Buscar

DIREITO_DAS_COISAS_CIVIL_IV_RESUMO_COMPL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 1/58
DIREITO DAS COISAS –
CIVIL IV – RESUMO
COMPLETO PARA PROVAS
Posted by Mendonça Carvalho | out 25, 2015 |
Direito Civil e Empresarial, Material Estudo | 0 | 
 
CATEGORIA
S
Artigos
Acadêmicos
Casos
Concretos
Destaque
Direito
Administrativo
Direito Civil e
Empresarial
Direito Civil e
Empresarial
Direito
Constitucional


HOME RESUMOS PARA PROVAS  CASOS CONCRETOS  OAB PEÇAS E MODELOS
VÍDEO AULA CONTATOS
TRENDING: Novo CPC – Contestação Modelo     SEARCH 
http://ajudajuridica.com/author/guilherme/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-civil-e-empresarial/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/
https://youtube.com/ajudajuridicaestudantes?sub_confirmation=1
http://ajudajuridica.com/category/artigos-academicos/
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/
http://ajudajuridica.com/category/destaque/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-administrativo/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-civil-e-empresarial/
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/casos-direito-civil-e-empresarial/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-constitucional/
http://ajudajuridica.com/
http://ajudajuridica.com/
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/
http://ajudajuridica.com/category/oab/
http://ajudajuridica.com/modelos-e-esquemas/
https://youtube.com/ajudajuridicaestudantes?sub_confirmation=1
http://ajudajuridica.com/contatos/
http://ajudajuridica.com/material-estudo/novo-cpc-contestacao-modelo/
https://www.facebook.com/ajudajuridica
https://twitter.com/ajudajuridica
https://instagram.com/ajudajuridica
https://youtube.com/ajudajuridicaestudantes
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 2/58
Direito de
Família
Direito do
Trabalho e
Previdenciário
Direito do
Trabalho e
Previdenciário
Direito Penal
Direito Penal
Disciplinas
Complementar
es
Disciplinas
Complementar
es
Mapas Mentais
Material Estudo
Novo CPC
OAB
Vídeo Aulas
RECENTES
Provas
da
OAB –
Direito
Penal
Resum
o
mar 29,
2017 |
Destaqu
e,
Direito
http://ajudajuridica.com/material-estudo/direito-das-coisas-ou-real-civil-iv-resumo-completo-para-provas/?print=pdf
http://ajudajuridica.com/material-estudo/direito-das-coisas-ou-real-civil-iv-resumo-completo-para-provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-de-familia/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-do-trabalho-e-previdenciario/
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/direito-do-trabalho-e-previdenciario-casos-concretos-corrigidos/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-penal/
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/direito-penal-casos-concretos-corrigidos/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/disciplinas-complementares/
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/disciplina-complementar/
http://ajudajuridica.com/category/mapas-mentais/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/
http://ajudajuridica.com/category/video-aulas/novo-cpc/
http://ajudajuridica.com/category/oab/
http://ajudajuridica.com/category/video-aulas/
http://ajudajuridica.com/oab/provas-da-oab-direito-penal-resumo/
http://ajudajuridica.com/oab/provas-da-oab-direito-penal-resumo/
http://ajudajuridica.com/category/destaque/
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/direito-penal-casos-concretos-corrigidos/
http://ajudajuridica.com/material-estudo/direito-das-coisas-ou-real-civil-iv-resumo-completo-para-provas/
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 3/58
O Código Civil Brasileiro se divide em:
PARTE GERAL ( I – Das Pessoas; II – Dos Bens; III – Dos
Fatos Jurídicos)
PARTE ESPECIAL ( I – Do Direito das Obrigações; II –
Do Direito de Empresa;
III – Do Direito das Coisas; IV – Do Direito de Família; e
V – Do Direito das Sucessões).
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo
para Provas
DIREITO DAS COISAS: Conjunto de normas que regem
as relações jurídicas concernentes aos bens
corpóreos (móveis ou imóveis) ou incorpóreos
(direitos autorais, propriedade industrial), suscetíveis
de apropriação. Abrange: Aquisição; Exercício;
Conservação; Perda de poder sobre os bens.
Direito
Penal,
OAB
Provas
da
OAB –
Dicas
das
Princip
ais
Matéri
as
mar 28,
2017 |
Destaqu
e, OAB
OAB
Direito
Civil –
Resum
o para
Provas
mar 22,
2017 |
Destaqu
e,
Direito
Civil e
Empresa
rial,
Material
Estudo,
OAB
Proces
so Civil
–
Resum
o para
Provas
da
OAB
mar 21,
2017 |
Destaqu
e,
Direito
Civil e
Empresa
rial, OAB
http://ajudajuridica.com/wp-content/uploads/2015/10/Direito-das-Coisas-ou-Real-Caracter%C3%ADsticas-New-Page-11-e1445791086861.jpeg
http://ajudajuridica.com/category/casos-concretos-corrigidos/direito-penal-casos-concretos-corrigidos/
http://ajudajuridica.com/category/oab/
http://ajudajuridica.com/destaque/provas-da-oab-dicas-das-principais-materias/
http://ajudajuridica.com/destaque/provas-da-oab-dicas-das-principais-materias/
http://ajudajuridica.com/category/destaque/
http://ajudajuridica.com/category/oab/
http://ajudajuridica.com/destaque/oab-direito-civil-resumo-para-provas/
http://ajudajuridica.com/destaque/oab-direito-civil-resumo-para-provas/
http://ajudajuridica.com/category/destaque/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-civil-e-empresarial/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/
http://ajudajuridica.com/category/oab/
http://ajudajuridica.com/material-estudo/direito-civil-e-empresarial/processo-civil-resumo-para-provas-da-oab/
http://ajudajuridica.com/material-estudo/direito-civil-e-empresarial/processo-civil-resumo-para-provas-da-oab/
http://ajudajuridica.com/category/destaque/
http://ajudajuridica.com/category/material-estudo/direito-civil-e-empresarial/
http://ajudajuridica.com/category/oab/
http://ajudajuridica.com/destaque/simulado-1a-fase-da-oab-com-respostas/
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 4/58
No Direito das Coisas estudaremos o que,
modernamente, denominamos Direitos Reais.
 
Direitos Reais: a – Propriedade: é o mais importante
direito real. Direito que tem o proprietário de usar as
faculdades dispostas no Art. 1.228, CC, ou seja  Usar,
Gozar, Dispor e Reaver sua propriedade ,
constituindo um direito perpétuo e/ou transmitido a
herdeiros.
    b – Direitos reais sobre coisa alheia:
Gozo: en⑱�teuse (senhorio recebe laudêmio),
superfície, servidão, usufruto, uso e habitação .
Garantia: penhor, hipoteca, anticrese (percepção dos
frutos para pagar dívida), alienação ⑱�duciária .
Direito real de aquisição: compromisso irretratável de
venda.
 
OBS: Res nullius – coisa de ninguém  
Res derelictae – coisa abandonada
Res communes omnium – coisa comum aos homens
 
Usofruto: Tirar vantagem da coisa. É o direito real
pelo qual o proprietário concede o uso e fruição a
alguém, guardando para si o direito abstrato da
propriedade
Nu proprietário: está sem o uso e fruto
Usufrutuário: Tem uso e fruto.
CARACTERÍSTICAS:  Apesar de não existir consenso na
doutrina, podemos apontar as seguintes:
Simula
do 1a
Fase
da
OAB
com
Respos
tas
mar 20,
2017 |
Destaqu
e, OAB
http://ajudajuridica.com/destaque/simulado-1a-fase-da-oab-com-respostas/
http://ajudajuridica.com/category/destaque/
http://ajudajuridica.com/category/oab/
https://www.googleadservices.com/pagead/aclk?sa=L&ai=CfIXda40UWf_-D4eixATt-aHACoeR-PBInNKqgc8E0cLg6fwIEAEgstuBGmDN0OGA-AKgAfTG1sYDyAECqQK2rsk89y-VPqgDAcgDyQSqBNwBT9DIq7FlP2ZYltcmoj_I_SoLa5FN6XvEO5lRQyNqLKsgcKJpTo54CzHKjOaJWIAJAY-U2dJ4lt3FB5_f7c95vedoS1HSKBa0mLriMHqtUo0uR2nuCJ-rDN-q3W6P6DNXzzvpv2HqeA688KP0DH0biPM1ZultklavKTYGxB09HnSiyecKEfh24dquJR3i-u1XgzGSWmo7u2FvIMWCIbZ4dTR4z3FPRJ6hGDjuvcSZDvH7IZdFAUYwQ9jA_dkuAbvTWhXghbi2JhIvQFxWHxwy5SPOONP8vBU2l1reHKAGAoAH9LipOagHpr4b2AcB0ggFCIBhEAGxCXkek5JlBOKK2BMM&num=1&cid=CAASEuRouHaplxYE6hkaEC0w1b58MQ&sig=AOD64_16xu0V1cYuuOLuLmwDtx9X67U-fg&client=ca-pub-5530453738945910&adurl=http://sl.empiricus.com.br/bfncg01-conversa/%3Fxpromo%3DXE-ME-GGL-BFNCG01-RMKT-X-DY-X-X2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 5/58
1. a) a oponibilidade erga omnes ( arts 1226 e 1227
CC): O seu direito é com a coisa, mas manifestado
contra todos, que dele devem ter conhecimento.
2. b) o direito de seqüela (art. 1228 CC): Perseguir a
coisa nas mãos de quem quer que a detenha
3. c) a exclusividade ( art. 1231 CC): A propriedade
presume-se plena e exclusiva, até prova em
contrário
4. d) a preferência (art. 1477 CC): Hipoteca (ônus real)
tem preferência sobre aval.
5. e) a taxatividade (art. 1225 CC): Lista dos direitos
reais
6. f) A possibilidade de abandono da coisa: Pode-se
renunciar o direito sobre a coisa
7. g) Previsão da usucapião (arts. 1238 a 1244, 1260 a
1262 e 1379 CC);
8. h) Aplicação do princípio da publicidade dos atos:
Títulos registrados são de conhecimento público
 
DIFERENÇA ENTRE DIREITO REAL E OBRIGACIONAL :
DIREITO REAL (ou das COISAS) : DIREITO
OBRIGACIONAL (ou PESSOAL) :
Absolutos (e⑱�cácia erga omnes) Relativos (e⑱�cácia
entre as partes)
Vincula o titular à coisa Vincula a pessoa do credor à
pessoa do devedor Possuem sujeito passivo
indeterminado Possuem sujeito passivo
determinado: devedor Princípio da publicidade
(tradição e registro) Princípio da atonomia privada
(liberdade)
A coisa é objeto imediato da relação A coisa é objeto
mediato da relação
O exercício se dá sem intermediários O exercício se
dá por intermédio de outro sujeito
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 6/58
Relação permanente; típica Ex. propriedade Relação
transitória; atípica Ex. contratos
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo
para Provas
Objeto do direito das coisas: – Corpóreas (móveis ou
imóveis), e incorpóreas.
Produções nos domínios das letras, das artes, das
ciências ou da indústria.
Direitos de propriedade intelectual é um direito sui
generis (patrimonial + extrapatrimonial).
 
SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO REAL
Sujeito ativo: titular do direito subjetivo absoluto
sobre o bem. Exerce direito de seqüela e é possuidor
Sujeito passivo: sobre quem ( toda a coletividade)
recai o dever de respeito ao direito do sujeito ativo.
 
OBRIGAÇÕES RELACIONADAS AO DIREITO REAL
Obrigações propter rem: (acompanham a coisa).
Ex. taxa de condomínio
Ônus reais: limitações impostas ao exercício de um
direito real, constituindo gravames ou diretos
oponíveis ergas omnes. Para existir o ônus real é
necessário que o titular da coisa seja o devedor e
não apenas o garantidor da dívida de terceiro.
Obrigações com e⑱�cácia real: relações
obrigacionais que produzem e⑱�cácia erga omnes.
Ex: compromisso de compra e venda de imóvel,
registrado do cartório imobiliário.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 7/58
 
AÇÃO REIVINDICATÓRIA: O proprietário tem o poder
de reaver a coisa das mãos daquele que injustamente
a possua ou detenha. É a ação reivindicatória, tutela
(poder conferido por lei para que uma pessoa capaz
proteja a propriedade) especí⑱�ca da propriedade, que
possui fundamento no direito de seqüela. A ação de
imissão de posse, por exemplo, tem natureza
reivindicatória. A ação reivindicatória é imprescritível,
uma vez que a sua pretensão versa sobre o domínio,
que é perpétuo, somente se extinguindo nos casos
previstos em lei (usucapião, desapropriação etc.).
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Utilidade se dá
através do exercício da posse. O direito de
propriedade, assegurado constitucionalmente como
um direito fundamental, apresenta a função social
como elemento estrutural. Normas que asseguram o
cumprimento da função social e as que reprimem seu
descumprimento integram o conjunto que
representa a instituição propriedade no direito
brasileiro. O Art.1228, CC fala desapropriação do
propriedade para utilidade pública ou interesse
social.
 
EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE: A)
propriedade móvel: recai sobre a coisa por inteiro,
delimitada espacialmente pelos próprios limites
materiais da coisa. B) propriedade imóvel (arts. 1.229
e 1.230, CC): abrange o solo e o subsolo, em altura e
profundidade úteis ao proprietário.
 
RESTRIÇÕES LEGAIS DE INTERESSE PARTICULAR E
PÚBLICO: São várias as restrições, impostas pela
Constituição Federal, pelo Código de Mineração,
Florestal, Lei de Proteção ao Meio Ambiente etc. Ex.:
Servidão administrativa; propriedade da União das
jazidas e recursos minerais e os potenciais de energia
elétrica; Tombamento
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 8/58
 
POSSE: É a exteriorização do direito de propriedade.
Precisa ser protegida para evitar violência
Objeto da posse: Incide sobre bens corpóreos e
incorpóreos. Ex: direitos do autor, propriedade
intelectual, passe atlético, direito real de uso sobre
linha telefônica.
Sujeitos da posse: São as pessoas naturais ou
jurídicas. (Possuidor e o Con⑱�nante)
 
Entre os modernos há duas teorias importantes:
Teoria de Savigny (subjetiva): A posse é o poder de
dispor ⑱�sicamente (corpus) da coisa, com ânimo de
considerá-la (animus) sua propriedade e defendê-la
contra a intervenção de outrem.
Teoria de Ihering (objetiva): Exige-se tão somente a
conduta de proprietário. Não sendo necessária a
apreensão física da coisa ou a vontade de ser dono
dela
O C.C. adotou a Teoria de Ihering (objetiva) no Art 485
que considera possuidor todo aquele que tem de fato
o exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes
inerentes ao domínio, ou propriedade.
 
Espécies e Quali⑱�cações da Posse:
1.Posse Direta e Indireta:  
Direta: A pessoa que tem a coisa em seu poder.
Usufrutuário, depositário, o credor pignoratício, o
locatário e o comodatário são possuidores diretos,
pois todos detêm a coisa que lhes foi transferida.
Indireta: Quando o seu titular, afastando de si por
sua própria vontade a detenção da coisa, continua a
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 9/58
exercê-la imediatamente após haver transferido a
outrem a posse direta.
2. Composse: Simultaneidade da existência da posse
por mais de um possuidor. Ex. Cônjuges no regime
de comunhão de bens e condôminos
3. Quanto aos vícios: Posse justa: É mansa, pací⑱�ca,
pública e adquirida sem violência.
Posse injusta: Com pelo menos um dos vícios da
posse (violência, clandestinidade ou precariedade).
Posse violenta: adquirida através do emprego de
violência contra a pessoa.
Posse clandestina: adquirida às escondidas. Estas
duas são relativas e podem virar de Boa-Fé
Posse precária: decorrente da violação de uma
obrigação de restituir (abuso de con⑱�ança).
Não é posse jurídica, não produz efeitos contra o
legítimo possuidor. Absoluta (C.P. Apropriação
Indébita)
4. Posse de Boa Fé e Posse de Má Fé: Art. 490, CC: É
de boa fé a posse, se o possuidor ignora o vício ou
o obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa,
ou do direito possuído.
É de má-fé: Quando o possuidor sabe que a posse
tem vício
5. Detenção da Coisa: Simples detenção material não
produzindo consequencias jurídicas
6. Aquisição e Perda da Posse:   Aquisição ou Início:
Se dá quando ocorrem seus dois elementos
constituintes: fato externo – o corpus (apreensão) e
um fato interno – animus (intenção).
 
Aquisição da posse originária: Não há cadeia de
produção. Ato unilateral e sem transmissão negocial.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/10/58
1. Posse por apreensão da coisa:
a.1 “res nullius” (coisa sem dono): Por exemplo, caçar
um animal para se alimentar. Este animal, tratado
como coisa no Direito brasileiro, é tido como espécie
de aquisição originária.
a.2 “res derelicta” (coisa abandonada): por exemplo,
pertences encontrados no lixo.
a.3 Apreensão econômica ou em razão de violência
ou clandestinidade
1. Aquisição unilateral pelo exercício de direito
Aquisição da posse derivada :
a.Tradição: É a entrega da coisa.
a.1 Tradição real: consubstancia-se por intermédio da
entrega efetiva da coisa (é o caso do bem móvel).
a.2 Tradição simbólica: a transferência é por um ato
representativo, ex. entrega das chaves de imóvel.
1. Sucessão (art. 1.207 CC/02): Ex. Herança pode ser
transmitida sem nenhum ato do herdeiro.
 
Perda da posse:
1. Abandono: não basta a omissão do possuidor.
2. Tradição: é causa hibrida, pois, se de um lado gera
perda da posse, do outro gera a aquisição
3. Perda, destruição ou colocação da coisa fora de
comércio.
4. Desapossamento: Hipótese de perda ilícita, mas
com efeitos práticos. Por exemplo, esbulho.
 
Os Efeitos da Posse: São as conseqüências jurídicas
por ela produzidas, ou seja:
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 11/58
Dentre os efeitos da posse, destacam-se: percepção
de frutos; O direito à percepção dos frutos varia
conforme a classi⑱�cação da posse quanto à
subjetividade e está disciplinado nos arts. 1.214 a
1.216, CC
– Frutos; Colhidos; Pendentes; Percipiendos
– Boa-fé – Direito do possuidor à Restituição com o
direito à dedução das despesas.
– Má-fé – Indenização ao possuidor legítimo, com
direito à dedução das despesas. Só lhe assiste o
direito às despesas. O pagamento feito ao possuidor
de má-fé pelas despesas de produção e custeio é
devido tendo em vista o princípio do direito civil que
proíbe o enriquecimento sem causa.
 
DIREITO ÀS BENFEITORIAS: Assim como ocorre com
os frutos, a indenização pelas benfeitorias depende
da classi⑱�cação da posse quanto à sua subjetividade
(vide arts. 1.219 e 1.220, CC):
Boa-fé: Necessária – Indenização + Retenção
Útil – Indenização + Retenção
Voluptuária – Jus tollendi, sem direito de retenção
Má-fé: Apenas restituição do valor gasto pelo
possuidor
Obs: as benfeitorias são compensadas com os danos.
 
Interdito possessório: Ações possessórias que visam
combater as seguintes agressões à posse:
Esbulho: agressão que culmina da perda da posse.
Interdito adequado: Reintegração de Posse (efeito
restaurador). CPC, arts. 926 a 931.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 12/58
Turbação: agressão que embaraça o exercício
normal da posse. Interdito adequado: Manutenção
de Posse (efeito normalizador). CPC, arts. 926 a
931.
Ameaça: risco de esbulho ou de turbação. Interdito
adequado: Interdito Proibitório. CPC, 932 e 933.
Condições das ações possessórias: – Interesse de Agir
e Legitimidade do Possuidor.
Detentor não tem legitimidade ativa nem passiva.
 
DESFORÇO POSSESSÓRIO: Desforço incontinenti:
defesa imediata da posse pelo possuidor agredido.
Deve estar assentado no binômio imediatismo-
proporcionalidade. A doutrina costuma classi⑱�car a
autotutela da posse em duas espécies:
desforço imediato: ocorre nos casos de esbulho,
em que o possuidor recupera o bem perdido.
legítima defesa da posse: Casos de turbação, em
que o possuidor normaliza o exercício de sua
posse.
 
DISTINÇÃO ENTRE POSSE E DETENÇÃO : • Posse:
exercício do poder de fato em nome próprio, usando
a propriedade e fazendo uso econômico da coisa e
intenção de usar a coisa tal qual o proprietário.
Detenção (posse natural): exercício do poder de
fato sobre a coisa em nome alheio.
Detentor é servo da posse, pois mantém uma relação
de dependência com o verdadeiro possuidor.
 
INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE: Continuidade
do caráter da posse (art. 1.203, CC): a posse que se
inicia justa permanece justa; a posse que se inicia
injusta, permanece injusta ao longo do tempo, a
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 13/58
menos que se opere a interversão do caráter da
posse.
Inversão do caráter da posse: Violência e
clandestinidade são vícios relativos, enquanto que a
precariedade é vício absoluto. Cessada a violência ou
a clandestinidade a posse pode deixar de ser injusta
e passa a ser justa, mas a precariedade sempre será
injusta.
 
PROPRIEDADE: Direito que a pessoa física ou jurídica
tem, dentro dos limites normativos, de usar, gozar e
dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, bem
como de reivindica-lo de quem injustamente o
detenha (direito de sequela).
AÇÃO REIVINDICATÓRIA: O proprietário tem o poder
de reaver a coisa das mãos daquele que injustamente
a possua ou detenha. A ação de imissão de posse
tem natureza reivindicatória. Os pressupostos da
ação reivindicatória são três: a) a titularidade do
domínio, pelo autor, da área reivindicada, que deve
ser devidamente provada; b) a individualização da
coisa, com a descrição atualizada do bem, seus
limites e confrontações; c) a posse ilegítima do réu,
carece da ação o titular do domínio se a posse do
terceiro (réu) for justa, como aquela fundada em
contrato não rescindido.
O art. 1.228 do CC/02 fala em posse injusta, que deve
ser compreendida como posse sem título. Não há
necessidade que a posse ou detenção tenha sido
obtida através de violência, clandestinidade ou
precariedade. A ação reivindicatória é imprescritível,
uma vez que o domínio é perpétuo, somente se
extinguindo nos casos previstos em lei (usucapião,
desapropriação etc.- Súmula 237 do STF).
 
Direito das Coisas – Civil IV – Resumo Completo
para Provas
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 14/58
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: (Art. 1228, CC)
Propriedade: A) Enquanto bem móvel ou imóvel; B)
Direito sobre um bem corpóreo ou incorpóreo; C)
Instituição.
A função social nestas três situações: a) Quanto a
propriedade está relacionada à utilidade conferida ao
bem móvel, imóvel, corpóreo ou incorpóreo, que se
dá através do exercício da posse.
1. b) O direito de propriedade, assegurado
constitucionalmente como um direito
fundamental, apresenta a função social como
elemento estrutural (propriedade enquanto
direito).
2. c) A função social impõe uma série de limitações
que devem ser respeitadas pelo proprietário.
Exemplos: Desapropriação Judicial pela Posse-
Trabalho e Usucapião  
 
EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE A) Móvel:
recai sobre a coisa por inteiro, delimitada
espacialmente pelos próprios limites materiais da
coisa. B) Imóvel (arts. 1.229 e 1.230, CC): abrange o
solo e o subsolo, em altura e profundidade úteis ao
proprietário. Incluem as jazidas, minas, recursos
minerais, energia hidráulica e monumentos
arqueológicos (propriedade da União).
 
CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE: Art. 1.231, CC: a
plenitude e a exclusividade. A doutrina soma outras
três: perpetuidade, elasticidade e oponibilidade erga
omnes.
Plena quando estão nas mãos do proprietário todas
as faculdades que lhe são inerentes. Limitada (não
plena) : a) Estiver sujeita a algum ônus real; b) For
resolúvel (extinguível)
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 15/58
Exclusividade signi⑱�ca que a mesma coisa não pode
pertencer com exclusividade e simultaneamente a
duas ou mais pessoas. Isso não se choca com a idéiade condomínio, pois cada condômino é proprietário,
com exclusividade, de sua parte ideal.
Perpétua, pois não se extingue pelo não-uso. Só se
perde se o proprietário alienar ou ocorrer usucapião,
desapropriação, perecimento etc. É transmissível aos
herdeiros
Elasticidade:  Possibilidade de serem transferidos
alguns dos poderes a terceiros. O fenômeno inverso
chama-se retração. Por ⑱�m, a oponibilidade erga
omnes (contra todos).
 
RESTRIÇÕES LEGAIS DE INTERESSE PARTICULAR E
PÚBLICO: São restrições, impostas pela Constituição
Federal, pelo Código de Mineração, Florestal, Lei de
Proteção ao Meio Ambiente etc.
Há limitações nos direitos de vizinhança e de
cláusulas voluntárias que atingem, a inalienabilidade,
impenhorabilidade e incomunicabilidade. Limitações
de interesse público: – Servidão administrativa;
Propriedade da União: Jazidas e recursos minerais e
os potenciais de energia elétrica; Tombamento;
Desapropriação por utilidade ou necessidade pública
ou por interesse social; requisição de bens
particulares.
Limitações de interesse privado: No Art. 1.228 c/c
disposições acerca do direito de vizinhança.
 
DIREITOS DE VIZINHANÇA: Arts. 1.277 ao 1.313, CC.
Estabelece limitações ao direito de propriedade,
relativos ao direito de vizinhança. Nos direitos de
vizinhança a norma jurídica limita as faculdades de
usar e gozar por parte de proprietários e possuidores
de prédios vizinhos, impondo-lhes um sacrifício para
que a convivência social seja possível e para que a
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 16/58
propriedade de cada um seja respeitada A noção de
vizinhança remete à proximidade dos imóveis,
independente de relação de contigüidade entre eles.
Estabelecem regras para: a) controle e vedação do
uso anormal da propriedade; b) propriedade das
árvores limítrofes e seus frutos; c) criação de
passagem forçada; d) servidão para passagem de
cabos e tubulações; e) águas ; f) limites entre prédios
e regular o direito de tapagem g) direito de construir .
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL – Modos de
aquisição:
Bem imóvel: Registro de título:
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade
mediante registro do título no Registro de Imóveis.
1°. Enquanto não se registrar o título translativo, o
alienante continua a ser havido como dono do
imóvel.
2°. Enquanto não se promover, por meio de ação
própria, a decretação de invalidade do registro, e o
respectivo cancelamento, o adquirente continua a
ser havido como dono do imóvel.
Art. 1.246. O registro é e⑱�caz desde o momento em
que se apresentar o título ao o⑱�cial do registro, e este
o prenotar no protocolo.
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a
verdade, poderá o interessado reclamar que se
reti⑱�que ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o
proprietário reivindicar o imóvel, independentemente
da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
O registro tem natureza aquisitiva do domínio (forma
derivada de aquisição da propriedade imóvel).
                                                                                                
                                               Sem registro, o direito do
adquirente não é direito real, e sim direito pessoal de
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 17/58
e⑱�cácia relativa entre os negociantes (adquirente e
alienante), não produzindo efeitos, pois, contra
terceiros.
                                                                                                
                                                                                            A
e⑱�cácia erga omnes da propriedade imóvel só é
atingida pelo registro, que confere a publicidade
necessária à relação dominial.
 
O REGISTRO PÚBLICO: ( Lei de Registros Públicos –
LRP)
Acepções da palavra registro: Registro de imóveis
(LRP, Arts 167 a 171), tem duas acepções:
                                                                                                
                                     a) a primeira, referente ao ofício
público, determinadora da publicidade dos direitos
reais;                                                                       b) a
segunda, relacionada ao ato ou assento praticado em
livro desse ofício para realizar o referido ⑱�m.
Finalidade do Registro Imobiliário: Conferir
publicidade para que adquira e⑱�cácia perante
terceiros.
Atributos do Registro: – publicidade; – presunção
relativa de veracidade; fé pública. – legalidade
– obrigatoriedade  – continuidade  – força probante  –
prioridade  – especialidade
 
Efeito do registro: Aquisição de direitos reais
(propriedade, servidão, hipoteca etc.).
 
O REGISTRO PÚBLICO: Atos de Registro de Imóveis:
1) Matrícula: É o registro inaugural do imóvel (LRP
Arts. 227 a 235), consistindo na especi⑱�cação do
estado de um imóvel, tanto em seus aspectos físicos
(localização, dimensões etc.) quanto jurídicos
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 18/58
(proprietário, forma de aquisição etc). A matrícula
será efetuada por ocasião do primeiro registro A
matrícula só pode ser cancelada por determinação
judicial, desdobro ou fusão:
Desdobro: subdivisão de lotes.
Fusão: uni⑱�cação de imóveis contíguos. No caso de
fusão, o cancelamento da matrícula anterior e
abertura de nova matrícula é uma faculdade do
proprietário dos imóveis contíguos.
 
2) Registro: (Art. 167, I, LRP) Devem ser registrados
todos os atos que in⒄�uenciem no uso, gozo e
disposição de um imóvel. O registro será feito
sempre que houver alteração na titularidade de um
imóvel ou quando houver limitação da propriedade
pela formação de direitos reais limitados.
Devem ser registrados atos como: instituição de bem
de família, hipotecas, servidões, usufruto, uso,
habitação, contratos de compromisso de compra e
venda, anticrese, superfície, incorporações,
instituições e convenções de condomínio, compra e
venda de imóvel, permuta, dação em pagamento,
doação etc.
 
3) Averbação: Através da averbação é feita alteração
em registro já existente. Assim, o art. 167, II da LRP
determina que serão averbados atos como:
                                                                                                
                                      – mudança de denominação e
de numeração dos prédios,  – da edi⑱�cação, – da
reconstrução, da demolição,
                                                                                                
                                 – do desmembramento e do
loteamento de imóveis;  – restabelecimento da
sociedade conjugal;
                                                                                                
                            – sentenças de separação judicial, –
de divórcio e de nulidade ou anulação de casamento,
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 19/58
                                                                                                
       – quando nas respectivas partilhas existirem
imóveis ou direitos reais sujeitos a registro;
                                                                      – contrato de
locação, para ⑱�ns de exercício do direito de
preferência;
                                                                          – extinção
do direito de superfície;
                                                                                                
                                                             – cláusulas de
inalienabilidade, impenhorabilidadee
incomunicabilidade impostas a imóveis.
 
Procedimento registral: Prenotação: é o protocolo de
apresentação do título para registro. Determinada a
preferência, eis que uma vez efetuado o registro, este
retroagirá à data da prenotação. Tendo em vista a
preferência, na prenotação deve conter data (e se
possível, até hora) e número de ordem.
Registro: Feita a prenotação do título instruído com
todos os documentos necessário e o pagamento dos
emolumentos, o registro (ou a averbação, ou ambos)
deverá ser efetuado em até 30 (trinta) dias.
A apresentação do título não signi⑱�ca que o registro
será efetuado. Deverá o o⑱�cial do registro proceder
análise acurada a respeito da validade e da
possibilidade do título a ser registrado (respeito ao
princípio da legalidade, atributo dos registros). Caso
não haja qualquer óbice legal, o registro será
regularmente feito. Na hipótese de conter alguma
irregularidade no registro, o o⑱�cial redigirá nota
explicativa e fornecerá as instruções necessárias para
que tal irregularidade seja superada. Superando a
irregularidade, o título poderá ser novamente
apresentado e o procedimento será iniciado
novamente desde a prenotação.
Se o requerente não se conformar com a exigência
do o⑱�cial do registro, deverá suscitar a chamada
dúvida, cabendo ao o⑱�cial encaminhá-la ao juiz
competente para resolve-la. O interessado pode
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 20/58
impugnar a dúvida em 15 dias; a ausência de
impugnação não obsta o julgamento da dúvida
através de sentença. A dúvida é procedimento de
jurisdição voluntária.
O procedimento de dúvida é meramente
administrativo, mesmo quando haja interesse da
União, deve ser decidido pelo juiz corregedor
competente, de acordo com a lei de organização
judiciária do Estado.
Obs2: dúvida inversa, admitida pela doutrina e pela
jurisprudência, é procedimento de jurisdição
voluntária suscitada diretamente pelo interessado ao
juiz, quando o o⑱�cial do registro se recusa a, ele
mesmo, suscitá-la.
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE: Acessões imobiliárias:
As acessões são consideradas como formas de
aquisição da propriedade imóvel (art. 1.248, CC).
Todavia, a doutrina destaca que a acessão pode
ocorrer:
– de imóvel em imóvel; – de móvel em imóvel;
Para o CC, acessão ocorre na forma do art. 1.248;
para a doutrina, há outras espécies de acessão
também previstas no Código Civil, muito embora não
tenha este assim categorizado.
A aquisição por acessão pode ocorrer por: 
 – formação de ilhas – aluvião – avulsão – álveo
abandonado (Naturais)
– construções e plantações (Arti⑱�ciais)
 
1: Formação de ilhas: Art. 1.249. As ilhas que se
formarem em correntes comuns ou particulares
pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros,
observadas algumas regras
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 21/58
 
2) Aluvião –Art. 1.250: Os acréscimos formados,
sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e
aterros naturais ao longo das margens das correntes,
ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos
donos dos terrenos marginais, sem indenização.
 
3) Avulsão – Art. 1.251: Por força natural violenta,
uma porção de terra se destacar de um prédio e se
juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade
do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou,
sem indenização, se, em um ano, ninguém houver
reclamado.
4) Álveo Abandonado – Art. 1.252: O álveo
abandonado de corrente pertence aos proprietários
ribeirinhos das duas margens, sem que tenham
indenização os donos dos terrenos por onde as águas
abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios
marginais se estendem até o meio do álveo.
 
5) Construções e Plantações – Arts 1253 a 1259, CC;
Art. 1.253, ⑱�xa presunção relativa de propriedade das
construções e plantações ao proprietário do imóvel.
Arts. 1.254 a 1.259: … se ⑱�car comprovado que o solo
e as sementes ou materiais utilizados nas plantações
ou construções pertencem a pessoas distintas. A
regra geral é a de que o proprietário do imóvel, dada
a natureza acessória das plantações/construções com
relações ao solo, adquirirá a propriedade das
acessões.
 
Usucapião: Requisitos gerais e especí⑱�cos
2. A) Pessoais: Características pessoais e atitudes do
adquirente e do proprietário. Para usucapir é
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 22/58
necessário que o adquirente tenha capacidade
jurídica, na forma da lei civil. Também não corre o
prazo da usucapião contra os absolutamente
incapazes. USUCAPIÃO uma espécie de prescrição
aquisitiva, há que serem observadas as causas
obstativas, suspensivas e interruptivas da
prescrição elencadas nos arts. 197 a 202, CC/02.
Art. 197. Não corre a prescrição:
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade
conjugal;
II – entre ascendentes e descendentes, durante o
poder familiar;
III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou
curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II – contra os ausentes do País em serviço público da
União, dos Estados ou dos Municípios;
III – contra os que se acharem servindo nas Forças
Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I – pendendo condição suspensiva; II – não estando
vencido o prazo; III – pendendo ação de evicção.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva
ser apurado no juízo criminal, não correrá a
prescrição antes da respectiva sentença de⑱�nitiva.
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos
credores solidários, só aproveitam os outros se a
obrigação for indivisível.
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente
poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 23/58
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que
ordenar a citação, se o interessado a promover no
prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso
antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo
de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o
devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que
extrajudicial, que importe reconhecimento do direito
pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça
a correr da data do ato que a interrompeu, ou do
último ato do processo para a interromper.
 
1. B) Reais: Objeto da usucapião são os bens e
direitos suscetíveis de usucapião. Podem ser
usucapidos os bens apropriáveis, excluídos os bens
fora do comércio, os bens públicos (Ver Súmula
340 do STF) e bens que, não podem ser
usucapidos, exemplo: Condômino Usucapir Área
Condominial.
Súmula 340: DESDE A VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL, OS
BENS DOMINICAIS, COMO OS DEMAIS
BENS PÚBLICOS, NÃO PODEM SER ADQUIRIDOS POR
USUCAPIÃO.
 
1. C) Formais: Posse (que deve ser exercida com
animus domini), ao prazo e à sentença judicial
(declaratória). A posse deve ser justa, não sendo
condição essencial a boa-fé. A posse há de ser:
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 24/58
mansa, pací⑱�ca, pública, contínua e duradoura. A
continuidade tem possibilidade de soma de posses
para efeito de usucapião. Usucapião de imóveis: da
sentença deve ser extraída carta que será
registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Conforme súmulas 263e 391,STF, tanto o
possuidor quanto os con⑱�nantes devem ser
citados pessoalmente para a ação de usucapião.
 
Espécies e respectivos prazos Usucapião de imóveis :
ordinária, extraordinária ou especial
Especial: – urbana (pro misero) – Art. 1.240. Aquele
que possuir, como sua, área urbana de até 250 m²,
por cinco anos ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família,
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
– rural (pro labore) – Art. 1.239. Não sendo
proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como
sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área
de terra em zona rural não superior a 50 hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.
– coletiva (estatuto da cidade);
– matrimonial (art.1240-A):  Aquele que exercer, por 2
(dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse
direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até
250m², propriedade divida com ex-cônjuge que
abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.
 
Conceito e natureza jurídica: Etimologia da palavra:
usus (do latim, uso) + capionem (do latim, aquisição),
que signi⑱�ca aquisição pelo uso.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 25/58
A usucapião é a aquisição de direito real por meio do
exercício da posse mansa, pací⑱�ca, continuada e
duradoura. Outros direitos reais são adquiridos pela
usucapião, tais como a servidão e o uso. Assim, a
usucapião transforma um estado de fato (posse) em
um estado de direito. A usucapião é forma originária
de aquisição da propriedade.
Corrente subjetivista: – presunção de que o
proprietário abandonou o bem, renunciando-o
tacitamente.
Corrente objetivista: – consolidação da propriedade,
dando jurisdicidade a uma situação de fato: a posse e
tempo. A posse é o fato objetivo, e o tempo, a força
que opera a transformação do fato em direito.
 
Prazos: Os prazos variam conforme a espécie de
usucapião:     
– USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA – art. 1.238, caput: 15
anos – art. 1.238, parágrafo único: 10 anos.
Art. 1.238. Aquele que, por 15 anos, sem interrupção,
nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-
lhe a propriedade, independentemente de título e
boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare
por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis. O prazo
estabelecido neste artigo reduzir-se-á a 10 anos se o
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua
moradia habitual, ou nele realizado obras / serviços
de caráter produtivo.
 
– USUCAPIÃO ORDINÁRIA – Art. 1.242. Adquire a
propriedade do imóvel aquele que, contínua e
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o
possuir por dez anos. Será de cinco anos o prazo se o
imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com
base no registro constante do respectivo cartório,
cancelada posteriormente, desde que os possuidores
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 26/58
nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado
investimentos de interesse social e econômico.
 
– USUCAPIÃO ESPECIAL  – rural (art. 1.239, CC c/c art.
191, CR/88): 5 anos.  
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de
imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em
zona rural não superior a 50, tornando-a produtiva
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão
adquiridos por usucapião.
– URBANA (art. 1.240, CC c/c art. 183, CR/88): 5 anos.-
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área
urbana de até 250 m², por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, não sendo proprietário de outro imóvel.
– USUCAPIÃO COLETIVA (Lei 10257/01, art. 10): 5
anos. Art. 10. As áreas urbanas com mais de 250 m²,
ocupadas por população de baixa renda para sua
moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, onde não for possível identi⑱�car os
terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente,
desde que os possuidores não sejam proprietários
Alegação em defesa e seus efeitos: A proibição de
exceção de domínio é suavizada quando a matéria de
defesa for a usucapião, consoante entendimento
sumulado pelo STF, Súmula 237, STF: Quando a
usucapião for alegada como matéria de defesa, a
decisão somente poderá ser usada para ⑱�ns de
registro se formulado pedido contraposto.
 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL: 1) Ocupação:
 É forma originária de aquisição da propriedade.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 27/58
Alguém se apodera de algo que não tem proprietário,
de coisa sem proprietário (res nullius e res
derelictae). Ex: caça e pesca.
1.1) Descoberta – Art. 1.233. Quem quer que ache
coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou
legítimo possuidor. Parágrafo único. Não o
conhecendo, o descobridor fará por encontra-lo e, se
não o encontrar, entregará a coisa achada à
autoridade competente.
Ocorre descoberta quando alguém encontra coisa
perdida por outrem. O descobridor ou inventor fará
jus a recompensa de no mínimo 5% sobre o valor do
bem encontrado, mais as despesas com conservação
e transporte.
2) Usucapião: Art. 1.260. Aquele que possuir coisa
móvel como sua, contínua e incontestadamente
durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-
lhe-á a propriedade.
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por
cinco anos, produzirá usucapião, independentemente
de título ou boa-fé.
Na usucapião ordinária exige-se, além da boa-fé, que
a posse tenha por causa justo título, cuja noção já foi
⑱�rmada na unidade referente à teoria da posse. O
prazo para a usucapião ordinária é de 3 anos. 
Na usucapião extraordinária de bens móveis
dispensa-se a prova da boa-fé. Mesmo de má-fé o
possuidor poderá usucapir o bem. Neste caso o
prazo da usucapião, que é de 5 anos.
Obs: Não se adquire por usucapião ordinário veículo
furtado.
 
3) Tradição: Art. 1.268. Feita por quem não seja
proprietário, a tradição não aliena a propriedade,
Excessão: Coisa, oferecida ao público, em leilão ou
estabelecimento comercial, for transferida ao
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 28/58
adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o
alienante se a⑱�gurar dono.
 
4) Especi⑱�cação: Art. 1.269. Trabalhando em matéria-
prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta
será proprietário, se não se puder restituir à forma
anterior.
Art. 1.271. Aos prejudicados, nos arts. 1.269 e 1.270,
se ressarcirá o dano que sofrerem
 
5) CONFUSÃO, COMISTÃO E ADJUNÇÃO
5.1) Confusão – mistura entre coisas líquidas. Ex:
água e vinho; álcool e gasolina; etc.
5.2) Comistão – mistura entre coisas sólidas ou
secas.Ex. areia, cal e cimento, trigo e glúten, etc.
5.3) Adjunção – justa posição de uma coisa a outra.
Ex. tinta em relação à parede, etc.
 
PERDA DA PROPRIEDADE: Modos de perda da
propriedade
 Art. 1.275. Além das causas consideradas neste
Código, perde-se a propriedade:
I – Alienação;  II – Renúncia;  III – por abandono;  IV –
por perecimento da coisa;V – por desapropriação.
 
1. A) Alienação: É um negócio jurídico, gratuito ou
oneroso, que causa a transferência de direito
próprio sobre bem móvelou imóvel a outrem. O
termo alienação deve ser reservado apenas às
transmissões voluntárias, provenientes de negócio
jurídico bilateral. Estará subordinada à tradição, no
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 29/58
caso de bens móveis (exceto navios e aviões) e ao
registro do título aquisitivo, sobre bens imóveis.
 
1. B) Renúncia: É o negócio jurídico unilateral pelo
qual o proprietário declara formal e explicitamente
o propósito de despojar-se do direito de
propriedade. Na renúncia nada se transmite a
ninguém, simplesmente o titular abdica do direito
real, que nesse instante se converte em res nullius.
 
1. C) Abandono: O abandono também implica em
perda da propriedade por ato voluntário do seu
titular, com a diferença que, nesse caso, o aninus
de abandonar a coisa é presumido pela cessação
dos atos de posse. Quando a coisa abandonada for
imóvel, o Município, o Distrito Federal ou a União
poderão arrecadar o bem e após três anos adquirir
a propriedade
 
1. D) Perecimento: Perecimento material ou real:
destruição da coisa.
Perecimento jurídico: a coisa continua a existir, mas
uma situação jurídica superveniente faz com que se
torne impossível o exercício do direito pelo seu
titular. A doutrina diverge quanto a reconhecer o
perecimento jurídico como modalidade de perda da
propriedade. Ex: impossibilidade de o proprietário
exercer seu direito sobre imóvel em que foi erguida
uma favela, antes de expirado o prazo da usucapião.
 
1. E) Desapropriação: A desapropriação é estudada
no Direito Administrativo, tendo o Código Civil se
limitado a indicá-la como forma de perda da
propriedade.
 
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 30/58
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA: Art. 1.361. Considera-se
⑱�duciária a propriedade resolúvel de coisa móvel
infungível que o devedor, com escopo de garantia,
transfere ao credor.
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à
propriedade ⑱�duciária, conterá:
I – o total da dívida, ou sua estimativa; II – o prazo, ou
a época do pagamento; III – a taxa de juros, se
houver;
IV – a descrição da coisa objeto da transferência, com
os elementos indispensáveis à sua identi⑱�cação.
Sujeitos:  Fiduciário: credor que recebe a propriedade
e a posse indireta do bem.
Fiduciante: devedor que entrega a propriedade do
bem e guarda para si a posse direta.
 
Objeto: Bem móvel infungível. Há possibilidade de
propriedade ⑱�duciária incidente em bem imóvel.
A propriedade ⑱�duciária tem por causa um negócio
⑱�duciário, que é composto de dois elementos:
1. a) de natureza real, que determina a transmissão
do direito ou da propriedade;
2. b) de natureza obrigacional, relativo à restituição,
ao transmitente ou a terceiro, do bem, após
exaurido o objeto do contrato.
São características da propriedade ⑱�duciária:
1. a) resolubilidade (condição: adimplemento do
contrato);
2. b) transmissão da propriedade ao credor do
negócio ⑱�duciário;
3. c) transmissão da posse indireta ao credor
⑱�duciário, através de constituto possessório;
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 31/58
4. d) permanência do devedor ⑱�duciante como
possuidor direto;
5. e) o bem objeto da propriedade ⑱�duciária é
utilizado como garantia ao adimplemento do
negócio ⑱�duciário;
6. f) devolução da propriedade e da posse indireta
(traditio brevi manu) ao devedor uma vez
adimplida a obrigação principal.
 
Direitos e deveres: Art. 1.363. Antes de vencida a
dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar
a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado,
como depositário:
I – a empregar na guarda da coisa a diligência exigida
por sua natureza;
II – a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no
vencimento.
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, ⑱�ca o credor
obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a
coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de
seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar
o saldo, se houver, ao devedor.
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o
proprietário ⑱�duciário a ⑱�car com a coisa alienada em
garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do
credor, dar seu direito eventual à coisa em
pagamento da dívida, após o vencimento desta.
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não
bastar para o pagamento da dívida e das despesas de
cobrança, continuará o devedor obrigado pelo
restante.
Para que o credor exerça o direito de executar a
garantia, deve constituir o devedor em mora.
Somente com tal constituição é que surge o interesse
de agir para a ação de busca e apreensão. Não cabe
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 32/58
falar em equiparação do devedor ⑱�duciário com o ⑱�el
depositário, muito menos em prisão civil. Súmula
Vinculante nº 25: É ilícita a prisão civil de depositário
in⑱�el, qualquer que seja a modalidade de depósito.
 
PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA (Art. 1369 a 1377 do
CC): Direito real de construir e plantar em imóvel
alheio, conferido pelo FUNDIEIRO (proprietário do
solo) em benefício do SUPERFICIÁRIO (titular do
direito), que passará a exercer a posse direta da
coisa, dentro de prazo determinado. É o direito real
de ter coisa própria incorporada em terreno alheio
(exceção à regra de que o proprietário do solo torna-
se proprietário de tudo o que for nele
construído/plantado – princípio de acessão). 
Direito real sobre coisa alheia: pode ser transferido
por ato inter vivos ou causa mortis;
– Finalístico: construir ou plantar. – Temporariedade;
– Há presunção de gratuidade, mas pode ser
convencionado um pagamento, na concessão
onerosa;
 
Código Civil x Estatuto da Cidade : O Estatuto da
Cidade (Lei n° 10.257/01), Arts 21 a 23: regulam o
direito real de superfície, de forma pouco
diferenciada do tratamento conferido pelo CC.
Enunciado n° 93: As normas previstas no CC,
regulando o direito de superfície, não revogam as
normas relativas a direito de superfície constantes do
Estatuto da Cidade
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a
outrem o direito de superfície do seu terreno, por
tempo determinado ou indeterminado, mediante
escritura pública registrada no cartório de registro de
imóveis.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 33/58
1oO direito de superfície abrange o direito de
utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo
ao terreno, na forma estabelecida no contrato
respectivo, atendida a legislação urbanística.
Art. 23. Extingue-se o direito de superfície: I – pelo
advento do termo;
II – pelo descumprimento das obrigações contratuais
assumidas pelo super⑱�ciário.
 
SUJEITOS: Fundieiro ou concedente: proprietário do
solo. Faz jus, na hipótese de concessão onerosa, ao
cânon super⑱�ciário, que é o pagamento pela
utilização de sua propriedade. Pelo art. 1.370, CC/02,
o pagamento pode ser efetuado de uma só vez, ou
parceladamente, conforme convencionado pelas
partes.
Super⑱�ciário: proprietário das construções e/ou
plantações. Possui o chamado direito de implante e
tem a posse direta sobre o solo que exerce tal direito.
Pessoa jurídica de direito público pode constituir
superfície, que será regida pelo Código Civil e lei
especial.
 
Constituição da Superfície: Consensual: neste caso,
assume caráter contratual, podendo ser onerosa ou
gratuita. Por decorrer da vontade das partes, estásujeita à autonomia privada.
Transferência da Superfície: Ato inter vivos;
Ato mortis causa. Admite-se a transmissão da
superfície aos herdeiros do super⑱�ciário.
Ao fundieiro não assiste direito de remuneração
sobre a transferência da superfície. Há, porém,
direito de preferência, tanto ao super⑱�ciário, quanto
ao fundieiro, nos casos de alienação.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 34/58
– Extinção antecipada: desvio de ⑱�nalidade.
– Desapropriação: indenização ao proprietário e ao
super⑱�ciário.
 
DIREITO DE VIZINHANÇA: Re⒄�etem limitações ao
direito de propriedade. Constituem obrigações
propter rem, que nascem com a própria propriedade,
com deveres impostos aos vizinhos, de maneira
recíproca.
Princípios: a) função social da propriedade, como
limite à autonomia privada dos proprietários;
1. b) solidariedade, sobretudo nas situações de
passagem forçada e nas servidões de cabos e
tubulações;
2. c) vedação do enriquecimento sem causa.
Natureza jurídica: a) teoria das servidões legais;
1. b) obrigações propter rem (teoria que prevalece).
Espécies: 1 – Uso anormal da propriedade (arts. 1.277
a 1.281, CC).
Utilização abusiva da propriedade que implica em
abalo à saúde, sossego e/ou segurança da vizinhança.
A doutrina destaca que os critérios para determinar o
uso anormal da propriedade são:
A – grau de tolerabilidade da perturbação; B –
localização do imóvel;
C – natureza da utilização ou da perturbação.
Os arts. 1.280 e 1.281, CC, possibilitam o manejo das
ações demolitória e de dano infecto.
Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito
a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a
reparação deste, quando ameace ruína, bem como
que lhe preste caução pelo dano iminente.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 35/58
Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um
prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras,
pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas
as necessárias garantias contra o prejuízo eventual.
 
2 – Árvores limítrofes (arts. 1.282 a 1.284, CC)
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha
divisória, é comum aos donos dos prédios
con⑱�nantes.
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que
ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser
cortados, até o plano vertical divisório, pelo
proprietário do terreno invadido.
Art. 1.284. Os frutos caídos em terreno vizinho
pertencem ao dono do solo onde caíram.
 
3 – Passagem forçada: Art. 1.285. O dono do prédio
que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto,
pode, mediante pagamento de indenização cabal,
constranger o vizinho a lhe dar passagem.
1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel
mais natural e facilmente se prestar à passagem.
2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo
que uma das partes perca o acesso a via pública,
nascente ou porto, o proprietário da outra deve
tolerar a passagem.
3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente
ainda quando, antes da alienação, existia
passagem através de imóvel vizinho, não estando o
proprietário deste constrangido, depois, a dar uma
outra.
 
4 – Passagem de cabos e tubulações: Art. 1.286.
Mediante indenização que atenda à desvalorização
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 36/58
da área remanescente, o proprietário é obrigado a
tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos,
tubulações e outros condutos subterrâneos de
serviços de utilidade pública, em proveito de
proprietários vizinhos, quando de outro modo for
impossível ou excessivamente onerosa.
Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco,
será facultado ao proprietário do prédio onerado
exigir a realização de obras de segurança.
 
5 – Águas: Art. 1.288. O dono ou o possuidor do
prédio inferior é obrigado a receber as águas que
correm naturalmente do superior, não podendo
realizar obras que embaracem o seu ⒄�uxo; porém a
condição natural e anterior do prédio inferior não
pode ser agravada por obras feitas pelo dono do
prédio superior.
 
6 – Limites entre prédios e direito de tapagem:  Art.
1.297: O proprietário tem direito a cercar, murar,
valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio,
urbano ou rural, e pode constranger o seu con⑱�nante
a proceder com ele à demarcação entre os dois
prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar
marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se
proporcionalmente entre os interessados as
respectivas despesas.
Art. 1.298. Sendo confusos os limites, se
determinarão de conformidade com a posse justa; e,
não se achando ela provada, o terreno contestado se
dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não
sendo possível a divisão cômoda, se adjudicará a um
deles, mediante indenização ao outro.
 
Diferenças dos direitos de vizinhança e servidões
prediais (art.  1378 a 1389 CC)
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 37/58
1. a) Direitos de vizinhança têm como fonte imediata
a lei, não podendo o proprietário do prédio
serviente se opor à utilização pelo prédio
dominante. As servidões prediais são constituídas
através de acordo entre as partes, dependendo de
anuência expressa de ambos os proprietários dos
prédios envolvidos;
2. b) Direitos de vizinhança são obrigações propter
rem decorrentes do direito de propriedade. As
servidões prediais são direitos reais;
3. c) os direitos de vizinhança são, em regra,
insuscetíveis de usucapião. As servidões prediais,
em determinadas hipóteses, estão sujeitas a
usucapião;
4. d) os direitos de vizinhança somente são extintos
pela modi⑱�cação objetiva da situação material que
deu origem a eles. As servidões prediais podem ser
extintas por acordo de vontades;
5. e) os direitos de vizinhança surgem da necessidade
de assegurar o exercício útil e pací⑱�co da
propriedade por todos. As servidões prediais
surgem pela comodidade e vontade dos
proprietários.
 
Art. 1.378: A servidão proporciona utilidade para o
prédio dominante, e grava o prédio serviente, que
pertence a diverso dono, e constitui-se mediante
declaração expressa dos proprietários, ou por
testamento, e subseqüente registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de
uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do
art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu
nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título
a sentença que julgar consumado a usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o
prazo da usucapião será de vinte anos.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 38/58
CONDOMÍNIO (art.1314 a 1326 CC): É uma exceção à
exclusividade do direito de propriedade, cuja
titularidade é plural. Cada condômino tem uma quota
indivisa sobre o bem, de modo que seu direito de
propriedade incide sobre esse bem por inteiro, na
proporção de sua quota.
                                                                                                
             Todos os comunheiros têm direitos
qualitativamente iguais sobre a totalidade da
propriedade. Em caso de dúvida, presumem-se iguais
os quinhões de cada condômino (presunção juris
tantum).
Natureza Jurídica – Teoria da propriedade integral ou
teoria individualista:  Cada condômino é proprietário
de toda a coisa exercendo direito de propriedade
limitado pelos direitos dos outros condôminos.  
– Teoria coletivista ou daspropriedades plúrimas
parciais: Condomínio é uma espécie de soma
intelectual de propriedades.  
 
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Quanto ao objeto
1. A)   Condomínio universal; B)   Condomínio parcial. 
Quanto à necessidade
1. A)   Condomínio transitório; B)   Condomínio
permanente.
Quanto à forma
1. A)   Condomínio pro diviso B)   Condomínio pro
indiviso.
Quanto à origem
1. A)   Condomínio Voluntário ou Convencional;
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 39/58
2. B)   Condomínio Incidente  (Eventual)  ou Acidental
(doação ou testamento);
3. C)   Condomínio Forçado ou necessário(paredes,
cercas, muros, valas, etc.)
 
Direitos e deveres dos condôminos:
1 – Condomínio necessário ou forçado (arts. 1.327 a
1.330 do CC).
Objeto: paredes, cercas, muros, valas, tapumes e
formação de ilhas. Condomínio especial do Estatuto
da Cidade (usucapião coletiva).
Todas as despesas com a conservação devem ser
partilhadas e os comunheiros devem utilizar a coisa
de modo a não prejudicar uns aos outros.
Feita a obra sem a anuência do con⑱�nante, este pode
adquirir a meação através do depósito da despesa
que lhe caberia. Enquanto não houver sido efetuado
o depósito, não pode o con⑱�nante bene⑱�ciar-se a
obra realizada pelo outro.
 
2- Condomínio voluntário (arts. 1.314 a 1.326, CC)
1. A) Poder de proteção da coisa comum contra
qualquer pessoa.
2. B) Direito de uso conforme sua destinação e
exercício de todos os direitos compatíveis com a
indivisão.
Obs: o direito de usar importa em o condômino
suportar os ônus da conservação, da perda e da
deterioração da coisa, além de responder pelos
frutos que percebeu sem o consenso dos demais.
1. C) Direito de alienar a respectiva parte indivisa.
Direito de preferência ou prelação (prazo
decadencial de 180 dias para anular o ato de
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 40/58
transferência do domínio) e pluralidade de
condôminos interessados (art. 504, CC/2002).
2. D) Direito de  gravar a parte indivisa com ônus
reais.
3. E) Responder pelas dívidas contraídas em favor do
condomínio, com respectivo regresso contra os
demais  condôminos.
4. F) Renúncia à fração ideal.
5. G) Impossibilidade de dar posse, uso ou gozo da
propriedade a estranho sem a anuência prévia dos
demais comunheiros. Direito de retomada.
Administração do Condomínio  art. 1323 a 1326 CC.
A administração deve ser escolhida pela maioria dos
condôminos, podendo recair sobre alguém estranho
à comunhão. Todos os atos praticados pelo
administrador do condomínio, obriga os demais. Em
não havendo escolha do administrador, presumir-se-
á como sendo este o condômino que, por iniciativa
própria, pratica atos de gestão sem oposição dos
demais.
Os votos são computados conforme o valor do
quinhão do comproprietário.
As deliberações tomadas pela maioria absoluta dos
votos, são obrigatórias a todos. Caso não seja
alcançada a maioria absoluta, o juiz decidirá a
requerimento de qualquer condômino, ouvidos os
demais.
Os frutos serão partilhados na proporção dos
quinhões.
Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a
administração da coisa comum, escolherá o
administrador, que poderá ser estranho ao
condomínio; resolvendo alugá-la, preferir-se-á, em
condições iguais, o condômino ao que não o é.
Art. 1.325. A maioria será calculada pelo valor dos
quinhões.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 41/58
1o As deliberações serão obrigatórias, sendo
tomadas por maioria absoluta.
2o Não sendo possível alcançar maioria absoluta,
decidirá o juiz, a requerimento de qualquer
condômino, ouvidos os outros.
3o Havendo dúvida quanto ao valor do quinhão,
será este avaliado judicialmente.
Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, não havendo
em contrário estipulação ou disposição de última
vontade, serão partilhados na proporção dos
quinhões.
 
Extinção do Condomínio: Por ser um estado anormal
da propriedade, o condomínio pode ser extinto, com
exceção dos casos de condomínio forçado e de coisa
indivisível. Desta forma, extingue-se o condomínio
ordinário:
1. A) Em 5 anos, nos casos de condomínio
consensual. Este prazo pode ser prorrogado,
conforme  art. 1320 parágrafo 10 do CC.
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino
exigir a divisão da coisa comum, respondendo o
quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da
divisão.
1o Podem os condôminos acordar que ⑱�que
indivisa a coisa comum por prazo não maior de
cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
1. B)  Em 5 anos, nos casos de condomínio eventual
estabelecido pelo doador ou testador.
2. C)  Antes do prazo estabelecido, pelo juizo, a
requerimento do interessado, em decorrência de
razões graves.
3. D)   Pela venda da coisa.
Extinto o condomínio, proceder-se-á a divisão da área
condominial, que pode ser feita de forma amigável
(escritura pública) ou judicialmente e tem efeito
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 42/58
declaratório.  As regras de divisão do condomínio
seguem, no que couber, as regras de partilha da
herança.
 
CONDOMÍNIO EDILÍCIO: Constituído com um ato de
edi⑱�cação.
Referências legislativas: arts. 1.331 a 1.358, CC/02; Lei
n° 4.591/64 (dispõe sobre o condomínio em
edi⑱�cações e as incorporações imobiliárias); Lei n°
4.864/65 (cria medida de estímulos à construção civil).
 
Natureza Jurídica: O condomínio edilício caracteriza-
se pela justaposição de propriedades distintas e
exclusivas com áreas comuns (art. 1331, caput), tais
como o solo em que a edi⑱�cação é erguida, as
fundações, muros, corredores, terraço de cobertura
(salvo estipulação contrária na convenção do
condomínio (art. 1.331 § 5°) e tudo mais que se
destinar ao uso comum. É um condomínio parcial,
híbrido.
Personalidade jurídica do condomínio: O condomínio
não tem personalidade jurídica, mas tão somente
capacidade postulatória (ou personalidade judiciária).
A compreensão do art. 12 do CPC é a de que o
condomínio, embora possa compor relação jurídica
processual, é entidade jurídica despersonalizada,
assim como a massa falida, o espólio e a herança
jacente. Essa posição é bastante questionável diante
do princípio da operabilidade, uma das diretrizes do
atual Código Civil.
Enunciado n° 90, I Jornada de Direito Civil, CJF: deve
ser reconhecida a personalidade jurídica ao
condomínio edilício.
 
Instituição do Condomínio: Art. 1.332. Institui-se o
condomínio edilício por ato entre vivos ou
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 43/58
testamento, registrado no Cartório de Registro de
Imóveis, devendo constar, além do disposto em lei
especial:
I – a discriminação e individualização das unidades de
propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e
das partes comuns;
II – a determinação da fração ideal atribuída a cada
unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;
III – o ⑱�m a que as unidades se destinam.
O Condomínio edilício pode ser instituído por
ato inter vivos ou mortis causa, registrado no cartório
imobiliário, devendo conter: discriminação e
individualização das unidades de propriedade
exclusiva, estremadas umas das outras e das partes
comuns; determinação da fração ideal atribuída a
cada unidade, relativamente ao terreno e às partes
comuns; o ⑱�m a que as unidades se destinam.
O condomínio é, então, instituído por:  a) Destinação
do proprietário do edifício;
1. b)  Incorporação(proprietário do terreno,
promitente comprador do terreno e o cessionário
do terreno);
2. c)  Testamento.
 
Constituição do Condomínio (art. 1.333): A convenção
que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita
pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações
ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os
titulares de direito sobre as unidades, ou para
quantos sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a
convenção do condomínio deverá ser registrada no
Cartório de Registro de Imóveis.
A lei distingue a instituição da constituição do
condomínio. A constituição se dá pela convenção do
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 44/58
condomínio, feita por escritura pública ou
instrumento particular, subscrita por ao menos 2/3
das frações ideais (incluindo os promitentes
compradores e os cessionários de direitos a elas
relativos) e registrada no Cartório de Registro de
Imóveis (oponibilidade erga omnes).
A convenção do condomínio é obrigatória tanto aos
condôminos quanto aos possuidores e/ou
detentores.
Convenção do Condomínio: Instrumento no qual são
pre⑱�xadas as normas adotadas para o condomínio
em plano horizontal, inclusive o modo como será
administrado. Deve conter na convenção (art. 1.334):
– A quota proporcional e o modo de pagamento das
contribuições dos condôminos para atender às
despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
–  A forma da administração;
– A competência das assembléias, a forma de sua
convocação e o quorum exigido para as deliberações;
–  As sanções (condôminos ou possuidores);
–  Regimento interno (tudo o que não for essencial
para a constituição e funcionamento do condomínio,
possuindo cunho circunstancial e mutável). 
 
São direitos dos condôminos:
1. a) Sobre a unidade autônoma:
– Usar conforme sua destinação, embora o uso possa
sofrer limitações;
–  Alienar independente do consentimento dos
demais; –  Gravar com ônus reais.
Obs: o ato de alienação da parte divisa importa em
igual transferência de titularidade sobre a parte
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 45/58
indivisa.
1. b) Sobre a parte indivisa:
–  Utilização da área condominial conforme sua
destinação (vestíbulo, corredores, escadas,
elevadores);
– Votar nas deliberações da assembléia e delas
participar, estando quite. Este mesmo direito
também assiste aos compossuidores que estiverem
em dia com as contribuições condominiais.           
 
Deveres dos condôminos:
– Contribuir para as despesas do condomínio, na
proporção de suas frações ideais (obrigação propter
rem). Em alguns casos, esta ⑱�xação é feita conforme
a área da unidade autônoma do condômino
(estipulação expressa na convenção);
– Não realizar obras que comprometam a segurança
da edi⑱�cação;
– Não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e
esquadrias externas;
– Dar às suas partes a mesma destinação que tem a
edi⑱�cação e não as utilizar de maneira prejudicial ao
sossego, salubridade e segurança dos possuidores ou
aos bons costumes;
– Responder o adquirente da unidade autônoma
pelos débitos condominiais existentes, com os juros e
a correção monetária.
Efeitos do inadimplemento relativo das contribuições
condominiais:
– 1% ao mês a título de juros moratórios e multa de
até 2% (cláusula penal). Esta multa, à luz do direito
anterior (art. 12, Lei n° 4.591/64), era de 20% e foi
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 46/58
reduzida conforme o parâmetro estabelecido pelo
CDC.
Efeito do descumprimento dos deveres condominiais:
– multa de até 5 vezes o valor das contribuições
condominiais, independente das perdas e danos. Esta
multa deve estar prevista na convenção do
condomínio; caso contrário, a assembléia deliberará,
por 2/3 dos demais condôminos, o valor da multa.
 
Infrações reiteradas (incluindo a inadimplência): –
multa de até o quíntuplo das contribuições
condominiais, aprovada por deliberação de ¾ dos
demais condôminos, tomando por parâmetros a
reincidência e a gravidade das faltas; 
Comportamento incompatível com a convivência no
condomínio:
– multa de até 10 vezes o valor das contribuições
condominiais, podendo ser aplicada pelo síndico,
independente de deliberação da assembléia, que
precisa, apenas, rati⑱�car o ato posteriormente, com
votos de ¾ dos demais condôminos.
 
Administração do Condomínio: Assembléia geral
Órgão deliberativo formado pelos condôminos,
equiparados a estes os promitentes-compradores e
os cessionários de direitos relativos às unidades
autônomas (art. 1.334, § 2°). Todos os condôminos
devem ser convocados à Assembléia, sob pena de
nulidade da mesma (art. 1354). Condômino
inadimplente: discussão.
Poderá, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, destituir o síndico que praticar
irregularidades, não prestar contas, ou não
administrar convenientemente o condomínio.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 47/58
–  Aprovar o orçamento das despesas, as
contribuições dos condôminos e a prestação de
contas;
–  Eleger substituto para o síndico;
–  Alterar a convenção, sob aprovação de 2/3 dos
votos dos condôminos;
–  Alterar a destinação do edifício ou da unidade
imobiliária, sob a aprovação unânime dos
condôminos –  Eleger o conselho ⑱�scal.
Convocações da Assembléia geral: –  Primeira
convocação: maioria absoluta dos votos dos
condôminos;
–  Segunda convocação: maioria dos votos dos
presentes, salvo quorum especial
Administração do Condomínio: Órgão deliberativo
formado pelos condôminos, equiparados a estes os
promitentes-compradores e os cessionários de
direitos relativos às unidades autônomas. Todos os
condôminos devem ser convocados à Assembléia,
sob pena de nulidade da mesma (art. 1354).
Condômino inadimplente: discussão.
Compete à Assembléia geral: –   Escolher (art. 1.347) e
destituir o síndico (art. 1.349);
–  Aprovar o orçamento das despesas, as
contribuições dos condôminos e a prestação de
contas;
–  Eleger substituto para o síndico;
–  Alterar a convenção, sob aprovação de 2/3 dos
votos dos condôminos;
–  Alterar a destinação do edifício ou da unidade
imobiliária, sob a aprovação unânime dos
condôminos –  Eleger o conselho ⑱�scal.
2017­5­11 Direito das Coisas ­ Civil IV ­ Resumo Completo para Provas ­ Ajuda Jurídica
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­das­coisas­ou­real­civil­iv­resumo­completo­para­provas/ 48/58
Convocações da Assembléia geral: –  Primeira
convocação: maioria absoluta dos votos dos
condôminos;
–  Segunda convocação: maioria dos votos dos
presentes, salvo quorum especial
 
Extinção do Condomínio: O condomínio é extinto por:
– Destruição. Neste caso, a Assembléia pode, sob
voto da maioria absoluta, optar pela reconstrução ou
pela venda. Na hipótese de venda, o valor apurado
será dividido entre os condôminos conforme o valor
de sua unidade autônoma (art. 1.357, § 2°).
– Desapropriação.
 
Servidão predial: Aspectos Gerais: A servidão predial
é o direito real de fruição ou de gozo (jus in re aliena)
constituído, pela lei ou pela vontade das partes, em
favor de um prédio dominante, sobre outro prédio
serviente, pertencente a dono diferente. A servidão
impõe ao prédio serviente um encargo, restringindo
as faculdades de uso e de gozo do proprietário deste
prédio.
Requisitos da servidão: – Existência de dois prédios
– Encargo imposto ao prédio serviente em benefício
de outro prédio prédio (dominante);
– Prédios de propriedades distintas.

Continue navegando