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MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves LINFOADENOMEGALIA INVESTIGAÇÃO E ETIOLOGIAS INTRODUÇÃO Os linfonodos são: Aglomerados estruturados de linfócitos envolvidos por uma cápsula de tecido fibroso, que recebem os vasos linfáticos aferentes que drenam a linfa para o seio subcapsular. Os gânglios possuem uma: Camada cortical com os folículos linfoides, sendo que alguns possuem uma área central denominada de centros germinativos. A!! Folículos sem centros germinativos são chamados de primários; os com centros são chamados de secundários. A camada interna ou medular contém: Linfócitos e macrófagos mais esparsos e próximos de sinusoides vasculares e linfáticos. Os linfáticos eferentes estão localizados no hilo dos linfonodos. Cada gânglio linfático possui também um vaso sanguíneo aferente e outro eferente, que são os responsáveis pelo suprimento de sangue. A distribuição dos linfócitos T e B não é homogênea. Os linfócitos T se localizam predominantemente na área parafolicular situada entre os folículos e no córtex profundo. Os folículos têm muito linfócitos B. Legenda: estrutura do linfonodo MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves APRESENTAÇÃO CLÍNICA MOTIVO DA CONSULTA OU DA ADMISSÃO HOSPITALAR O motivo da consulta dos pacientes com adenomegalia febril pode ser classificado em 3 situações básicas: Presença de 1 ou várias adenomegalias, geralmente localizadas em determinada topografia e a febre se manifesta depois do aparecimento da adenomegalia. O doente apresenta adenomegalia e febre de forma concomitante. Nessa situação, a adenomegalia febril pode ser o único achado ou pode fazer parte de outras manifestações clínicas. O doente apresenta febre, e a adenomegalia constitui um achado do exame clínico junto a outras alterações. ANAMNESE Informações como idade e sexo podem orientar o diagnóstico da causa subjacente da adenomegalia febril. Em pacientes com <30 anos de idade, a linfoadenopatia, em mais de 80% dos casos, é benigna. Reacional (infecções). Mas nos pacientes com >30 anos, o aumento por causas reacionais ocorre em apenas 40% dos casos. Ademais, pacientes com >50 anos têm probabilidade de 80% de ter neoplasia. A!! Febre, em pacientes jovens, geralmente sugere infecções (linfomas são exceções). A!! Sintomas sistêmicos (perda de peso, sudorese noturna e febre baixa) em paciente com linfadenopatia localizada sugerem o diagnóstico de linfoma. Legenda: principais causas de adenomegalia febril segundo faixa etária A anamnese detalhada dos sintomas e sinais referidos é fundamental para a abordagem diagnóstica inicial. Inúmeras informações clinicoepidemiológicas podem orientar a suspeita diagnóstica, como: Cronologia da instalação dos sintomas e sua evolução; Comportamento e a preferência sexual; Local de residência; Tipo de moradia; Ocupação profissional; Estilo de vida detalhado; Uso de drogas ilícitas, transfusões de sangue e/ou derivados; Transplante de órgãos e/ou células; Viagens recentes a áreas endêmicas; Contato com animais, piolhos, pulgas ou insetos; Uso de medicamentos; Exposição a instrumentais cortantes ou perfurantes; Contato com doentes; entre outros. O tipo de febre e sua associação com outros sinais e/ou sintomas pode auxiliar muito o raciocínio clínico. Assim, por exemplo: Febre com início abrupto e associado à adenomegalia cervical pode sugerir linfadenopatia bacteriana; MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves Febre oscilante associada à adenomegalia pode sugerir brucelose se houver algum dado epidemiológico característico (ingestão de leite e derivados não pasteurizados; contato com animais, especialmente vísceras; ingestão de carne malcozida etc.); Febre vespertina associada à adenomegalia localizada deve sugerir tuberculose ganglionar; Febre prolongada associada à linfadenomegalia generalizada pode sugerir AIDS (especialmente se houver suspeita epidemiológica) ou neoplasia; Adenomegalia localizada ou generalizada com febre baixa e sudorese noturna ou febre alta periódica e sudorose noturna intensa (febre de Pel-Ebstein) pode sugerir a presença de um linfoma; Adenomegalia inguinal febril e história de contato sexual recente sem uso de preservativo sugere IST; Adenomegalia febril generalizada e uso recente de drogas ilícitas com seringas ou tubos de inalação compartilhados pode sugerir infecção aguda pelo HIV ou por qualquer doença transmitida pelo sangue (CMV; infecção pelo vírus EB; sífilis; HBV; HCV; ou até mesmo doença de Chagas aguda); Adenomegalia generalizada febril consecutiva à injeção de soro heterólogo ou à administração de diversos fármacos (p. ex., fenitoína; hidralazina; alopurinol) pode sugerir doença do soro ou hipersensibilidade às drogas, respectivamente. É necessário avançar no raciocínio clínico situando os órgãos e aparelhos comprometidos, denunciando localizações anatômicas. Outra investigação indispensável é a identificação de um diagnóstico sindrômico. Feitos os diagnósticos anatômicos e sindrômicos, + antecedentes clinicoepidemiológicos, as hipóteses diagnósticas podem ser melhor orientadas. Deve confirmar também alguns sinais e sintomas que ajudam a levantar hipóteses diagnósticas, como: Emagrecimento, anemia e sudorese noturna que lembram neoplasias, linfomas ou AIDS; Sangramentos associados à adenomegalia febril, frequentes na leucemia; Adenomegalias que evoluem com artralgias sugerem um componente ou doença autoimune, a brucelose, ou infecções virais crônicas como agente causal ou como fator desencadeante; Alterações oculares podem revelar toxoplasmose ou sarcoidose; tuberculose ou micoses profundas. Legenda: relação da anamnese com a hipótese diagnóstica EXAME FÍSICO GERAL Deve ser o mais completo possível, não se restringindo à adenomegalia e à febre. Até pequenas informações podem firmar ou afastar hipóteses. MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves O estado ponderal do paciente pode alertar sobre doenças como: TB e CMV; Micoses profundas:paracoccidioidomicose, histoplasmose; Neoplasia e Linfomas; AIDS e toxoplasmose; A presença de sinais de escoriações por prurido, ou de petéquias, ou fenômenos hemorrágicos maiores, pode alertar para: Doença hematológica. O exantema precedido de faringite, evoluindo com bom estado geral, sugere: Mononucleose infecciosa ou síndrome da “mononucleose-símile” (CMV, toxoplasmose, rubéola, AIDS aguda, infecção aguda pelo HIV, linfoma, lues secundária). Alguns sinais dermatológicos específicos podem orientar o diagnóstico, como: Erupção de cor lilás nas pálpebras (heliótropo) da dermatomiosite; ou Exantema malar (distribuição em “asa de borboleta”) do LES. Já o edema palpebral unilateral associado à adenopatia preauricular (sinal de Romaña) indica: Doença de Chagas aguda. A!! Miocardite também pode sugerir a presença de doença de Chagas, toxoplasmose ou doença de Kawasaki. O achado de língua sem papilas visíveis sugere doença crônica, como: Neoplasia ou AIDS, especialmente se associada a candidíase oral. Entretanto, língua papilas salientes (“língua em framboesa”) lembrando a da escarlatina, sugere: Doença de Kawasaki. Exame do aparelho respiratório pode reforçar a possibilidade de doenças como: TB; Paracoccidioidomicose; ou Sarcoidose. A presença de hepatomegalia, esplenomegalia ou hepatosplenomegalia deve alertar para doenças subjacentes como: Mononucleose infecciosa ou a mononucleose-símile; Neoplasia hematológica; Micobacteriose disseminada; Brucelose, entre outras. A presença de esplenomegalia, por sua vez, varia com a entidade mórbida. Geralmente, ocorre: Aumento pequeno reacional ou moderado: colagenoses, mononucleose infecciosa e linfomas; e Aumento maciço: leucemia mielocítica crônica, sarcoidose, e leishmaniose visceral. Corrimento uretral ou vaginal e úlceras secundárias, devem sugerir o diagnóstico de: IST. Artralgias à movimentação ou artrite franca podem sugerir: Colagenose, brucelose ou doença do soro. Dor óssea e hipersensibilidade esternal podem sugerir: Leucemia aguda. A presença de adenomegalia febril pode representar apenas a manifestação de neoplasia metastática. Adenomegalia supraclavicular esquerda (gânglio de Virchow): neoplasia intra- abdominal; Adenomegalia axilar: neoplasia de mama; e Adenomegalia inguinal profunda: neoplasia genital ou perianal. MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves Entretanto, outros achados do exame físico geral podem sugerir o foco neoplásico primário, por exemplo: Icterícia e ascite, no caso de neoplasia metastática; TB ou paracoccidioidomicose peritoneal, que geralmente cursam com adenomegalia febril. Em algumas situações, o exame clínico pode ser ainda mais complexo, especialmente em pacientes com AIDS: Apresentações clínicas atípicas: paracoccidioidomicose com características clínicas das formas juvenil e do adulto de forma simultânea; ou Apresentação de mais de 1 doença: TB + histoplasmose, TB + micobacteriose não tuberculosa, ou TB + paracoccidioidomicose. Finalmente, a presença de febre em pacientes com adenomegalia pode corresponder apenas a intercorrência infecciosa: Infecção bacteriana em paciente neutropênicos com leucemia linfocítica aguda ou síndrome de Felty. ________________________________________ Legenda: a regra mnemônica “ALL AGE” pode ser utilizada para auxiliar na lembrança dos principais dados da anamnese e exame físico de um paciente com alteração em linfonodo Legenda: relação da anamnese com a hipótese diagnóstica EXAME DE GÂNGLIOS A 1ª pergunta a ser respondida em caso de linfadenomegalia é o tamanho a partir do qual um linfonodo aumentado é considerado anormal. Esta resposta não é simples, pois não existem parâmetros exatos para essa definição. O limite varia com: Idade e ocupação do paciente; Localização dos gânglios; Duração e a progressão da linfadenomegalia. Na presença de adenomegalia, deve avaliar: Localização; Tamanho do linfonodo em 2 dimensões (geralmente quanto maior o tamanho maior é a probabilidade de ser neoplásico); Consistência; Adesão ou não a planos profundos; Sensibilidade (gânglios dolorosos têm menos probabilidade de serem cancerosos); Fistulização e a presença de sinais inflamatórios. Alguns exemplos e possíveis etiologias: Gânglios duros, indolores, aderentes a planos profundos ou formando um plastrão: carcinomas metastáticos; MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves Gânglios de consistência firme e são indolores: leucemias e linfomas; Gânglios firmes e dolorosos: áreas de drenagem de infecções bacterianas; A!! Na paracoccidioidomicose, os gânglios costumam ceder à pressão dos dedos, indicando um conteúdo líquido no seu interior. Na linfadenomegalia infecciosa pode ter formação de pus, que pode ser seguida da sua drenagem espontânea através de uma fístula. Gânglios que frequentemente supuram: cervicais e inguinais superficiais; e Menos frequentemente: axilares. Além disso, o exame das áreas de drenagem dos gânglios afetados deve ser cuidadosamente realizado. Legenda: diferença entre linfonodo com característica benigna e maligna Normalmente crianças e adolescentes têm mais gânglios palpáveis do que os adultos. Aumento de gânglios inguinais são frequentes, devido a ferimentos nos pés e a infecções por dermatófitos; Aumento de gânglios epitrocleares e axilares são mais comuns em trabalhadores braçais, devido a ferimentos nas mãos. Em condições normais, os únicos gânglios palpáveis em adultos são da: Região inguinal, onde linfonodos de 0,2- 2,0cm são encontrados abaixo do ligamento inguinal e no triângulo femoral. Em crianças são palpáveis os: Gânglios da região cervical, pequenos, de 0,5 a 1,0 cm. A palpação deve ser feita com: Paciente em posição relaxada, usando a polpa digital dos dedos indicador e médio, movimentando a pele sobre os tecidos adjacentes e não os dedos sobre a pele, com aumento progressivo da pressão. O examinador deve definir a dimensão em dois eixos, de um lado ao outro e de cima até embaixo. A!! Linfonodos pequenos, móveis e indolores são usualmente encontrados em indivíduos normais. Outro ponto a ser considerado é que nem sempre massas palpáveis são gânglios, podendo ser confundidos com gânglios: Abscessos (particularmente periodontais); Cistos de tireoide; Glândulas salivares; Cistos do ducto tireoglosso podem estar presentes no pescoço; Hérnias inguinais; e Aneurismas vasculares nas virilhas. ________________________________________ Além disso, é fundamental determinar se a adenomegalia é localizada ou generalizada. Legenda: causas de aumento de linfonodos relacionadas às regiões comprometidas MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves ADENOMEGALIA LOCALIZADA ADENOMEGALIA CERVICAL A adenite cervical geralmente ocorre: Após faringite de etiologia viral ou bacteriana (estreptocócica ou não estreptocócica) e nos casos de mononucleose infecciosa ou de mononucleose-símile. A inspeção das adenomegalias com sinais flogísticos ou fistulização é frequente na: TB ganglionar; Paracoccidiodomicose juvenil; ou Linfogranuloma venéreo. Outras causas de adenomegalias cervicais localizadas incluem: TB ganglionar; Doença de Hodgkin; Paracoccidioidomicose juvenil; Toxoplasmose aguda; e Doença por arranhadura do gato. ADENOMEGALIA OCCIPITAL As adenomegalias febris occipitais podem ser: Secundárias a infecções de pele e tecidos moles do couro cabeludo. Deve lembrar que infecções sistêmicas, como a rubéola, geralmente apresentam envolvimento predominante desses grupos ganglionares. ADENOMEGALIA AXILAR, EPITROCLEAR E INGUINAL O aumento de tamanho dos linfonodos axilares, epitrocleares ou inguinais ocorre frequentemente em: Resposta a infecção bacteriana localizada nos MMSS ou MMII, por exemplo celulite. Porém, adenomegalia axilar febril deve ser diferenciada de: Doença de Hodgkin e câncer de mama. Paciente sexualmente ativo com adenomegalia inguinal febril deve pensar: IST, especialmente a sífilis e o linfogranuloma venéreo. Outras causas de adenomegalia axilar, inguinal e epitrocal, podem incluir: Doença por arranhadura do gato (Bartonella henselae); Tularemia ulceroglandular (Francisella tularensis); Peste bubônica (Yersinia pestis); Febre por mordida de rato (Spirillum minus); Febre por mordida de gato ou cão (Pasteurella multocida); Leishmaniose cutânea ou mucocutânea (Leishmania spp.); MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves Esporotricose cutânea (Sporothrix schenckii); e Antrax cutâneo (Bacillus anthracis). A febre pode acompanhar o quadro da doença por: Arranhadura do gato; Tularemia; Peste bubônica; e Febre por mordida do rato. Mas, nos outros casos, apresenta-se geralmente associada a infecção bacteriana secundária. ADENOMEGALIA POPLÍTEA O aumento dos gânglios poplíteos apresenta-se, de maneira geral, nas: Infecções da articulaçãodo joelho, do calcanhar e da face externa da metade posterior do pé. ADENOMEGALIA GENERALIZADA As causas mais frequentes de adenomegalias generalizadas febris são: Infecções virais, especialmente as decorrentes da mononucleose infecciosa e da mononucleose-símile. A!! Porém, como foi mencionado, pode acontecer apenas na adenite regional. Diversos quadros infecciosos e não infecciosos, como: Doenças neoplásicas: leucemias agudas, leucemias linfoides crônicas e linfomas não Hodgkin; Doenças imunológicas: colagenose, doença do soro, uso de medicamentos; Outras condições diversas: Sarcoidose, hipertireoidismo, histiocitose X e LES. Nesses casos, informações detalhadas da anamnese e do exame clínico orientam a avaliação diagnóstica inicial. ________________________________________ Porém, normalmente a maioria dessas características não é diagnóstica. Então precisamos lançar mão de exames complementares para confirmação. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Em alguns casos, o diagnóstico da causa subjacente da adenomegalia febril pode ser exclusivamente clínico, como na: Faringite infecciosa aguda. Porém, na maioria das doenças, é necessário exames complementares sejam de: Laboratório; Imagem; ou Histopatológicos. A escolha dos exames deve ser sempre racional, começando pelos mais simples e menos invasivos. Inicialmente, devem ser solicitados: Hemograma, leucograma, velocidade de sedimentação globular (VHS), proteína C reativa; Provas de função hepática e renal; e Radiografia de tórax posteroanterior e de perfil. Na mononucleose infecciosa, por exemplo, há: Linfocitose atípica e aumento discreto de transaminases. A!! Exames sorológicos são solicitados na suspeita de mononucleose infecciosa (Epstein- Barr) ou mononucleose-símile (Toxoplasma gondii, CMV, rubéola). Mas na doença de Hodgkin pode ter: Anemia; Reação leucemoide, monocitose e eosinofilia. MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves A possibilidade de doença de Chagas aguda (vetorial, transfusional ou associada ao uso de drogas endovenosas) indica fazer: Sorologias específicas. As sorologias são úteis em outras condições, como: Doença por arranhadura do gato; Brucelose; Linfogranuloma venéreo; e Infecção aguda pelo HIV. A!! No HIV, o diagnóstico se confirma com achado de sorologia negativa ou indeterminada, e a detecção do antígeno p24 do HIV ou de RNA do HIV, especialmente se a carga viral é > 10.000 cópias/mL. Na suspeita de colagenose, deve ser solicitado: Fator reumatoide. Posteriormente, exames específicos podem ser úteis: Painel de anticorpos antinucleares – AAN; Anticorpos contra o ADN bicatenular – ADNbc; e Anticorpos antimúsculo liso, na suspeita de LES. Em algumas situações, as hemoculturas para bactérias, fungos e micobactérias podem auxiliar o diagnóstico. Porém, especiais cuidados são necessários quando se trata de bactérias de difícil crescimento como a Bartonella henselae, a Brucella melitensis ou a Francisella tularensis. ________________________________________ Exames por imagem (ecografia e TC) permitem avaliar com mais detalhes a presença de: Visceromegalias intra-abdominais; Adenomegalias mediastinais e retroperitoneais: secundárias à doença de Hodgkin e não Hodgkin, TB, histoplasmose, sarcoidose. ________________________________________ O aspirado de medula óssea pode ser útil em caso de: Suspeita de linfoma não Hodgkin e leucemia aguda; e Quando associado à mielocultura, aumenta a sensibilidade diagnóstica para diversas infecções sistêmicas. Procedimentos como toracocentese, paracentese, broncoscopia com lavado e biópsia pulmonar, entre outros, podem contribuir ao diagnóstico de diversas doenças, especialmente se existe envolvimento sistêmico (TB, metástase). A biópsia-excisão de gânglios superficiais, geralmente cervicais, submandibulares ou axilares apresenta importância no diagnóstico das adenomegalias febris. A aspiração ou a biópsia com agulha de gânglio podem ser úteis no diagnóstico de: Tumor metastático; e de Infecções: TB ganglionar, linfogranuloma venéreo, tularemia e peste. Porém não são procedimentos adequados para o diagnóstico dos linfomas e de outras doenças hematológicas. Portanto, dependendo da suspeita clínica, a biópsia-excisão sempre deve ser priorizada. Nos casos de biópsias não diagnósticas ou quando não existirem gânglios passíveis de biópsias superficiais (adenomegalias mediastinais ou retroperitoneais, secundárias a linfoma, TB, histoplasmose), pode precisar de: Toracoscopia; Laparoscopia; ou Laparotomia exploratória. O estudo histopatológico detalhado mediante descrições morfológicas e uso de corações MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves especiais (Giemsa para linfogranuloma venéreo; Ziehl-Neelsen para micobacteriose; Grocott ou PAS para doença fúngica e Warthin-Starry para bartonelose), geralmente define o diagnóstico. Mas às vezes precisa de técnicas mais específicas como: Imuno-histoquímica; ou Reação em cadeia da polimerase (PCR). É importante considerar sempre a realização de biópsia ganglionar em adultos com: 1 ou mais linfonodos firmes; >1cm de diâmetro; Não associados a doenças infecciosas; e que Persistem por mais de 4 a 6 semanas. A!! Aproximadamente 10 a 20% dos pacientes com biópsias ganglionares não diagnósticas podem manifestar, em 1 ano, uma doença relacionada à indicação da biópsia, geralmente linfoma. Por esse motivo, diante da persistência de linfadenomegalia, deve ser discutida a realização de uma nova biópsia. APROFUNDANDO NA BIÓPSIA... Os gânglios maiores são usualmente os mais preferíveis. Se presentes, gânglios cervicais baixos e supraclaviculares são particularmente recomendados. Sempre que possível, os gânglios inguinais devem ser evitados. É recomendável encaminhar a um cirurgião experiente, para que extraia um gânglio representativo e por inteiro. Quando retirado o gânglio, há 2 opções: 1. Contato imediato com o patologista. Ele pode estar na sala cirúrgica, acompanhando o procedimento (ideal) ou alcançável em, no máximo, 10 minutos. Neste caso, encaminhe o material ao patologista em um recipiente de boca larga, sem nenhuma substância. Nunca enrole em gaze ou coloque em solução salina. 2. Caso não haja disponibilidade imediata do patologista, solicite ao cirurgião que seccione o gânglio ao meio e o coloque em um recipiente de boca larga com formol tamponado a 10%, em volume 5x maior que o do gânglio biopsiado. ________________________________________ Outra decisão difícil é o momento oportuno para a fazer a biópsia. Linfadenomegalias com duração prolongada (3- 4 semanas), de curso progressivo ou muito volumosas, ou de consistência muito endurecida, ou localizadas em cadeias supraclaviculares devem ser biopsiadas se os exames para as causas infecciosas, inflamatórias e hematológicas forem negativos ou inconclusivos. Estes incluem: Exames radiológicos; Reações sorológicas; Exames microbiológicos; Exame hematológico; e, eventualmente Aspirado de medula óssea. A!! A biópsia de medula óssea deve ser realizada somente após a realização desses exames. CAUSAS DE LINFOADENOMEAGALIA Os linfonodos são estruturas de defesa e contêm, basicamente, linfócitos e macrófagos, que são células essenciais para a imunidade celular e humoral. Os linfonodos são os locais onde ocorrem a maior parte das interações entre as células do sistema imunológico e os antígenos. Os antígenos são fagocitados pelos macrófagos e nos proteassomos são transformados em MÓDULO FADIGA, PERDA DEPESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves fragmentos menores, que migram para a superfície da membrana; Em interação com as moléculas HLA classe I, são apresentados aos linfócitos T e B existentes nas suas proximidades, nos gânglios. Assim, uma das causas mais frequentes de linfadenomegalia é a determinada pela hiperplasia reacional linfoide e macrofágica associada a infecções, em que o micro-organismo pode ou não estar presente no gânglio. Além disso, pode ocorrer hiperplasia linfoide associada às doenças autoimunes, reações a drogas e à deposição de imunocomplexos. Nessas hiperplasias, a arquitetura do gânglio linfático é preservada. Porém, o depósito de substâncias em macrófagos, (lipidoses e amiloidose) também determina o aumento do gânglio linfático, embora a esplenomegalia seja o sinal clínico mais evidente. A infiltração por células neoplásicas hematopoéticas, como ocorre nas leucemias e linfomas ou na invasão por metástases, também constitui um mecanismo importante. Finalmente, existem doenças de causas desconhecidas que apresentam linfadenomegalia proeminente. Legenda: causas de linfoadenomegalia Além disso, há regras mnemônicas para lembrar dos diagnósticos diferenciais das doenças linfonodais: REACIONAIS - INFECÇÕES Infecções causadas por diferentes micro- organismos podem causar linfadenomegalia, geralmente acompanhada de febre. O aumento ganglionar pode ser: Localizado ou generalizado; e a Duração pode ser prolongada, como acontece na TB e na paracoccidioidomicose, ou curta, como observado na maioria das viroses. O micro-organismo pode estar: Presente no gânglio, como na TB e na paracoccidioidomicose; ou Aumento pode ser consequência da resposta imune, sem a presença do agente causal: AIDS, sífilis secundária e mononucleose infecciosa. Os exames clínico e hematológico conduzem, na maioria dos casos, à hipótese diagnóstica, que deve ser confirmada por exames de imagem e de reações sorológicas específicas. Raramente a biópsia do gânglio é necessária e, quando efetuada, mostra a preservação da estrutura do órgão. MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves DOENÇAS NÃO INFECCIOSAS Os gânglios podem aumentar em: Doenças autoimunes; Reações de hipersensibilidade a drogas: + comum hidantoinato (mas também agentes antitireoidianos e isoniazida); e em Doenças inflamatórias: sarcoidose. LEUCEMIA O achado de linfadenomegalias é variável nas leucemias, sendo mais frequente nas formas: Linfocítica aguda (LLA) ou crônica (LLC). A LLA predomina em crianças, adolescentes e adultos jovens, representando 80 e 20% das leucemias agudas em crianças e adultos, respectivamente. Entretanto, 90% dos casos de LLC se apresentam depois dos 50 anos de idade, com idade média de 65 anos ao momento do diagnóstico. As características dos gânglios podem variar segundo a forma clínica. Nas leucemias agudas, a adenomegalia é: Generalizada; Tamanho pequeno; e Consistência fibroelástica. Nas formas crônicas: Consistência mais dura, mas pode ser variável. A febre é frequentemente relatada, e pode decorrer da própria doença ou da infecção bacteriana associada. Os achados que orientam o diagnóstico de LLA incluem: Palidez; Episódios de sangramento, principalmente em mucosa; Dor óssea; Cefaleia intensa e queda do estado geral; Dores em MM, principalmente II; e Diferentemente, a LLC geralmente apresenta: Curso clínico mais insidioso e indolente, e com maior frequência de linfadenopatia generalizada (80%) e hepatoesplenomegalia (50%). O diagnóstico laboratorial da LLA confirma pela: Análise do esfregaço de sangue periférico, com presença de blastos em 90% dos casos; ou Mediante estudo da medula óssea, com demonstração de mais de 30% de blastos. Outros achados incluem: Pancitopenia, especialmente neutropenia; Alterações metabólicas: hiponatremia, hipocalcemia, hiperuricemia. O diagnóstico de LLC confirma com: Identificação do imunofenótipo específico em amostras de aspirado de medula óssea. Outros achados frequentes incluem: Linfocitose sem alterações do hematócrito ou da contagem de plaquetas. LINFOMA DE HODGKIN Doença de início geralmente insidioso, porém pode ser subaguda ou aguda. Apresenta distribuição etária bimodal: Entre os 15 e 30 anos, com incidência similar em homens e mulheres e curso clínico mais benigno; e >50 anos, com maior incidência em homens e curso clínico mais agressivo. A principal manifestação clínica é a: Presença isolada de hipertrofia laterocervical ou supraclavicular. MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves Em relação à evolução da doença, existe tendência a comprometer grupos ganglionares contíguos. Tardiamente observa: Invasão vascular; e Disseminação hematogênica. Os gânglios tendem a ser: Duros, indolores e de tamanho variável. Descreve, raramente, adenomegalia dolorosa após consumo de álcool. Pode ter também: Febre; Perda de peso; ou Sudorese noturna. A febre periódica (Pel-Ebstein) tem sido descrita de forma característica. O prurido pode aumentar a suspeita diagnóstica, mas não é constante. A presença concomitante de adenomegalia mediastinal pode causar sintomas respiratórios. Outras possíveis manifestações incluem: Anemia; Esplenomegalia e hepatomegalia; e Icterícia. O diagnóstico geralmente é realizado pela biópsia de gânglio. Porém não recomenda a punção- aspiração ou a biópsia com agulha. LINFOMA NÃO HODGKIN Apresenta manifestações e cursos clínicos variáveis, desde: Formas indolentes até outras rapidamente progressivas. A!! Esse tipo de linfoma é mais comum em pacientes com imunodeficiências. Pacientes com doença indolente usualmente apresentam: Linfadenopatia com episódios de piora e melhora durante vários meses antes do diagnóstico, porém o crescimento persistente dos gânglios é mais comum. A diferença do linfoma de Hodgkin, é que o envolvimento ganglionar no linfoma não Hodgkin é geralmente multicêntrico em estádios bem precoces, e o acometimento medular é frequente. Os pacientes com linfomas intermédios e de alto grau apresentam-se com: Adenomegalias; e/ou Sintomas constitucionais: febre, perda de peso e sudorese noturna. A linfadenopatia pode ser o único achado, mas locais extranodais também podem ser encontrados, especialmente na pele e no TGI. O hemograma é usualmente normal, mas um grupo pode apresentar uma fase “leucêmica”, dificultando o diagnóstico inicial. A dosagem de desidrogenase láctica sérica (DHL) parece ser um marcador prognóstico útil. Como acontece no linfoma de Hodgkin, o diagnóstico definitivo geralmente é secundário à biópsia de gânglio. COLAGENOSES Este grupo heterogêneo de doenças autoimunes apresenta: Adenomegalia febril de forma variável, frequentemente associada a outras manifestações sistêmicas. As mulheres em idade reprodutiva são as mais afetadas, embora existam exceções, como a poliarterite nodosa (PAN), doença discretamente mais frequente em homens. A adenomegalia generalizada é relatada com frequência variável no/na: MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves LES; AR; PAN; e Dermatomiosite/polimiosite. Entretanto, é um achado mais constante na síndrome de Felty. Os gânglios são geralmente: Indolores, pequenos, moles e não aderentes aos planos profundos. Contudo, a presença de febre, em conjunto com fadiga, mal-estar, anorexia, náuseas e perda de peso, faz parte das manifestações sistêmicas. LES Os achados clínicos do LES incluem: Artralgias/ mialgiase poliartrite; Miopatia/miosite e fotossensibilidade; Erupção malar e discoide; Alopecia e sinais de vasculite; Linfadenomegalia e esplenomegalia; Polisserosite. A adenomegalia é generalizada, mas as cadeias ganglionares mais acometidas são as: Cervicais, axilares e inguinais. Já a linfadenomegalia é mais frequente em pacientes mais jovens. A apresentação clínica inicial pode ser oligossintomática, fato que dificulta o diagnóstico precoce. Os exames inespecíficos revelam: Anemia, leucopenia, trombocitopenia e, como na maioria das colagenoses, valores aumentados da VHS e da proteína C reativa. O diagnóstico de LES utiliza critérios clínicos e laboratoriais bem definidos, que incluem: Autoanticorpos específicos. PAN A PAN clássica caracteriza-se por alteração dos seguintes sistemas: Renal: insuficiência renal e HAS; Musculoesquelético; SNP: neuropatia periférica e mononeurite múltipla; TGI: dor abdominal, infarto mesentérico; Pele: livedo reticularis, fenômeno de Raynaud; Cardíaco: insuficiência cardíaca, infarto, pericardite; Geniturinário: dor testicular, ovariana ou epididimal; e SNC: AVC e convulsões. O diagnóstico da PAN clássica baseia-se nos/na: Dados clínicos; e Achados característicos de vasculite no material de biópsia dos órgãos afetados. AR A AR, doença que se apresenta com maior frequência em mulheres de 40 a 50 anos, caracteriza-se principalmente pela: Presença de poliartrite distal simétrica e rigidez matutina. Essa doença pode ter diversos padrões de apresentação clínica: Insidiosa; Brusca; e Policíclica ou intermitente. A presença de febre baixa faz parte dos sintomas que acompanham os sintomas reumatológicos. Mas a linfadenomegalia febril é mais frequente quando a doença se inicia de forma brusca. Apresentações particulares da AR, como a síndrome de Felty, que se caracteriza pela: Presença de AR crônica, esplenomegalia, linfadenomegalia e neutropenia; MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves A AR juvenil, presente em pacientes <16 anos, pode cursar com: Linfadenomegalia febril quando se inicia de forma sistêmica (doença de Still). O diagnóstico da artrite reumatoide e da síndrome de Felty é basicamente clínico, mas utiliza alguns critérios laboratoriais, como: Presença do fator reumatoide e de alterações radiológicas. Como nas outras colagenoses, a VHS e a proteína C reativa estão elevadas. É frequente o achado de anemia e, na vigência de doença clínica ativa, observa-se trombocitose. DOENÇAS NEOPLÁSICAS – METÁSTASES O envolvimento de linfonodos regionais por células tumorais é bastante frequente em alguns carcinomas e em outros tumores. A extensão desse comprometimento constitui um dos elementos do estadiamento, e tem importância prognóstica. A retirada cirúrgica dos gânglios comprometidos tem pouco impacto na sobrevida, mas tem importância no controle local da doença. Os gânglios têm: Consistência endurecida, não doloroso, e aderido a planos profundos e outros gânglios. Os tumores que mais frequentemente infiltram os gânglios são os: Carcinomas de mama: gânglios axilares; Pulmão: mediastinal, hilar, supraclavicular; Rins; Próstata: abdominais e retroperitoneais; Cabeça e pescoço: cervicais, geralmente unilaterais; e TGI: supraclavicular (gânglio de Virchow). Melanoma, tumores de células germinativas: retroperitoneais e abdominais; e Neuroblastoma também podem infiltrar os gânglios. Muitas vezes os gânglios são comprometidos mesmo antes de a localização do tumor primário ser conhecida. Assim, a infiltração pelo melanoma pode ocorrer em qualquer região, antes do diagnóstico da lesão de pele. DOENÇAS INFILTRATIVAS NÃO NEOPLÁSICAS Esse grupo é constituído por doenças em que o aumento dos gânglios é determinado pelo: Acúmulo de substâncias nos macrófagos. AMILOIDOSE A amiloidose é caracterizada pela: Deposição de substância amiloide em vários órgãos, incluindo os linfonodos. Muitas vezes a adenomegalia, que não é dolorosa, podendo ser difusa ou localizada, é a manifestação inicial da doença. O diagnóstico é feito em material de biópsia, que revela a deposição de material fibrilar. DOENÇA DE GAUCHER É causada pela: Deficiência da atividade de uma hidrolase lisossomal que resulta na deposição de glicocerebrosídeos nos macrófagos do baço, fígado, medula óssea e gânglios. O achado do exame físico mais comum é a esplenomegalia; DOENÇA DE NIEMANN-PICK Acúmulo de esfingomielina e colesterol nos macrófagos, que resulta em hepatoesplenomegalia e enfartamento ganglionar moderado. MÓDULO FADIGA, PERDA DE PESO E ANEMIA – P2 | Luíza Moura e Vitória Neves DOENÇAS DE ETIOLOGIA DESCONHECIDA COM LINFOADENOPATIA PROEMINENTE Existem doenças, relativamente raras, em que a linfoadenopatia é proeminente, mas a etiologia é desconhecida, embora algumas possam ser consideradas pré-malignas. SÍNDROME DE KAWASAKI A síndrome de Kawasaki é uma doença de crianças e adultos jovens caracterizada pela: Presença de conjuntivite, lesões cutâneas e febre. A linfadenomegalia aparece em 75% dos casos, na região cervical, e é usualmente unilateral. HISTIOCITOSES As histiocitoses são caracterizadas pela: Proliferação de histiócitos, que podem ser normais ou malignos; e Linfadenopatia proeminente, que pode ser localizada ou generalizada. O comprometimento cutâneo ocorre frequentemente. Elas podem ser divididas nas histiocitoses em que as células envolvidas são os: Histiócitos de Langerhans, denominadas histiocitoses X (de etiologia desconhecida); e aquelas em que as células são: Histiócitos não Langerhans. Na histiocitose X temos o granuloma eosinofílico, a síndrome de Hand-Schüller-Christian, e a doença de Letterer-Siwe. No segundo grupo incluem-se a linfo-histiocitose eritrofagocítica familiar, a síndrome hemofagocítica associada a infecções, a histiocitose sinusal (Rosai Dorfman), a histiocitose maligna, a linfoadenite histiocítica necrotizante (doença de Kikuchi) e a granulomatose linfomatoide. ________________________________________ Legenda: resumo da investigação e propedêutica armada das linfadenopatias
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