovegetativa, disfunções cognitivas, agitação / ansiedade, (ação GABAérgica) Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXII ESCOLHER UM SUBSTRATO BIFIDOGÊNICO A linha fibrATIVA gera uma ação sistêmica favorável sobre o quadro clínico global do paciente. A escolha do substrato é obtida em função das avaliações clínicas convencionais: Anamnese, sintomatologia clínica e biológica, entre outros. Lembrando que, envelhecendo, perdemos gradualmente nossas bifidobactérias! O substrato deve ser consumido diariamente durante 3 meses no mínimo. No entanto os efeitos positivos já serão perceptíveis depois de alguns dias. É possível prescrever dois substratos simultaneamente? Sim, principalmente nos seguintes casos: ‣ Mulheres em menopausa com osteoporose e aumento do risco cardiovascular: CELLOS + THALASSA ‣ Em qualquer doença autoimune: CELLOS + EUREKA ou CERES ‣ Importante inflamação da mucosa digestiva ou obesidade + risco cardiovascular: CERES + THALASSA ‣ Importante disbiose + inflamação digestiva com problemas psicológicos /comportamentais: CERES + EUREKA: Posologia: 5 g de cada substrato por dia, de manhã em jejum e a noite ao deitar. Total diário 2 x 5 g 10 g Observação: Quando o substrato gera gases (com mau cheiro) no paciente, é necessário diminuir a dosagem a 5 g / dia, tomando os produtos simultaneamente (dia sim / dia não). Caso de pacientes com grande produção de gases, mesmo com dosagens de 5 g diária, isto significa que ele apresenta importante má absorção com forte atividade bacteriana no intestino delgado. Solução: suspender o consumo do substrato, questionar o estado do pâncreas e tratar a partir da ALIMENTAÇÃO + AÇÃO ANTISSÉPTICA. (N.B.: Iris versicolor é um excelente remédio homeopático das pancreatites crônicas. Zn-Ni-Co, complexo de oligo elementos, interessante para as insuficiências pancreáticas). Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXIII AÇÃO ANTISSÉPTICA A utilização de óleos essenciais por via oral não é comum no Brasil. No entanto elas foram muito estudadas desde a década de 60 até os nossos dias, no mundo todo. Hoje temos a disposição quantidade importante de estudos fundamentais sobre suas diversas possibilidades de utilização com fins terapêuticos, por via interna ou cutânea, sobre suas amplas gamas de ações terapêuticas, suas toxicidades e contraindicações. (Veja página XXV) Os óleos essenciais escolhidos provêm em maioria de plantas condimentares ou alimentares. Elas são obtidas através da destilação a vapor de água (garantida sem solventes), de plantas selvagens ou cultivadas sem agrotóxicos. Os óleos utilizados são classificados em função dos seus quimiotipos (famílias químicas predominantes). O óleo essencial representa a imunidade das plantas aromáticas. Apesar das suas potentes ações antissépticas antivirais e antifúngicas anti-inflamatórias, carminativas entre outras, elas agem de maneira particularmente SELETIVAS, proporcionando uma limpeza quase cirúrgica da microbiota, pois não têm efeito relevante sobre as bactérias saprófitos! Alguns dias podem ser suficientes para eliminar simples fermentações, duas semanas para eliminar uma prisão de ventre, 6 meses serão necessários para uma infecção crônica. A esteatose hepática, o restabelecimento de um bom estatuto cardiovascular pode durar um ano. Os óleos essenciais são excelentes desinfetantes digestivos. Junto com uma alimentação correta, eles limpam a flora dos indesejáveis. A pululação microbiana, quando crônica, acaba por penetrar progressivamente as camadas profundas da mucosa. Isto explica a razão pela qual o tratamento pode durar 3 meses para reequilibrar as bactérias superficiais, ou de 6 meses até 18 meses para poder reconstituir uma mucosa danificada, eliminando um biofilme ultra resistente. Por serem altamente concentrados, os óleos essenciais precisam ser diluídos adequadamente para serem ingeridos. Como a maioria não são hidrossolúveis, eles costumam ser diluídos em álcool, em óleos vegetais, ou em preparações emulsionantes. Acabamos encontrando mais uma forma de diluí-las; em fibras. Apesar de permitir uma alta eficiência com uma dosagem de 1/10 de gota por dia, muito aquém do nível de toxicidade, as fibras permitem que os óleos essenciais sejam ativos, da boca ao ânus. A flora bucal tem um papel fundamental na semeadura do estômago, consequentemente do intestino delgado. As fórmulas desenvolvidas agem diretamente sobre as bactérias patógenas responsáveis pelas fermentações inadequadas das três principais disbioses: FERM-AC Fermentaçãoácida Estômago / duodeno FERM-H Fermentação a hidrogênio Intestino delgado FERM-MET Fermentação a metano Colón Incorporar o frasco de 10 ml de óleo essencial em 60 g de fibras QUINTESSENCIA. Misturar bem, conservar na geladeira. Tomar: 1 colherinha de café cheia (anexada), 1 vez ao dia, 2 meses. Manutenção: 1 colh. de café, 2 vezes por semana, durante 4 meses. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXIV Observação: as bactérias que produzem hidrogênio competem com as que produzem metano, elas são oportunistas. Assim, o tratamento agirá sobre os dois tipos simultaneamente. DANOS NAS VILOSIDADES INTESTINAIS E HIPERPERMEABILIDADE O ÁCIDO GLUTÂMICO é a principal fonte de energia do intestino delgado, indispensável à manutenção da integridade do seu epitélio. Ele contribui à limitar a atrofia das vilosidades e a hiperpermeabilidade. Os substratos bifidogênicos contém na sua composição o ácido glutâmico (100mg/ porção de 5 g). Conforme a necessidade, uma suplementação deste aminoácido pode ser prescrita. O cogumelo Shitake é um excelente alimento para as mucosas intestinais e as gengivas, além de estimular a imunidade. Danos às mucosas = danos imunitários = sobrecarga / danos hepáticos. Em caso de contaminação viral, sugiro fazer uso do cogumelo REISHI, entre os mais poderosos imuno estimulantes da micoterapia, ativo sobre a via dos TH1 (NK). DESINTOXICAÇÃO HEPÁTICA Carduus marianus (TM ou D1), Hepatodoron (Weleda), Nux Vomica Homacord (Heel), Boldo ou Carqueja (chá), Alcachofra (TM ou D1), com falta de apetite. Lembrete: condição prévia restabelecer um esvaziamento estomacal normal DOENÇAS INFLAMATÓRIAS CRÔNICAS INTESTINAIS (homeopatia) IPECA (sangue vermelho) Sangue nas fezes: ARNICA 30 CH + CHINA (sangue preto) Ulceração rectal: ARGENTUM NITRICUM 30 CH Ulceração intestinal: PHOSPHORICUM ACIDUM 30 CH + GLYCYRRHIZA GLABRA (TM ou D1) anti-inflamatório e antálgico digestivo RCH: EUPHORBIUM / SCROFULARIA NODOSA 30 CH Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXV PEQUENA MATÉRIA MÉDICA AROMÁTICA 10 Óleos essenciais Atualizada em 2016 por Dr. Jean Marc Cinnamomum verum (casca) Princípios ativos: Aldeídos aromáticos: 63-76% cinamaldeidos. Fenóis: 2,2-10% eugenol. Propriedades: Positivante (captador de elétrons) Anti-infeccioso, antibacteriano em largo espectro e de ação poderosa (98% das bact. patogênicas, coques gr.+ bacilos gr-), antiviral, antifúngico (cândida, aspergillus, incluindo os produtores de aflatoxinas), antiparasitário, antifermentário e antisséptico ++++ Tônico e estimulante geral, afrodisíaco, emenagogo (reforça as contrações uterinas) ++, respiratório e nervoso (simpaticotônico) Hiperemiante +++ Anestesiante + Anticoagulante leve, fluidificante Indicações: (V.T. ++++) Piorréias alvéolo-dentárias, diarréias, disenterias, enterocolites infecciosas e espasmódicas, febres tifóides, verminoses, amebíases, enterotoxemias de adulto, aerocolias ++++ Leucorréias, vaginites, oligomenorréias ++ Impotência funcional masculina ++ Bronquites, pleurisias + Colibaciloses urinárias, cistites bacterianas +++ Infecções e febres tropicais +++ Sonolência, astenias, depressões + Contraindicações: Uso cutâneo (com exceção de uso localizado ou sob forma galênica adequada) crianças com menos de 5 anos (dermocáustica). Citrus limon Princípios ativos: Monoterpenos: limonenos 54-72 %, α e -terpinenos 0,7% e 2,9-14 %. Sesquiterpenos: β-bisaboleno 2,5-4 %. Aldeídos: 2-3%. Cumarinas: >1,5%. Flavonóides, carotenoides (frações não voláteis). Propriedades: Anti-infeccioso, antibacteriano (steptococcus +++), antisséptico +++ (bactérias esporuladas +++), antiviral. V.T. = Valor (potência) Terapêutica + Média ++ Boa +++ Excelente +++ Máxima Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXVI Indicações: (V.T. +++) Infecções respiratórias Pequena insuficiência hepática +++, insuficiência digestiva ++ Desinfetante aéreo Contraindicações: Uso cutâneo com exposição ao sol, muito fotossensibilizante (citrais). Eugenia cariophyllus (flor) Princípios ativos: Fenóis: eugenol 70-80%. Éster: eugenil ~22%. Sesquiterpenos 5-6%. Propriedades: Anti-infeccioso, poderoso bactericida em largo espectro de ação (gr+ e gr-) +++, antifúngico ++ antiparasitário ++, antisséptico Estimulante geral +++, neurotônico, uterotônico, hipertensivo, afrodisíaco leve, cauterizante cutâneo Antitumoral (?) Indicações: (V.T. ++++) Infecções dentárias, odontalgias +++ amigdalites +++, hepatites virais +++ enterocolites virais +++, colites bacterianas, cólera, disenterias amebianas ++, enterocolites espasmódicas +++ Cistites, salpingites, metrites +++ Nevrites virais, nevralgias + Zona, esclerose múltipla, poliomielite, parasitoses cutâneas, sarna ++, acne infectada Sinusites, bronquites, gripes, tuberculoses ++ Paludismo, líquen trópico ++ Astenia física e intelectual, parto difícil Desregulação tiroidiana Cânceres, Hodgkin Poliartrite reumatóide (PR) Contraindicações: Nenhuma conhecida (prudência em uso externo!) Melaleuca alternifolia (folha) Princípios ativos: Álc.monoterp. 45-50%: terpineno – 4 – ol 25-45%, α-terpineol 3,5-5%. Óxidos: 1,4 cineol, 5%, 1.8 cineol 5-9% Terpenos: α e γ-terpineno 7-8% e 14- 18%. Propriedades: Positivante (captador de elétrons) Poderoso anti-infeccioso, antibacteriano em largo espectro de ação (sobre gram.+ : estaf., gram - : coli, proteus, kleb, enterobactérias), antifúngico (candidíase.), antiviral, antiparasitário (giardias, ascárides ancilóstomos), antisséptico Anti-inflamatório Imunoestimulante (aug.IgA e IgM baixas, aug.C3 e C4) Antiastênico ++, tonicardíaco Descongestionante venoso, flebotônico Neurotônico, analgésico Hipertermizante Radioprotetor Indicações: (V.T. ++++) Aftoses, estomatites, gengivites, abcessos dentários (trat. local), úlceras bucais, piorréias, orofaringites; enterites, enterocolites bacterianas +++ candidósicas +++, virais +++, e parasitárias, apendicites Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXVII Infecções ORL : otites, rinofaringites agudas, bronquites purulentas, enfisemas infecções recorrentes. Infecções genitais, vulvovaginites por tricômonas; congestões ovarianas Circulação capilar cerebral (ação moderada sobre), fadiga cardíaca, hemorroidas, varizes, aneurismas Astenias, esgotamento geral e nervoso, depressão nervosa, enervamento e tremores que se agravam durante as regras; frialdade Choque operatório ligado à anestesia (preventivo) Queimaduras de radioterapia (preventivo) Contraindicações: Nenhuma conhecida. Mentha x piperita (erva) Princípios ativos: Álc. monoterp.: mentol 38-48%. Cetonas: mentona 20-30%. Terpenos 2,5-18%. Óxidos: 1,8 cineol 5%. Éster 2,8-10%. Propriedades: Positivante (captador de elétrons) Anti-infeccioso, bactericida, viricida, (antiamarílico +++), fungicida, vermicida Tônico e estimulante +++ : cardiotônico, hipertensivo, uterotônico, enterotônico, estimulante digestivo, (carminativo, antiemético, estomáquico, hepatotônico reconstituinte hepato – celular, colagogo, colerético, pancreatoestimulante), neurotônico e equilibrante Anticatarral, expectorante, mucolítico Antálgico, anestesiante +++ Anti-inflamatório intestinal e urinário Descongestionante prostástico Hormônio – like, favorece as regras (regulação ovariana) Indicações: (V.T. ++++) Insuficiências hepato-pancreáticas +++ indigestão, dispepsia, vômitos, mal de transportes. Aerofagias, aerocolias, hepatites virais, cirroses, cólicas hepáticas, colites inflamatórias e espasmódicas, úlceras, atonias gastrintestinais, gastralgia, enteralgias, febre amarela Cistite, prostatites, cólicas nefríticas Distonias neurovegetativas, astenias, enxaquecas, cefaleias +++ Zona, nevrites virais (também a do nervo ótico), nevralgias, ciáticos ++ Prurido, (urticária, eczema) ++ Partos Rinites, sinusites otites, laringites. Perturbações da visão (de origem circulatória), eretismo, hipotensão, lipotimia. Contraindicações: Bebês antes dos 30 meses por via oral; uso externo com exceção das seguintes localizações: fronte, têmporas e lóbulos das orelhas). Origanum compactum (flor) Princípios ativos: Fenóis 60-70%: carvacrol (maj.), timol. Terpenos 25%. Álc. monoterp. 10%. Propriedades: Poderoso anti-infeccioso com zona de ação extensa (respiratória, oro – intestinal, urogenital, nervosa, sanguínea, linfoganglionária) e a largo espectro de ação (bactericida +++ fungicida +++, viricida ++ parasiticida +++) Tônico estimulante geral, imunoestimulante Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXVIII Indicações: (V.T. ++++) Rino-bronco-pneumopatias infecciosas +++ Orofaringites, enterocolites, disenterias, amebíases +++ Nefrites, cistites +++ Nevrites + Bacteremias, viremias, paludismo +++ Adenites ++ Hipotensão Astenias, fatigas nervosas ++ Contraindicações: Uso cutâneo, exceto localizado (dermocáustico). Satureja montana carvacrolifera (flor) Princípios ativos: Fenóis: timol, carvacrol 25-50%, eugenol. Terpenos: α e γ-terpineno 20%, paracimeno 7-20%. Propriedades: Positivante (captador de elétrons) Anti-infeccioso maior, antibacteriano, antifúngico, antiviral, antiparasitário +++ Imunoestimulante Tônico estimulante geral ++ Antálgico (à ação percutânea) ++ Neurotônico, tônico circulatório + Indicações: (V.T. +++) Enterites, enterocolites, amebíases +++ Bronquites bacterianas +++ tuberculose pulmonar + Cistites candidósicas +++, prostatites, cistites gonocócicas, tuberculose renal Fadigas nervosas +++, astenias, astenias sexuais Hipotensão +++ Adenites +++ Paludismo ++ Artrites Psoríases Poliartrites reumatóides ++ Contraindicações: Uso externo exceto localizado (dermocáustico) Thymus vulgaris linaloliferum (flor) Princípios ativos: Álc. monoterpênicos: linalol 60-80%, terpineno-1-ol-4. Ésteres: acetato de linalil. Propriedade: Positivante (captador de elétrons) Antimicrobiano, Antibacteriano, fungicida (cândida albicans +++), viricida, parasiticida, vermífugo (tênia, ascárides, oxiuros) Tônico, neurotônico (S.N.C., bulbo, cerebelo), uterotônico, afrodisíaco Antiespasmódico leve Indicações: (V.T. +++) Estomatites candidósicas +++ gastrites, enterocolites: bacterianas (sobretudo estafilococos +++) candidósicas +++, virais +, colites parasitárias ++, diabete (adjuvante) Cistites candidósicas, pielonefrites a estafilococos, tuberculoses renais, prostatites virais, vaginites candidósicas, metrites e salpingites a estafilococos. Dr. Jean Marc Duriaux, Jarinu – SP Brasil, www.alimentaryum.com.br XXIX Bronquites, broncopneumonias, pleurisias, tuberculoses Fadigas nervosas ++ Reumatismos musculares Psoríases, verrugas Contraindicações: Nenhuma conhecida às doses fisiológicas. Thymus vulgaris thymoliferum (flor) Princípios ativos: Fenóis: timol e carvacrol. Álc. monoterpênicos: paracimeno, γ-terpineno. Propriedades: Anti-infeccioso maior em largo espectro de ação +++ Tônico geral. Indicações: (V.T. +++) Patologias infecciosas qualquer que seja sua localização +++ Fadiga geral ++ Contraindicações: Uso externo (dermocáustico). Zingiber officinalis (rhiz.) Princípios ativos: Monoterpenos, sesquiterpenos, álcoois monoterpênicos, aldeídos, cetonas. Propriedades: Tônico digestivo, estomáquico, carminativa +++ Expectorante + Indicações: Meteorismo, dispepsia, falta de apetite, prisão de ventre +++ Reumatismos ++ Bronquites crônicas + Impotência sexual +++ Contraindicações: Nenhuma conhecida às doses fisiológicas. Jean Marc Duriaux & Equipe Alimentaryum Ltda. / Brasil Atualização: Agosto de 2016.
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