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TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR NA DENTIÇÃO DECÍDUA

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TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR NA DENTIÇÃO DECÍDUA
· Fatores predisponentes ao trauma: falta de selamento labial e excessiva sobressalência
· Fratura coronoradicular: solução de continuidade que envolve esmalte, dentina e cemento, sem envolvimento pulpar.
· Fratura de raiz: solução de continuidade que envolve esmalte, dentina, cemento e polpa
TRAUMATISMO
· Trinca de esmalte sem perda de estrutura: fazer tratamento com fluorterapia 
· Fratura de esmalte com perda de estrutura restrita ao esmalte: desgaste e polimento do dente com intuito de evitar lacerações nos tecidos moles. Aplicação de flúor no dente fraturado. Restauração. Preservação nas consultas de manutenção do paciente.
· Fratura de esmalte e dentina sem exposição pulpar: observar relação da fratura com a câmara pulpar para ver se é necessário colocar hidróxido de cálcio e CIV ou restaurar com resina composta. Fazer acompanhamento clínico após 7 dias e o clínico radiográfico depois de 30 a 90 dias em todos os anos até a esfoliação do dente.
· Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar: No exame clínico, há presença de pequena hemorragia ou áreas vermelhas puntiformes que indicam comprometimento pulpar. Em relação ao tratamento, quanto mais jovem for o dente (rizogênese incompleta), melhor será a resposta pulpar. É recomendado proteção pulpar direta seguida de restauração com resina composta ou colagem de fragmento. Em dentes decíduos com raiz completa ou em estágio inicial de rizólise, fazer pulpotomia e se for tratamento tardio, fazer pulpectomia. Em dentes com rizólise avançada, opta-se por exodontia. Fazer acompanhamento clínico em 7 dias e radiográfico após 30 a 90 dias e anualmente até esfoliação do dente.
· Fratura coronorradicular (esmalte-dentina-cemento) sem exposição pulpar: Geralmente, o fragmento está preso nas fibras do ligamento periodontal, devendo ser observado a presença de mobilidade. O exame radiográfico pode não detectar fratura pois o traço geralmente é perpendicular ao feixe de raio x, mas servirá como parâmetro para futuros exames de controle. O tratamento depende da sua extensão subgengival (o fragmento deve ser removido para que isso seja verificado). Quando a fratura de estende 2 mm além do limite gengival, é necessário exodontia, porém se a criança é colaborativa e a fratura está aquém do limite gengival, pode-se fazer restauração com resina. Acompanhamento clínico depois de 7 dias e radiográfico depois de 60, 90 e 180 dias em todos os anos até esfoliação do dente.
· Fratura coronorradicular com exposição pulpar: é comum o fragmento estar preso nas fibras do ligamento periodontal, mas tem de ser observada a presença de mobilidade do fragmento fraturado. O exame radiográfico não deve evidenciar fratura devido ao traço ser perpendicular aos feches de raio x, mas servirá como parâmetro para futuros exames. O tratamento segue os mesmos princípios da fratura coronorradicular sem exposição pulpar, mas o tratamento pulpar se faz necessário. Fazer acompanhamento clínico após 7 dias e radiográfico depois de 60, 90 e 180 dias e anualmente até a esfoliação do dente.
· Fratura radicular: quando poderá ser observado ligeiro deslocamento da coroa associada a pequena extrusão, apalpa-se a área afetada para verificar se há dor ao toque e/ou presença de mobilidade e para descartar fratura óssea. Comumente, a mobilidade por fratura alveolar acontece em bloco, ou seja, ao testar um dente, os elementos adjacentes também apresentam mobilidade. O exame radiográfico determina se a mobilidade acontece em torno da luxação ou da presença de fratura radicular. Em fraturas transversais no teço apical e médio, reposicionar digitalmente para aproximação dos fragmentos quando o tratamento é imediato (se for tardio, ocorre interposição de coágulo que dificulta essa manobra). Fraturas de terço apical normalmente se recuperam sem tratamento. Nas fraturas de terço médio e com mobilidade do dente envolvido, é necessário fazer uma contenção rígida por um período de 90 a 120 dias. Fraturas transversais no terço cervical precisam de exodontia (a mobilidade inviabiliza a contenção; o fragmento radicular passará pelo processo de rizólise fisiológica. Fraturas longitudinais ou oblíquas precisam de exodontia. As fraturas transversais no terço apical têm prognóstico mais favorável que as demais e o acompanhamento clínico-radiográfico deve ser durante 1, 3, 4 e 6 meses e todos os anos até a esfoliação.
REPERCUSSÕES DE TRAUMA
· Hiperemia pulpar: presente em traumatismos com pequena intensidade, onde há sangue no interior da câmara pulpar.
· Descoloração coronária: pode ser transitória ou não. Tons amarelados ou brancos opacos geralmente estão relacionados a obliterações (calcificações) do canal pulpar. É normal esses dentes sofrerem rizólise. Colorações acinzentadas ou azuladas que ocorrem logo depois do traumatismo são decorrentes de hemorragia pulpar (causada pela ruptura dos capilares), porém se essa coloração se der meses ou anos após o trauma, é possível que tenha necrose pulpar. A descoloração isolada de outros sinais NÃO sugere tratamento endodôntico.
· Anquilose: dente aparece em infraoclusão em relação aos adjacentes. Radiograficamente, pode haver ausência de continuidade do ligamento periodontal e na maioria dos casos se resolve com exodontia, pois não acontecerá reabsorção fisiológica, causando erupção retardada ou ectópica do permanente.
REPERCUSSÕES DO TRAUMA PARA DENTES PERMANENTES SUCESSORES
· Hipoplasia: defeito estrutural associado à descoloração branca ou amarelo-marrom (destruição dos Ameloblastos antes da deposição de esmalte)
· Dilaceração: porção já formada é torcida ou sobrada sobre si mesma

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