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2.10- Julgado favorável - Concessão de Aposentadoria por invalidez ao segurado com esquizofrenia.pdf
2.04 - Julgado favorável - Aposentadoria por invalidez - Incapacidade definitiva acidente de trabalho.pdf
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
16ª Câmara de Direito Público
REEXAME NECESSÁRIO Nº 0003327-22.2009.8.26.0459
VOTO Nº 19654
Registro: 2016.0000035241
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Reexame 
Necessário nº 0003327-22.2009.8.26.0459, da Comarca de Pitangueiras, 
em que é recorrente JUIZO EX OFFICIO, é recorrido JOSE GERALDO 
SOUZA PEREIRA (JUSTIÇA GRATUITA).
ACORDAM, em 16ª Câmara de Direito Público do 
Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram 
provimento parcial ao recurso, nos termos que constarão do acórdão. V. 
U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmos. 
Desembargadores CYRO BONILHA (Presidente sem voto), LUIZ FELIPE 
NOGUEIRA E LUIZ DE LORENZI.
São Paulo, 2 de fevereiro de 2016.
VALDECIR JOSÉ DO NASCIMENTO
RELATOR
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
16ª Câmara de Direito Público
REEXAME NECESSÁRIO Nº 0003327-22.2009.8.26.0459
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COMARCA: PITANGUEIRAS (VARA ÚNICA)
RECTE: JUÍZO EX OFFICIO
RECDO: JOSÉ GERALDO SOUZA PEREIRA
ACIDENTE DO TRABALHO. BENEFÍCIO 
ACIDENTÁRIO. LESÃO NA COLUNA. PRESENÇA 
DE INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE E DO 
NEXO CAUSAL, O TRABALHADOR FAZ JUS À 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ACIDENTÁRIA.
TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO A PARTIR DO DIA 
SEGUINTE AO DA ALTA MÉDICA, OCORRIDA 
APÓS A CITAÇÃO, COMPENSANDO-SE, PORÉM, 
COM OS VALORES JÁ RECEBIDOS EM 
DECORRÊNCIA DO DEFERIMENTO DA TUTELA 
ANTECIPADA NO JULGADO SINGULAR, PARA 
IMEDIATA IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO.
JUROS DE MORA, CONTADOS A PARTIR DO 
MARCO INICIAL DO BENEFÍCIO, DE MODO 
DECRESCENTE, MÊS A MÊS, DE ACORDO COM OS 
ÍNDICES APLICÁVEIS À CADERNETA DE 
POUPANÇA -, EM RAZÃO DO ADVENTO DA LEI Nº 
11.960/2009. AFINAL AS DISPOSIÇÕES CONTIDAS 
NA LEI Nº 11.960/2009 E NA EMENDA 
CONSTITUCIONAL Nº 62/2009 ACERCA DE JUROS 
DA MORA - IGUAIS AO DA POUPANÇA -, NÃO 
FORAM, NO PARTICULAR, DECLARADAS 
INCONSTITUCIONAIS, NO JULGAMENTO DA ADI 
Nº 4.357 PELO E. STF, RAZÃO PELA QUAL DEVEM 
SER APLICADAS A PARTIR DA SUA VIGÊNCIA.
CORREÇÃO MONETÁRIA. ATUALIZAÇÃO DAS 
PRESTAÇÕES EM ATRASO. ÍNDICE APLICÁVEL: 
IGP-DI MESMO APÓS JANEIRO DE 2004. 
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS 9.711/98, 10.741/03, 
10.887/04 E DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS 1.415/96, 
2.022-17/2000 E 167/04. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA 
COM BASE NA TR - LEI Nº 11.960/2009 E EMENDA 
CONSTITUCIONAL Nº 62/2009-. 
INCONSTITUCIONALIDADE, NO PARTICULAR, 
DECLARADA NO JULGAMENTO DA ADI Nº 4.357 
PELO E. STF. UTILIZAÇÃO DA UFIR E DO IPCA-E A 
PARTIR DA DATA DO CÁLCULO. APURAÇÃO, 
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TODAVIA, DA RENDA MENSAL A SER 
IMPLANTADA, PELOS ÍNDICES PREVIDENCIÁRIOS.
INEXISTÊNCIA DE APELO DAS PARTES. RECURSO 
DE OFÍCIO PARCIALMENTE ACOLHIDO, COM 
OBSERVAÇÃO.
Vistos.
Trata-se de ação acidentária movida contra o INSS 
Instituto Nacional de Seguro Social, aduzindo o autor, de modo 
sintético, ter sido acometido de problemas colunares, devido às 
condições agressivas de trabalho; ressaltou, ainda, que no dia 28 de 
julho de 2009, no desempenho de suas funções de carpinteiro, foi 
vítima de acidente típico, fraturando sua coluna, de modo a lhe 
resultarem sequelas incapacitantes. 
Sobreveio, de chofre, a r. sentença de primeiro grau, 
proferida pelo nobre Juiz Gustavo Muller Lorenzato, cujo relatório é 
adotado, que indeferiu a petição inicial e declarou extinto o processo 
sem julgamento do mérito, nos termos do artigo 267, I, do Código de 
Processo Civil, na forma preconizada às fls. 34/35.
Apelou, na oportunidade, o requerente sustentando, 
de modo conciso, encontrar-se incapacitado de forma total e 
permanente, situação que lhe impede de retornar à suas atividades 
habituais; assim, necessária a propositura da ação a fim de pleitear sua 
aposentadoria por invalidez; ressaltou, também, que se aguardasse o 
indeferimento administrativo para somente então propor a ação 
judicial, tal imposição lhe causaria danos imensuráveis; diante disso, 
sustentou estar equivocada a tese perfilhada pelo nobre Juiz singular, 
pois, no caso em testilha, não se exige o exaurimento da via 
administrativa para postulação em Juízo; por fim, requereu seja anulada 
a r. sentença para determinar o prosseguimento da presente ação sem a 
necessidade da juntada do comprovante administrativo de 
indeferimento de pedido de prorrogação de benefício a ser expedido 
pelo apelado.
Houve juntada de petição e documentos pelo obreiro - 
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fls. 48/50 -.
 A Procuradoria Geral da Justiça deixou de se 
manifestar por força de atos normativos.
O V. Acórdão desta C. Câmara, acolheu o recurso 
do autor, com observação, e determinou o retorno dos autos ao Juízo 
de origem, para prosseguimento do feito, inclusive citação do 
requerido, bem como produção de todas as provas pertinentes - fls. 
66/69 -.
Com o retorno dos autos à Vara de origem, foi 
determinada a citação e realização da perícia médica - fl. 74 -; carreou-
se aos autos a perícia técnica - fls. 195/199 -.
Nova sentença foi prolatada pelo nobre Juiz Gustavo 
Muller Lorenzato, que julgou procedente a demanda, condenando o 
ente público na forma preconizada às fls. 233/235 - aposentadoria por 
invalidez, antecipando-se os efeitos da tutela para implantação do 
benefício -.
As partes não apresentaram recurso de apelação. Há 
recurso de ofício.
É o relatório.
Anoto, de chofre, que embora não tenha havido 
interposição de apelos voluntários das partes, o recurso de ofício 
devolve ao Tribunal a plena apreciação da matéria em debate, motivo 
pelo qual cumpre analisar os requisitos concessivos da reparação 
acidentária, bem como seus termos e demais cominações legais.
Observo, por oportuno, que a condenação do INSS no 
pagamento da aposentadoria por invalidez de 100%, a partir do dia 
subsequente ao da cessação do auxílio-doença - 2/11/2011, fl. 152 -, 
bem como no correspondente abono anual - acessório obrigatório -, é 
incontestável, pois, no caso em lume, houve a comprovação do nexo 
causal, bem como da incapacidade total e permanente para o trabalho 
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em relação à lesão na coluna - fls. 195/199 -, tanto que, a autarquia 
renunciou ao direito de recorrer da r. sentença de procedência proferida 
nos autos.
Deverá, todavia, ocorrer a compensação com 
eventuais valores recebidos por força da tutela antecipada deferida na r. 
sentença, a qual determinou a imediata implantação do benefício.
Logo, outro não poderia ser o desfecho da 
demanda senão o decreto de procedência da ação, tanto que a 
autarquia não manifestou qualquer inconformismo em relação 
ao r. decisum.
Observo, que embora tenha sido implantada a 
aposentadoria por invalidez previdenciária pelo INSS, o nexo 
causal já foi reconhecido com a emissão da CAT (fl. 200) - 
Comunicação de Acidente do Trabalho - pela empregadora em razão 
do infortúnio laboral, bem como pelo próprio perito judicial ao afirmar 
à fl. 198: “... conclui-se que o autor apresenta histórico de acidente de 
trabalho em julho de 2009 que causou fratura na coluna lombar. 
Este acidente foi devidamente documentado através de CAT. Assim, o 
nexo causal é procedente...”; destarte, devida a aposentadoria por 
invalidez acidentária.
Aceno, por necessário, que os juros moratórios
- 
obrigação acessória - devem ser computados a partir do marco inicial 
do benefício - obrigação principal -, in casu, a partir do dia seguinte ao 
da cessação do auxílio-doença (2/11/2011) - ocorrida depois da citação 
(18/08/2011, fl. 110vº) -; e, portanto, antes dela, não há como se 
computar a obrigação acessória - juros de mora -.
Anoto, por sua vez, que sendo os juros devidos 
somente a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, 
ocorrida depois da citação, renove-se -, eles somente poderão ser 
computados de modo decrescente, mês a mês.
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Importante observar, que os juros moratórios deverão 
seguir os ditames do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, na redação dada pela 
Lei nº 11.960 de 29 de junho de 2009, ou seja, a partir da edição da 
aludida norma os juros de mora devem ser contados pelos índices 
oficiais de remuneração básica, aplicados à caderneta de poupança, 
conforme r. sentença.
Ad cautelam, observo que as disposições contidas na 
Lei nº 11.960/2009 e na Emenda Constitucional nº 62/2009 acerca de 
juros da mora - iguais ao da poupança no débito acidentário -, não 
foram, no particular, declaradas inconstitucionais, no julgamento da 
ADI nº 4.357 pelo E. STF - pois se restringiu, de modo parcial, aos 
juros de caráter tributário -, razão pela qual, no caso em lume, 
devem ser aplicadas a partir da sua vigência.
De outra parte, anoto que os valores em atraso 
deverão ser atualizados por índices de correção monetária, incidindo o 
IGP-DI até o cálculo de liquidação e depois o IPCA-E.
A utilização do IGP-DI decorre das disposições 
contidas na Lei nº 9.711, de 20 de novembro de 1998, a qual 
consolidou a orientação contida na Medida Provisória nº 1.415 de 29 
de abril de 1996.
Referido diploma normativo estabeleceu que:
“§ 3º - A partir da referência de maio de 1996 o Índice Geral de Preços 
Disponibilidade Interna IGP-DI, apurado pela Fundação Getúlio Vargas, substitui o 
INPC para os fins previstos no § 6º do art. 20 e no § 2º do art. 21, ambos da Lei n.º 
8.880, de 1994.”
O art. 20, § 5º, da Lei nº 8.880, de 27 de maio de 
1994, tratava justamente da correção dos “valores das parcelas 
referentes a benefícios pagos com atraso pela Previdência Social, por 
sua responsabilidade” [grifos nossos].
Faço esse registro do índice de correção das parcelas 
em atraso para que não se faça confusão com as determinações contidas 
tanto na Medida Provisória nº 167/04 quanto a correspondente lei na 
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qual foi convertida, a Lei nº 10.887/04, as quais determinaram a 
utilização do INPC para a correção mês a mês dos salários-de-
contribuição (art. 29-B da Lei nº 8.213/91).
Salários-de-contribuição não se confundem com 
salário-de-benefício e muito menos com benefícios pagos em atraso. A 
interpretação dos mencionados diplomas normativos permite, s.m.j., 
concluir que existe na legislação uma clara distinção entre a correção 
das parcelas pagas com atraso e o reajustamento anual. Os primeiros 
são utilizados para calcular o valor do benefício da data do cálculo e os 
segundos, como o próprio nome indica, para corrigir os efeitos 
inflacionários nos benefícios em manutenção.
Desse modo, tributado o devido respeito ao 
entendimento contrário, tenho como certo que as parcelas, a partir de 
fevereiro de 2004, deverão continuar a ser corrigidas pelo IGP-DI.
Pondero, também, em relação à atualização 
monetária depois do cálculo de liquidação, que deverá ser utilizado o 
IPCA-E, em face do entendimento já consolidado pelo C. STJ, 
qualificado, inclusive, o caso, como repetitivo e representativo de 
controvérsia (cf. REsp 1.102.484/SP, 3ª Seção, Rel. Min. Arnaldo 
Esteve Lima, j. em 22/04/2009, DJ de 20/05/2009).
Em igual diapasão, ainda:
“Os valores expressos em moeda decorrentes da condenação em ação 
previdenciária e acidentária devem ser convertidos, à data do cálculo, em UFIRs 
e, após a extinção dessa unidade de referência, em IPCA-E, índice oficial que veio 
a substituí-la” (REsp 919.586/SP, Rel. Min. Nilson Naves).
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. PRECATÓRIO. ATUALIZAÇÃO. UFIR E, APÓS A SUA 
EXTINÇÃO, O IPCA-E. APLICAÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO.
1. A Terceira Seção do STJ, no julgamento dos EResp 754864/SP, 823870/SP e 
746118, firmou o entendimento de que, na atualização dos débitos 
previdenciários remanescentes pagos mediante precatório, deve ser feita pela 
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UFIR e, posteriormente, pelo IPCA-E.
2. Agravo regimental improvido.
(AgRg no Ag 781207/SP relatora Ministra JANE SILVA Sexta Turma j. 
25/09/2008 DJ 13/10/2008).
PREVIDENCIÁRIO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. ATUALIZAÇÃO. 
UFIR/IPCA-E. ARTIGO 18 DA LEI N. 8.870, DE 1994. CONVERSÃO NA 
DATA DO CÁLCULO. APLICAÇÃO.
1. A pretensão do autor, de que a aplicação da UFIR e do IPCA-E somente se dê 
a partir da inscrição do precatório encontra óbice na letra do próprio artigo 18 
da Lei n. 8.870, de 1994, tido por violado.
2. O débito previdenciário pago mediante precatório ou requisição judicial, 
apurado com adoção dos índices previdenciários (INPC, IRSM, URV, IPC-r, 
INPC, IGP-DI), deve ser convertido em UFIR na data do cálculo.
3. Agravo Regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1057651/SP - Relator Ministro JORGE MUSSI Quinta Turma 
- j. 30/10/2008 - Dje 15/12/2008).
Friso, por oportuno, que as disposições contidas na 
Lei nº 11.960/2009 e na Emenda Constitucional nº 62/09, acerca de 
atualização monetária - TR -, foram declaradas inconstitucionais, 
em face do julgamento da ADI nº 4.357 pelo E. STF (Rel. Min. 
Ayres Britto e redator do acórdão Min. Luiz Fux - DJe 59/2013, 
02.04.2013), razão pela qual não podem ser aplicadas.
Isto porque, conforme pacífico entendimento dessa 
Corte, “a decisão de inconstitucionalidade produz efeito vinculante e 
eficácia erga omnes desde a publicação da ata de julgamento e não da 
publicação do acórdão” (STJ, TP, Ag. Reg. na Recl. 3.632-4/AM, Rel. 
p/ acórdão Min. Eros Grau, j. 02.02.2006).
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No mesmo sentido: 
1. STF TP Ag. Reg. na Recl. 3.473-9/DF Rel. Min. Carlos Veloso j. 
31.08.2005.
2. STF Reclamação 2.576/SC Rel. Min. Ellen Gracie DJU 20.08.2004.
Observo, ainda, acerca do tema - correção monetária - 
para se evitar equívocos quando da liquidação, que na apuração da 
Renda Mensal Inicial deverão ser utilizados os índices previdenciários 
para os respectivos cálculos, com o fito de se manter a paridade dos 
benefícios existentes na previdência social, evitando-se, assim, a 
dicotomia entre os valores concedidos pela via administrativa e aqueles 
deferidos pelo Poder Judiciário.
Aceno, por cautela, em relação a esses temas - 
juros e correção -, que embora a questão seja notória e dispense maior 
digressão, em sendo o caso, observar-se-á a modulação dos efeitos do 
julgamento nos autos da ADI nº 4357 pelo STF.
Ante o exposto, pelo meu voto, inexistindo recursos 
voluntários das partes, dou provimento parcial ao recurso de ofício, 
com observação, adequando-se a r. sentença na forma mencionada; por 
fim, mantenho no mais a r. sentença por seus próprios e jurídicos 
fundamentos.
VALDECIR JOSÉ DO NASCIMENTO
 Relator
				2016-02-02T14:16:19+0000
		Not specified
2.21- Pet. inicial - Aposentadoria por invalidez ou Auxílio-doença ao segurado portador do vírus HIV.doc
EXCELENTÍSSIMO JUIZ... (juízo competente
para apreciar a demanda proposta)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. AUXÍLIO-DOENÇA OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SEGURADO PORTADOR DO VÍRUS HIV.
PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – indicar se há união estável), (profissão), portador(a) do documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., e-mail…, residente e domiciliado(a) na rua.., bairro.., cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência propor a presente
		AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO 
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.
		 1. FATOS
A Parte Autora é portadora do vírus HIV desde... (data do diagnóstico), o que afetou sua saúde em razão das complicações advindas da doença, notadamente… (descrever complicações advindas do vírus), o que a torna incapaz para o seu trabalho habitual na função de... (profissão), desde… (data do inicio da incapacidade laborativa).
Diante do seu quadro clínico, postulou, em... (data do requerimento administrativo do benefício), a concessão de benefício por incapacidade, o qual restou indeferido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, por entender que não foi constatada a incapacidade para o trabalho.
Porém, conforme se extrai dos atestados e exames anexos e, segundo informações da Parte Autora, esta continua doente e sem condições de trabalho. Assim, busca a tutela jurisdicional para ver garantido o seu direito de receber o beneficio de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
		 2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO 
A pretensão que fundamenta a presente ação judicial vem amparada nos arts. 42 e 59 da Lei n.º 8.213/91, que dispõem:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigida nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual; por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora é portadora do vírus HIV desde... (data do diagnóstico), o que afetou sua saúde em razão das complicações advindas da doença, notadamente… (descrever complicações advindas do virus) impossibilitando o seu retorno ao trabalho.
Também, in casu, não se pode perder de vista o parecer técnico do médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, está incapacitado(a) para o trabalho. Tudo isto é o que se pode extrair do laudo médico anexo.
Atestado/ Laudo médico – Doutor... (nome do médico, especialidade e número do CRM)
Conclusão:... (extrair do atestado/laudo médico o trecho que destaca a incapacidade laborativa da Parte Autora para a sua atividade habitual) 
Na hipótese, deve-se considerar, ainda, que a infecção pelo vírus HIV traz consigo grande estigma social, representado pela resistência de grande parte da sociedade em aceitar, com normalidade, o portador da doença. É gravame exacerbado exigir que portador do vírus HIV, com diversas complicações, retorne ao mercado de trabalho, diante dos transtornos psicológicos trazidos pelo forte estigma social em relação à doença, aliado às suas condições pessoais.
Assim, é certo que o diagnóstico feito pelos peritos médicos do INSS foi realizado de forma superficial e, inobstante o conhecimento destes profissionais, não é crível que uma mera análise superficial da pessoa periciada dê elementos suficientes para fins de deferimento ou indeferimento do benefício postulado.
Ressalta-se que o posicionamento administrativo do INSS, dando alta, por reiteradas vezes, ao segurado sabidamente doente, apresenta-se desarrazoado e descampado do direito em vigor escoltado na Carta Magna de 1988 que, dentre outros, assegura a todos os cidadãos brasileiros um mínimo de “dignidade humana” e, em especial, “cobertura plena” aos inscritos no Regime Geral de Previdência Social quando na ocorrência de eventos de “doença” e de “incapacidade laboral”.
Neste sentido é o entendimento jurisprudêncial pátrio:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PORTADOR DO VÍRUS HIV. INCAPACIDADE LABORAL. Considerando o estado de saúde do autor (portador do vírus HIV), o estigma social da doença e a dificuldade de inserção no mercado de trabalho, deve ser reformada a sentença de improcedência, condenando o INSS à implantação do benefício de aposentadoria por invalidez. (TRF4, AC 0010587-54.2013.404.9999, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 21/01/2016, sem grifo no original)
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. HONORÁRIOS. CUSTAS. IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO. 1. Comprovadas a qualidade de segurado, o preenchimento da carência e a incapacidade permanente para o trabalho, é devida a aposentadoria por invalidez. 2. Embora a prova pericial conclua expressamente pela capacidade do segurado para o exercício do trabalho, concede-se aposentadoria por invalidez ao portador do vírus HIV. Precedentes da Terceira Seção deste Tribunal. 3. Correção monetária desde cada vencimento pelo INPC e pela TR. Juros de mora a contar da citação, de forma simples, à taxa de um pro cento ao mês até junho de 2009 e, após, conforme os índices aplicados à caderneta de poupança. 4. Condenação do INSS ao pagamento de honorários fixados em dez por cento do valor das parcelas vencidas até a data do acórdão. Isenção de custas. 5. Ordem para implantação do benefício. Precedente. (TRF4, AC 5001886-13.2014.404.7112, Quinta Turma, Relator p/ Acórdão Marcelo de Nardi, juntado aos autos em 02/12/2015, sem grifo no original)
Destarte, o indeferimento pelo INSS da benesse formulada pela Parte Autora, não encontra suporte na legislação pátria, uma vez que aquela preenche todos os requisitos necessários à concessão do benefício de aposentadoria por invalidez ou, caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, do benefício de auxílio-doença, tendo em vista que não possui condições de exercer seu labor.
		 3. REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pessoa do seu representante legal, para que responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;
3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para conceder o benefício de aposentadoria por invalidez ou, alternativamente, caso seja constatada a incapacidade para atividade habitual, conceder o benefício de auxílio-doença, bem como pagar as parcelas atrasadas desde a data do requerimento administrativo ou desde a constatação da incapacidade, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios, ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;
4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante a realização de perícia judicial, caso necessário, com médico especializado na área... (indicar a especialidade médica do perito judicial de acordo com a doença incapacitante da Parte Autora), a ser designado por Vossa Excelência.
6. Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.
Dá-se
à causa o valor de R$... (valor da causa)
Pede deferimento.
(Cidade e data)
(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)
Rol de documentos:
...
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2.11- Pet. inicial - Aposentadoria por invalidez ao trabalhador rural com câncer de pele.doc
EXCELENTÍSSIMO JUIZ... (juízo competente para apreciar a demanda proposta)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CÂNCER DE PELE. TRABALHADOR RURAL.
PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – indicar se há união estável), (profissão), portador(a) do documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., e-mail…, residente e domiciliado(a) na rua.., bairro.., cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência propor a presente
		AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO 
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.
		 1. FATOS
A Parte Autora sofre de câncer de pele desde... (data do inicio da incapacidade laborativa), o que a torna incapaz de forma permanente para o trabalho e insuscetível de reabilitação profissional na sua função habitual de trabalhador rural.
Diante do seu quadro clínico, postulou, em... (data do requerimento administrativo do benefício), a concessão de benefício por incapacidade, o qual restou indeferido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, por entender que não foi constatada a incapacidade para o trabalho.
Porém, conforme se extrai dos atestados e exames anexos, a Parte Autora está incapaz de forma definitiva para o trabalho. Assim, busca a tutela jurisdicional para ver garantido o seu direito de receber o beneficio de aposentadoria por invalidez.
		 2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO 
A pretensão que fundamenta a presente ação judicial vem amparada no art. 42 da Lei n.º 8.213/91, que dispõe:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora sofre de câncer de pele, doença que lhe impede de retornar ao trabalho rural.
Também, in casu, não se pode perder de vista o parecer técnico do médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, está incapacitado(a) definitivamente para o exercício de qualquer atividade laborativa. Tudo isto é o que se pode extrair do laudo médico anexo.
Atestado/ Laudo médico – Doutor... (nome do médico, especialidade e número do CRM)
Conclusão:... (extrair do atestado/laudo médico o trecho que destaca a incapacidade definitiva da Parte Autora para o exercício de qualquer atividade laborativa) 
O câncer de pele é um crescimento desordenado de células na pele. Uma das principais causas de sua ocorrência são os longos períodos de exposição aos raios ultravioleta do sol. 
Assim, o diagnóstico de câncer de pele impede, sem sombras de dúvidas, que a Parte Autora exerça sua atividade rural, sob pena de agravamento da doença, uma vez que tal labor é realizado sob a influência constante dos elementos da natureza, principalmente do sol.
Logo, é evidente que o diagnóstico de câncer de pele obsta que a Parte Autora realize suas atividades laborativas, sendo insuscetível de reabilitação para o exercício de outra atividade que lhe garanta a subsistência, já que possui baixa escolaridade e sempre trabalhou na lavoura.
Neste sentido já se posicionou a jurisprudência dominante:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. QUALIDADE DE SEGURADO. PERÍODO DE CARÊNCIA. INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. CONSECTÁRIOS LEGAIS. TUTELA ESPECÍFICA. IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO. 1. São três os requisitos para a concessão dos benefícios por incapacidade: a) a qualidade de segurado; b) o cumprimento do período de carência de 12 contribuições mensais; c) a incapacidade para o trabalho, de caráter permanente (aposentadoria por invalidez) ou temporária (auxílio-doença). 2. A concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez pressupõe a averiguação da incapacidade para o exercício de atividade que garanta a subsistência do segurado, e terá vigência enquanto permanecer ele nessa condição. 3. A incapacidade é verificada mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social ou realizado por perito nomeado pelo juízo; o julgador, via de regra, firma sua convicção com base no laudo do expert, embora não esteja jungido à sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livre avaliação da prova. 4. No caso dos autos, da leitura do laudo pericial, infere-se que o autor encontra-se total e permanentemente incapacitado ao exercício das atividades habituais de agricultor por ser portador de câncer de pele e estar impedido de expor-se ao sol. As limitações impostas pela doença conjugadas com as condições pessoais do segurado (idade avançada, escolaridade e histórico laboral) inviabilizam a reabilitação profissional, razão pela qual é devida a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez 5. Termo inicial da aposentadoria por invalidez na data da cessação do auxílio-doença, uma vez evidenciado nos autos que a incapacidade já era permanente àquela data. […] (TRF4, AC 0011290-48.2014.404.9999, Quinta Turma, Relator Luiz Antonio Bonat, D.E. 21/01/2016, sem grifo no original).
Destarte, o indeferimento do beneficio pelo INSS não encontra suporte na legislação pátria, uma vez que a Parte Autora preenche todos os requisitos necessários à concessão do benefício de aposentadoria por invalidez.
		 3. REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pessoa do seu representante legal, para que responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;
3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para conceder o benefício de aposentadoria por invalidez ou, alternativamente, caso seja constatada a incapacidade para atividade habitual, conceder o benefício de auxílio-doença, bem como pagar as parcelas atrasadas desde a data do requerimento administrativo ou desde a constatação da incapacidade, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios, ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;
4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante a realização de perícia judicial, caso necessário, com médico oncologista, a ser designado por Vossa Excelência.
6. Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.
Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)
Pede deferimento.
(Cidade e data)
(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)
Rol de documentos:
...
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5
2.12- Julgado favorável- Aposentadoria por invalidez ao trabalhador rural com câncer de pele.pdf
2.02- Julgado favorável - Concessão de Aposentadoria por invalidez - Modelo genérico.pdf
2.20- Julgado favorável - Aposentadoria por invalidez ou Auxílio-doença ao segurado desempregado.pdf
2.07- Pet. inicial - Concessão do acrescimo de 25% outras aposentadorias.doc
EXCELENTÍSSIMO
JUIZ... (juízo competente para apreciar a demanda proposta)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. CONCESSÃO DO ACRÉSCIMO DE 25%.
PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – indicar se há união estável), (profissão), portador(a) do documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., e-mail…, residente e domiciliado(a) na rua.., bairro.., cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência propor a presente
		AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício 
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.
		 1. FATOS
A Parte Autora é aposentada desde... (data do inicio do benefício de aposentadoria) pelo Regime Geral da Previdência Social.
De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão responsável pela incapacidade definitiva), que impossibilitam que realize os atos da vida diária, necessitando da assistência permanente de outra pessoa.
Em face da necessidade de acompanhamento constante de terceiros, solicitou em (data do requerimento administrativo), perante o INSS, a majoração em 25% de sua aposentadoria, mediante aplicação análoga ao disposto no artigo 45 da Lei 8.213/91.
Porém, o pedido administrativo foi negado pela Autarquia-ré.
Destarte, busca a Parte Autora a tutela jurisdicional do Estado para ver garantido o seu direito de receber o acréscimo de 25% sobre o valor do seu benefício.
		 2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO 
		 2.1. ISONOMIA CONSTITUCIONAL 
A majoração em 25% do valor do benefício de aposentadoria tem previsão emanada do artigo 201, I, da Constituição Federal, entabulado, no âmbito infraconstitucional, no artigo 45 da Lei 8.213/91.
Enquanto a Constituição Federal dispõe que
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:   
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
A lei 8.213/91 determina que
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Notadamente, a lei federal 8.213/91 possibilita a majoração do valor do benefício apenas às aposentadorias por invalidez. Entretanto, a análise da constitucionalidade da aventada norma, em face do Princípio da Isonomia emanado do artigo 5º da Constituição Federal de 1988 se faz imperativa. Isto, pois a lei citada cria diferença entre os aposentados por invalidez dependentes de terceiros, daqueles aposentados em outras modalidades (e.g. idade ou tempo de contribuição), que acabam por tornarem-se dependentes de terceiros, com o advento de doenças ulteriores a concessão de seus benefícios. 
Neste aspecto, o ponto fulcral de análise passa pela coerência da divergência criada. Afinal, há lógica distinção entre os beneficiários da aposentadoria por invalidez e de outras modalidades, que efetivamente justifique o direito de um à majoração, e o de outro não?
Se hipoteticamente dois beneficiários de aposentadoria, um por invalidez e outro por idade forem, à mesma época (posterior a concessão de seus benefícios), acometidos de doença grave como a cegueira total, faz sentido que o primeiro tenha concedida a majoração, enquanto o segundo não? 
Evidentemente, a resposta a tais indagações passa pela averiguação da equidade emanada da mencionada norma previdenciária, permitindo-se afirmar que a distinção fere o Princípio da Isonomia. 
Sobre a matéria, imperativa transcrição é a da obra de Celso Antônio Bandeira de Mello, em seu específico livro “O conteúdo jurídico do Princípio da Igualdade”, que serve como necessária e didática lição quanto a aplicação do princípio da isonomia:
Aquilo que é, em absoluto rigor lógico, necessária e irrefragavelmente igual para todos não pode ser tomado como fator de diferenciação, pena de hostilizar o princípio isonômico. Diversamente, aquilo que é diferenciável, que é, por algum traço ou aspecto, desigual, pode ser diferençado, fazendo-se remissão à existência ou à sucessão daquilo que dessemelhou as situações. 
(...) O ponto nodular para exame da correção de uma regra em face do princípio isonômico reside na existência ou não de correlação lógica entre o fator erigido em critério de discrímen e a discriminação legal decidida em função dele.
(...) Ocorre imediata e intuitiva rejeição de validade a regra que, ao apartar situações, para fins de regulá-las diversamente, calça-se em fatores que não guardam pertinência com a desigualdade de tratamento jurídico dispensado.
Esclarecendo melhor: tem-se que investigar, de um lado, aquilo que é erigido em critério discriminatório e, de outro lado, se há justificativa racional para, à vista do traço desigualador adotado, atribuir o específico tratamento jurídico construído em função da desigualdade afirmada. (...)
Então, no que atina ao ponto central da matéria abordada procede afirmar: é agredida a igualdade quando o fator diferencial adotado para qualificar os atingidos pela regra não guarda relação de pertinência lógica com a inclusão ou exclusão no benefício deferido ou com a inserção ou arredamento do gravame imposto. (MELLO, Celso Antônio Bandeira de - Conteúdo Jurídico do Princípio de Igualdade. São Paulo: Editora Malheiros, 3ª Edição, 2010, págs. 32, 37 e 38)
Diante das ponderações de Celso Antônio de Mello que se faz pertinente avaliar se “o fator diferencial adotado para qualificar os atingidos”, ou seja, a modalidade de aposentadoria “guarda relação de pertinência lógica com a inclusão ou exclusão no benefício deferido”. A partir disto se conclui que não, não há lógica para a diferenciação visto que, se acometidos de doenças incapacitantes a ponto de exigir a assistência de terceiros, o modo de tratamento aos aposentados deve ser igualitário. 
Em igual sentido, Celso Antônio Bandeira de Mello responde à questão por ele suscitada: 
Cabe, por isso mesmo, quanto a este aspecto, concluir: o critério especificador escolhido pela lei, a fim de circunscrever os atingidos por uma situação jurídica – a dizer: o fator de discriminação – pode ser qualquer elemento radicado neles; todavia, necessita, inarredavelmente, guardar relação de pertinência lógica com a diferenciação que dele resulta. Em outras palavras: a discriminação não pode ser gratuita ou fortuita. Impende que exista uma adequação racional entre o tratamento diferenciado construído e a razão diferencial que lhe serviu de supedâneo. Segue-se que, se o fator diferencial não guardar conexão lógica com a disparidade de tratamentos jurídicos dispensados, a distinção estabelecida afronta o princípio da isonomia. (MELLO, Celso Antônio Bandeira de - Conteúdo Jurídico do Princípio de Igualdade. São Paulo: Editora Malheiros, 3ª Edição, 2010, págs. 32, 37 e 38)
Desta análise, não há outra conclusão a ser tomada, senão que a distinção de direitos à majoração de aposentadoria, pela mera diferença da modalidade, sem qualquer elemento que a justifique afronta, sim, o artigo 5º da Constituição Federal.
Neste sentido, entende a jurisprudência pátria: 
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA. PREVIDENCIÁRIO. ADICIONAL DE 25% PREVISTO NO ART. 45 DA LEI 8.213/91. POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO À APOSENTADORIA POR IDADE. CABIMENTO. QUESTÃO DE ORDEM 20. PROVIMENTO DO INCIDENTE. RETORNO À TR DE ORIGEM. EXAME DE PROVAS. (TNU, PUN 05010669320144058502, RELATOR SÉRGIO MURILO WANDERLEY QUEIROGA, JULGADO EM 11/03/2015, sem grifo no original) 
Outra importante análise é a de que a concessão da majoração de 25% na aposentadoria é de caráter personalíssimo, calculado em relação ao benefício originário e cessado com a morte do segurado, mesmo nos casos em que concedida
na aposentadoria por invalidez. 
Ademais, também é oportuno observar que o mesmo aposentado de outra modalidade, que não a prevista no artigo 42 da Lei 8.213/91 poderia postular judicialmente a renúncia ao benefício recebido (o que já vem ocorrendo largamente nos recentes casos de desaposentação) com a finalidade de ser submetido a perícia médica e, por conseguinte, ver deferida a aposentadoria por invalidez majorada em 25%, enquadrando-se no que dispõe o artigo 45 da LBPS. Entretanto, este não parece ser o caminho mais acertado, considerando a possiblidade de reconhecimento “imediato” do direito à majoração, mesmo em seu benefício de modalidade diversa.
Por todo o narrado, resta claro e irrefragável que há violação ao princípio isonômico ao se garantir o direito à majoração a uns e não a outros, embora acometidos de moléstias de igual gravidade. Assim, é dever do Poder Judiciário reparar o dano ocasionado, pelo que se vem postular na presente ação judicial.
		 2.2. FONTE DE CUSTEIO 
Argumento contrário ao pedido veiculado nesta ação poderia ser o de que não há previsão de custeio a autorizar a concessão da majoração em 25% da aposentadoria diversa da por invalidez, violando-se, assim, a Regra da Contrapartida – Princípio da Preexistência de Custeio – conforme o artigo 195, §5º da Constituição/88.
Entretanto, para a referida alegação ser válida é imprescindível, antes de tudo, analisar a fonte de custeio sob a ótica da majoração nas aposentadorias por invalidez! Nisto, se pede vênia para repisar aqui trecho do Voto do Des. Rogério Favreto na apelação cível n.º 0017373-51.2012.404.9999/RS, ao assim dispor:
Quanto à fonte de custeio do acréscimo de assistência complementar e da possibilidade ora sustentada, de aplicação extensiva ao art. 45 da Lei de Benefícios, a lei não faz menção a nenhum lastro contributivo específico, provavelmente pela sua natureza assistencial, que garante a prestação pelo Estado, independentemente de contribuição à seguridade social (art. 203, CF). Oportuna nesse aspecto, o registro anotado no trabalho acadêmico de Maria Eugênia Bento de Melo, produzido junto à Universidade do Sul de Santa Catarina:
Assim, a aplicação do acréscimo de 25% da aposentadoria por invalidez não pode ser interpretada de forma isolada, vez que a fonte de custeio desse percentual é a mesma para todas as espécies de aposentadoria do RGPS. Neste norte, a medida plausível a se adotada seria a aplicação extensiva. Isto porque, se se entender que não há fonte de custeio para a extensão às demais espécies de aposentadoria, da mesma forma, dever-se-ia entender que não há fonte de custeio para a própria extensão da aposentadoria por invalidez. E assim seria porque, em momento algum a legislação aponta a fonte de custeio para o acréscimo dos aposentados por invalidez". (A Possibilidade de Extensão do Acréscimo de 25% Previsto no Artigo 45 da Lei nº 8.213/91 aos demais Benefícios de Aposentadorias do Regime Geral da Previdência Social: UNISUL, Tubarão/SC, 2010 - sublinhei).
Portanto, Excelência, a concessão da majoração nas aposentadorias por invalidez independe de custeio próprio, pois tendo caráter assistencial, diante da evidenciação de que não se apresenta custeio diferenciado em relação às outras modalidades de aposentadoria. Por esta razão, não pode ser este o impeditivo ao deferimento do acréscimo às outras modalidades de aposentadoria. 
Afinal, e como bem observado pelo Magistrado na decisão da apelação cível, do ponto de vista do caráter assistencial do acréscimo, a denegação ao pedido de majoração das aposentadorias diversas viola os princípios da Assistência Social. 
Ainda, é prudente salientar que a matéria objeto de análise da presente ação já é alvo de discussão no Senado Federal, onde tramita o projeto de Lei 493 de 2011, do Senador Paulo Paim, que altera o artigo 45 da Lei 8.213/91, de modo a estender a majoração (ora requerida) aos benefícios de aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria especial. 
Na justificação do projeto, o Senador expõe com maestria e brilhantismo os motivos que o levam a propor a alteração legislativa. Veja-se (grifos nossos):
O art. 45 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social) dispõe que o valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%. 
Isso significa que a lei concede tal benefício apenas para aqueles que foram aposentados por invalidez, negando-o para aqueles que, após a aposentadoria, venham a contrair doença ou passem a ser portadores de deficiência física e, conseqüentemente, venham a necessitar, de fato, da mesma assistência.
Tal diferenciação é um contra-senso, além de contradizer um dos preceitos básicos da seguridade social: uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais (art. 194, § único, II, da Constituição Federal). Ademais, torna-se ainda mais injusta quando se considera que os aposentados por idade e por tempo de contribuição (inclusive os que têm aposentadoria especial) contribuem igualmente para o custeio da Previdência Social.
(...)
Do exposto, fica evidente a necessidade de corrigir a injustiça que vem sendo impetrada contra os aposentados por idade, por tempo de contribuição e contra aqueles a quem foi concedida aposentadoria especial, quando esses ficam doentes ou passam a ser portadores de deficiência física que os impedem de sobreviver sem a assistência permanente de outra pessoa. (Disponível em <http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=101663)
Assim, fica por todo o narrado comprovado que a decisão denegatória do INSS viola o princípio da Isonomia emanado do artigo 5º da Constituição Federal, visto a não concessão da majoração em 25% na aposentadoria de outra modalidade, que não a por invalidez, não apresenta correlação lógica entre o fator erigido em critério de discrímen e a discriminação legal ocasionada em razão dele.
Destarte, o indeferimento do beneficio pela autarquia-ré não encontra suporte na legislação pátria, uma vez que a parte Autora preenche todos os requisitos necessários à concessão do acréscimo de 25% no valor do benefício de aposentadoria.
		 3. REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pessoa do seu representante legal, para que responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;
3. A condenação Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para conceder o adicional de 25% sobre o valor da aposentadoria, bem como pagar as parcelas atrasadas, desde a data do requerimento administrativo, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios, ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;
4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante a realização de perícia judicial, caso necessário, com médico especializado na área... (indicar a especialidade médica do perito judicial de acordo com a doença incapacitante da Parte Autora), a ser designado por Vossa Excelência.
Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)
Pede deferimento.
(Cidade e data)
(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)
Rol de documentos:
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2.05- Pet. inicial - Aposentadoria por invalidez - Concessão do acréscimo de 25%.doc
EXCELENTÍSSIMO JUIZ... (juízo competente para apreciar a demanda proposta)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CONCESSÃO DO ACRÉSCIMO
DE 25%.
PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – indicar se há união estável), (profissão), portador(a) do documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., e-mail…, residente e domiciliado(a) na rua.., bairro.., cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência propor a presente
		AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO 
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.
		 1. FATOS
A Parte Autora é aposentada por invalidez desde... (data do inicio do benefício de aposentadoria por invalidez) pelo Regime Geral da Previdência Social.
Porém, por ocasião da concessão da aposentadoria por invalidez deveria ter sido pago o acréscimo de 25% (vinte cinco por cento) sobre o valor do benefício, uma vez que desde esta data a Parte Autora necessita de auxílio permanente para as atividades diárias.
Destarte, busca a Parte Autora a tutela jurisdicional do Estado para ver garantido o seu direito de receber o acréscimo de 25% sobre o valor do seu benefício de aposentadoria por invalidez.
		 2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO 
O acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício da aposentadoria por invalidez está previsto no artigo 45 da Lei n.º 8.213/91 e no artigo 45 do Decreto n.º 3.048/99:
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de vinte e cinco por cento, observada a relação constante do Anexo I, e:
I - devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal; e
II - recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado.
Parágrafo único.  O acréscimo de que trata o caput cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte.
Este acréscimo é devido ao aposentado que se encontra em alguma das seguintes situações presentes no anexo I do Decreto nº 3.048/99:
Cegueira total; Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta; Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores; Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível; Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível; Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível; Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social; Doença que exija permanência contínua no leito; Incapacidade permanente para as atividades da vida diária (casos em que o segurado necessita de assistência permanente de outra pessoa).
De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão responsável pela concessão da aposentadoria por invalidez), que impossibilitam que realize os atos da vida diária, necessitando da assistência permanente de outra pessoa.
Também, in casu, não se pode perder de vista o parecer técnico do médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, está incapacitado(a) definitivamente para o exercício de qualquer atividade laborativa e necessita de auxílio permanente para as atividades diárias. Tudo isto é o que se pode extrair do laudo médico anexo.
Atestado/ Laudo médico – Doutor... (nome do médico, especialidade e número do CRM)
Conclusão:... (extrair do atestado/laudo médico o trecho que destaca a incapacidade definitiva da Parte Autora e a necessidade e auxílio permanente) 
Portanto, é certo que o diagnóstico médico da Parte Autora, demonstra que está total e permanentemente incapacitado(a) para o trabalho e de que necessita de auxílio permanente de outra pessoa para os atos da vida diária, fazendo jus à implementação do adicional de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a aposentadoria por invalidez que já percebe.
Neste sentido:
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ADICIONAL DE 25%. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. 1. Comprovado pelo conjunto probatório que a parte autora é portadora de enfermidade que a incapacita para o trabalho total e permanentemente, é de ser mantida a sentença que concedeu o benefício de aposentadoria por invalidez desde a DER. 2. Devido o adicional de 25% à aposentadoria por invalidez, previsto no art. 45 da Lei 8.213/91, porque demonstrado nos autos que a parte autora necessita do cuidado permanente de outra pessoa, ainda que não para todos os atos da vida diária. 3. Atualização monetária na forma da Lei 11.960/09. (TRF4, APELREEX 0012149-30.2015.404.9999, Sexta Turma, Relator João Batista Pinto Silveira, D.E. 03/02/2016, sem grifo no original)
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ACRÉSCIMO 25% - VIABILIDADE. Necessitando o autor do acompanhamento permanente de terceiros, faz jus ao acréscimo previsto no art. 45 da Lei nº 8.213/91. (TRF4, APELREEX 0005958-03.2014.404.9999, Sexta Turma, Relator Paulo Paim da Silva, D.E. 31/10/2014, sem grifo no original)
Por fim, quanto ao termo inicial, independentemente de pedido expresso, o acréscimo de 25% deve ser concedido quando a Parte Autora preencheu os requisitos exigidos para a aposentadoria por invalidez e já necessitava de assistência permanente de outra pessoa, conforme já se posicionou a jurisprudência pátria:
PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO. ABSOLUTAMENTE INCAPAZ. INOCORRÊNCIA. NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA PERMANENTE. ADICIONAL DE 25%. TERMO INICIAL. INÍCIO DA PREVISÃO LEGAL. 1. Há vedação legal expressa ao reconhecimento da prescrição quinquenal e da decadência em desfavor de absolutamente incapaz, a teor do art. 198, inciso I, e art. 208 do Código Civil c/c os arts. 79 e 103, parágrafo único da Lei 8.213/91. 2. A sentença de interdição não determina o momento da incapacidade civil, mas exclusivamente a declara, estendendo-se, portanto, os efeitos da sentença ao tempo da configuração da incapacidade. Hipótese em que afastada a prescrição. 3. Comprovada a necessidade de supervisão permanente de terceiros, é devido à segurada o adicional de 25% sobre a aposentadoria por invalidez, nos termos do art. 45 da Lei 8.213/91. 4. Se a necessidade de auxílio existe desde a concessão da aposentadoria, é devido o pagamento do adicional desde o início de sua previsão legal em 05/04/1991, nos termos da Instrução Normativa INSS/Pres 77/2015. (TRF4, APELREEX 0002666-73.2015.404.9999, Sexta Turma, Relator Hermes Siedler da Conceição Júnior, D.E. 25/11/2015, sem grifo no original)
Assim, na esteira do entendimento acima exposto, não seria plausível exigir da Parte Autora que formulasse novo requerimento administrativo tão somente para fins de concessão do acréscimo em tela, uma vez que o INSS, por ocasião da aposentadoria por invalidez, possuía meios de avaliar a situação pela simples análise do exame pericial.
Destarte, o indeferimento do beneficio pela autarquia-ré não encontra suporte na legislação pátria, uma vez que a parte Autora preenche todos os requisitos necessários à concessão do acréscimo de 25% no valor do benefício, ora pleiteado.
		 3. REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pessoa do seu representante legal, para que responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;
3. A condenação Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para conceder o adicional de 25% sobre o valor da aposentadoria por invalidez, bem como pagar as parcelas atrasadas, desde a data do inicio do benefício de aposentadoria por invalidez, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios, ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;
4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante a realização de perícia judicial, caso necessário, com médico especializado na área... (indicar a especialidade médica do perito judicial de acordo com a doença incapacitante da Parte Autora), a ser designado por Vossa Excelência.
6. Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.
Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)
Pede deferimento.
(Cidade e data)
(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)
Rol de documentos:
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2.01- Pet. inicial - Concessão de Aposentadoria por invalidez - Modelo genérico.doc
EXCELENTÍSSIMO JUIZ... (juízo competente para apreciar a demanda proposta)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – indicar se há união estável), (profissão), portador(a) do documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., e-mail…, residente e domiciliado(a) na rua.., bairro.., cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência propor a presente
		AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO 
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.
		 1. FATOS
A Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão que torna a Parte Autora incapaz de forma permanente para o trabalho) desde... (data do inicio da incapacidade laborativa), o que a torna incapaz de forma permanente para o trabalho e insuscetível de reabilitação profissional na sua função habitual de... (profissão).
Diante do seu quadro clínico, postulou, em... (data do requerimento administrativo do benefício), a concessão de benefício por incapacidade, o qual restou indeferido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, por entender que não foi constatada a incapacidade para o trabalho.
Porém, conforme se extrai dos atestados e exames anexos, a Parte Autora está incapaz de forma definitiva para o trabalho. Assim, busca a tutela jurisdicional para ver garantido o seu direito de receber o beneficio de aposentadoria por invalidez.
		 2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO 
A pretensão que fundamenta a presente ação judicial vem amparada no art. 42 da Lei n.º 8.213/91, que dispõe:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão que torna a Parte Autora incapaz para o trabalho), impossibilitando o seu retorno ao trabalho.
Também, in casu, não se pode perder de vista o parecer técnico do médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, está incapacitado(a) definitivamente para o exercício de qualquer atividade laborativa. Tudo isto é o que se pode extrair do laudo médico anexo.
Atestado/ Laudo médico – Doutor... (nome do médico, especialidade e número do CRM)
Conclusão:... (extrair do atestado/laudo médico o trecho que destaca a incapacidade definitiva da Parte Autora para o exercício de qualquer atividade laborativa) 
O diagnóstico feito pelos peritos médicos do INSS foi realizado de forma superficial e, inobstante o conhecimento destes profissionais, não é crível que uma mera análise superficial da pessoa periciada dê elementos suficientes para fins de deferimento ou indeferimento do benefício postulado.
Ressalta-se que o posicionamento administrativo da autarquia-ré, dando alta, por reiteradas vezes, ao segurado sabidamente doente, apresenta-se desarrazoado e descampado do direito em vigor escoltado na Carta Magna de 1988 que, dentre outros, assegura a todos os cidadãos brasileiros um mínimo de “dignidade humana” e, em especial, “cobertura plena” aos inscritos no Regime Geral de Previdência Social quando na ocorrência de eventos de “doença” e de “incapacidade laboral”.
Nada disso restou observado pelo INSS no presente caso!
Portanto, é certo que o diagnóstico médico da Parte Autora indica que está incapaz de retornar ao labor de forma definitiva e insuscetível de reinserção no mercado de trabalho, fazendo jus ao benefício de aposentadoria por invalidez.
Neste sentido:
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO. AUXÍLIO-DOENÇA. CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE LABORAL COMPROVADA. TUTELA ESPECÍFICA. JUROS E CORREÇÃO. 1. Não há interesse recursal se a parte interpõe recurso contra decisão que acolhe a sua pretensão. 2. Comprovado que a segurada encontra-se incapacitada para a atividade habitual, a qual lhe garante o sustento, devido é a concessão de auxílio-doença, desde o indeferimento administrativo, convertendo-o em aposentadoria por invalidez, a partir do laudo pericial. 3. Tutela específica concedida, com cumprimento imediato do acórdão quanto ao restabelecimento do benefício postulado, tendo em vista a eficácia mandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC. 4. As prestações em atraso serão corrigidas pelos índices oficiais, desde o vencimento de cada parcela, ressalvada a prescrição quinquenal, e, segundo sinalizam as mais recentes decisões do STF, a partir de 30/06/2009, deve-se aplicar o critério de atualização estabelecido no art. 1º-F da Lei 9.494/97, na redação da lei 11.960/2009. 5. Este entendimento não obsta a que o juízo de execução observe, quando da liquidação e atualização das condenações impostas ao INSS, o que vier a ser decidido pelo STF em regime de repercussão geral (RE 870.947), bem como eventual regramento de transição que sobrevenha em sede de modulação de efeitos. 6. Os juros de mora são devidos a contar da citação, à razão de 1% ao mês (Súmula nº 204 do STJ e Súmula 75 desta Corte) e, desde 01/07/2009 (Lei nº 11.960/2009), passam a ser calculados com base na taxa de juros aplicáveis à caderneta de poupança (RESP 1.270.439), sem capitalização. (TRF4, AC 5024129-83.2015.404.9999, Sexta Turma, Relatora p/ Acórdão Vânia Hack de Almeida, juntado aos autos em 04/02/2016, sem grifo no original)
Destarte, o indeferimento do beneficio pelo INSS não encontra suporte na legislação pátria, uma vez que preenche todos os requisitos necessários à concessão do benefício de aposentadoria por invalidez.
		 3. REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pessoa do seu representante legal, para que responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;
3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para conceder o benefício de aposentadoria por invalidez desde a data do requerimento administrativo ou desde a constatação da incapacidade, bem como pagar as parcelas atrasadas, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento
e acrescidas de juros moratórios, ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;
4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante a realização de perícia judicial, caso necessário, com médico especializado na área... (indicar a especialidade médica do perito judicial de acordo com a doença incapacitante da Parte Autora), a ser designado por Vossa Excelência.
6. Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.
Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)
Pede deferimento.
(Cidade e data)
(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)
Rol de documentos:
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2.08 - Julgado favorável- Concessão do acréscimo de 25% outras aposentadorias.pdf
 
Poder Judiciário 
Conselho da Justiça Federal 
Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especia is Federais 
 
CERTIDÃO DE JULGAMENTO 
 
SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO 
 
Presidente da Sessão: MINISTRO HUMBERTO MARTINS 
Subprocurador-Geral da República: ANTÔNIO CARLOS PESSOA LINS 
Secretário(a): VIVIANE DA COSTA LEITE BORTOLINI 
 
Relator(a): JUIZ FEDERAL SÉRGIO MURILO WANDERLEY 
QUEIROGA 
 
Requerente: JANICE OLIVEIRA VIEIRA 
Proc./Adv.: FELIPE EMANUEL OLIVEIRA VIEIRA 
 
Requerido(a): INSS 
Proc./Adv.: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL 
 
Origem: SE - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SERGIPE 
Proc. Nº.: 0501066-93.2014.4.05.8502 
 
 
CERTIDÃO 
 
Certifico que a Egrégia Turma de Uniformização, ao apreciar o processo em epígrafe, em 
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: 
Após o voto do Juiz Relator, conhecendo do incidente de uniformização e lhe dando parcial 
provimento, sendo acompanhado pelo voto do Juiz JOÃO BATISTA LAZZARI e os votos dos 
Juízes DOUGLAS CAMARINHA GONZALES, WILSON WITZEL, ANGELA MONTEIRO, 
SUSANA SBROGIO e PAULO ERNANE, conhecendo do incidente e lhe negando provimento, 
pediu vista, antecipadamente, o Juiz JOSÉ HENRIQUE GUARACY REBÊLO. (Sessão de 
11/02/2015). 
Prosseguindo o julgamento após o voto vista do Juiz Guaracy Rebêlo, a Turma, por 
unanimidade, conheceu do incidente e, por maioria, lhe deu parcial provimento nos termos do 
voto do Juiz Relator. Vencidos os Juízes Douglas Gonzales, Ângela Monteiro, Susana Galia, 
Paulo Ernane e Boaventura João Andrade que lhe davam provimento. Proferiu voto de 
desempate o Ministro Presidente acompanhando o relator. Retificou o voto o Juiz Wilson Witzel 
para dar parcial provimento ao incidente. 
Participaram da sessão de julgamento, os Srs. Juízes e Sras. Juízas Federais: PAULO 
ERNANE MOREIRA BARROS, JOÃO BATISTA LAZZARI, BOAVENTURA JOÃO ANDRADE, 
BRUNO CARRÁ, JOSÉ HENRIQUE GUARACY REBÊLO, SÉRGIO QUEIROGA, DOUGLAS 
GONZALES, WILSON WITZEL, ANGELA CRISTINA MONTEIRO e SUSANA SBROGIO 
GALIA, em substituição ao(à) Juiz(a) Federal DANIEL MACHADO DA ROCHA. 
 
Brasília, 11 de março de 2015. 
 
VIVIANE DA COSTA LEITE BORTOLINI 
Secretário(a) 
 
 
 
 
 
PODER JUDICIÁRIO 
TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA 
DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS 
 
 
PROCESSO: 0501066-93.2014.4.05.8502 
ORIGEM: SE - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SERGIPE 
REQUERENTE: JANICE OLIVEIRA VIEIRA 
REQUERIDO(A): INSS 
RELATOR(A): JUIZ(A) FEDERAL SÉRGIO MURILO WANDERLEY 
QUEIROGA 
Voto-vista 
 Não vejo razões para acompanhar a divergência, cujos argumentos 
não me convenceram. 
 Não enxergo violação ao disposto no art. 195, par. 5º. da Constituição 
(benefício desguarnecido da respectiva fonte de custeio) na medida em que 
mesmo aos aposentados por invalidez é devido o adicional 
independentemente de qualquer custeio sobre o acréscimo. Sendo assim, a 
se aceitar o argumento, nem mesmo aos beneficiários expressamente 
contemplados no art. 45 da lei 8.213/91 se poderia pagar o auxílio ali 
concebido. No particular, saliente-se que via de regra o aposentado por 
tempo de contribuição ao longo de sua vida funcional contribuiu 
objetivamente para a Previdência Social com mais recursos do que outrem, 
aposentado por invalidez, o que torna o argumento da ausência de fonte de 
custeio sem qualquer substrato lógico. 
 De outro lado não repugna ao direito o raciocínio edificado pelo 
relator segundo o qual tal benesse poderia revestir-se de natureza 
assistencial. 
 Ademais, o princípio da isonomia milita em favor da concessão da 
benesse aos demais aposentados porque a razão de ser do adicional deita 
raízes no binômio invalidez e necessidade de ajuda de terceiros, parecendo 
pouco razoável que o segurado que se aposenta por tempo de contribuição e 
venha a se tornar inválido passando a necessitar, permanentemente, de 
auxílio de terceiro não faça jus à vantagem da qual usufrui outro aposentado 
 
 
 
 
PODER JUDICIÁRIO 
TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA 
DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS 
 
 
que adquiriu a invalidez em momento anterior á concessão da aposentadoria. 
Ora, se ambos os segurados aposentados apresentam as mesmas condições 
(invalidez e necessidade de ajuda de terceiros) a isonomia se faz presente 
quando se defere o benefício a ambos os grupos. 
 Em síntese: acompanho integralmente o relator. 
 
Brasília, 23 de fevereiro de 2.015. 
 
José Henrique Guaracy Rebelo 
Relator 
2.14- Julgado favorável- Aposentadoria por invalidez ou Auxílio-doença - Dispensa da carência mínima AVC.pdf
2.19- Pet. inicial - Aposentadoria por invalidez ou Auxílio-doença ao segurado desempregado.doc
EXCELENTÍSSIMO JUIZ... (juízo competente para apreciar a demanda proposta)
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. AUXÍLIO-DOENÇA OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SEGURADO DESEMPREGADO. QUALIDADE DE SEGURADO.
PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil – indicar se há união estável), (profissão), portador(a) do documento de identidade sob o n.º..., CPF sob o n.º..., -mail…, residente e domiciliado(a) na rua.., bairro.., cidade.., estado.., CEP..., vem a presença de Vossa Excelência propor a presente
		AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO 
contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de direito público, na pessoa do seu representante legal, domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.
		 1. FATOS
A Parte Autora sofre de... (descrever a doença ou lesão que torna a Parte Autora incapaz para o trabalho) desde... (data do inicio da incapacidade laborativa), o que a torna incapaz para o seu trabalho habitual na função de... (profissão).
Diante do seu quadro clínico, postulou, em... (data do requerimento administrativo do benefício), a concessão de benefício por incapacidade, o qual restou indeferido pelo INSS, por entender que não detinha a qualidade de segurado da Previdência Social.
Assim, a autarquia-ré, entende, equivocadamente, que a Parte Autora só tinha 12 meses de qualidade de segurado após sua última contribuição, desprezando o fato de estar desempregado, circunstancia que prorroga a qualidade de segurado por mais 12 meses.
Assim, busca a tutela jurisdicional para ver garantido o seu direito de receber o beneficio previdenciário por incapacidade.
		 2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO 
		 2.1. QUALIDADE DE SEGURADO 
Consoante se observa dos documentos anexos (Carteira de trabalho/ Carnês de contribuição), a Parte Autora perfectibilizou sua última contribuição para a Previdência Social em... (data da ultima contribuição efetuada pela Parte Autora).
A manutenção da qualidade de segurado, em seu turno, tem previsão no artigo 15 da Lei n.º 8.213/91, o qual dispõe, in verbis:
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
[...]
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
(grifou-se)
Destarte, o período de graça de doze meses, estabelecido no art. 15, II, da Lei n.º 8.213/91, consoante às disposições do § 2º, pode ser ampliado em mais doze meses na eventualidade de o segurado estar desempregado, desde que comprovada essa condição por meio de registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Ressalta-se que a jurisprudência pátria tem abrandado essa exigência do "registro no órgão próprio" para fins de comprovação da condição de desempregado, entendimento este sumulado pela Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (súmula n. 27), a qual disciplina que "a ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito".
Neste norte, têm-se os seguintes precedentes:
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. QUALIDADE DE SEGRURADO COMPROVADA. PERÍODO DE GRAÇA. JUROS. 1. Comprovado que o segurado encontrava-se desempregado, faz jus à prorrogação do período de graça previsto no art. 15, inc. II, § 2º, da Lei nº 8.213/91, não havendo o que se falar em perda da qualidade de segurado. 2. Os juros de mora são devidos a contar da citação, à razão de 1% ao mês (Súmula n.º 204 do STJ e Súmula 75 desta Corte) e, desde 01/07/2009 (Lei nº 11.960/2009), passam a ser calculados com base na taxa de juros aplicáveis à caderneta de poupança (RESP 1.270.439). (TRF4, APELREEX 5008581-41.2013.404.7104, Sexta Turma, Relatora p/ Acórdão Vânia Hack de Almeida, juntado aos autos em 27/03/2015, sem grifo no original). 
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO DOENÇA. TERMO INICIAL. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO. INCAPACIDADE PARCIAL E DEFINITIVA. CONDIÇÕES PESSOAIS. PERÍODO DE CARÊNCIA. COMPROVAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. HONORÁRIOS. REMESSA PARCIALMENTE PROVIDA. 1. O benefício de auxílio-doença funda-se no art.59 da Lei 8.213/91, que garante sua concessão ao segurado que esteja incapacitado para o trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, cumprido o período de carência respectivo, equivalente a doze contribuições mensais. […] 3. Levando-se em consideração a última remuneração paga pela empresa CONSERVADORA SANTA CLARA LTDA à parte autora (08.02.2001, rescisão contratual, fl. 71), a qualidade de segurado permaneceria até 08.02.2002. Efetuado o acréscimo de mais doze meses referentes ao período de desemprego involuntário (haja vista o estado de saúde da parte autora, sem condições, ao que tudo indica, de reinserção no mercado de trabalho), à época do requerimento (05.06.2002), a parte autora fazia jus ao benefício de auxílio-doença. 4. Não merece reparos a sentença que determinou a implantação do benefício de auxílio-doença, com o pagamento das parcelas vencidas a contar da data do requerimento administrativo (05.06.2002) e fixou os honorários advocatícios em 10 % (dez por cento) das prestações vencidas até a data da sentença. Em razão do caráter alimentar do benefício e dos riscos sociais envolvidos, mantenho a antecipação dos efeitos da tutela deferida na sentença. 5. Os critérios de pagamento de juros moratórios e de correção monetária devem observar o Manual de Cálculos da Justiça Federal, na sua versão mais atualizada. 6. Apelação do INSS e remessa oficial parcialmente providas, tão somente no tocante à atualização monetária e juros. (TRF1, AC 0018378-62.2002.4.01.3300 / BA, Rel. JUIZ FEDERAL ANTONIO OSWALDO SCARPA, 1ª CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DA BAHIA, e-DJF1 de 30/11/2015, sem grifo no original).
No presente caso, ante a ausência de novos recolhimentos previdenciários a contar de... (data da ultima contribuição efetuada pela Parte Autora), presume-se a situação de desemprego da Parte Autora desde tal data. Assim, faz jus ao período de graça de 24 meses previsto no art. 15, II, e §§ 2º e 4º da Lei n.º 8.213/91, de modo que conservou seus direitos perante a Previdência Social até... (data final da qualidade de segurado considerando os 24 meses).
		 2.2. INCAPACIDADE LABORATIVA 
A pretensão da Parte Autora vem amparada nos arts. 42 e 59 da Lei n.º 8.213/91, que dispõem:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigida nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual; por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
Enquanto ainda detinha a qualidade de segurado, a Parte Autora foi diagnosticado(a) com... (descrever a doença ou lesão que torna a Parte Autora incapaz para o trabalho), impossibilitando o seu retorno ao trabalho.
Segundo o parecer técnico do médico assistente da Parte Autora, atualmente, esta encontra-se incapacitado(a) para o trabalho. Tudo isto é o que se pode extrair do laudo médico anexo.
Atestado/ Laudo médico – Doutor... (nome do médico, especialidade e número do CRM)
Conclusão:... (extrair do atestado/laudo médico o trecho que destaca a incapacidade laborativa da Parte Autora para a sua atividade habitual) 
Destarte, comprovada a qualidade de segurado da Parte Autora, o indeferimento pelo INSS não encontra suporte na legislação pátria, uma vez que aquela preenche todos os requisitos necessários à concessão do benefício de aposentadoria por invalidez ou, caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, do benefício de auxílio-doença, tendo em vista que não possui condições de exercer seu labor.
		 3. REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pessoa do seu representante legal, para que responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;
3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para conceder o benefício de aposentadoria por invalidez ou, alternativamente, caso seja constatada a incapacidade para atividade habitual, conceder o benefício de auxílio-doença, bem como pagar as parcelas atrasadas desde a data do requerimento administrativo ou desde a constatação da incapacidade, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios, ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;
4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social para arcar com as custas processuais e honorários

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