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1 FPM 4 - Exame neurológico Exame neurológico – Sistema Motor Graduação da força Grau 0: plegia – nenhum movimento Grau 1: esboço de movimento, contrai músculo; Grau 2: não vence a gravidade mas se movimenta na horizontal. Grau 3: vence a gravidade sem vencer resistência (ainda que mínima); faz o movimento e para, não mantem. Grau 4 - : movimento mínimo contra a resistência Grau 4: movimento moderado contra resistência Grau 4+: movimento submáximo contra a resistência Grau 5: força normal. Exemplo: paciente com AVC agudo, tem uma hemiparesia a direita desproporcionada de predomínio braquial com força grau 2 em membro superior direito e força grau 4 em membro inferior direito. (paresia indica uma força menor, esse paciente tem força menor do lado direito com mais força no membro inferior direito) Trajeto da ordem motora: neurônio motor superior no córtex a esquerda emite ordem desce passando pela coroa radiada, capsula externa ao chegar na pirâmide bulbar decussação chega na medula e faz conexão com o 1 neurônio motor 2 neurônio motor (corno anterior) emite raiz nervosa motora que vai se juntar com a sensitiva forma nervo periférico vai até a junção neuromuscular (placa motora) ordem para o músculo ação; Em qualquer um desses pontos, se houver lesão = fraqueza; Exemplos: Lesão no 1 neurônio motor AVC Lesão no corno anterior da medula (2 neurônio) neuronopatia (consequência: fraqueza) Ex de doenças que podem causar isso: poliomielite, atrofia muscular progressiva. Lesão em raiz nervosa/nervo periférico: síndrome de Guillan Barré Problema na junção muscular: miastenia gravis, botulismo... Doeça no músculo: polimiosite, DMD MANOBRA DE OPOSIÇÃO: Testar cada grupo muscular de forma separada; Em cada grupamento testar flexão e extensão; E em alguns solicitar abdução e adução... MANOBRAS DEFICITÁRIAS Quando existe dúvida na graduação de força pode usar essas manobras; MINGAZZINI DE MEMBROS SUPEREIORES Braços estendidos em posição supina. Mantem por 2 minutos e verifica se existe um déficit, se uma das mãos vai cair. Geralmente a mão cai em pronação. MINGAZZINI DE MEBROS INFERIORES MANOBRA DE BARRÉ Decúbito ventral e ângulo de 90°. AVALIAÇÃO DO TÔNUS Tônus é uma tensão no músculo relaxado ou resistência a movimento passivo na ausência de 2 FPM 4 - Exame neurológico contração voluntária. Logo, o paciente não pode ajudar, tem que estar relaxado. PRINCIPAIS MANOBRAS Palpação: palpar todo o grupamento muscular do paciente; Movimentação passiva (se for preciso, use a distração: conversa, pede pra contar uma história, pede para contar até 10, etc..) HIPOTONIA Paciente com maior flacides; Encontrado principalmente em doença do neurônio motor inferior (2 neurônio) HIPERTONIA É uma hipertonia espástica ou hipertonia plástica? Plástica/extrapiramidal: alteração na movimentação passiva e a resistência é durante todo o movimento, de pouco em pouco. Rigidez em roda denteada. Típica da doença de parkinson; Hipertonia espástica/sinal do canivete: faz movimento contra resistência e você sente a resistência aumentada mas logo depois a resistência é vencida. FENÔMENO MIOTÔNICO: não é a rigor uma alteração do tônus em si mas sim alteração do relaxamento muscular. Contração dura mais tempo. Por exemplo distrofias miotônicas. AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS REFLEXO PATELAR: bate o martelo no tendão muscular impulso aferente percorre pelo canal posterior da medula o nervo faz sinapse com neurônio motor da via anterior da medula neurônio eferente músculo. Por que é importante testar reflexos? Para proporcionar a topografia da lesão; Graduação dos reflexos Grau 0: ausente Grau 1: hipoativo Grau 2: normoativo Grau 3: vivos (mas não patológico, está dentro de um parâmetro normal) Grau 4: exaltados (patológicos) Sinais relacionaods aos reflexos exaltados (Grau 4): **Clônus (por exemplo na dorsiflexão do pé terá movimentos repetitivos inesgotável) ** Sinal de Babinski estímulo na região lateral do pé = extensão do halux e abertura em leque dos outros dedos apontam para hiperreflexia. **Sinal de Hoffman: flexão da falage distal e espera a flexão dos outros dedos, marcadamente a do polegar. Como saber que o reflexo está aumentado/patológico? - Reflexo muito forte - Área reflexógena está aumentada (por exemplo, ocorre reflexo patelas batendo na parte lateral da perna) TESTES DE REFLEXO BICIPITAL Dedo no tendão do músculo bíceps e bate martelo. Testa nervo musculo-cutâneoo e raiz nervosa de c7. TRICIPTAL Bate martelo pouco acima do cotovelo com o braço relaxado; Testa o nervo radial e a raiz nervosa em C6 3 FPM 4 - Exame neurológico ESTILORADIAL Bate no rádio. Testa o nervo radial e a raiz nervosa em C6 PATELAR Bate abaixo do joelho.Testa o nervo femoral, raiz nervosa L2, L4 geralmente. AQUILEU Nervo isquiático, raiz nervosa baixa (geralmente sacral) REFLEXOS SUPERFICIAIS Basicamente os cutâneo-abdominais estímulo sensitivo e verifica movimentação da parede abdominal. Testar parte superior, terço médio e terço inferior e de ambos os lados em direção ao umbigo. Exemplos de topografia de lesão a partir dos sinais: Lesão de 1 neurônio motor: fraqueza, tônus aumentado (rigidez espástica), reflexo aumentado (reflexo patológico) Lesão 2 neurônio motor (polio por exemplo): fraqueza, tônus diminuído, reflexo diminuído; Neuropatias (sd Guillan Barré): força diminuída, reflexo diminuído ou ausente, tônus normal ou diminuído; 4 FPM 4 - Exame neurológico Exame neurológico – Sensibilidade Dermátomos principais: C4- furcula external T4 regiao mamilar T10 regiao umbilical L1 – mão na parte lateral cintura L2 – da cintura pra região medial da coxa L3- região medial para região lateral a nível de joelho L4 – para a região medial da panturrilha L5 – para região lateral da perna S1 – região plantar (quadril tb) S5 – glúteo Temos pelo menos 2 modalidades sensitivas: EXTEROCEPTIVA: sensibilidade mais superficial, com associação aos receptores sensitivos mais periféricos. Tato protopático – tato grosseiro Térmica Dolorosa 1 neuronio 2 neuronio cruza para lado oposto na medula segue reto ate o córtex PROPRIOCEPTIVA: mais profunda; Tato epicrítico Sensibilidade vibratória Cinético-postural 5 FPM 4 - Exame neurológico 1 neuronio sensitivo sobe ipsilateral pela coluna dorsal 2 neuronio no leminisco medial (a nivel de bulbo) cruza para o lado oposto talamo 3 neurônio cortex traduz informação. Sensibilidade profunda: membros inferiores a info corre pelo fascículo grácil; Membros superiores a info corre pelo fascículo cuneiforme; TESTE DA SENSIBILIDADE EXTEROCEPTIVA TATO PROTOPÁTICO Iniciar na região dital e depois proximal, sempre comparando so dois lados e o prórpio membro (comparando os terços ipsilateralmente). Pedaço de algodão ou gaze nos membros e o paciente diz se está sentindo e se está igual. SENSIBILIDADE TÉRMICA Uso do diapasão pois é frio ou água. Distal – proximal; teste entre membros e também ipsilateral. SENSIBILIDADE DOLOROSA Agulha ou palito de dente. Distal – proximal; teste entre membros e também ipsilateral. 6 FPM 4 - Exame neurológico SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA SENSIBILIDADE VIBRATÓRIA Com diapasão da pra sentir tremer. Então bate o diapasão e nas várias extremidades ósseas testa se sente vibrar. (Coluna posterior da medula mebros superiores (fascículo cuneiforme) e membros inferiores (fascículo grácil). Cruza no bulbo. SENSIBILIDADE CINÉTICO-POSTURAL Paciente geralmente em decúbito dorsal. Mãos em pinça, mexe a articulação e pergunta se o dedo está pra baixo ou pracima. TATO EPICRÍTICO – SENSIBILIDADE FINA A- Discrimiação entre 2 pontos: pega um compasso, pinça e pergunta quantos pontos está sentindo. Diminui a distância e pergunta novamente. Em um certo momento só coloca 1, depois 2 e depois coloca elas juntinhas (nesse momento é fisiológico que a pessoa ache que só tem um ponto) B- Astereognosia – reconhecimento de um objeto. Uma mão por vez. C- Grafoestesia – colocar número ou letra para identificar (escrever virado para o paciente e cuidado com coisas que possam parecer) SÍNDROMES MEDULARES SD medular central (caracteristicamente uma doença chamada seringomielia – espaço dentro da região central da medula que aumenta): acometimento dos tratos espinotalâmicos laterais principalmente. Entretando, preservação do fascículo posterior da medula. Acometimento do trato espinotalâmico sensibilidade térmica e dolorosa. Geralmente o trato espinotalâmico anterior está preservado sensibilidade tátil preservado. Sensibilidade vibratória e cinética postural estarão preservados – fascículos gra´cil e cuneiforme preservados. SENSAÇÃO: perda da sensibilidade térmica e dolorosa bilateral, preservação do tato protopático e epicrítico, preservação da sensibilidade vibratória e da sensibilidade cinético postural. SD medular anterior: Lesão da artéria que supre região anterior da medula acometimento do trato espinotalâmico lateral ou anterior (raro). Clínica: acometimento da sensibilidade térmica e dolorosa bilateral e alteração do trato protopático bilateral (lesão no trato espinotalâmico anteror). Não atera sensibilidade vibratória nem cinético postural pois os fascículos posterior gracil e cuneiforme não foram lesados. Hemisecção medular parcial (SD de Brown sequard): acometimento do trato espinotalâmico lateral e anterior e também da coluna posterior da medula de um mesmo lado. Lesão do lado esquerdo alteração da sensibilidade vibratória e cinética postural no lado esquerdo (ipsilateral – fibras cruzam no bulbo, até lá são ipsilaterais) Lesão lado esquerdo informação exteroceptiva - tato protopático, sensibilidade térmica e dolorosa comprometidas do lado oposto (lado direito) sd cruzada pois essas fibras cruzam de lado logo que ganham a medula. 7 FPM 4 - Exame neurológico Secção transversa completa da medula – perda bilateral de todas as funções sensitivas e motoras abaixo da lesão. Pode haver lesão somente em um nervo específico, ou na raíz do nervo os principais nervos (mediano, ulnar, radial, femoral) estudar para topografar. -Alteração de um único nervo -Alteração raiz nervosa -Lesão de nervo periférico – DM -Alterações medulares - Lesões do tronco encefálico - Perda sensorial talâmica - Perda cortical (lesões parietais – alteração do trato epicrítico) - Perdas funcionais, perdas incongruentes e alterações relacionadas ao psicossomático. Coordenação, Sinais Meníngeos e Movimentos Anormais COORDENAÇÃO Coordenação teste do cerebelo Teste dedo nariz Movimentos repetidos e alternados Teste calcanhar-joelho (bilateral) Teste do tronco (sem usar as mãos tem que sair da posição deitada para sentada) Teste do rechaço (manobra de oposição de força e depoistira a resistência e é normal que se pare o movimento, se houver uma alteração, ele não para a força e o paciente se bate) Hipotonia, fala do bêbado também podem indicar lesões cerebelares. Alteração clássica: dismetria (erra o alvo), decomposição e correção do movimento (vai parando e corrigindo), disdiadococinesia, ataxia truncal (falta de estabilidade do tronco) e ausência do rechaço (falta da habilidade em parar o mocimento); SINAIS MENÍNGEOS 8 FPM 4 - Exame neurológico RIGIDEZ DE NUCA Infecção, sangramento, etc podem apresentar rigidez de nuca. Posiciona mão na testa do paciente e faça movimento para os lados. Depois coloca a mão na parte occipital, conversa e conta 1, 2 e antes do 3 empurra a cabeça (precisa ser meio surpresa) SINAL DE KERNIG Paciente deitado, faz extensão da perna e o paciente refere dor, geralmente bilateral, sendo sinal de irritação meníngea. SINAL DE BRUDZINSKI Faz flexão de pescoço e ele flexiona os joelhos. MOVIMENTOS ANORMAIS Existem algumas formas de movimentos que fogem do padrão. Os principais são: Acatisia – sensação de inquietação. A pessoa não consegue parar quieta. Comum após uso de neuroléptico (depois de plasil é comum, por ex) Atetose – movimentos despropositados, anormais lentos. Se mistura com coreia mas... Coreia – movimentos são mais rápidos, bruscos e persistentes e despropositado de movimento. o Tto neuroléptico (haloperidol) Discinesia tardia – uso de alguns medicamentos como neurolépticos, a levodopa causa no parkinson. Distonia – contração dos moviemtnos agonistas e antagonistas, posturas estranhas. o Tto estimulação cerebral profunda ou toxina botulínica. Hemibalismo – movimentos rápidos e despropositados. A grande diferença com a coréia é que o hemibalismo é uma metade do corpo que tem esse movimento. Felizmente também cessa com o tempo na maior parte das vezes. Espasmos mioclônicos – movimentos rápidos e fulgaz. Podem ser positivos ou negativos quando o tônus é perdido. Tremor – tremor de repouso (parkinson), tremor essencial (no repouso e na intenção do movimento), tremor cerebelar, tremor postural (pode acontecer no essencial) Tiques – movimento parcialmente controlado.
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