Buscar

RESUMO METABOLISMO DOS LIPÍDIOS Uc3/p1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TUTORIA III 1
🧠
TUTORIA III
Objetivos:
OBJETIVO 01:Descrever o metabolismo dos lipídios e a lipogênese.
Ácidos Graxos:
Visão geral:
1. Os ácidos graxos, os lipídios mais simples, podem ser oxidados para gerar grande 
parte da energia necessária às células em jejum. Excluindo às células cerebrais e 
os neurônios.
2. Os ácidos graxos são precursores na síntese de lipídios celulares mais complexos 
(como por exemplo o triacilglicerol).
3. Apenas dois ácidos graxos são essenciais e devem ser fornecidos na dieta: ácido 
linoléico e ácido linolênico
Os ácidos graxos são compostos de uma cadeia de hidrocarboneto não ramificada com 
um grupo carboxila terminal. Os ácidos graxos de cadeia curta e média, são absorvidos 
diretamente no intestino e são transportados por uma veia porta hepática (não é 
preciso esterificação, devido a carnitina). Enquanto os ácidos de cadeia longa(mais de 
14C), encontrados nos triacilgliceróis (gorduras), e eles exigem um lançador de 
carnitina para que eles sejam oxidados.
Os ácidos graxos insaturados, os de ocorrência natural possuem a configuração cis. A 
oxidação de ácidos graxos insaturados: produzem produtos de degradação que 
causam danos a própria membrana (anemia hemolítica).
Triacilgliceróis:
É uma reserva de energia altamente concentrada, formada pela esterificação de ácidos 
graxos com o glicerol. O excesso de ácidos graxos na dieta e os ácidos graxos 
TUTORIA III 2
sintetizados a partir do excesso de carboidratos são convertidos em triglicerídeos e 
armazenados nas células adiposas.
Fosfolipídios:
São o principal componente das membranas celulares. Agem como agentes tenso 
ativos pulmonares, diminuindo a tensão entre os alvéolos, evita que as vias aéreas 
entrem em colapso. Síndrome da dificuldade respiratória devido a baixa produção de 
surfactante pulmonar e a baixa frequência de trocas gasosas.
A deficiência de carnitina reduz a energia disponível da gordura 
para apoiar a síntese de glicose, resultando em hipoglicemia não 
cetótica.
Metabolismo dos lipídios:
Visão geral:
1. Síntese de ácidos graxos, triacilgliceróis e acetil CoA (ocorre no citoplasma);
2. Formação de citrato (começa na mitocôndria com transportador de 2C);
3. Acetil CoA carboxilase;
4. Regulação de síntese de ácidos graxos ocorre na Acetil Coa carboxilase, e é 
controlada pela insulina, pelo glucagon e pela epinefrina;
5. Fosfolipídios.
A degradação de triacilgliceróis em ácidos graxos e glicerol resulta da ação de três 
enzimas:
1. A lipase de triacilgliceróis do adiposo catalisa a hidrólise do triacilglicerol em ácido 
graxo e diacilglicerol;
2. A lipase hormônio-sensível remove outro ácido graxo do diacilglicerol que se 
converte em mono;
TUTORIA III 3
3. A monoacilglicerol lipase atua formando glicerol e ácido graxo.
 Etapa 01: 
a. lançadeira de citrato→ transporta acetil CoA gerado na mitocôndria para o citosol.
b. O acetil Coa não pode se mover e por isso deve ser convertido em citrato.
c. Citrato sintase → OAA e o acetil CoA sofrem uma condensação irreversível para 
formar de fato o citrato. Transportado através da membrana mitocondrial.
d. Citrato remanescente usado no ciclo do ácido cítrico.
Etapa 02:
a. A citrato liase→ enzima intensificada pela ação da insulina, reação que vai requerer 
ATP.
Etapa 03: 
a. A acetil CoA vai ser convertida em Malonil CoA, um importante intermediário na 
síntese de ácidos graxos. Ela vai limitar se a vid vai progredir ou regredir.
b. A malonil CoA vai inibir a carnitina aciltransferase I. Com isso vai evitar o 
movimento dos ácidos graxos, evitando ciclos fúteis.
Etapa 04:
a. A ácido graxo sintase inicia e alonga a cadeia do ácido graxo → ciclíca.
b. O palmitato é o produto final desse ciclo.
4 moléculas de glicose→ 16 C do ácido palmítico.
Etapa 05: 
a. Produção de malato: o OAA é convertido em malato, pela quebra do citrato.
Etapa 06:
TUTORIA III 4
a. A enzima málica produz um NADPH (pode ser produzida pela pentose fosfato 
também).
b. O NADPH é necessário para a síntese de palmitato e para alongar a cadeia de 
ácidos graxos.
Etapa 07:
a. A conversão de ácidos graxos em triacilgliceróis no fígado e tecido adiposo.
b. As fontes de ácidos graxos elas variam→ síntese do ácido graxo e da hidrólise dos 
quilomícrons (derivados da dieta) ou VLDL( derivados do fígado);
c. DHAP → dihidrose acetona fosfato.
d. O TG vai ser transformado em VLDL nos hepatócitos
No estado alimentado→ os ácidos graxos consumidos ou liberados pelos quilomícrons 
vão ser usados para sintetizar os triacilgliceróis no fígado e no tecido adiposo.
Como podemos diminuir os triacilgliceróis? Diminuindo a ingestão de carboidratos.
TUTORIA III 5
A epinefrina ativa a lipase sensível ao hormônio durante o jejum.
ETAPAS REGULADAS:
1. a etapa irreversível vai ser regulada por: regulação do acetil CoA carboxilase e pela 
ciclagem entre as formas ativas e inativas.
obs.: a insulina no estado alimentado ativa a enzima por desfosforilação.
2. Inibição da acetil CoA carboxilase aumenta a oxidação dos ácidos graxos.
Características únicas dessa via:
TUTORIA III 6
1. síntese de ácidos graxos de cadeia mais longa e ác. graxos insaturados;
2. Compartimentação→ evita a competição entre a síntese de gordura;
3. O tecido adiposo não contém glicerol quinase, portanto a estrutura do glicerol dos 
triacilgliceróis deve ser proveniente da glicólise.
A lipólise nos adipócitos depende da interação das enzimas com a gota de 
triacilgliceróis. A gota é delimitada por uma monocamada de fosfolipídios e colesterol, à 
superfície da qual se associam numerosas proteínas, da família das perilipinas. Elas 
medeiam a fixação das lipases na periferia da gota e o acesso a seus substratos, além 
de regularem a sua atividade. A gota de triacilgliceróis constitui uma organela dinâmica, 
cuja estrutura sofre alterações frente a situações fisiológicas diferentes. A lipólise é 
ativada durante períodos de aumento da demanda de energia por ação hormonal.
O glicerol é pouco reaproveitado pelos adipócitos, que têm baixos níveis de glicerol 
quinase, sendo então liberado na circulação. Em outros tecidos, como fígado e rins, por 
ação desta quinase, é convertido a glicerol 3- fosfato.
Os ácidos graxos liberados dos adipócitos são transportados pelo sangue ligados à 
albumina e utilizados como fonte de energia pelos tecidos, incluindo fígado e músculos;
Atenção!!! O excesso de ácidos graxos vai gerar a má cicatrização de feridas, 
dermatite. A não oxidação dos ácidos graxos vai gerar uma ressintetização 
ocasionando o fígado gorduroso em pessoas alcóolatras. 
Explique a lipogênese.
A lipogênese é a síntese de ácidos graxos que ocorre quando o corpo possui 
energia demais. Dessa forma, o excesso de ATP inibe a enzima isocitrato 
desidrogenase que impede que o Acetil-CoA siga pelo ciclo de Krebs. Dessa forma, 
para que ocorra a síntese o Acetil-Coa (que não consegue passar pela mitocôndria) 
se liga ao oxaloacetato virando CoA + Citrato. O citrato formado passará pela 
mitocôndria e irá para o citosol fazer parte das reações que levarão a lipogênese. O 
citrato que chegou no citosol se transformará novamente em Acetil-Coa + 
oxaloacetato. A lipogênese consiste em ir acrescentando grupos carbônicos (de 2 
carbonos) no Acetil-Coa até formar um ácido graxo maior que geralmente é o ácido 
palmítico (16C). Os dois primeiros carbonos da síntese de ácidos graxos sempre 
vem do Acetil-CoA os outros carbonos que serão acrescentando de 2 em 2 vem do 
malonil-CoA. A união dos carbonos será feita por um sistema enzimático chamado 
TUTORIA III 7
sintase de ácido graxo (composto pelo ACP � proteína carreadora de acila e pelo 
CIS � aminoácido cisteina).
O Mecanismo ocorre da seguinte forma:
1- O Acetil-CoA perde seu agrupamento CoA e os dois carbonos restantes irão se 
ligar a ACP;
2- Depois disso, os dois carbonos saem da ACP e se ligam ao CIS;
3- O próximo passo é a saída do agrupamento CoA do malonil-CoA e a ligação dos 
outros 3 carbonos na ACP;
4- O próximopasso é a saída do CO2 do malonil com liberação de energia, a 
energia liberada irá fazer com que os dois carbonos que estavam ligados no CIS 
saiam e se liguem ao malonil, formando um ácido graxo de 4 carbonos;
5- O NADPH + H irá fornecer dois hidrogênios ao ácido graxo em formação;
6- Uma molécula de água é liberada do ácido graxo em formação o que gera um 
ácido graxo insaturado;
7- A célula pega outro NADPH + H e liga os dois hidrogênios ao ácido graxo em 
formação para gerar um ácido graxo saturado;
8- O ácido graxo em formação sai da ACP e se liga no CIS;
9- Agora os passos de 3 a 8 se repetem até se atingir o número de carbonos do 
ácido graxo desejado (geral 16C);
OBJETIVO 02: Descrever o metabolismo das proteínas e relacionar a biossíntese dos 
aminoácidos.
Catabolismo de Aminoácidos e Proteínas
Apesar das proteínas corporais representarem uma proporção significativa de reservas 
potenciais de energia, elas costumam ser utilizadas na produção de energia apenas em 
situações de jejum prolongado, quando os carboidratos já não estão disponíveis como 
combustível.
Além da sua função como importante fonte de carbono para o metabolismo oxidativo e 
a produção de energia, as proteínas da dieta têm de fornecer quantidades adequadas 
dos aminoácidos que não podemos sintetizar para sustentar a síntese normal de novas 
proteínas.
TUTORIA III 8
A fim da proteína da dieta contribuir tanto para o metabolismo energético quanto para 
o pool (conjunto) de aminoácidos essenciais, a proteína precisa ser digerida em 
aminoácidos livres ou pequenos peptídeos e absorvida no intestino.
A digestão da proteína começa no estômago, por ação da pepsina, em pH baixo 
promovido pela secreção de ácido clorídrico no suco gástrico, que é secretado por 
ação do hormônio gastrina. Em seguida, continua no intestino delgado com a inserção 
de secreções pancreáticas.
O pâncreas libera bicarbonato de sódio para neutralizar o conteúdo gástrico, 
aumentando o pH para aproximadamente 7. Além disso, são secretadas enzimas 
pancreáticas como a tripsina, a quimotripsina e as carboxipeptidades em suas formas 
inativas (zimogênios), que são ativadas no intestino.
Com o auxílio de algumas enzimas proteolíticas localizadas na borda em escova das 
células do intestino delgado, o processo de quebra das proteínas em aminoácidos é 
completado. Depois que todos os di- ou tripeptídeos remanescentes são degradados 
nos enterócitos, os aminoácidos livres são transportados pela veia porta ao fígado para 
o metabolismo energético, ou distribuídos para outros tecidos.
Metabolismo:
As proteínas, como os demais compostos constituintes de um organismo, não são 
permanentes, estando em contínua degradação e síntese. Estima-se que, em um ser 
humano adulto com uma dieta adequada, haja uma renovação (turnover) de 
aproximadamente 400g de proteínas por dia.
A manutenção da concentração de uma determinada proteína é obtida pela síntese 
desta proteína em uma velocidade equivalente a de sua degradação e, embora existam 
variações de concentrações em tempos muitos curtos, em geral, a concentração 
proteica mantém-se constante no indivíduo adulto e hígido.
Uma consequência importante do turnover proteico é restar sempre uma certa 
quantidade de aminoácidos não utilizados, porque o conjunto de aminoácidos gerados 
da degradação de proteínas nunca é igual ao conjunto de aminoácidos necessários 
para compor as proteínas a serem sintetizadas.
Sabendo que não há meio de armazenar aminoácidos em nosso organismo, satisfeitas 
as necessidades de síntese, os excedentes são degradados e seu nitrogênio 
excretado. O conjunto de aminoácidos é utilizado para a síntese de proteínas e de 
TUTORIA III 9
outras moléculas nitrogenadas (os aminoácidos são precursores de todos os 
compostos nitrogenados não proteicos).
Podemos concluir, então, que os aminoácidos sofrem o processo oxidativo em três 
diferentes circunstâncias metabólicas:
Durante a síntese e degradação normal de proteínas, alguns aminoácidos obtidos 
pela degradação são utilizados para a síntese de novas proteínas;
Quando a dieta é rica em proteínas e a ingestão excede as necessidades do corpo, 
tal excesso é degradado, visto que os aminoácidos não podem ser estocados;
Durante o jejum ou em doenças como a diabetes melito, quando os carboidratos já 
não estão mais disponíveis ou não podem ser utilizados, as proteínas celulares são 
utilizadas como combustível.
Em todas essas condições metabólicas, os aminoácidos perdem seus grupamentos 
amino para formar α-cetoácidos, os “esqueletos de carbono” dos aminoácidos. Os α-
cetoácidos sofrem oxidação a CO2 e H2O ou, geralmente mais importante, fornecem 
unidades de 3 e 4 carbonos que podem ser convertidas em glicose.
De um modo geral, as vias de degradação convergem para vias metabólicas centrais. 
No caso do metabolismo dos aminoácidos, todos eles contêm um grupamento amino, 
logo, seu processo de degradação inclui uma etapa chave, na qual o grupamento 
amino é separado do esqueleto de carbonos e desviado para vias específicas de 
utilização de aminoácidos. A cadeia de carbonos é utilizada em rotas metabólicas de 
gliconeogênese e lipogênese, enquanto a parte nitrogenada dos aminoácidos, na forma 
de amônia, é processada em uma vida denomina “ciclo da ureia”.
SE LIGA! Quando os aminoácidos são metabolizados, o excesso de nitrogênio 
resultante deve ser excretado. Uma vez que a forma primária na qual o nitrogênio é 
removido dos aminoácidos é a amônia e, por ser a amônia livre muito tóxica, os seres 
humanos convertem a amônia em ureia, que é neutra, menos tóxica, muito solúvel e 
excretada na urina. Os animais que excretam ureia são denominados ureotélicos. Em 
média, entre os indivíduos, 80% do nitrogênio excretado estão na forma de ureia e 
quantidade menores são secretadas na forma de ácido úrico, creatinina e íon amônio.
Catabolismo:
A degradação dos aminoácidos compreende a remoção e a excreção do grupo amino e 
a oxidação da cadeia carbônica remanescente (α-cetoácido).
TUTORIA III 10
1. Remoção do grupo amino
O primeiro passo no catabolismo da maioria dos aminoácidos (12 deles) é a 
transferência de seus grupos amino para o α-cetoglutarato, formando glutamato.
Aminoácido + α-cetoglutarato ↔ α-cetoácido + glutamato
Estas reações são catalisadas por aminotransferases, também chamadas 
transaminases, enzimas presentes no citosol e na mitocôndria e que têm como 
coenzima piridoxal-fosfato (derivada da vitamina B6).
Este grupo prostético apresenta-se covalentemente ligado ao grupo amino de um 
resíduo específico de lisina no sítio ativo da enzima. As aminotransferases dos tecidos 
de mamíferos aceitam diferentes aminoácidos como substratos doadores de grupo, 
mas seu nome deriva do aminoácido pelo qual a enzima tem mais afinidade. Dois 
exemplos importantes são: aspartato aminotransferase (1) e alanina aminotransferase 
(2).
1. Aspartato + α-cetoglutarato ↔ Oxaloacetato + Glutamato
2. Alanina + α-cetoglutarato ↔ Piruvato + Glutamato
O efeito das reações de transaminação é coletar grupos amino de diferentes 
aminoácidos, na forma de L-glutamato. O glutamato então funciona como doador de 
grupos amino para vias biossintéticas ou para vias de excreção, que levam a 
eliminação de produtos nitrogenados.
O glutamato formado é consumido em duas reações importantes: uma nova 
transaminação e uma desaminação. Por ação da aspartato aminotransferase, o grupo 
amino do glutamato é transferido para o oxaloacetato, formando aspartato, o segundo 
depósito do grupo amino dos aminoácidos
Glutamato + Oxaloacetato ↔ Aspartato + α-cetoglutarato
SE LIGA! A aspartato aminotransferase é a transaminase mais ativa na maioria dos 
tecidos de mamíferos, evidenciando a importância dessa reação, e é uma exceção a 
regra de que as aminotransferases funilam os grupos amino para formar glutamato. Já 
a alanina-aminotransferase, também muito importante, está presente em muitos tecidos 
e catalisa as transferências do grupo amino da alanina para oα-cetoglutarato, 
resultando na formação de piruvato e glutamato. Desse modo, o glutamato atua 
efetivamente como coletor de nitrogênio da alanina.
TUTORIA III 11
Por outro lado, o glutamato pode ser desaminado, ou seja, o grupo amino pode ser 
liberado como amônia (íon NH4+), em pH fisiológico. Esta reação é catalisada pelo 
glutamato desidrogenase, uma enzima mitocondrial, encontrada principalmente no 
fígado. É a única enzima que utiliza NAD+ ou NADP+ como aceptor de equivalentes 
reduzidos.
Glutamato + NADP+ + H2O ↔ α-cetoglutarato + NADPH + H+ + NH4+
A glutamato desidrogenase é específica para o glutamato, não se conhecem 
desidrogenases análogas para qualquer outro aminoácido.
A ação combinada das aminotransferases e da glutamato desidrogenase resulta na 
convergência do grupo amino, na maioria dos aminoácidos, para dois compostos 
únicos: NH4+ e aspartato.
OBJETIVO 03: Esquematizar o ciclo da ureia.
O Ciclo da Ureia ocorre à nível hepático, incialmente na mitocôndria dos hepatócitos, e, 
posteriormente no citosol da célula. A molécula de ureia é composta por dois 
nitrogênios: o primeiro deles compõem o grupo amino derivado da amônia, e o 
segundo compõem o grupamento amino derivado do aspartato. Esses grupamentos 
aminos são destinados à formação de ureia quando não empregados na síntese de 
novos aminoácidos. Nos mamíferos, a ureia é produzida no fígado, transportado aos 
rins e eliminada na urina. Os seres humanos são, portanto, classificados dentro do 
grupo dos animais chamados uricotélicos uma vez que excretam o nitrogênio dos 
grupamentos amino na forma de ureia.
O primeiro nitrogênio da molécula de ureia 
provém da amônia presente no interior da mitocôndria dos hepatócitos. Essa 
amônia, seja ela proveniente da circulação porta ou do metabolismo dos 
aminoácidos, reage com o CO2 que se apresenta na forma de bicarbonato 
(H2CO3), em uma reação dependente de duas moléculas de ATP e catalisada pela 
carbamil fosfato sintetase I, formando o carbamil fosfato.
O carbamil fosfato formado, ao doar seu grupo carbamil para a ornitina, origina a 
citrulina numa reação com liberação de fosfato inorgânico catalisada pela ornitina 
transcarmamilase. Assim, a citrulina formada vai ao citosol dando continuidade às 
reações do Ciclo da Ureia.
TUTORIA III 12
Na etapa seguinte, o segundo grupamento amino que vai compor a molécula de 
ureia entra na reação compondo o aspartato. Esse grupamento amino é adicionado 
por condensação à molécula de citrulina, formando o argininossucina-to. Nesta 
reação, catalisada pela enzima arginino succinato sintetase, há o consumo de uma 
molécula de ATP.
Sobre ação da arginino succinato liase, a molécula de argininosuccinato é clivada 
em fumarato e arginina. Esta última, por fim, é hidrolisada pela enzima citosólica 
arginase restituindo a ornitina – que participara do próximo ciclo – e 
formando a ureia.
Regulação:
Em um indivíduo adulto normal com dieta adequada, estima-se que 30g de ureia são 
excretadas diariamente. Essa quantidade pode variar em duas situações: dieta com 
alto teor de proteína e jejum prolongado. Em casos de dietas ricas em proteína, a 
utilização dos esqueletos carbônicos dos aminoácidos como combustível, aumenta a 
disponibilidade de grupamentos aminos que, excedentes, levarão à produção de ureia. 
Da mesma forma, em casos de jejum prolongado, a quebra de proteínas musculares 
representa grande fonte energética pela via gliconeogênica, enquanto aumenta a oferta 
de grupamentos amino que culminará na produção de ureia. 
A regulação do ciclo ocorre por alteração na velocidade de síntese das quatro enzimas 
do Ciclo da Ureia e por modulação alostérica da enzima carbamoilfosfato sintetase I, 
estimulada por N-acetilglutamato, composto produzido a partir de acetil-CoA e 
glutamato na reação catalisada pela N-acetilglutamato sintetase. Esta enzima, por sua 
vez, é ativada pela arginina. 
Sendo assim, caso a produção de ureia não ocorra em velocidade suficiente para 
eliminar a amônia gerada no catabolismo dos aminoácidos, haverá ao cúmulo de 
intermediários do Ciclo da Ureia, dentre eles a arginina, que estimulará a produção do 
modulador alostérico positivo da enzima reguladora da produção da ureia, permitindo, 
assim, a adequação da velocidade do ciclo.
OBJETIVO 04: Compreender a cetogênese.
O que são corpos cetônicos? Onde são produzidos?
Corpos cetônicos são três compostos (acetoacetato, β-hidroxi-butirato e cetona) 
que apresentam o grupo funcional cetona, produzidos através da quebra de ácidos 
graxos no fígado.
TUTORIA III 13
Os corpos cetônicos são produzidos na matriz mitocondrial das células do fígado.
Explique a cetogênese.
Ocorre quando a pouca glicose no sangue que produz glucagon e promove a 
cetogênese.
O ácido graxo ativado entra no hepatócito e sofre a β-oxidação. A β-oxidação 
produz Acetil-CoA que por sua vez irá sofrer cetogênese. O excesso de Acetil-CoA 
faz com que um Acetil-Coa se ligue a outro formando a Acetoacetil-CoA processo 
que ocorre através da enzima tiolase. A Acetoacetil-CoA por sua vez se liga a outro 
Acetil-CoA formando a HMG-CoA processo que ocorre através da enzima HMG-
CoA sintase. O HMG-CoA sintase é quebrado pela HMG-CoA lilase e vai produzir o 
acetoacetato que é o corpo cetônico.
O acetoacetato pode sofrer redução e formar o β-hidroxi-butirato que é outro corpo 
cetônico.
O que é a condição cetose?
A condição cetose é acidose causada pelo aumento de corpos cetônicos, como no 
caso da acidose diabética; cetoacidose. Quando a produção ultrapassa o 
aproveitamento pelos tecidos extra hepáticos, estabelece se uma condição 
denominada cetose, caracterizada por uma concentração elevada (até centenas de 
vezes maior do que a normal) de corpos cetônicos no plasma (cetonemia) e na 
urina (cetonúria)
Uma pequena quantidade de acetil CoA é normalmente transformada em acetoacetato 
e β hidroxibutirato nos 
hepatócitos de mamíferos. O acetoacetato sofre descarboxilação espontânea, 
originando acetona. Os três compostos são chamados em conjunto, de corpos 
cetônicos2, e sua síntese, de cetogênese. Esta ocorre na matriz mitocondrial, pela 
condensação de três moléculas de acetil CoA em duas etapas. 
Na primeira, catalisada pela tiolase, duas moléculas de acetil CoA originam acetoacetil‐ 
CoA; esta reação, embora transcorrendo no sentido oposto, constitui a última reação 
da última volta do ciclo de Lynen. A reação só ocorre no sentido da síntese quando há 
acúmulo de acetilCoA. A reação de acetoacetil CoA com uma terceira molécula de 
acetil CoA forma 3 hidroxi 3 metilglutaril CoA (HMGCoA). Sua clivagem origina 
acetoacetato e acetil CoA. O acetoacetato produz β hidroxibutirato e acetona. Os corpos 
TUTORIA III 14
cetônicos são liberados na corrente sanguínea, e o acetoacetato e o β hidroxibutirato 
são aproveitados como fonte de energia pelos tecidos extra hepáticos, principalmente 
coração e músculos esqueléticos. Estes órgãos são capazes de utilizar os dois 
compostos por possuírem uma enzima, ausente do fígado, a β cetoacil CoA transferase. 
Esta enzima mitocondrial catalisa a transferência da CoA de succinil CoA para 
acetoacetato, formando acetoacetil CoA e succinato. 
A acetoacetil CoA é um intermediário do ciclo de Lynen e, por ação da tiolase, é cindida 
em duas moléculas de acetil CoA, que podem ser oxidadas pelo ciclo de Krebs. O 
aproveitamento de β hidroxibutirato é feito por sua prévia conversão em acetoacetato, 
catalisada pela β hidroxibutirato desidrogenase. A acetona é volatilizada nos pulmões. 
Em condições em que há grande formação de corpos cetônicos, como o jejum 
prolongado e o diabetes, o cérebro passa a oxidá- los. A alta concentração de corpos 
cetônicos na circulação induz a síntese de monocarboxilato translocase, que permite a 
entrada desses compostos nas células do sistema nervoso central, e a síntese das 
enzimas necessárias para a sua oxidação.
Os corpos cetônicos constituem, portanto, uma forma de transferência de carbonos 
oxidáveis do fígado paraoutros órgãos. Normalmente, apenas uma pequena 
quantidade de acetil CoA é convertida em corpos cetônicos no fígado, já que os seus 
destinos metabólicos principais são a oxidação pelo ciclo de Krebs ou o consumo pela 
síntese de lipídios. A decisão entre os dois caminhos dependerá da situação fisiológica 
vigente. A produção de corpos cetônicos é anormalmente elevada quando a 
degradação de triacilgliceróis não é acompanhada pela degradação de carboidratos. 
Realmente, para a oxidação eficiente de acetil CoA pelo ciclo de Krebs, há necessidade 
de níveis compatíveis de oxaloacetato, para promover a reação de condensação que 
inicia o ciclo. Na ausência de carboidratos, diminui a concentração de piruvato e, 
consequentemente, a sua conversão a oxaloacetato. Ainda mais, quando não há oferta 
de glicose, o organismo lança mão da gliconeogênese que consome oxaloacetato, 
obtido de aminoácidos, principalmente

Continue navegando