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Nódulos Tireoidianos e Carcinoma Diferenciado da Tireoide Quezia Brito CAUSAS DE NÓDULOS DA TIREOIDE BENIGNOS: bócio multirionodular (adenomatoso, colóide), tireoidite de Hashimoto, cistos (colóide, hemorrágicos), adenomas foliculares, adenomas de células de Hurthle MALIGNOS: carcinomas paplífero, carcinoma folicular (minimamente ou largamente invasivo; células de Hurthle), carcinoma medular, carcinoma anaplásico, linfoma primário da tireoide, carcinoma metastático AVALIAÇÃO INICIAL DOS NÓDULOS ✓história e exame físico ✓dosagem de TSH ✓US da tireoide Sintomas compressivos: disfonia, dispneia, disfagia. Entretanto, a maioria é assintomático, então não deve-se esperar o aparecimento dos sintomas para o diagnóstico. AVALIAÇÃO LABORATORIAL ✓TSH, T4 livre, anti-TPO (se há autoimunidade) ✓tireoglobulina: avaliação do segmento do câncer da tireoide ✓calcitonina: só pra aqueles com suspeita de carcinoma medular da tireoide (células parafoliculares) ULTRASSONOGRAFIA principal e melhor exame boa correlação com a macroscopia detecta 5x mais nódulos que a palpação e 2x mais quando >2cm recomendada para: ✓pacientes com risco de malignidade tireoidiana ✓pacientes com módulos palpáveis ✓pacientes com linfoadenopatia cervical sugestiva de uma lesão maligna CARACTERÍSTICAS SUGESTIVAS DE MALIGNIDADE NA US ✓sólido e hipoecogenicidade (+escuro) ✓contornos irregulares ✓calcificações (microcalcificações, sobretudo) ✓nódulos com altura > largura ✓crescimento extracapsular ✓linfonodos cervicais suspeitos: mais arredondado, perda da revascularização do hilo, presença de microcalcificações Precisa de lobectomia CINTILOGRAFIA DA TIREOIDE avaliação funcional dos nódulos: hipercaptante (quente), normo ou hipocaptante (frio). Capação com o iodo indicações: ✓nódulos + hipertireoidismo (↓TSH): antes mesmo de fazer punção, faz a cintilografia ✓citologia sugestiva de neoplasia folicular 80-95% dos nódulos são “frios” ou hipocaptantes a maioria que é maligno é hipocaptante o diagnóstico vai ser dado pela punção TC E RM avaliação subesternal de bócios mergulhados e compressão ou invasão de estruturas adjacentes PE-scanning com fluorodesoxiglicose: qunado nenhum outro exame confirmou PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA (PAAF) GUIADA POR US principal exame se vai definir se o nódulo é benigno ou maligno há limitações nas lesões foliculares ↓número de cirurgias e ↑detecção pré- operatório de malignidade ACR THYROID IMAGING, REPORTING AND DATE SYSTEM – TI-RADS define novos critérios para PAAF: quando puncionar categorias: ✓benigno ✓minimamente suspeito para malignidade ✓moderadamente suspeito para malignidade ✓altamente suspeito para malignidade CITOLOGIA DA TIREOIDE – SISTEMA BETHESDA Após ter feito o PAAF: classifica I: repetir PAAF em 4-6 semanas se vier mesmo resultado, indica cirurgia se nódulo suspeito II: seguimento com exame físico, US, dosagens dos hormônios tireoidianos III: repetir PAAF em 6-12 semanas se vier mesmo resultado, indica cirurgia se nódulo suspeito e/ou grande testes moleculares: mutações IV: cirurgia se nódulo suspeito ou hipocapnante pela cintilografia V e VI: devem ser submetidos a tireoidectomia TRATAMENTO DO NÓDULO BENIGNO TERAPIA SUPRESSIVA COM LEVOTIROXINA não é mais recomendada pode predispor a osteoporose e alterações cardíacas (arritmias) CIRURGIA crescimento progressivo., queixas compressivas, recorrências de nódulos císticos, opção do paciente INJEÇÃO PERCUTÂNEA DE ETANOL IODO 131 bócio multinodular atóxico nódulo tireoidiano autônomo ABLAÇÃO PERCUTÂNEA COM LASER CARCINOMAS DIFERENCIADOS DA TIREOIDE CARCINOMA PAPILÍFERO mais comum em indivíduos jovens rearranjo RET/PTC e TRL mutações do gene BRAF baixa agressividade e bom prognóstico disseminação linfática: mais para linfonodos cervicais lesões multicêntricas metástases cervicais em 25% e à distância em 5% (pulmão) pior prognóstico em 5-10% ✓idade avançada ✓lesões aderentes e metástases ✓variantes celulares mais agressivas CARCINOMA FOLICULAR ocorre em idades mais avançadas mais em mulheres 10% dos carcinomas diferenciados mais prevalentes em áreas iodoprivas mutações do proto-oncogene RAS e rearranjos PAX8/PPARy disseminação hematogênica (pulmão e ossos) fatores prognósticos ✓idade >45 anos ✓invasividade do tumor ✓metástases ao diagnóstico TRATAMENTO DO CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE ✓cirurgia: pacientes de baixo risco ✓ablação do tecido remanescente ou tratamento das metástases diferenciadas com iodo 131 ✓terapêutica substitutiva com levotiroxina (LT4) TRATAMENTO CIRÚRGICO tireoidectomia total ✓20-80% dos TUs papilíferos são multicêntricos ✓1/3 é bilateraç ✓10% de recorrência no lobo contralateral US cervical pré-operatória ✓exploração linfonodal estratificação do risco pós-cirúrgico: baixo, intermediário e alto RADIOIODOTERAPIA ablação dos remanescentes tireoidianos, destruição de focos microscópicos e metástases indicado em quase todos os pacientes: menos em pacientes de baixo risco níveis de TSH>30 ✓suspensão de LT4 ou TSH recombinante (Thyrogen) tireoglobulina (TG) e AcATG antes da ablação dose ablativa ✓risco intermediário: 30 MCI ✓risco alto: 100 MCI pesquisa de corpo inteiro (PCI) pré-dose ablativa 24-72h depois SEGMENTO DO CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE pesquisa de corpo inteiro dosagens de TG, AcATG, TSH US cervical PAAF de linfonodos, citologia e dosagem da TG em lavado da agulha NÍVEIS RECOMENDADOS DE TSH APÓS TRATAMENTO INICIAL
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