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CIRURGIA PEDIÁTRICA - 21 Atresia de Esôfago

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CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
1 
 
 
Patologias em Cirurgia 
Pediátrica 
Disciplina de Cirurgia Pediátrica 
FASM 
MAYARA SUZANO DOS SANTOS 
TURMA XIV A 
6º Semestre – 2021.1 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
2 
 
ATRESIA DE ESÔ FAGÔ 
EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA FATORES DE RISCO FISIOPATOLOGIA 
Incidência: 1:3.000/4.000 
nascidos vivos 
 
50-70% associado a 
outras anomatias 
 
Sobrevida 65-100% → 
desenvolvimento 
tecnológico 
Genética: 
alterações genes 
N-MYC, CHD7 e 
SOX-2 
▪ Sd de CHARGE 
→ 
autossômica 
dominante 
 
Outras: 
▪ Transtorno da 
fusão celular 
▪ Insuficiência 
vascular 
Prematuridade (35%) 
 
Classificação de risco: 
A. Peso > 2,5 Kg sem 
anomalias ou complicações 
pulmonares → sobrevida 95 
a 100% 
B. Peso 2-2,5 Kg com 
anomalias moderadas e 
complicação pulmonar 
discreta → sobrevida 50-
65% 
C. Peso < 2 Kg, anomalia e 
complicação pulmonar 
graves → sobrevida 10-20% 
Alteração na septação esôfago-traqueal (4-5ª semana) que prejudica a formação destes órgãos 
→ interrupção da luz esofágiga a nível de sua porção torácica, com ausência de segmento 
(extensão variada) 
▪ Esôfago proximal → curto (fundo entre T1 e T3) dilatado e hipertrofiado → impede 
deglutição do líquido amniótico (a partir da 14ª semana) → polidrâmnio 
▪ Esôfago distal → no tipo + comum, encontra-se fistulado com a face posterio da traqueia; 
apresenta menor calibre, é mais friável → passagem de ar para vísceras abdominais → 
distensão abdominal 
▪ Distância entre os cotos → 1 a 5 cm → quanto maior a distância, maior a dificuldade de 
anastomose término-terminal 
▪ Traqueia → pode ocorrer algum grau de traquomalácia 
 
Malformações assiciadas: anomalias cardíacas (persistência do ducto arterioso), 
gastrointestinais (anomalia anorretal e obstrução duodenal), neurológica, genitourinária, 
esquelética, entre outras 
 
 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
3 
 
ATRESIA DE ESÔ FAGÔ 
QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Sinais e sintomas: 
▪ Pré-natal → polidrâmnio 
▪ Salivação excessiva 
▪ Regurgitação 
▪ Não progressão de SNE 
▪ Abdome escavado (sem fístula) ou 
distensão abdominal (com fístula) 
▪ Broncoaspiração de saliva/leite → 
tosse, dispneia, desconforto 
respiratório e cianose 
 
Complicações: 
▪ PN química → por refluxo 
 
Sd VACTERL: malformações 
▪ V = vertebral 
▪ A = anorretal 
▪ C = cardíaco 
▪ T = traqueal 
▪ E = esofágico 
▪ R = renal 
▪ L = membros 
 
Sd de CHARGE (raro): 
▪ C = coloboma 
▪ H = malformação cardíaca 
▪ A = atresia de coanas 
▪ R =retardo mental 
▪ G = anomaliar genitais 
▪ E = alterações auditivas 
 
Complicações PO: 
▪ Deiscência de anastomose 
▪ Traqueomalácia → estridor, tosse 
▪ Complicações respiratórias 
Condição na qual o esôfago, enquanto 
órgão condutor, se encontra 
anormalmente fechado (sem 
continuidade) 
 
Classificação1: 
A. AE sem fístula (7%) 
B. AE + fístula proximal (1%) 
C. AE + fístula distal (87%) 
D. AE + 2 fístulas (1%) 
E. Fístula sem atresia (4%) 
 
Diagnóstico clínico: identificação dos 
sinais e sintomas 
▪ Classificar 
▪ Avaliação do estado pulmonar → 
AP com roncos difusos e ESC 
▪ Identificar anomalias associadas 
 
Exames complementares: 
▪ RX tórax (com/sem contraste) → 
coto esofágico proximal2,3, sinais 
de pneumonia aspirativa, 
atelectasia 
▪ RX abdome → presença de ar3 = 
fístula; ausência de ar2 = sem 
fístula 
▪ USG antenatal → polidramnio, 
dilatação esofágico e ↓/ausência 
de bolha gástrica 
▪ RNM antenatal → bolsa em 
hipersinal dilatada no tórax 
▪ Broncoscopia → fístula entre 
carina 
Suporte (não é cx de emergência): internação, posicionamento em DLD elevado, hidratação, 
nutrição parenteral, oxigenioterapia, estabilização clínica, manutenção da temperatura, aspiração 
de cavidade oral ou sistema de Venturi de aspiração contínua (drenagem da saliva) 
▪ Prevenir ou tratar complicações pulmonares → ATB precoce 
▪ IOT + VM (se necessário) 
 
Cirúrgico: estabelecimento da continuidade do órgão condutor 
▪ Pode ser aberta ou por toracoscopia 
▪ Posicionamento em DLE, com enfaixamento de cabeça e membros 
▪ Incisão de Marchese4 (toracotomia no triângulo auscultatório D) → incisão cirúrgica à D para 
evitar aorta, 1 cm medialmente a borda medial e ângulo inferior da escápula 
▪ Ligadura da fístula traqueoesofágica4 
▪ Anastomose término-terminal primária4 
▪ Passagem de SNG para moldar e evitar a estenose 
 
Atresia tipo A: geralmente, os cotos são muito distantes impossibilitando uma anastomose 
término-terminal primária 
▪ Long-gap > 3 vértebras (observação ao RX) 
▪ Esofagostomia terminal (para evitar broncoaspiração da saliva) + realizar GTT até momento 
cirúrgico 
▪ Reconstrução (4-12 meses) → Livaditis (miotomia cirvular do coto proximal), Foker (indução 
do crescimento externo por tração 1-2 mm/dia por 10-17 dias), outras → ↑ taxa de insucesso 
Complicações → impactação alimentar, pseudo-divertículo, estenose distal ao divertículo, 
disfagia e dismotilidade 
▪ Esofagocoloplastia → substituição do esôfago pelo colo intestinal via retroesternal 
Complicações → necrose de alça, gístula cervical, refluxo, compressão cardíaca 
 
Pós-cirúrgico: 
▪ Internação em UTIn sob regime de nutrição parenteral 
▪ Complicações → fístula (15-20%), estenose (40%), refluxo gastroesofágico (40%), 
traqueomalácia (78%), recidiva 
▪ Primeira tentativa de alimentação deve ser cuidadosa (uso de contagotas) 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
4 
 
ATRESIA DE ESÔ FAGÔ 
DETALHES IMPORTANTES: 
 QUADRO 1. Embriologia traqueoesofágica 
Primitivamente, existe um único tubo endodérmico comum ao intestino primitivo e ao esboço respiratório, quando, por 
volta do 21-23º dia de vida intrauterina surge no assoalho do intestino anterior primitivo um sulco laringo traqueal que 
cresce e forma septação lateral, separando a porção traqueobrônquica (ventral) da esofágica (dorsal). Ocorre o 
obliteração da transição traqueoesofageal simultaneamente ao rápido alongamento do esôfago. 
 
Classificação das anomalias 
QUADRO 3. RX tóracoabdominal contrastado 
 
AE sem fístula traqueo-esofágica (tipo A) 
Visualiza-se o coto esofágico proximal 
contrastado (seta) e ausência da bolha gástrica 
com hipotransparência das alças intestinais, em 
decorrência da não passagem de ar para estas 
estruturas (AE sem fístula). 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
5 
 
ATRESIA DE ESÔ FAGÔ 
DETALHES IMPORTANTES: 
 
 
 
 
QUADRO 3. RX tóracoabdominal sem contraste 
 
Na primeira imagem, observa-se a não progressão da SNE (seta). Na 
segunda, visualiza-se a presensa de hipertransparência na região da 
transição cervico-torácica. 
Em ambas é possível a visualização de bolha gástrica e distensão 
gástrica/alças intestinais, que ocorre devido a fístula traqueo-esofágica. 
QUADRO 4. Tratamento cirúrgico 
 
 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
6 
 
REFERÊNCIAS: 
MAKSOUD, João Gilberto. Cirurgia pediátrica/ vol II. [S.l: s.n.], 2003.

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