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Urinálise - exame físico e químico

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Júlia Lorena – Biomedicina 
Análises clinicas I 
Aula 5 – dia 08/09 
Professor Luiz Hendrix 
–
Formação da urina 
- em média um adulto produz entre 600mL a 2 litros 
de urina/dia 
- depende do peso, ingestão de água, etc 
- é constituída por produtos do metabolismo e 
substâncias em excesso no organismo 
- a urina é formada nos néfrons através da filtração do 
sangue 
- na urina tem-se filtração, reabsorção e secreção 
- coisas que são importantes para o corpo são filtradas 
mas não são secretadas 
Aumento do volume de urina 
- ingestão de água pode ser um dos fatores 
- regulação hormonal defeituosa da homeostasia 
volumétrica (defeito do hormônio antidiurético) 
- absorção renal defeituosa de sais e água (uso de 
diurético mal prescrito ou anormalidade nos túbulos 
renais) 
- diurese osmótica (excreção excessiva de glicose) 
Diminuição do volume de urina 
(oligúria) 
- menos de 500mL de urina em 24h 
- deprivação de água (causa uma redução do volume 
de urina mesmo antes do aparecimento de sinais e 
sintomas de desidratação) 
- a pessoa pode ter oligúria sem nenhum sintoma 
- pode ter início abrupto que pode indicar insuficiência 
renal aguda ou decorrente de doença renal crônica 
progressiva 
Exame de Urina 
- urinálise 
- um dos exames mais antigos 
- composto por 3 etapas: 
 Exame físico (cor, aspecto, etc) 
 Exame químico (glicose, proteína, etc) 
 Análise de sedimentos (feito no microscópio) 
- feito para estabelecer, confirmar ou complementar o 
diagnóstico clínico de doenças renais, urológicas e 
metabólicas ou sistêmicas 
- exame de alta demanda 
- feito basicamente manualmente 
- bastante negligenciado 
Fase pré analítica do exame de 
urina 
- as amostras podem ser: 
 Amostra aleatória (qualquer horário do dia) 
 Amostra de primeira urina da manha 
 Amostra de 24h 
 Amostra de cateter 
 Amostra suprapúbica 
 Amostra em jejum ou 2h após refeição 
 
- dependendo do tipo de exame, tem-se um tipo de 
amostra 
 
 
- conservantes de urina: 
 Refrigeração (evita crescimento de 
microrganismos) 
 Reservar em lugar longe da luz (pois degrada 
bilirrubina) 
- transporte e armazenamento: 
 Devem ser transportadas em caixas com 
tampa e de forma a prevenir derramamentos 
 Temperatura controlada dependendo da 
distancia a ser percorrida pelo material 
 A urina precisa ser transportada ao laboratório 
em ate 2h 
- critérios de rejeição: 
 Requisição incompleta ou ilegível 
 Material mal identificado ou com contaminação 
visível a olho nu 
 Amostra com volume insuficiente 
Exame físico e macroscópico 
- aspecto: 
 Urina normal e recém emitida é límpida e 
discretamente opalescente (da pra ver reflexo) 
- odor: 
 Odor característico de urina é denominado sui 
generis 
 Pode ser mais ou menos intenso 
 
- alterações de cor: 
 Vermelha = cor anormal mais comum; 
relacionada com presença de sangue (em 
mulheres pode não ser indicativo de patologia) 
 Vermelha alaranjada = presença de 
urobilinogênio (degradação da bilirrubina) 
 Castanho escuro ou negra = urina ácida com 
hemoglobina (acidose devido a doença 
hemolítica) 
 Castanho esverdeada = associada aos 
pigmentos biliares (bilirrubina) 
 
 
Exame químico – tiras reagentes 
 
- cada quadradinho indica um tipo de alteração na urina 
- as fitas serão submergidas na amostra 
- recomendado fazer essa teste assim que a amostra 
chegar no laboratório 
- a interpretação precisa ser rápida pois as cores vão 
sumindo 
- os kits precisam ser muito bem armazenados pois 
são sensíveis 
- é o primeiro teste a ser feito quando a amostra é 
recebida no laboratório 
- todo kit de reagente vai ter uma legenda para 
interpretação 
- geralmente as cores são um padrão nos kits 
- cada kit possui um tipo de quantificação dos itens (de 
acordo com o tom da cor) 
 
*significado de cada cor na fita reagente* 
tiras reagentes: Procedimentos 
- utilizar urina recente, não centrifugada e 
homogeneizada (para não haver uma falsa 
concentração de alguma substância) 
- emergir todas as áreas reagentes por não mais de 1 
segundo 
- remover o excesso de urina da tira reagente 
- ler as reações químicas com a fita em posição 
horizontal, nos tempos indicados pelos fabricantes 
- registrar os resultados 
 
pH 
 
- ph da urina varia entre 5,0 a 6,0, de acordo com a 
literatura 
- ph = potencial hidrogeniônico 
- escala numérica que mede acidez 
- quanto menor o ph, mais ácido 
- quanto maior o ph, mais alcalino 
- pulmões e rins são os principais reguladores do 
equilíbrio acidobásico do organismo 
- normalmente um individuo sadio produz a primeira 
urina da manha com ph mais ácido (entre 5,0 e 6,0) 
por conta do tempo alocado 
- durante o dia o ph da urina varia de 4,5 a 8,0 
- não existem valores normais para o ph urinário 
(precisa-se considerar conjuntos de informações 
daquele paciente) 
- o ph pode variar de acordo com alimentação (muita 
ingestao de proteína) 
- a manutenção da acidez urinaria pode ser útil no 
tratamento das infecções do trato urinário (se a urina 
tiver muito alcalina tem que fazer manutenção) 
- ph da urina recém eliminada não atinge 9 e conclui-se 
que a amostra foi indevidamente conservada, portanto 
deve ser feito uma nova coleta 
 
Significado clinico 
 Detectar possíveis distúrbios eletrolíticos 
sistêmicos 
 Pode indicar algum distúrbio resultante da 
incapacidade renal de produzir ou reabsorver 
ácidos ou bases 
 A precipitação de substancias inorgânicas 
dissolvidas na urina produz cristais urinários e 
cálculos renais e são dependentes do ph 
urinário 
 O conhecimento do ph urinário é importante 
na identificação de cristais 
Proteinúria 
 
- excesso de proteína na urina pode ser perigoso 
- ate 150mg de proteína é excretada diariamente pela 
urina em situações normais 
- a presença de proteinúria muitas vezes é indicativa de 
doença renal incipiente (de repente) 
- a analise de proteinúria é uma reação colorimétrica 
visível 
- certos indicadores mudam de cor devido a presença 
ou ausência de proteínas porém o ph continua o 
mesmo 
- a leitura é registrada como negativo, traços, positivo 
(+), positivo (++), positivo (+++) e positivo (++++) 
- consegue-se ver apenas um tipo de proteína, que é 
albumina 
- por isso deve-se fazer outro exame para 
complementar 
- normalmente urina com espuma é indicativo de 
proteinúria 
Significado clinico 
 Lesão da membrana glomerular 
 Comprometimento da reabsorção tubular 
 Nefropatia diabética 
 Pré eclampsia 
 Proteinúria ortostática ou postural (ligada a 
postura da pessoa) 
 Alimentação 
Quantificação da proteína 
 Proteinúria no idoso = normalmente possui 
presença de proteína na urina e não 
necessariamente é algo patológico 
 Proteinuria minima = normalmente é notada 
em pacientes com pielonefrite crônica 
 Proteinuria moderada = pode ser encontrada 
na maioria das doenças renais (nefropatia tóxica 
e presença de cálculos) 
 Proteinuria intensa = observada em síndrome 
nefrotica 
 Proteinuria de bence Jones = associada com 
mieloma múltiplo 
Glicosúria 
 
- geralmente encontrado em pacientes diabéticos e 
pode ser indicativo de diabetes melito 
- pode ser registrada como negativo, traços, positivo 
(+), positivo (++), positivo (+++) e positivo (++++) 
- se o paciente possui glicemia normal e glicosúria, 
muito provavelmente é algum distúrbio renal 
- mas se o paciente possui hiperglicemia e glicosúria, é 
indicativo de diabetes 
Significado clinico 
 Diabetes melito (1 e 2) 
 Reabsorção tubular deficiente 
 Distúrbios de tireóide 
 Diabetes gestacional 
Corpos cetônicos 
 
- engloba 3 produtos intermediários do metabolismo 
das gorduras = acetona, acido acetoacetico e acido 
beta-hidroxibutidrico 
- na falta de glicose para geração de energia, o corpoquebra lipídeos e causa aumento dos corpos cetonicos 
- normalmente não aparecem em quantidades 
mensuráveis pois toda gordura metabolizada é 
completamente degradada e convertida em dióxido de 
carbono e água 
- os 3 compostos não se apresentam em quantidades 
iguais na urina 
- a longo prazo pode aumentar a acidez do sangue 
- são registrados em negativo, positivo (+), positivo 
(++), positivo (+++) e positivo (++++) 
- a reação produz uma cor púrpura 
- amostras mal conservadas vão dar um valor 
falsamente baixo 
Signifcado clinico 
 Acidose diabética 
 Jejum (carencia alimentar) 
 Ma absorção e doença pancreática 
 Exercício extenuante 
 Vômitos 
Hematúria e Hemoglobinúria 
 
- muitas doenças sérias envolvendo trato urinário há 
liberação de hemácias na urina (calculo renal) 
- qualquer causa de hemólise é também uma potencial 
causa de hemoglobinúria (hemácia rompe = libera 
hemoglobina) 
- quando há grande quantidade, o sangue pode ser 
detectado a olho nu 
- a hematúria produz urina vermelha e opaca e a 
hemoglobinúria produz urina vermelha e transparente 
 
- quando reage com peroxido de hidrogênio do teste, 
consegue-se ver mudança de cor e algumas escalas 
cromáticas separadas para eritrócitos e hemoglobina 
- pontos verdes dispersos ou concentrados na zona 
amarela de teste indicam eritrócitos intactos 
- hemoglobina, eritrócitos hemolisado, são revelados por 
uma cor verde homogênea na zona do teste 
Significado clinico 
 Hematúria = cálculos renais, glomerulonefrite, 
pielonefrite, tumores, trauma, exposição a 
produtos ou drogas tóxicas, excercicio físico 
intenso e menstruação 
 Hemoglobinúria = reações transfusionais, 
anemia hemolítica, queimaduras graves, 
infecções e exercício físico intenso 
Bilirrubinúria 
 
- produto da quebra da hemoglobina 
- pode ser a primeira indicação de hepatopatia antes 
mesmo da icterícia 
- encontra-se apenas a bilirrubina indireta 
- é uma das reações mais sujeitas a interferentes 
- quando para de degradar por algum tipo de 
obstrução, ela aumenta e extravasa para circulação 
- valores de referencia = total – 0,20 a 1,00 mg/dL; 
direta – 0,00 a 0,20 mg/dL; indireta – 0,20 a 0,80 
mg/dL 
Significado clínico 
 Hepatite 
 Cirrose 
 Obstrução biliar 
 Outras doenças hepáticas 
Urobilinogênio 
 
- pigmento biliar resultante da degradação da 
hemoglobina 
- é produzido no intestino a partir da redução da 
bilirrubina pelas bactérias intestinais 
- grande parte é reabsorvida no intestino 
- é encontrado em quantidades pequenas na urina e 
quando encontrado em quantidades maiores que 1 
mg/dL quer dizer que há problemas de filtração e 
reabsorção, hepatopatias e distúrbios hemolíticos 
Nitrito 
 
- forma mais rápida de detectar infecções no trato 
urinário 
- não substitui cultura 
- infecções no trato urinário mal tratadas podem evoluir 
para pielonefrite 
- as bactérias consomem nitrato que vira nitrito, por 
isso detecta-se nitrito quando há presença de bactérias 
- é útil para diagnostico precoce de infecções de bexiga 
(cestite) 
- além do nitrito positivo, é importante fazer cultura 
para uma terapêutica adequada 
Significado clinico 
 Cistite 
 Pielonefrite (dor lombar é característico) 
 Avaliação da terapia com antibióticos 
 Monitoração de pacientes com alto risco de 
infecção do trato urinário 
 Seleção de amostras para cultura de urina 
Leucócito 
 
- indica infecção do trato urinário, juntamente ao nitrito 
- nitrito positivo = leucócito positivo 
- falsos negativos podem acontecer pelo uso de 
antibióticos ou outros medicamentos 
- não tem objetivo de medir a concentração de 
leucócitos pois a quantificação é feita por exame 
microscópico 
 presença de 
leucócitos na urina 
Densidade 
 
- reflete o estado de hidratação do paciente 
- pode ser avaliada por refratometria ou gravidade 
específica 
- nas tiras reagentes determina-se a gravidade 
específica 
- corpos cetônicos e proteínas significativas podem 
ocasionar aumento falso de densidade

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