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PETIÇÃO AÇÃO DECLARATORIA

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EXCELENTÍSSIMO(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE LAGUNA - SC
ROBERTO, brasileiro, casado, aposentado, portador do RG nº 0000000 e inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00 (DOC.01), residente na Rua 000, nº 00, bairro 000, na cidade de Laguna/SC, CEP 00.000-000 (DOC.02), e-mail: roberto@e-mail.com, por meio de sua procuradora (DOC.03), vem perante Vossa Excelência, propor:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA INAUDITA ALTERA PARS
em face de GAMA S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ nº 00.000.000/0001-00, Inscrição Estadual nº 0000000, com sede na Rua 000, nº 00, bairro 000, na cidade de Florianópolis/SC, pelos fatos e direito que passa a expor:
I - DOS FATOS
O Autor recebeu uma proposta de serviços da empresa Ré na qual lhe foi ofertado um plano pós-pago de telefonia móvel no dia 00/00/0000.
Considerando que o autor já cliente de outra operadora de telefonia e possui um plano mais vantajoso, acabou por recusar a proposta ofertada.
Em 00/00/0000, ao tentar concretizar a compra de um veículo que estava com oferta especial em razão da redução do IPI por tempo determinado, mediante financiamento, viu frustrado o negócio, ante a informação que seu nome estava inscrito nos órgãos de proteção ao crédito pela empresa Ré.
O Autor questionou sobre a restrição e, lhe foi informado que existia um débito no valor de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais), vencido em julho de 2011.
Na tentativa de resolver a questão, o Autor entrou em contato com a empresa Ré que informou que o Autor confirmou a contratação do serviço na data em que recebeu a ligação com a proposta e que desde então estavam sendo emitidas as faturas.
Ocorre que o autor não efetuou a contratação do plano ofertado e nunca usufruiu dos serviços ofertados pela empresa Ré.
Devido à restrição apontada, o Autor está, via de consequência, impedido de financiar contrato com bancos, realizar compras a prazo ou qualquer outra operação que exija consulta de seu CPF, situação embaraçosa para quem sempre honrou com suas obrigações, e agora enfrenta lastimável abalo em sua integridade, em seu nome e sua honra. (DOC. 04)
Além de ser um débito inexistente, hipoteticamente, se considerado como legítimo, já estaria abrangido pela prescrição por ter transcorrido o prazo de 5 (cinco) anos da constituição do débito até a presente data.
Por se tratar de uma relação de consumo, o Autor vem à presença de Vossa Excelência requerer a aplicação de danos morais e requerer que a empresa Ré retire o nome do Autor dos Serviços de Proteção ao Crédito – SPC, SERASA e congêneres, para ter restabelecida sua honra e dignidade, bem como reparado o dano moralmente experimentado, visto que o suposto débito está sendo cobrado indevidamente, o que coloca o Autor em situação vexatória sem motivos.
II - DO DIREITO
Da Inexistência de Relação Jurídica
Excelência, o Autor nunca possuiu qualquer relação com a empresa Ré, sendo possível a interposição de ação declaratória com o fito de desconstituir relação jurídica (visto que há cobrança de débitos inexistentes) e consequente reparação dos danos, vejamos:
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica.
[...}
É notável o dano produzido injustamente, uma vez que o Autor nunca contratou ou utilizou os serviços da empresa Ré, ou seja, inexiste relação jurídica entre as partes.
Em decorrência da negligência cometida pela Ré, o Autor sofre grandes consequências, pois injustamente teve seu nome negativado, deixou de concretizar a compra de um veículo com descontos consideráveis já que a oferta era por tempo determinado. 
Tal fato é considerado como prova de fato negativo, que deverá ser comprovada pela empresa Ré com a inversão do ônus da prova.
Do Dano Moral
Em decorrência deste incidente, o Autor experimentou situação constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, face à indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo o suficiente para ensejar danos morais.
A conduta da Ré, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome do Autor que permanece nos cadastros do SERASA, de modo que encontra-se com uma imagem de mau pagador, eis que nada deve, tendo em vista que o mesmo não contribuiu com o evento danoso, sendo a empresa Ré inteiramente responsável por sua conduta negligente.
A Constituição Federal de 1988 preceitua em seu artigo 5º, inciso X, que:
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) 
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Diante do narrado, fica claramente demonstrado o absurdo descaso e negligência por parte da Ré, ao cometer imprudente ato, que afrontou o texto constitucional acima transcrito, devendo, por isso, ser condenada à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pelo Autor.
A doutrina sobre o tema explica no que consiste a moral individual:
“A moral individual sintetiza a honra da pessoa, o bom nome, a boa fama, a reputação que integram a vida humana como dimensão imaterial. Ela e seus componentes são atributos sem os quais a pessoa fica reduzida a uma condição animal de pequena significação. Daí por que o respeito à integridade moral do indivíduo assume feição no direito fundamental.” (Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva, José Afonso. 27ª ed. SP: Malheiros Editores LTDA. Pag.201)
Sobre a responsabilidade de reparar o dano no caso em questão, deve-se observar o disposto no caput do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência da culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Segue jurisprudência sobre o tema:
"RECURSO INOMINADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO E DANO MORAL POR INSCRIÇÃO INDEVIDA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. NEGATIVAÇÃO DO CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE PROVA DA RELAÇÃO CONTRATUAL QUE DEU ORIGEM AO SUPOSTO DÉBITO. ÔNUS QUE, NO CASO, INCUMBIA À RECORRENTE. INSCRIÇÃO INJUSTIFICADA. DANO MORAL PRESUMIDO. FORNECEDORA DE SERVIÇOS QUE NÃO ADOTOU AS DEVIDAS CAUTELAS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA, NOS TERMOS DO ART. 14 DO CDC. INEXISTÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIAS EXCLUDENTES DO DEVER DE INDENIZAR. VALOR ARBITRADO QUE NÃO SE AFIGURA EXCESSIVO (R$ 10.000,00). SENTENÇA MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS" (Recurso Inominado n. 0304104-49.2016.8.24.0036, de Jaraguá do Sul, Rel. Des. Marcelo Pons Meirelles, Terceira Turma Recursal, j. 6.5.2020).
O Código Civil Brasileiro em seus artigos 186 e 927 também dispõe acerca do dano moral:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Destaca-se que o dano moral produzido pela empresa Ré é presumível pelo próprio fato, não necessitando o autor provar maiores dissabores além dos já existentes, nesse sentido, o STJ em diversos julgamentos já se posicionou no sentido de que a inscrição indevida em cadastro de inadimplente produz dano moral in re ipsa, pois o próprio fato já gera dano.
No caso do dano in re ipsa, não é necessáriaa apresentação de provas que demonstrem a ofensa moral da pessoa. O próprio fato já configura o dano. Uma das hipóteses é o dano provocado pela inserção de nome de forma indevida em cadastro de inadimplentes, vejamos:
GRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM ARBITRADO. VALOR RAZOÁVEL. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento pacífico de que o dano moral, oriundo de inscrição ou manutenção indevida em cadastro de inadimplentes, prescinde de prova, configurando-se in re ipsa, visto que é presumido e decorre da própria ilicitude do fato. 2. O valor arbitrado pelas instâncias ordinárias a título de danos morais somente pode ser revisado em sede de recurso especial quando irrisório ou exorbitante. No caso, o montante fixado em R$ 8.000,00 (oito mil reais) não se mostra exorbitante nem desproporcional aos danos causados à vítima, que teve seu nome inscrito em órgão de proteção ao crédito em razão de cobrança indevida. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - AgInt no AREsp: 1501927 GO 2019/0134972-5, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 12/11/2019, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 09/12/2019)
O Código de Defesa do Consumidor também se atentou em garantir a reparação de danos sofridos pelo consumidor, como podemos observar no dispositivo 6º, inciso VI: “São direitos básicos do consumidor: VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difuso.”
Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, vez que não existem critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a reparação do dano há de ser fixada em montante que desestimule a empresa Ré repetir o cometimento do ato ilícito.
Ante o exposto, resta claro o dever da empresa Ré reparar o dano moral causado ao Autor, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Da Inversão do ônus da prova
Em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega o fato gerador do direito mencionado ou a quem o nega fazendo nascer um fato modificativo, com a possibilidade de modificação do ônus da prova de acordo com o §1º, do artigo 373 do Código de Processo Civil. 
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
[...]
§ 1.º § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
O Código de Defesa do Consumidor procurou amenizar a diferença de forças existentes entre polos processuais onde se tem num ponto, o consumidor, como figura vulnerável e noutro, o fornecedor, como detentor dos meios de prova às quais o Autor não possui acesso, em face desta problemática que o CDC adotou em seu art. 6º, inc. VIII a inversão do ônus da prova.
Art. 6º: são direitos básicos do consumidor: VIII) a facilitação da defesa de seu direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
Havendo uma relação onde está caracterizada a vulnerabilidade entre as partes, como de fato há, este deve ser beneficiado pelas normas atinentes na Lei nº 8.078/90, principalmente no que tange aos direitos básicos do consumidor.
In casu, salienta-se o Autor como consumidor hipossuficiente, comprovando-se assim a veracidade das alegações, o que torna plausível e presentes os requisitos para concessão da inversão do ônus da prova.
Diante exposto com os fundamentos acima pautados, requer o Autor a inversão do ônus da prova, incumbindo o Réu à demonstração de todas as provas referente ao pedido desta peça, principalmente no tocante a relação jurídica (contratual) entre as partes.
Da Concessão da Tutela de Urgência 
São requisitos para a concessão da tutela de urgência o fundamento da demanda que evidencie a probabilidade do direito e o justificado receio de ineficácia do provimento final, em síntese o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”. Assim dispõe a Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do Consumidor:
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
§ 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficiência do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.
E destaca-se ainda o Código de Processo Civil que diz:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
O Autor sofre impactos econômicos negativos. O registro do seu nome no Serasa está lhe causando restrições de crédito, porquanto, como já fora enunciado preteritamente, tal fato prejudica o exercício regular de certos atos da vida civil em que existam concessão e aquisição de crédito como financiamentos, compra por meio de crediário e outros da espécie.
Sendo inexistente a relação jurídica entre as partes e consequentemente o débito inscrito em nome do Autor, não subsiste razões para a manutenção do seu nome no cadastro e, por via de consequência, impera que se retire o nome dos registros.
Considerando que a inexistência de relação jurídica com a parte Ré é impossível de ser comprovada pelo Autor, que necessitará da inversão do ônus da prova para demonstração de tal fato e, levando em consideração a hipotética existência de relação jurídica e comprovação do débito, ainda assim, resta demonstrado a irregularidade na inscrição do nome do autor nos órgãos de proteção ao crédito, tendo em vista que eventual débito estaria prescrito porquanto tem vencimento em 07/2011, conforme a documentação anexa.
Nesta linha de raciocínio, para a concessão da liminar, estão presentes os requisitos do “fumus boni juris” e do “periculum in mora”.
O primeiro caracteriza-se mediante a evidência do direito a ser protegido. No caso em tela, este se faz presente tendo em vista o documento que aponta a existência da inscrição no nome do Autor no cadastro restritivo.
Quanto ao ‘periculum in mora’, este exsurge do perigo do Autor continuar a ficar impossibilitado de praticar todos os atos negociais em que se necessita o nome “limpo” nos cadastros de proteção de crédito, em caso de não haver o deferimento imediato da presente liminar.
Observa-se que a concessão da tutela ora requerida não acarreta dano algum à parte Ré, bem como não há qualquer perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, haja vista se tratar de mera retirada do nome do Autor do Serasa.
Sendo assim, restam demonstrados o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”, pede-se, então, que este juízo determine a retirada do nome da parte autora do cadastro de proteção de crédito relativamente à dívida inexistente.
III - DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) Em razão da verossimilhança dos fatos ora narrados e do perigo eminente, requer a concessão de tutela antecipada inaudita altera pars, para que se retire a inscrição em nome do Autor do Serasa, no que toca à dívida discutida nos autos;
b) Seja concedida a inversão do ônus da prova, dada a verossimilhança dos fatos e a prerrogativa disposta do CDC, segundo art. 6º, VIII, do CDC;
c)Designação de audiência prévia de conciliação;
d) Seja citada a empresa Ré para, querendo, contestar a presente, devendo comparecer nas audiências de conciliação e instrução/julgamento, sob pena de revelia e confissão;
e) Julgar a presente procedente, por sentença, no intuito de declarar a inexistência dos débitos ora cobrados pela Ré; condenando a mesma à retirada do nome do Autor do cadastro de inadimplência e ao pagamento indenizatório, de cunho compensatório e punitivo no valor de R$ 15.000,00 (dez mil reais) à título de dano moral, ou, então, em valor que esse Juízo fixar, pelos seus próprios critérios analíticos e jurídico;
f) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, inclusive prova testemunhal, depoimento pessoal da representante da demandada sob pena de confissão, juntada ulterior de documentos e tudo mais que se fizer necessário para a perfeita resolução da lide, o que fica, desde logo, requerido;
g) Conceder os benefícios da gratuidade judiciária com base no art. 98 do CPC, em razão do Autor tratar-se de pessoa hipossuficiente, não tendo meios de custear as despesas processuais e de arcar com o preparo de eventual recurso sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família (DOC. 05).
Dá-se à causa, o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Laguna (SC), 15 de agosto de 2020.
_______________________________________________
TAINÁ FARIAS ROSA FERMINIO
ROL DE DOCUMENTOS
01 – CARTEIRA DE IDENTIDADE
02 – COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA
03 – PROCURAÇÃO
04 – COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO
05 – CARTEIRA DE TRABALHO

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