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CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 6º Semestre – 2021.2 1 Patologias em Cirurgia Pediátrica Disciplina de Cirurgia Pediátrica FASM MAYARA SUZANO DOS SANTOS TURMA XIV A 6º Semestre – 2021.1 CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 6º Semestre – 2021.2 2 SINAIS DE ALARME NO RN EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA FISIOPATOLOGIA Atresia de esôfago → 1:4000 Obstrução duodenal → 1:6000; muito associado à Sd Down Atresia do delgado → 1:1000 Anomalia anorretal → 1:4000 Megacolo congênito → 1:5000 Hérnia diafragmática congênita → 1:2000; ↑ índice de mortalidade Geralmente decorrente de malformação congênita Período Fetal: ▪ Oligoâmnio → ↓ líquido amniótico por deficiência da sua produção → obstrução do trato urinário ou hipoplasia pulmonar grave ▪ Polidrâmnio → excesso de líquido amniótico decorrente da má absorção deste → atresia de esôfago ou obstrução do TGI Recém nascidos: ▪ Atresia de esôfago → malformação congênita em que o esôfago se forma em fundo cego, não permitindo a passagem de alimento para o estômago; ▪ Obstrução do TGI (atresia duodenal, volvo intestinal, TU ou outro órgão) → malformações congênitas que impedem a progressão dos produtos da digestão no TGI; ▪ Anomalia anorretal → malformação congênita em que não ocorre a formação do ânus, associada ou não a outras anomalias logais (fístula perineal, uretral, cística ou vaginal); ▪ Megacolo congênito → ausencia de inervação mesentérica de forma que um trecho do intestino não apresenta suas funções peristálticas adequadas, formando um grande acúmulo de produto digestivo na porção anterior ao defeito; ▪ Onfalocele e Gastrosquise → defeitos de fechamento da parede abdominal que resultam, respectivamente, em evisceração umbilical ou paraumbilical direita; ▪ Hérnia diafragmática congênita → falha no diafragma permite que o conteúdo abdominal migre para o tórax restringindo o espaço de crescimento dos pulmões, consequentemente ocorre hipoplasia pulmonar → hipertensão pulmonar → hipoxemia + hipercapnia + acidose → morte CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 6º Semestre – 2021.2 3 SINAIS DE ALARME NO RN SINAIS DE ALERTA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 1. Salivação excessiva e Não progressão de sonda oro ou nasogástrica → Atresia de esôfago 2. Abdome distendido e Vomitos biliosos → Obstrução do TGI 3. Ausencia de ânus → Anomalia anorretal 4. Não eliminação do mecônio → Megacolo congênito 5. Malformações da parede abdominal → Onfalocele ou Gastrosquise 6. Dificuldade respiratória e Abdome escavado → Hérnia diafragmática congênita Anomalias congênitas cirúrgicas: podem ser identificadas ainda no período intraútero por meio de USG, RNM, estudo do líquido amniótico e morfologia fetal Avaliação do RN: inspeção e exame físico minuciosos na sala de parto são de fundamental importância para dx e intervenção precoce ▪ Atresia de esofago: no período fetal apresenta polidrâmnio; RX tórax com contraste sem a passagem do mesmo para o estômago ou passa para o pulmão; ▪ Obstrução duodenal: RX de abdome com sinal da dupla bolha; ▪ Atresia do delgado¹: RX abdome com níveis hidroaéreos e distensão de alças ▪ Anomalia anorretal: exame físico completo para identificação da sua ausência ou de fístula ▪ Megacolo congênito: geralmente associado à distensão abdominal e vômitos; toque retal com evacuação explosiva; RX de abdome com dilatação dos colos, RX com contraste demonstra dilatação seguida de zona estreitada (porção doente) ▪ Onfalocele e gastrosquise: USG pré-natal permite sua identificação precoce; pode estar associado à outras malformações ▪ Hérnia diafragmática congênita: ao exame físico, tórax em tonel + abdome escavado e dificuldade respiratória; AP com RHA+ além de MV abolido; AC com bulhas cardíacas deslocadas; RX tórax e abdome com presença de vísceras abdominais no tórax Oligo ou Polidrâmnio: permitem a identificação de algumas alterações que podem ser tratadas ainda intraútero; placentomegalia ou TU cervicais/sacroccocígeos são mau prognóstico Atresia de esôfago: internação, oferta de alimentação parenteral; reestabelecer a via de alimentação por meio da unição dos cotos do esôfago Obstrução duodenal: internação, cx “Diamond Shaped” Atresia do delgado: anastomose término-terminal para restabelecer trânsito intestinal Anomalia anorretal: colostomia para aguardar cx definitiva → Anorretoplastia Sagital Posterior Megacolo congênito: inicialmente colostomia com posterior ressecção do intestino doente (abaixamento do colo) Onfalocele e Gastrosquise: ▪ Abordagem inicial → manusear as vísceras de forma estéril e envolvê-las em campo estéril, manter em DLD para favorecer RV, hidratação e ATB profilático ▪ Cx primária de correção ▪ Confecção de silo de silicone ou bolsa de sangue para proteger as vísceras que estão fora do corpo, diminuindo gradativamente o espaço e estimulando o retorno para o abdome Hérnia diafragmática congênita: ▪ Estabilização clínica da hipertensão pulmonar deve ser feita antes da cx ▪ Cx → Redução das vísceras para o abdome + correção do defeito diafragmático ▪ É possível realizar cx fetal para melhor desenvolvimento pulmonar CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 6º Semestre – 2021.2 4 REFERÊNCIAS: MAKSOUD, João Gilberto. Cirurgia pediátrica/ vol II. [S.l: s.n.], 2003.
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