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Tirosina DOPA Dopamina Norepinefrina Epinefrina Normetanenfrina VMA Feocromocitomas são tumores de origem neuroendócrina, derivados das células cromafins, que produzem e secretam catecolaminas (principalmente, adrenalina e noradrenalina). A maioria desses tumores está localizada na medula adrenal. Tumores extra-adrenais são denominados paragangliomas, dos quais a maior parte está no abdome (região paraórtica, bexiga). Tumores extra-adrenais têm maior risco de malignidade. São uma causa rara de hipertensão arterial. Atingem, igualmente, ambos os sexos e têm seu pico de incidência por volta da 4ª década de vida. Podem ser manifestação de algumas síndromes genéticas raras, como Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 2. FEOCROMOCITOMA Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO 3.Quadro clínico O quadro clínico dos feocromocitomas depende das substâncias secretadas por eles, e sua maioria secreta catecolaminas. Tumores intra-adrenais pequenos secretam, predominantemente, epinefrina, enquanto tumores grandes e/ou extra-adrenais secretam, preferencilamente, norepinefrina. O sintoma de apresentação mais comum é a hipertensão arterial, sustentada ou paroxística. A hipertensão é, caracteristicamente, resistente à terapia medicamentosa e pode apresentar piora paradoxal com o uso de beta- bloqueadores. Os pacientes, frequentemente, apresentam episódios de hipotensão, na maioria das vezes postural. Alguns feocromocitomas malignos podem secretar dopamina em abundância, levando à hipotensão. A cefaleia é um sintoma relatado em 80 a 90% dos casos; costuma ser bitemporal ou holocraniana, sem fono ou fotofobia, assemelhando-se à cefaleia do tipo tensional. Sudorese, palidez e taquicardia também são relatadas com frequência. 10% bilaterais; 10% extra-adrenais; 10% dos extra-adrenais são extra-abdominais; 10% cursam sem hipertensão; 10% ocorrem em crianças; 10% malignos; 10% familiares; 10% recidivam após o tratamento. 1.Regra dos 10 (características clínicas do feocromocitoma) NOTA: Cerca de 25% dos feocromocitomas ocorrem em síndromes familiares e, de acordo com casuísticas brasileiras, 100% cursam com hipertensão. 2.Síntese e metabolização de catecolaminas Subpopulações de células cromafins: células adrenérgicas (que secretam epinefrina) e células noradrenérgicas (que secretam noraepinefrina). Tirosina hidroxilase Dopamina Beta-hidroxilase Feniletanolamina N-metiltransferase *DOPA: diidroxifenilalanina. As catecolaminas são metabolizadas por múltiplas enzimas, incluindo a monoamino- oxidase (MAO), a catecol-O- metiltransferase (COMT) e as sulfotransferases. O VMA é mensurado na urina para a realização do diagnóstico de fecocromocitoma. Norepinefrina Epinefrina COMT MAO MAO COMT DHPG Metanenfrina Normetanenfrina sulfatada Sulfalase COMT Sulfalase MHPG Met. sulfatada ALD hipertensos jovens (<40 anos); hipertensos com IAM, AVC, arritmias, convulsões ou insuficiência renal; episódios paroxísticos de hipertensão, palpitações; hipotensão ortostática; choque inexplicado; história familiar de feocromocitoma e carcinoma medular de tireoide; neurofibromatose ou neuromas cutâneos; hiperglicemia; miocardiopatia; labilidade da pressão arterial; hipertensão paroxística em resposta à anestesia ou cirurgia, parto, procedimentos invasivos, drogas anti-hipertensivas; evidência radiológica de massa adrenal (incidentaloma); A tríade clássica do feocromocitoma é constituída de cefaleia, palpitações e sudorese, normalmente acompanhada de hipertensão. Outros possíveis sintomas são dispneia e perda de peso; esta pode ocorrer apesar da manutenção de apetite normal, provavelmente devido ao aumento da glicogenólise e da lipólise ocasionado pelo excesso de catecolaminas. Pelo mesmo motivo, também pode ocorrer hiperglicemia. As crises dos feocromocitomas, usualmente, duram de 10 a 60 minutos. Cefaleia nas crises ocorre em 80% dos casos, associada à intensa sensação de mal-estar, sudorese e palpitações. Sensação de ansiedade e apreensão são comuns, podendo estar associadas à palidez e ao desconforto torácico ou abdominal. Após as crises de feocromocitoma, os pacientes podem apresentar poliúria. 4.Diagnóstico Deve-se suspeitar de feocromocitoma em todo paciente com a tríade clássica, especialmente na presença de hipertensão. Indicações de rastreamento: O diagnóstico é confirmado pela dosagem de catecolaminas plasmáticas e metanefrinas na urina de 24h. O aumento de dopamina sugere malignidade do feocromocitoma. Iosinal em T1 Hipersinal em T2 (Sinal da "lâmpada acesa") Via laparoscópica (1ª escolha) Via aberta Tomografia computadorizada: Tem sensibilidade de 90 a 100% para tumores intra-adrenais. Ressonância magnética: A RNM também pode detectar as lesões adrenais, com a vantagem adicional de que os feocromocitomas apresentam um aspecto muito característico nesse exame: Sensibilidade > especificidade Cintilografia com metaiodobenzilguanidina (MBG): Quando os exames anteriores não detectam a massa (em paragangliomas, por exemplo), pode-se usar a cintilografia com isótopos como a meta-iodobenzilguanidina (MIBG), o pentreotide marcado (Octreoscan) ou o octreotide radiomarco). Especifidade > sensibilidade 5.Tratamento Adrenalectomia FEOCROMOCITOMA Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Níveis aumentados de ácido vanilmandélico urinário (VMA) têm alta especificidade para o diagnóstico de tumores produtores de catecolaminas, mas têm baixa sensibilidade. FEOCROMOCITOMA Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Bloqueio alfa-adrenérgico (prazonina 30 dias antes); Antagonista do canal de cálcio (nifedipina ou anlodipina); Bloqueio beta-adrenérgico (propanolol, metoprolol ou labetolol); Reposição volêmica (pré-op. imediato). Manejo pré e perioperatório
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