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Gestão de Processos – Tema 2 módulo 1 METODOLOGIA SOA é um estilo de arquitetura utilizado na concepção de aplicações de softwares por intermédio de serviços que podem ser usados na web, ou seja, os chamados web services Atualmente, há arquiteturas cujos componentes possuem um acoplamento fraco entre si, como é o caso da SOA. Isso é considerado ideal, pois blocos menores, menos complexos e projetados em camadas com pouca dependência uma da outra permitem mais agilidade e flexibilidade na realização de testes, ajustes e melhoramentos. TIPOS DE ARQUITETURA Arquitetura de três camadas (3TA) - Carro de corrida (acoplamento forte) SOA - Carro de passeio (acoplamento fraco) A estrutura de 3 camadas é dividida da seguinte maneira: Camada de apresentação - Execução das operações determinadas no computador do cliente. Camada de negócios - Fase em que o processamento é executado, sendo ele um nível intermediário. Camada de dados - Quando há o armazenamento e a recuperação das informações, constituindo o nível mais baixo da estrutura. A camada de dados mantém os dados neutros das outras camadas. Na SOA, a camada de apresentação é separada, enquanto as outras duas são divididas em programas com funcionalidades específicas, podendo ainda ser combinadas de várias maneiras. Seus módulos ou componentes de software são autônomos, independentes e organizados de acordo com os processos de negócios. Dessa forma, é possível criar rapidamente diferentes produtos com custos e esforços menores. Listaremos agora as principais vantagens no uso da SOA para as organizações: REUTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS = Os programas podem ser usados mais de uma vez e por mais de um consumidor. FACILIDADE NA MANUTENÇÃO DOS SERVIÇOS Os programas são completos e independentes, o que não gera pausas no andamento da organização e do próprio negócio. ACESSIBILIDADE A QUALQUER SOLICITANTE DO SERVIÇO Os consumidores podem acessá-lo em qualquer momento. APLICÁVEL EM DIFERENTES ORGANIZAÇÕES COM NÍVEIS DISTINTOS DE COMPLEXIDADE A arquitetura SOA utiliza aplicações menores e de complexidade reduzida - nas quais a capacidade dos serviços é executada com êxito – em diferentes servidores. Isso permite uma maior escalabilidade e disponibilidade de serviço a organizações com níveis diferentes de atividade e complexidade. AUMENTO DA PRODUTIVIDADE Melhorias e ajustes nos processos – e, por conseguinte, nos serviços – são realizados mais facilmente. METODOLOGIA BPM é uma abordagem disciplinar para identificar, desenhar, executar, documentar, medir, monitorar, controlar e melhorar processos de negócio, automatizados ou não, para alcançar resultados consistentes e alinhados com os objetivos estratégicos da organização. as ferramentas de BPMS buscam automatizar os processos de negócios de uma organização para ela poder tomar rápidas decisões alinhadas com a estratégia do negócio. Sem uma estrutura por processos, não é possível pensar em BPM. Tampouco se consegue, consequentemente, utilizar o BPMS, o qual, aliás, também serve como uma camada para a realização da integração entre sistemas, permitindo que o usuário gerencie por completo o processo de negócio. A combinação de BPM e SOA traz resultados muito mais significativos que a utilização deles de forma isolada, pois este tipo de metodologia reduz a lacuna entre a análise de negócio e o desenvolvimento de TI. Isso permite que os processos de negócios e de dados sejam considerados e projetados ao mesmo tempo. As vantagens dessa aliança estão listadas a seguir: Competitividade - organizações apresentam um bom desempenho do negócio em ambientes dinâmicos e globalizados Diversidade - possível utilizar vários sistemas diferentes executados em plataformas e base de dados distintos. Segurança - Ela é maior para a realização dos negócios. Conhecimento organizacional - A criação, a utilização e a troca do conhecimento são favorecidos pela relação entre BPM e SOA. ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS ele pode ser dividido em quatro etapas: Dirigir: Entendimento de processos e operações alinhados com o objetivo estratégico da empresa. No que ela espera se transformar em longo prazo; Em quais mercados pretende atuar; Prevê a evolução da capacidade de produção; Projeta os recursos ao longo deste período. Projetar: Desenho e análise de processos, produtos e serviços. Modela produtos, serviços e processos de acordo com o alinhamento estratégico definido na etapa anterior. Entregar: Planejamento e controle dos processos e operações. Coloca em prática os itens modelados na fase anterior, realizando-se, para isso, o monitoramento e o controle deles em diversas etapas da produção (desde o fornecedor até o cliente final). Desenvolver: Busca pelo melhoramento dos processos. Verifica o desempenho do processo, realizando ajustes e melhoras sempre que eles forem necessários. três ferramentas importantes no processo de gestão: 1. Gráfico de Pareto - consegue identificar os fatores mais significativos em uma avaliação. 2. Diagrama de Ishikawa - é feita por um grupo de pessoas em um processo criativo denominado Brainstorming (de cujas características falaremos mais adiante). Ela tem início na centralização da descrição do problema escolhido, o que corresponderia à cabeça do peixe. Em seguida, suas ramificações são criadas: semelhantes à espinha dorsal dele, elas representam as possíveis causas – partindo da mais geral para a mais específica – do problema. é empregado na identificação organizada das possíveis causas de um problema 3. Brainstorming - técnica usada na tomada de decisão em grupos para seus participantes poderem desenvolver ideias criativas. GESTÃO DE PRCESSOS – TEMA 3 FILOSOFIA LEAN 1 – DEFINIÇÕES Lean (cuja palavra, em inglês, significa “enxuto”). Sua premissa é minimizar desperdícios e maximizar valor para os clientes. 2. Princípios O Lean possui cinco princípios-chave na questão do valor: Valor Deve-se definir, para a percepção dos clientes, que os produtos e os serviços são percebidos como algo de valor para eles. Este é o primeiro passo a ser dado: saber a que custo, qualidade e tempo ambos devem ser ofertados, definindo, dessa maneira, as métricas de desempenho. c) Fluidez do fluxo de valor No conceito do Lean, o objetivo do desenho de um fluxo de valor sem interrupções é a criação de um que seja contínuo. Nesta fase, são utilizadas algumas ferramentas desenvolvidas para esse propósito. 5S Neste método empregado para otimizar o local de trabalho, cada letra S representa, em japonês, um senso de valor. Para efeito de tradução, cada uma delas foi dividida de acordo com o senso de: Utilização (seiri); Ordenação (seiso); Limpeza (seiton); Saúde (seiketsu); Autodisciplina (shitsuke) TRABALHO PADRONIZADO Método que estuda outros métodos e tempos na produção de produtos para haver, seguindo uma sequência padronizada de operações, um balanceamento entre os processos. NIVELAMENTO Trata-se de produzir os produtos em determinado tempo no qual não haveria a quebra do fluxo de montagem. Normalmente, isso ocorre se eles estiverem organizados em lotes menores a fim de assegurar a estabilidade do processo. MAPA DE FLUXO DE VALOR (MFV) Constitui uma das principais ferramentas empregadas, pois permite visualizar o fluxo de atividades, materiais e de informação à medida que transcorre o fluxo de valor. Isso acontece pelo fato de o MFV tornar os gargalos e os desperdícios a serem trabalhados visíveis. d) Produção puxada Método de produção no qual se inicia um processo ou ciclo de produção somente quando sua etapa anterior (demandante) o solicitar. e) Perfeição A tentativa de continuamente melhorar produtos, serviços e processos, permitindo, assim, que o valor flua, tem como base a melhoria contínua. A expressão usada para o processo dessa melhoria no Lean se chama Kaizen.3. Desperdícios Trataremos dos desperdícios na visão da filosofia Lean. Voltando ao exemplo da cobrança a mais na conta de luz, podemos entender que houve um desperdício de tempo no processo de leitura, pois isso não agregava valor ao serviço. Foram identificados nessa cobrança oito desperdícios. Eles podem ser lembrados pelo acrônimo TIM WOODS, cujo significado é o seguinte: a) Desperdício de transporte Movimento desnecessário de pessoas, materiais, produtos e documentos entre setores, gerando aumento de tempo, custo e esforço. b) Desperdício de inventário Conhecido também como excesso de estoque, o desperdício de inventário se caracteriza pelo armazenamento excessivo, o que gera custos elevados no seu gerenciamento e, como consequência, exige grande movimentação de máquinas, pessoas e informações. c) Desperdício de movimento Movimentação de pessoas, máquinas, materiais e informações que não agregam valor. d) Desperdício por espera Tempo perdido entre atividades nas quais haja a espera de pessoas, máquinas, informações ou produtos necessários para o andamento do processo. e) Desperdício por superprodução Isso ocorre por problemas relativos ao tempo (produzir antes) e à quantidade (fazer mais que o necessário) nas etapas produtivas, constituindo uma característica da produção empurrada. f) Desperdício por excesso de processamento Execução de processos ou etapas inadequados ou desnecessários. Pode haver uma duplicação do trabalho. g) Desperdício de defeito Resultados alcançados devido à produção de peças com defeitos, gerando trabalhos defeituosos ou retrabalhos. h) Desperdício de habilidades A não utilização do capital intelectual e das habilidades dos colaboradores. SIX SIGMA utiliza uma série de modelos estatísticos para reduzir a variabilidade de produtos ou serviços ofertados, completando, desse modo, o conceito do Lean no processo de melhoria contínua deles. Seu objetivo é permitir que os clientes recebam produtos e serviços confiáveis, seguros e consistentes, o que está em consonância com o princípio mais importante na gestão de processo: gerar valor ao negócio. Ao controlar a variabilidade de um processo na proporção de 3,4 defeitos por milhão de oportunidades, ele oferece poucas chances de haver uma produção de itens defeituosos. Dessa forma, o Six Sigma trabalha com o controle estatístico de processo: ao determinar níveis aceitáveis de tolerância para cada etapa do processo, isso possibilita que ele esteja sob controle. MÓDULO 2 MODELOS DE GESTÃO DE PROCESSOS tem como base os fundamentos da melhoria contínua. A preocupação deles é, em maior ou menor grau, atender ao objetivo do aprimoramento do negócio. Os quatro modelos de gestão de processos serão destrinchados a seguir: 1. Modelo BPM O modelo Business Process Management (BPM), que, em português, significa gestão de processos de negócios, é formado a partir da junção de antecedentes importantes para a formulação de seu modelo atual: Six Sigma; Filosofia Lean; Reengenharia de processos de negócio (em inglês, Business Process Reengineering – BPR); Gestão da qualidade total (Total Quality Management – TQM). O BPM permite um contínuo desenvolvimento de conhecimento combinado com a padronização de processos e práticas eficazes na forma de se trabalhar. Ele conta com as seguintes etapas: Estratégia e planejamento do processo; Análise dos processos de negócio; Desenho e modelagem; Implementação; Controle e monitoramento; Refinamento do processo. O seu gerenciamento ocorre pela união de estratégias, objetivos, culturas, tecnologias e políticas das organizações com as expectativas e as necessidades dos clientes. Para isso, utilizam-se as etapas descritas acima para responder o que, onde, quando, porque, como e por quem o trabalho é realizado. Essas etapas devem ser gerenciadas para que haja uma continuidade do ciclo BPM, garantindo, desse modo, que os processos continuem alinhados com a estratégia das organizações e ainda atendam aos clientes. 2. Modelo Pensar, Agir e Aprender A) PENSAR - Nesta tarefa, realiza-se o projeto ou o desenho dos processos, englobando a seleção, a modelagem, o aprimoramento, a implantação e as mudanças deles. B) AGIR - É nesta fase que realmente ocorrem a implantação e o gerenciamento do funcionamento do novo modelo de processo desenhado na tarefa anterior. C) APRENDER - Esta tarefa promove a gestão do conhecimento a partir do foi aprendido com os processos. São utilizados indicadores de desempenho na mensuração e na comparação dos resultados obtidos. Após a avaliação do desempenho deles, identificam-se os fatores que tiveram o maior impacto em sua execução. 3. Modelo Rummler-Brache analisar, redesenhar, melhorar, projetar e gerenciar processos a partir do seguinte entendimento: uma organização deve ser gerenciada como um sistema. Se não o for, ela não será uma gestão efetiva. foram propostos três níveis: organizacional - Seu foco é o mercado. Ocasionando o surgimento de estratégias e objetivos orientados para o negócio. Nível de processo - constitui o resultado dos seus processos interfuncionais e da maneira como eles serão gerenciados. Este nível funciona como uma primeira camada adicionada ao nível organizacional. Executor - Concentra-se na seleção dos colaboradores, definindo suas responsabilidades para que os processos possam funcionar com sucesso. 4. Modelo de gerenciamento de operações e processos este modelo engloba uma variedade de ações e decisões agrupadas conforme o seu propósito. Elas foram divididas em quatro grandes grupos: A etapa dirigir se refere à definição da estratégia organizacional que deve ser usada para o gerenciamento das operações e dos processos. A seguir, surge projetar com o objetivo de demonstrar que, a partir da análise do modelo atual, são desenhadas as novas operações e processos a serem implantados e monitorados na etapa seguinte: entregar. Por fim, em desenvolver, realiza-se o controle da melhoria e da aprendizagem das operações e dos processos. As etapas para a implementação de uma gestão de processos precisam ser gerenciadas. Para isso, é necessário o emprego do chamado ciclo PDCA (sigla para as expressões em inglês plan, do, check e act) de Deming. OUTROS PROCESSOS DE GESTÃO gestão ágil, seus processos precisam ser bem projetados, ou seja, devem permitir que eles sofram mudanças e suportem a execução das estratégias. Para isso, de acordo com Worley e Lawler III (2016), os processos de gestão devem ser flexíveis e rápidos. No gerenciamento flexível dos processos, por sua vez, é necessário haver um alinhamento muito forte com os propósitos e os seus resultados. Há um foco maior na eficácia – em detrimento da eficiência – e uma flexibilidade na forma de condução desse processo, permitindo uma enorme variedade de entradas ou insumos. Já o gerenciamento rápido dos processos demanda que: Os tempos de ciclos devam ser ajustados ao ritmo do mercado; Os processos sejam de fácil explicação e simples; Haja uma transparência e o compartilhamento das informações mais importantes. Módulo 3 MÉTODO GEM o método denominado Gestão Essencial Multiplicável (GEM) oferece um roteiro para a aplicação de técnicas e ferramentas no gerenciamento deles em uma organização. O método GEM é composto por seis fases: 1. Alinhar estratégia - O objetivo é entender como os processos atuais estão em relação às definições estratégicas da empresa, obtendo uma noção do cenário atual. 2. Analisar e diagnosticar - Representa os processos como eles realmente acontecem, criando o modelo do processo atual. 3. Projetar melhorias - Cria o modelo de processo futuro aperfeiçoando o do processo atual. 4. Implantar e realizar - Coloca em prática o modelo de processo futuro. 5. Monitorar continuamente - Verifica o andamentodo que foi planejado. Se esta etapa não for bem realizada, pode haver a coleta de informações que direcionem o gestor a uma tomada errada de decisões. Adotam-se nela quatro variáveis clássicas a serem avaliadas: Tempo: Analisa a duração do processo; Custo: Verifica a quantidade de recurso financeiro empregado; Capacidade: Refere-se à quantidade que pode ser processada; Qualidade: Aponta se o processo ocorreu dentro de uma variabilidade aceitável. Outra forma de monitorar os processos funciona de acordo com a origem da demanda: a) Volume - Processos que possuem uma grande repetibilidade b) Variedade - Produtos e serviços podem ser realizados por uma quantidade enorme de processos diferentes. c) Variação - Refere-se à demanda dos produtos e serviços que serão produzido d) Visibilidade - Atém-se aos processos que possuem contato direto com clientes que possuem alta visibilidade. 6. Refinar - Fase na qual os ajustes e os incrementos são realizados no processo com base no que foi apontado na fase anterior. GERENCIAMENTO DE RISCO estratégias de gerenciamento de risco de processo a fim de reduzi-las é uma maneira de melhorar o desempenho e permitir que os recursos empregados possam gerar valor. Risco – conceito - entendido como a possibilidade de um evento não desejável acontecer. pode ter consequências mais ou menos graves dependendo de seu grau de seriedade. No universo dos negócios, o risco é visto como um acontecimento que atrapalha uma empresa na execução de sua missão. Categorias RISCO ESTRATÉGICO - A empresa está sujeita às mudanças no cenário em que atua. RISCO DE REGULAÇÃO - A empresa pode ser: Multada (pelo não cumprimento de regras ou normas) ; Acionada na justiça (por alguma não conformidade de seus produtos ou serviços.) RISCO FINANCEIRO - Perda de capital proveniente do gerenciamento fiscal. RISCO OPERACIONAL - Registro de problemas nas atividades diárias da empresa. RISCO AMBIENTAL - Intempéries relativas à saúde e à integridade e/ou segurança dos colaboradores. RISCO DE REPUTAÇÃO - A imagem da empresa é arranhada, o que pode levar às seguintes situações: Diminuição nas vendas de seus produtos e/ou serviços; Queda em suas ações na Bolsa de Valores. Estratégias - são divididas de três maneiras a fim de: Evitar que a falha ocorra; Mitigar os efeitos dela; Aceitá-la e promover uma rápida solução para ela. Para escolher a estratégia de gerenciamento de risco a ser adotada, diminuindo as chances de fracasso e identificando os fatores críticos para cada tipo de falha antes que ela aconteça, deve-se optar pela ferramenta Failure Mode and Effect Analisys (FMEA). A ferramenta FMEA pode ser aplicada em: Projetos: Reduz o risco de falhas, como a construção de um navio; Processos: Diminui as falhas no processo. Na FMEA, deve-se primeiramente realizar uma etapa preliminar com o objetivo de encontrar cada causa de falha. Esse processo divide-se em duas partes: Identificar onde pode ocorrer a falha; Verificar de que maneira ela pode acontecer. Para cada causa encontrada, é realizado um procedimento de verificação de probabilidade de falha que se divide em três tópicos: Probabilidade da ocorrência; Índice de gravidade; Probabilidade de detecção. TEMA 4 O QUE É DESEMPENHO DE PROCESSO E COMO AVALIÁ-LO? atividade que visa comparar os resultados previstos com os realizados. Para isso, tarefas como medição, coleta e tratamento de informações são realizadas. No início, a gestão de desempenho teve seu foco voltado para a organização, sendo concebidos vários modelos, sistemas e frameworks que tinham o desempenho financeiro como seu indicador principal. A partir dos anos 1990 a administração de desempenho buscou conciliar estratégia, inovação e maleabilidade de produtos e processos, introduzindo controles quantitativos e qualitativos. Desenvolveram-se modelos multidimensionais, como, por exemplo, o BSC (balanced scorecard) que consiste, basicamente, em quatro perspectivas indicadas a seguir: FINANCEIRA - Nesta perspectiva, são definidos os objetivos financeiros e as respectivas responsabilidades que devem ser atingidas por cada setor, indivíduo, organização e processo. o objetivo é que haja um aumento das receitas. CLIENTE - Aqui, cada segmento da organização deve ter um entendimento claro do que realmente gera valor para o cliente e, por conseguinte, satisfazê-lo. PROCESSO INTERNO - Como os processos devem ser organizados e gerenciados para que se utilize o menor tempo possível, maximizando recursos e esforços, aumentando a satisfação e a receita. APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO - Leva-se em conta que tipo de conhecimento e qual competência devem ser adquiridos pelos indivíduos, pelos departamentos, pelos processos e toda a organização para que se realize, constantemente, o melhor trabalho possível. a empresa não se resume a uma combinação de departamentos que executam atividades e processos de forma isolada, mas sim como um todo, de forma sistêmica. Além dele, surgiu o de Kueng, que adotou a perspectiva da “árvore de metas”, que consiste em cinco perspectivas de desempenho de processos (visão financeira, visão cliente, visão empregado, visão sociedade e visão inovação. No modelo de Kueng, a visão financeira é compreendida como necessária, pois os processos não podem ser realizados sem recursos. Essa questão é considerada a força motriz de uma organização. A visão empregado foi incorporada, uma vez que colaboradores com boa qualidade de vida profissional, com saúde e satisfeitos no trabalho impactam diretamente no andamento dos processos. Na visão cliente, existem duas abordagens consideradas: uma em que se pergunta diretamente ao cliente quais as suas expectativas e percepções em relação a um produto ou serviço; e outra em que são definidos critérios de qualidade e o cliente avalia, por meio de notas, o grau de atendimento a cada critério. A visão sociedade considera o impacto que seus processos geram na sociedade, como, por exemplo, se há criação de empregos na comunidade local, se a atividade é poluidora ou não, se gera impactos sociais positivos, entre outras. A visão inovação trata do constante aperfeiçoamento dos processos, que contará com o compartilhamento do aprendizado organizacional entre todos os colaboradores. Com a evolução das tecnologias de informação e a necessidade das organizações em utilizar banco de dados unificados para processos cada vez mais flexíveis, as empresas fabricantes de software tiveram a oportunidade de desenvolver sistemas voltados para o desempenho de processos. Essa inovação nos tipos de software recebeu o nome de sistemas de medição de performance de processos (process performance measurement system — PPMS). ELAS vieram cobrir uma lacuna referente à dificuldade de medição do desempenho dos processos de forma mais ágil, permitindo aos gestores uma ação mais proativa na solução de problemas e na melhoria dos processos. Os PPMS vieram cobrir uma lacuna referente à dificuldade de medição do desempenho dos processos de forma mais ágil, permitindo aos gestores uma ação mais proativa na solução de problemas e na melhoria dos processos. Ele coleta resultados, de forma sistêmica, do desempenho dos processos e os compara com dados históricos dos mesmos, gerando relatórios com resultados a serem analisados pelos atores importantes do processo. deve apresentar uma visão holística do desempenho dos processos de negócios e, portanto, três características são necessárias: Deve ser focado nos processos; Deve avaliar o desempenho de toda a organização; Deve ser possível designar um responsável para cada indicador a ser medido. O BSC traduz a estratégia da organização em métricas de desempenho mensuráveis para as perspectivas financeiras do cliente, do processo interno e da aprendizagem e crescimento. Modulo 2 CRITÉRIOS PARA UM INDICADOR DE DESEMPENHOindicador de desempenho é fundamental para o controle um processo. Sem ele, é impossível conceber melhorias, pois não há como avaliar se o desempenho do processo atendeu aos requisitos esperados. Eles devem ser capazes de fazer medições eficazes, eficientes e adaptáveis, portanto, alguns critérios devem ser seguidos no momento em que são escolhidos, tais como: Simplicidade - os indicadores devem ser fáceis de aplicar, pois quanto mais complexo for, pior será sua comunicação e o seu entendimento. Ou seja, se não for simples, não será entendido, o que dificultará o atingimento da meta determinada. Clareza - os indicadores comunicam de forma direta e clara o que se propõe, ou seja, não são redundantes Rastreabilidade - os indicadores devem permitir que sua origem seja facilmente identificada. Acessibilidade - os indicadores devem ser de fácil acesso. Periodicidade - os indicadores devem estar à disposição para que sejam consultados com frequência, por exemplo, em um sistema ou em rede para consulta. Abrangência - os indicadores devem ser representativos do que se está mensurando. Por exemplo, se quero avaliar a motivação da minha equipe, o indicador de absenteísmo não mensurará o que se espera, uma vez que as pessoas podem ter faltado por motivo de doença, e não por estarem desmotivadas. Comparabilidade - os indicadores devem permitir fazer comparações de maneira fácil, de acordo com referenciais próprios. Seletividade - os indicadores devem ser capazes de identificar os elementos-chave do processo na seleção e diferenciação do que é medido. indicadores quantitativos são mais precisos e fáceis de serem gerenciados do que indicadores qualitativos. Portanto, no caso dos indicadores de desempenho de processos, serão utilizados os quantitativos. Por exemplo, temos os indicadores de lucratividade e de turnover como quantitativos, e o indicador de satisfação do cliente como qualitativo. PONTOS NEGATIVOS - Uma grande quantidade de indicadores não é recomendável, vai exigir mais esforço, pode gerar perda de foco no que realmente importa, trazendo impactos significativos para a gestão do negócio. Outro ponto negativo é que muitos deles podem acabar medindo a mesma coisa ou camuflar informações importantes com outras menos relevantes DIFERENÇA ENTRE PPI E KPI PPI tem o mesmo significado de um KPI (key performance indicator), que significa, em português, “indicador-chave de desempenho”. Para outros estudiosos, os PPIs são casos particulares dos KPIs. Adotaremos o entendimento de que um KPI oferece uma visão tática e estratégica da organização. Indicadores Estratégicos - definidos pelos acionistas ou donos das empresas e servindo de referência para todos os outros níveis. Por exemplo, o percentual de crescimento da marca no mercado ou o total de vendas realizadas no ano. Indicadores Táticos - divididos em indicadores executivos e para a gerência. O primeiro fica a cargo dos diretores, e o segundo, dos gerentes. Por exemplo: a produtividade da empresa ou o custo médio dos produtos fabricados. Indicadores Operacionais - utilizados pela supervisão da empresa. Por exemplo, o índice de absenteísmo ou tempo de set-up de uma máquina. Indicadores Estratégicos Indicadores Táticos Indicadores Operacionais Para a elaboração dos KPIs, devem ser percorridas três etapas que estão representadas nas perguntas a seguir: Quais são os objetivos a serem atingidos pelo gestor? Quais são as variáveis que mais impactam na obtenção dos objetivos? Quais são os indicadores de desempenho que mensuram as variáveis definidas? KPIs podem ser representados pela combinação de mais de um indicador, que tem como objetivo representar um conjunto de medidas que sejam determinantes para atingir os objetivos organizacionais. são utilizados em larga escala nos mais variados tipos de empresas, e têm como objetivo principal medir o que está sendo executado e a forma como é feito. utilização dos KPIs permite o acompanhamento e a avaliação do seu desempenho através do tempo. não há regra obrigatória para sua elaboração, mas sim o preenchimento de etapas, apresentadas acima, que devem ser retiradas do planejamento estratégico da empresa. Existe uma quantidade imensa de KPIs, mas podemos agrupá-los em categorias, tais como: financeira, cliente, RH e produção, marketing e outras. Na categoria financeira, temos a receita, que é, basicamente, a entrada de capital na empresa, e o custo, que se divide nos custos dos produtos vendidos (CPV) e despesas operacionais. Na categoria cliente, temos a satisfação do cliente, índice de recomendação do produto ou serviço ofertado, índice de engajamento do cliente etc. Para a categoria RH, temos o índice de retenção de colaboradores e o índice de mobilidade interna, que representa a possibilidade de o colaborador mudar de função ou de se enquadrar em outro patamar salarial. Na categoria produção, temos o índice da capacidade instalada utilizada, o índice de tempo de parada da produção para reparos e o custo por unidade produzida. Na categoria marketing, temos o índice de crescimento das vendas, taxa de eficácia dos canais de venda e índice de visitantes ao site, no caso do marketing digital. Módulo 3 MÉTODO SMART significado specific (específico) O objetivo definido não pode dar margem a outras interpretações, por isso, deve ser detalhado e descrito da forma mais clara possível, esclarecendo o que deve constar ou não para o cálculo do indicador. Algumas perguntas podem auxiliar nesse processo, são elas: O objetivo deve ser alcançado em que local? Qual intervalo de tempo deve ser considerado para atingir esse objetivo? Quais as restrições para esse objetivo? Ao se atingir o objetivo, qual benefício ou valor é obtido? measurable (mensurável) O indicador deve ser medido de forma quantitativa, ou seja, pode ser traduzido em um número, para que possa ser tratado e avaliado. Por isso, deve possuir uma unidade de medida (metros, peças, segunda qualidade etc.) e não devem ser usados termos ambíguos e/ou incompletos. Usualmente, a coleta de dados consome tempo e recursos, além de uma metodologia clara e bem definida, principalmente por organizações que possuem várias unidades ou locais onde serão realizadas as medições. É preciso estar atento a questões, tais como: a definição dos relatórios que devem ser utilizados, se os resultados são originários de dados absolutos ou relativos, e se a coleta será realizada por amostragem ou na população em geral. achievable (alcançável) A realização do objetivo deve ser possível, devem ser definidas metas, e esse é um dos processos mais desgastantes entre gestores e colaboradores. Existe uma máxima que diz que “uma meta que não pode ser conquistada não deve existir”. A definição de metas exige muitos cuidados, pois se forem muito ousadas e quase impossíveis de serem atingidas, isso acarretará em desmotivação e provável desistência. Da mesma forma, metas muito brandas levam a acomodações e resultados que não agregarão valor para o negócio. Analise se: A equipe ou responsável tem as habilidades ou recursos disponíveis para o atingimento da meta; Haverá suporte da liderança para se atingir a meta. relevant (relevante) o indicador deve possuir variáveis que realmente tenham impacto no que se deseja avaliar. time frame (temporal). O período em que será realizada a mensuração do indicador deve estar bem definido, a fim de que o objetivo traçado seja atingido, ou seja, deve haver data de início e fim. O aspecto temporal é dar sentido, permitindo que os gestores façam o acompanhamento de acordo com sua característica. METAS FAST para executar a estratégia, os líderes devem estabelecer metas ambiciosas, traduzi-las em métricas e marcos específicos, torná-las transparentes em toda a organização e discutir o progresso com frequência. Assim, elas ajudam as organizações a serem melhores e maisdinâmicas, permitindo que os colaboradores estejam alinhados com a estratégia da empresa. Frequently discussed (frequentemente discutidas) - Discutir metas com frequência, em vez de uma ou duas vezes por ano (tente metas trimestrais, por exemplo) Ambitious (ambiciosas) - Dividir as metas em estendidas (radicais, mais arriscadas, com maior potencial de retorno e incrementais), e de pequenas melhorias (geralmente conservadoras). Specific (específicas) - Objetivos traduzidos para métricas concretas, para que todos saibam o que é esperado para entregar. Elas ajudam a corrigir desvios e identificar problemas. Transparent (transparentes) - Metas públicas e divulgadas para todos. Não há segredo SISTEMA DE GERENCIAMENTO OKR significa objectives and key results, ou seja, objetivos e resultados-chave, é baseado nas metas FAST. O sistema OKR foi criado por John Doer OKR é considerada uma filosofia revolucionária na gestão de metas, pois é simples, prática, transparente, favorece a justiça e vem sendo cada vez mais usada por diferentes organizações inovadoras. Seus resultados na melhoria da performance de pessoas e equipes são muito bons, visto que escrever corretamente as metas aumenta as chances de alcançá-las. Um OKR é composto de um único objetivo, ou O; e um conjunto de três a cinco resultados principais, os KRs. O objetivo é qualitativo, possível, destinado a inspirar e direcionar ações. Os resultados-chave (KRs) são o desdobramento do objetivo em três a cinco metas quantitativas com prazo curto (geralmente trimestrais) e simplicidade de mensuração e comunicação, para saber se está perto de atingir o objetivo. A empresa define três KRs, que são: Aumentar o número de visitantes oriundos do Facebook em 10%; Aumentar a conversão dos visitantes do Instagram para 10%; Converter em venda os pedidos de orçamento feitos pelo site em 5%. A cada três meses, faz-se a análise dos resultados obtidos e os devidos ajustes para que o objetivo único, que é o de aumentar as vendas pelo site, possa ser concretizado. Esse prazo de três meses não é rígido TEMA 5 ENTENDENDO A CONFORMIDADE a avaliação da conformidade é usada nas trocas das mercadorias. Os compradores verificavam se os produtos adquiridos estavam atendendo ao que foi pedido, fazendo, assim, uma avaliação deles. Dessa forma, surgiram dois conceitos: conformidade e avaliação de conformidade. javascript:void(0) Precisa-se de processos cada vez mais homogêneos, controlados e orientados para a legalidade, comunicando com clareza o seu propósito. Para garantir tal objetivo, houve a introdução do conceito de conformidade: trata-se do estado em que se encontra o objeto da análise em relação aos padrões preestabelecidos. Voltada inicialmente para o controle dos produtos fabricados, a conformidade teve a sua finalidade ampliada na verificação da qualidade dos serviços prestados e nos processos usados nas organizações. Mais recentemente, o conceito de conformidade, que tem relação direta com a gestão da qualidade total, passou a fazer parte da estratégia das organizações públicas ou privadas, sendo direcionado para o mercado, o cliente final e a cadeia de suprimentos. A QUE SE REFERE A QUALIDADE? - não se atém apenas à redução de defeitos, mas também a outros fatores, como o melhor emprego dos recursos disponíveis, a satisfação dos clientes e o desempenho organizacional. A conformidade de processos de negócios pode ser definida da seguinte maneira: DESAFIO DAS ORGANIZAÇÕES NA CONFORMIDADE DAS BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO As empresas que adotam e mantêm a conformidade nos seus processos de negócio já entenderam que, além de terem de cumprir e respeitar a lei, os regulamentos e os procedimentos, também precisam entregar valor para a sociedade. A responsabilidade social é o caminho pelo qual as organizações dão sua contribuição de forma mais transparente para a sociedade. CONSTRUINDO OS PADRÕES DE CONFORMIDADE engloba: Domínio jurídico (Tem um caráter regulatório e de natureza prescritiva.) e Domínio de processo (Possui natureza descritiva.) A verificação da conformidade pode ser avaliada em três momentos diferentes: 1 - Na implantação dos projetos dos processos; 2- Na execução dos processos; 3- Na análise dos registros dos processos executados. podemos definir um padrão de conformidade como: A obrigatoriedade na obediência aos requisitos a serem adotados pelas organizações para que elas consigam obter certificados ou licenças que permitam o seu funcionamento. As empresas devem estar atentas ao gerenciamento das conformidades em função do risco e do contexto no qual elas se encontram. Modelado sob uma visão holística do business process management, o processo de negócio, combinado com a conformidade requerida (ou regulamentar, como também é conhecida), propicia o surgimento da seguinte conformidade de processos de negócios: business process compliance. No BPCM, há uma constante depuração e análise dos processos em relação às conformidades requeridas. Elas estão divididas em três classes de regras: REGRAS REGULATÓRIAS - Sua origem está na má governança, na corrupção e na manipulação de informações, caracterizando, assim, a não conformidade das ações e dos processos realizados pelos gestores em relação às leis regulatórias em vigor. REGRAS DE NORMAS DE GESTÃO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO - Parte da série 2700 da ISO/IEC, elas definem políticas, processos e estruturas de hardware e software a fim de mitigar os riscos e promover o controle e o monitoramento por meio de indicadores mensuráveis. REGRAS DE PADRÕES DE QUALIDADE - As regras de qualidade estão associadas à família ISO (que será abordada de forma detalhada no módulo 3). a verificação da conformidade se trata da capacidade de checar se o fluxo de trabalho realizado está em conformidade com o modelo de processo proposto. Ele depende do grau de complexidade que os padrões de conformidade podem suportar. A mineração de processos vem sendo usada como uma resposta à demanda mencionada, o que permite identificar qualquer desvio dos procedimentos frente às conformidades dos processos. MÓDULO 2 ATORES NA IDENTIFICAÇÃO DAS CONFORMIDADES Na atividade de se avaliar a conformidade, podem ser identificados alguns atores: O fornecedor - Quem entrega o produto ou serviço. O comprador - Quem adquire o produto ou serviço. No processo de identificação de conformidades, existe a possibilidade de elas serem realizadas de algumas maneiras: 1 - Solicitação de amostras ao fornecedor para que ele mesmo as analise; 2 - Pedido de amostras do fornecedor para um terceiro analisar as verificações de conformidade; 3 - Requerimento para que ele ou uma organização independente faça a avaliação de conformidade no próprio fornecedor. Quando a relação de confiança entre o comprador e o fornecedor é forte, basta apenas uma declaração de conformidade por parte deste referente a produtos e serviços produzidos. A presença de uma organização independente na verificação da conformidade é necessária devido à sua imparcialidade no processo, desde que ela tenha competência técnica, reputação e credibilidade reconhecidas pelos atores. compradores estarão seguros na aquisição dos produtos e serviços demandados ao fornecedor (também sairá ganhando, pois, se produzir conforme as normas e os procedimentos de qualidade, não terá problemas em negociar seus produtos com eles.) AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE A conformidade pode ser avaliada de algumas formas, como, por exemplo, as descritas a seguir: AUDITORIA - Realizado por organismos independentes, tem como objetivo mensurar se os critérios acordados na elaboração dos produtos e serviços foram atendidos. não se realiza uma análise técnica do produto, e sim a verificação da conformidade dos processos em relação à política, aos padrões, às normas e aos procedimentos preestabelecidos. ENSAIO - Verifica se as características de um produto, processoou serviço estão em conformidade com o procedimento. Para isso, realizam-se algumas operações técnicas INSPEÇÃO - Processo de avaliação da conformidade por meio de medições, análises e observações, utilizando as ferramentas adequadas em cada atividade. Esse processo de avalição tem como finalidade dar confiança na conformidade e não atestar a sua qualidade. COMPREENDENDO A CERTIFICAÇÃO o processo de certificação pode ser classificado em certificação de produtos, de sistemas de gestão, de pessoas e de processos. Certificação de produtos - Garantia de que os insumos fabricados seguem os requisitos técnicos exigidos para a sua produção. CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO - Seu objetivo é determinar se a organização possui e mantém em conformidade o seu sistema de gestão, Usualmente, a certificação é feita mediante uma auditoria independente. CERTIFICAÇÃO DE PESSOAS - Pretende verificar se uma pessoa tem as competências exigidas para a realização de determinada atividade, se referem à capacidade de desenvolver e aplicar conhecimentos, assim como às habilidades na concretização de tarefas e na resolução de problemas. ENTENDENDO A NÃO CONFORMIDADE A certificação de processos, como frisamos, é a verificação da conformidade do processo com os requisitos especificados. Seu objetivo é avaliar a eficácia do processo. Independentemente do tipo de organização e da certificação que se pretenda conseguir, é certo que, no processo de avaliação da conformidade, o não atendimento a um requisito exigido é definido como uma não conformidade. A não conformidade pode ter sua origem tanto em fatores internos, como os processos da organização, quanto em externos, como os produtos fornecidos por um fornecedor. não existe a necessidade de que haja uma contrariedade a um requisito em uma norma específica, como, por exemplo, a ISO 9001. Basta não atender a uma regra interna para já ser considerado uma não conformidade. Quando as não conformidades são encontradas, uma ferramenta muito útil é a utilização da Matriz GUT na classificação da gravidade de cada não conformidade. O acrônimo GUT significa: G (gravidade) - Avalia-se o impacto que a não conformidade pode gerar para a tarefa, os processos, os produtos, os colaboradores etc. U (urgência) - Analisa se o tempo disponível para a resolução da não conformidade é pequeno ou grande, quanto menos tempo para se poder solucionar a não conformidade, mais urgente ela será. T (Tendência) - Verifica se a não conformidade pode crescer com o passar do tempo. Apresentaremos agora uma relação das não conformidades mais encontradas no processo de auditoria: 1- As especificações técnicas não são devidamente anexadas quando é solicitado ao fornecedor um orçamento de compra; 2- Os parâmetros de processo não são seguidos conforme está definido; 3- Não existe documentação que comprove a competência dos colaboradores no que se refere às funções auditadas; 4- Os requisitos especificados pelo sistema da organização não são seguidos; 5- Falha das empresas na correção das não conformidades identificadas em auditorias anteriores. Após identificar as não conformidades e classificá-las por prioridade, deve-se elaborar um plano de ação para resolvê-las. Método 5W2H - é muito eficaz para isso. Ele basicamente consiste na resposta a sete perguntas: 1- W (What) — O que será feito? 2- W (Why) — Por que deve ser feito? 3- W (Where) — Onde deve ser feito? 4- W (When) — Quando deve ser feito? 5- W (Who) — Por quem será feito? 6- H (How) — Como será feito? 7- H (How much) — Quanto vai custar? Módulo 3 A SÉRIE ISO E A NÃO CONFORMIDADE a ISO, que congrega 162 países, tem como objetivo a elaboração de normas internacionais para atender aos interesses de fornecedores, compradores, governo, comunidade científica e outros representantes da sociedade civil organizada. No Brasil, a participação na elaboração das normas ISO fica a cargo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A nomenclatura delas é designada por NBR ISO. VANTAGENS Grande aceitação dos produtos em vários mercados diferentes; Uso da certificação como meio de controle da produção; O ganho de produtividade e o nível de qualidade são influenciados pela certificação; Possui influência com os fornecedores; Defesa de ações legais relacionadas a seus produtos; Ganho de confiança na relação cliente-fornecedor; Clientes exigem menos controles e inspeções; Combate à concorrência desleal. O objetivo das normas da série ISO 9000 é garantir o mínimo de qualidade, disciplinando os sistemas gerenciais e organizacionais em produtos ou serviços desenvolvidos e fabricados nas empresas. Apontaremos a seguir as que compõem a família ISO 9000: NBR ISO 9000 - Sistemas de gestão da qualidade (fundamentos e vocabulário). Esta norma descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e define os termos a ela relacionados; NBR ISO 9001 - Sistemas de gestão da qualidade (requisitos). Esta norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade quando se pretende: Demonstrar que é capaz de fornecer, de forma consistente, produtos que atendam tanto aos requisitos do cliente quanto a outros regulamentares aplicáveis; Aumentar a satisfação do cliente ao incluir processos para melhoria contínua do sistema e garantia da conformidade dos requisitos demandados por ele. NBR ISO 9004 - Diretrizes para melhorias de desempenho. Esta norma fornece condutas, além da NBR ISO 9001, para melhorar o desempenho de uma organização, levando em consideração a eficácia e a eficiência do sistema de gestão da qualidade. Ela é usada para a autoavaliação da organização, comparando a satisfação do cliente e a qualidade do produto (na percepção dele) ao desempenho organizacional. Com a certificação de sistemas da qualidade ISO 9000, percebe-se a aquisição de algumas vantagens: 1- Evidencia-se globalmente a competência das empresas certificadas; 2- Reduz-se o número de avaliações requeridas pelos compradores; 3- Estimula-se um clima de motivação com os colaboradores por eles serem certificados; 4- Cria-se uma cultura voltada para a redução de erros e de melhoria contínua dos processos; 5- Elabora-se a cultura da documentação na empresa; 6- Melhora-se a imagem e a reputação da organização; 7- Aumenta-se a participação no mercado; 8- Percebe-se uma maior satisfação dos clientes; 9- Diminuem-se os custos; 10- Melhora-se a produção; 11- Cresce a competitividade das organizações; 12- Percebe-se um aumento nos lucros. A série de normas NBR ISO 14000 está relacionada com a questão ambiental. Estabelecendo um padrão de sistema de gestão ambiental, ela possui o seguinte objetivo: melhorar o desempenho desse quesito nas organizações. Esta série engloba as seguintes normas: NBR ISO 14001 - Sistema de gestão ambiental (requisitos com orientação para uso). NBR ISO 14002 - Sistemas de gestão ambiental (diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio). NBR ISO 14004 - Sistema de gestão ambiental (diretrizes gerais sobre implementação). NBR ISO 14005 - Sistema de gestão ambiental diretrizes para uma abordagem flexível à implementação em fases). Quanto às normas orientadas para o gerenciamento de riscos, existe a ISO 31000. Já naquelas orientadas para a responsabilidade social, destaca-se a ISO 26000. O não atendimento a algum requisito que conste nas normas da ISO é considerado uma não conformidade. Tendo um caráter obrigatório, ele busca atender a uma necessidade específica, podendo ser um requisito do cliente, do produto, da qualidade, legal etc. TIPOS DE CERTIFICAÇÃO a certificação é: Um processo no qual uma entidade independente (3ª parte) avalia se determinado produto atende às normas técnicas. Esta avaliação se baseia em auditorias no processo produtivo, na coleta e em ensaios de amostras. O resultado satisfatório destas atividadesleva à concessão da certificação e ao direito ao uso da marca de conformidade ABNT em seus produtos. Existem três tipos de certificações: as de conformidade, as compulsórias e as voluntárias. CERTIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE - “Documento emitido pelo organismo de certificação, credenciado pela coordenação geral de acreditação do Inmetro, de acordo com as regras de um sistema de certificação e que atesta a qualidade de um sistema, processo, produto ou serviço. O documento é emitido com base em normas elaboradas por entidades reconhecidas no âmbito Sinmetro ou com base em regulamentos técnicos emitidos por órgãos regulamentadores oficiais. é um documento de espectro abrangente que pode certificar qualquer material, componente, equipamento, interface, protocolo, procedimento, função, método e atividade de organismos ou pessoas. CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - é um serviço prestado pelo SBC aos órgãos regulamentadores oficiais. Deve ser executada com base no regulamento técnico indicado no documento que a criou e complementada por regra específica de certificação. Neste caso, devem ser tomados como referência os modelos identificados pela ISO/CASCO. A certificação compulsória dá prioridade às questões de segurança, de interesse do país e do cidadão, abrangendo as questões relativas aos animais, vegetais, proteção da saúde, do meio ambiente e temas correlatos. CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA - A certificação voluntária é decisão exclusiva do solicitante e tem como objetivo garantir a conformidade de processos, produtos e serviços às normas elaboradas por entidades reconhecidas no âmbito do Sinmetro. Portanto, a certificação voluntária, no âmbito do SBC, deve ser executada com base nas normas brasileiras, regionais ou internacionais, dentro do conceito de níveis de normalização. Em situações específicas, normas estrangeiras e de consórcios podem também ser utilizadas. A vantagem de as organizações serem certificadas é a garantia do controle sobre o que é produzido e o fato de os produtos fabricados atenderem, de forma continuada, às normas técnicas. Inegavelmente, a utilização da família ISO como um sistema de gestão permite uma agilidade na otimização de processos. Os padrões de conformidade requeridos no contexto dinâmico e exigente do mercado atual combinam perfeitamente com suas normas. Dessa forma, as organizações que conseguem a certificação das normas descritas acima garantem o atendimento aos requisitos exigidos pelos diversos atores envolvidos. CONCEITOS E MAPEAMENTO DA GESTÃO DE PROCESSOS 1. O mapeamento de processos ocorre antes e depois das melhorias e de acordo com as melhores práticas propostas. Na técnica de mapeamento de processos, o primeiro modelo (análise) e o melhorado (desenhado) são tratados, respectivamente, como modelos: AS-IS e TO-BE. BPMo e BPMn. BPM1 e BPMx. TO-DO e AS-IS. TO-BE e AS-IS. BPM E AS FASES DO CICLO DE VIDA BPM 2. A modelagem de processos em BPMN caracteriza-se por: Capturar, de maneira rápida e simples, um fluxo de processos sem a exigência de documentação. Capturar, de maneira rápida e simples, um fluxo de processos de forma flexível e sem padrões rígidos. Ser aplicado exclusivamente para modelagem de aplicações de software. Ter a capacidade de adicionar custos de recursos e elementos de tempo ao modelo de processos de negócio. Fazer uso de operadores lógicos ou regras que expressam atividades e decisões. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp ARQUITETURA E METODOLOGIA SOA E BPM 3. Uma das diferenças entre as arquiteturas de software tradicionais e a arquitetura SOA é que: Arquitetura de 3 camadas é outro nome que se dá para a arquitetura SOA; Nas arquiteturas tradicionais o acoplamento dos componentes é fraco e na arquitetura SOA é forte; Na arquitetura SOA não há a necessidade dos processos de negócios estarem bem definidos. A arquitetura SOA está dividida nas camadas Apresentação, Negócio e Dados; Na SOA os módulos ou componentes de softwares são autônomos, independentes e por isso possuem acoplamento fraco; ETAPAS DO GERENC. PROCESSOS 4. Assinale a alternativa CORRETA sobre o acróstico SCAMPER, para o processo de Brainstorm: S de Substitute (Substituto) - pensar em substituir problemas; A de Again (Repetir) - pensar em repetir processos que deram certos; E de Eliminate (Eliminar) - pensar no que pode ser eliminado de um produto ou processo; M de Moviment (Movimento) - pensar em mudar seu produto ou processo. C de Contrast (Contraste) - pensar em comparar com processos e produtos diferentes; LEAN; SEIS SIGMA E MODELOS DE GESTÃO 5. As etapas para a implantação de um BPM seguem uma sequência, assinale a alternativa correta que representa esta sequência: Estratégia e Planejamento do Processo, Análise dos Processos de Negócio, Desenho e Modelagem dos Processos de Negócio, Implantação do Processo, Controle e Monitoramento do Processo e Refinamento do Processo; Análise dos Processos de Negócio, Estratégia e Planejamento do Processo, Implantação do Processo, Desenho e Modelagem dos Processos de Negócio, Controle e Monitoramento do Processo e Refinamento do Processo; Análise dos Processos de Negócio, Estratégia e Planejamento do Processo, Implantação do Processo, Desenho e Modelagem dos Processos de Negócio, Refinamento do Processo e Controle e Monitoramento do Processo; Estratégia e Planejamento do Processo, Análise dos Processos de Negócio, Implantação do Processo, Desenho e Modelagem dos Processos de Negócio, Refinamento do Processo e Controle e Monitoramento do Processo; Estratégia e Planejamento do Processo, Desenho e Modelagem dos Processos de Negócio, Análise dos Processos de Negócio, Implantação do Processo, Refinamento do Processo e Controle e Monitoramento do Processo. MÉTODO GEM E GERENCIAMENTO DE RISCO 6. Em relação a maneira como são categorizados os riscos em processos, assinale a alternativa correta: Risco Estratégico, Risco de Inadimplência, Risco Financeiro, Risco de Queda, Risco Ambientais e Risco Político. Risco Estratégico, Risco de Inadimplência, Risco Financeiro, Risco Operacional, Risco Ambientais e Risco de Reputação; Risco Moral, Risco de Inadimplência, Risco Financeiro, Risco Operacional, Risco Ambientais e Risco de Reputação; Risco Estratégico, Risco de Regulação, Risco Financeiro, Risco Operacional, Risco Ambientais e Risco de Reputação; Risco Estratégico, Risco de Insolvência, Risco Financeiro, Risco Operacional, Risco Ambientais e Risco de Ruptura; https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp DEFINIÇÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E METODOLOGIA SMART 7. Considerando os modelos de desempenho de processo atuais marque a alternativa correta: Os modelos de desempenho de processo atuais possuem uma visão sistêmica em que várias perspectivas são consideradas; Os modelos de desempenho de processo atuais buscam conciliar estratégia e inovação; Os modelos de desempenho de processo atuais se resumem ao BSC; Os modelos de desempenho de processo atuais trabalham com fator financeiro como seu indicador único; Os modelos de desempenho de processos atuais são voltados para os departamentos operacionais. INDICADORES DE DESEMPENHO DE PROCESSOS (KPI) 8. Para se escolher os indicadores de desempenho, estes devem atender alguns critérios. Assinale a alternativa errada: Rastreabilidade,Abrangência e Comparabilidade. Periodicidade, Clareza e Acessibilidade, Abrangência, Comparabilidade e Rastreabilidade; Periodicidade, Cautela e Acessibilidade; Abrangência, Seletividade e Periodicidade; PADRÕES DE CONFORMIDADE E FAMÍLIA ISO 9. A _____________ é um processo de verificação, documentado, que é realizado por __________________, que tem como objetivo mensurar se os critérios acordados foram realizados, sem que haja a necessidade de operações técnicas. Assinale a alternativa correta: auditoria / fiscais. inspeção / fiscais. auditoria / organismos independentes. triagem / organismos independentes. Inspeção / fornecedores. CERTIFICAÇÃO E NÃO CONFORMIDADE 10. Na certificação _________, o objetivo é verificar se um indivíduo tem as competências exigidas para a realização de determinada atividade. As competências, nesse caso, referem-se à capacidade de desenvolver e aplicar conhecimentos e habilidades na concretização de tarefas e na resolução de problemas. Assinale a alternativa correta: de fornecedores. de processos. de sistema de gestão. de pessoas. de produtos. https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_ensineme.asp
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