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SÍNDROME 02 ICTERÍCIA FISIOPATOLOGIA A icterícia reflete perturbações no balanço entre a produção e o clareamento hepático da bilirrubina, caracterizada pela coloração amarelada de pele, mucosas e esclera. A coloração se deve a deposição de bilirrubina em determinados locais - hiperbilirrubinemia. METABOLISMO DO HEME A bilirrubina é o principal produto de degradação do heme, um grupo proteico cujas fontes no organismo são: hemoglobina, mioglobina e hemoproteína. A principal fonte é a hemoglobina, proveniente da quebra de eritrócitos maduros. ● hemoglobina apresenta 4 unidades de globina, cada uma com um grupo heme (afinidade pelo oxigênio) ○ em adultos normais são quebrados 35g de hemoglobina (300 mg de bilirrubina) ● mioglobina apresenta 1 unidade de globina, portanto 1 grupo heme O heme é sintetizado nas células aeróbias por meio de uma cadeia complexa de enzimas: a via porfirina, no qual o heme é originado a partir do produto entre um átomo de ferro e protoporfirina IX. Em condições fisiológicas, órgãos do sistema endotelial, ou seja, as células do baço (reticuloendotelial), fígado e medula óssea sequestram a maioria dos eritrócitos normais da circulação após 120 dias e realizam a lise dos eritrócitos e degradação da hemoglobina para liberar a biliverdina por meio da enzima heme oxigenase. OBS: as hemácias são selecionadas após 120 dias porque ocorre uma alteração no seu formato!! Nos órgãos endoteliais, a biliverdina é convertida em bilirrubina não conjugada (ou indireta) por meio da enzima biliverdina redutase, assim se tornando uma forma de bilirrubina lipossolúvel OBS: biliverdina é o heme sem o ferro!! PATOLOGIAS NO METABOLISMO DO HEME Doenças que causam esplenomegalia (aumento do baço) podem aumentar a quantidade de bilirrubina indireta e levar a icterícia. Além disso, problemas nos hepatócitos geram defeitos na captação da bilirrubina e sua conjugação, causando um aumento de bilirrubina indireta e icterícia. Sabrina Carvalho Miname METABOLISMO DA BILIRRUBINA Em sequência ao metabolismo do heme, a bilirrubina não conjugada se liga irreversivelmente a albumina (produzida pelo fígado), formando um composto que será transportado pelo plasma. A bilirrubina só se solta da albumina nos sinusóides (nome dado ao capilar terminal) e é transportada através da membrana plasmática dos hepatócitos com proteínas transportadoras. Com isso, ela é transferida para dentro dos hepatócitos e se liga a ligandina (proteína citoplasmática que impede o efluxo de bilirrubina do hepatócito para o plasma) e ácido glicurônico. Dentro da célula a bilirrubina não conjugada chega ao RE, onde é convertida pela enzima UDP-glicuronosil tarnsferase, que a transforma em compostos solúveis em água como micoglicuronato e diglicuronato de bilirrubina, que irão formar a bilirrubina conjugada. A excreção da bilirrubina para o canalículo biliar requer energia e é muito suscetível a comprometimento quando há lesão hepática!! ● no caso de lesões ocorre uma menor excreção de bilirrubina para a bile e regurgitação da bile para o sangue, de modo que a bilirrubina se liga a albumina de forma irreversível e reversível ○ irreversível: complexos que não são filtrados pelos rins e podem ser detectados na circulação até semanas depois do tratamento da icterícia ● uma deficiência de energia pode levar a não excreção de bilirrubina, importante diferenciar com a síndrome colestática. Caminho da bile quando secretada do hepatócito: canalículos biliares, dúctulos biliares, ductos biliares, ductos hepáticos, ducto hepático comum, ducto cístico, ducto biliar comum e duodeno. A bilirrubina direta é polar, ou seja, não absorvida pelo intestino delgado. Mais tarde ela será hidrolisada por enzimas bacterianas, formando o urobilinogênio. O urobilinogênio pode ter 3 destinos: ser absorvido para os rins ou sofrer transformações no intestino. ● nos rins, o urobilinogênio é oxidado e se torna urobilina (cor da urina) ● No intestino ele se desenvolve em estercobilinogênio, que será oxidado em estercobilina (cor das fezes) Sabrina Carvalho Miname ● volta para o hepatócito e vai sofrer de novo o ciclo enterohepático, sendo eliminado pela via biliar BILIRRUBINA NA ICTERÍCIA ● conjugada: solúvel em água, permitindo a penetração em fluidos corporais - gera graus + acentuados de icterícia; o aumento da biliverdina pode tornar a pele esverdeada ● não conjugada: fortemente ligada a albumina, não sendo filtrada por glomérulos, túbulos renais e não secretada na urina Normal Patológico Excreção biliar Pouca quantidade é reexcretada do fígado na bile e pelos rins Reexcreção biliar de urobilinogênio, levando a uma maior parcela eliminada na urina Fezes Urobilinogênio e urobilina Diminuição ou ausência de excreção de bilirrubina na luz intestinal (fezes + claras chamadas de acolia fecal) Urina Traços de bilirrubina; a urobilina é responsável pela coloração normal amarela do xixi Bilirrubina indireta não é filtrada nem excretada - uma parte se liga a albumina e outra permanece não ligada a nada (filtrada pelos rins e eliminada em urina) - urina de cor escura claramente alterada (colúria) Sabrina Carvalho Miname CARACTERES PROPEDÊUTICOS A icterícia reflete perturbações no balanço entre a produção e o clareamento hepático da bilirrubina, caracterizada pela coloração amarelada de pele, mucosas e esclera. É clinicamente detectada quando ultrapassa 2-3mg/100ml (normalidade: 0,3 a 1 mg/100ml) INÍCIO ● súbito ou agudo: pode indicar hepatite viral (A e E oral fecal, B e C sanguinea) ou medicamentosa ● gradua: relação com cirrose, interrupção de canais biliares e hepatite crônica ● flutuante: icterícia que “vai e volta” (ver em evolução) CAUSAS ● destruição aumentada de hemácias, com rápida liberação da bilirrubina no sangue ○ doenças nas quais ocorre hemólise ○ septicemia ○ malária ● obstrução de ductos biliares ou lesão de células hepáticas ○ hepatite infecciosa ○ hepatopatia alcoólica ou por medicamentos ○ lesões obstrutivas das vias biliares extra hepáticas (litíase biliar por ex) FATORES DESENCADEANTES Doenças como hepatite infecciosa, hepatopatia alcoólica ou por medicamentos, leptospirose, malária, dengue, septicemia, lesões obstrutivas das vias biliares etc LOCALIZAÇÃO A bilirrubina apresenta afinidade por tecido elástico, o que explica a maior ocorrência de icterícia em tecidos como pele, mucosas e conjuntiva ocular, mas a bilirrubina pode estar na urina, suor, sêmen e leite também. ● é um sinal muito comum em doenças hepáticas, mas não indica necessariamente uma doença hepática ● pode determinar xantopsia: visão amarelada CLASSIFICAÇÃO ● icterícia com palidez ou flavínica: bilirrubina indireta - amarelo claro ● verdinica: bilirrubina direta - verde musgo ● melânica: verde escuro (é a verdínica de longa duração) Sabrina Carvalho Miname ● rubínica: bilirrubina direta com vasodilatação (ocorre na leptospirose) - cor alaranjada FISIOPATOLOGIA RESUMIDA A icterícia reflete perturbações no balanço entre a produção e o clareamento hepático da bilirrubina, e a coloração se deve a deposição de bilirrubina em determinados locais - hiperbilirrubinemia. ● hiperbilirrubinemia conjugada ○ baixa excreção de bilirrubina: pode ser causada por doenças hereditárias (como síndrome de Dubin e síndrome de Rotor) ou desordens adquiridas (como drogas, sepse etc) ■ dubin: defeito na expressão do gene MRP2, que impede a excreção do glicuronídeo e desenvolve icterícia ■ rotor: fígado histologicamente normal com as mesmas características de dubin ○ obstrução biliar extra hepática: cálculo, colelitíase, coledocolitíase, estenose ou tumor ○ multifatorial: doença hepatocelular (cirrose e hepatite), sepse, colestase, colecistite, colangite e icterícia neonatal ● hiperbilirrubinemia não conjugada ○ maior produção de bilirrubina: eritropoiese ineficaz*, hemólise (maior degradação da hemoglobina e aumento da não conjugada no plasma, geralmente por doenças como anemia falciforme) ; pode ocorrer em doenças como malária, leptospirosee eritroblastose fetal ■ na eritropoiese ineficaz o fígado consegue captar o excesso mas não o suficiente, causando um aumento de urobilinogênio - isso leva a uma alteração na eritropoiese (processo de maturação de eritrócitos e hemácias na medula óssea) ■ a eritropoiese ineficaz se caracteriza quando uma parcela de eritroblastos não conseguem completar seu desenvolvimento, às vezes por doenças como anemia micro e macrocítica ○ diminuição da captação hepática: drogas, jejum e sepse (relação com eritropoiese e icterícia neonatal) ○ diminuição da conjugação: ■ deficiência hereditária como síndrome de Gilbert (leve diminuição da atividade enzimática da grucuronosiltransferase em níveis menores que 6mg/100ml), síndrome de Crigler-Najjar e síndrome de Lucey Driscolli Sabrina Carvalho Miname ■ deficiência adquirida como drogas, sepse, doença hepatocelular ou pelo leite materno ( 3 a 5 dias após o nascimento) ○ proteinúria: perda de albumina também é um modo de despertar a bilirrubina indireta, porque não tem como se ligar a albumina se não tiver albumina Em pessoas negras percebe-se uma coloração amarelada na esclera pelo acúmulo de gordura na conjuntiva, dificultando o diagnóstico da icterícia. OBS: em hiperbilirrubinemia não conjugada há icterícia mas não há colúria e nem acolia fecal, mas na conjugada tem icterícia e colúria (acolia fecal pode ter ou não) ● isso ocorre porque a bilirrubina indireta é lipossolúvel e apolar TIPOS Existem 3 tipos de icterícia. ● icterícia pré hepática ou hemolítica ○ provocada por hemólise de hemácias ○ função excretora do fígado está comprometida, mas as hemácias são hemolisadas tão rápido que as células hepáticas não podem excretar a bilirrubina com a mesma intensidade em que é formada ○ concentração plasmática de bilirrubina se eleva acima de níveis normais, levando a um aumento na formação de urobilinogênio, que será absorvido pelo sangue e depois excretado pela urina ● icterícia pós hepática ou obstrutiva ○ provocada pela obstrução de ductos biliares ou doença hepática ○ decorre de um cálculo biliar ou câncer que vão bloquear o ducto biliar comum ou decorre de uma lesão nos hepatócitos que ocorre devido a uma hepatite (nesse caso a bilirrubina é normal mas não passa para o intestino) ○ devolvida ao sangue pela ruptura de canalículos hepáticos congestionados, drenando de forma direta a bile para a linfa que deixa o fígado; a maior parte da bilirrubina no plasma é do tipo conjugado ● icterícia hepatocelular ○ hepatocelular: provocada por defeitos de excreção e déficits funcionais, como síndrome de Rotor (desordem hepática rara, genética e benigna), síndrome de Dubin-Johnson (doença rara hereditária) ou adquirida (drogas, álcool, hepatite) Sabrina Carvalho Miname ○ canalicular: medicamentosos (esteroides), cirrose (lesão no fígado e diminuição da atividade hepática), atresia de vias biliares, colangite esclerosante e clangiocarcinoma ○ extra hepática: benigna (colelitíase, coledocolitíase, atresias) ou maligna (câncer de vias biliares) ○ intrínsec: neoplasias da papila, colédoco e vesícula ○ extrínseca: neoplasias do pâncreas ● icterícia em recém nascidos ○ 60% desenvolve níveis séricos de bilirrubina superiores a 5mg % ○ é a patologia + frequente em recém nascidos ○ a icterícia no bebê é normalmente fisiológica, e ocorre porque o fígado deles ainda não está maduro e não consegue captar albumina suficiente para transportar bilirrubina indireta e conjugá-las ■ o aumento da bilirrubina indireta é fisiológico ■ o aumento da bilirrubina direta é patológico (colúria + icterícia) ○ é normalmente indireta e facilmente detectada no exame clínico, mas sua quantificação depende da dosagem de bilirrubina no bebê, que pode ser medida pelo exame de sangue convencional ou avaliação transcutânea ○ o banho de luz melhora a icterícia do bebê porque consegue alterar a morfologia da bilirrubina indireta, fazendo com que ela fique + solúvel ■ só ajuda se for indireta!! ○ Kernicterus: complicação da icterícia neonatal que acontece devido ao excesso de bilirrubina no sangue, o que é tóxico e aumenta o risco de lesão no cérebro do bebê ■ isso ocorre porque a bilirrubina não conjugada é lipossolúvel e tem afinidade pelo SNC ■ pode causar retardo ou atraso psicomotor ○ zonas de Kramer ■ 1: icterícia de cabeça e pescoço (bilirrubina total (BT) = 6mg/dl) ■ 2: icterícia até o umbigo (BT = 9 mg/dl) ■ 3: icterícia até os joelhos (BT = 12) ■ 4: icterícia até os tornozelos (BT = 15) ■ 5: icterícia até a planta dos pés (BT > 8g/dl) Sabrina Carvalho Miname OBS: ERITROBLASTOSE FETAL Um bebê que nasce com eritroblastose fetal pode desenvolver anemia e icterícia. Isso ocorre geralmente na segunda gestação, após a mãe Rh- ter gerado um filho Rh+, devido ao contato entre a mãe e o filho no primeiro parto. Esse contato entre os sangues faz com que a mãe desenvolva anticorpos contra os antígenos existentes nas hemácias do Rh+. Na segunda gestação, esses anticorpos compõem a placenta e levam a hemólise do segundo filho. OBS: essa reação não acontece sempre DURAÇÃO Em recém nascidos aparece entre o 2o e 3o dias de vida e dura em média 10 dias. Em adolescentes, adultos e idosos não há dados. EVOLUÇÃO ● icterícia fisiológica: inicia após 24h de vida ○ RN tem pico máximo (12,9) entre 3o e 5o dia de vida e resolução entre 6 a 10 dias de vida ● icterícia não fisiológica: é precoce (antes de 24h de vida) e alcança níveis de fototerapia, aumento de bilirrubina mais que 0,5 mg/dl por hora e é prolongada, podendo ter sinais e sintomas associados ● icterícia patológica: início precoce, elevação rápida de bilirrubina indireta e níveis indicativos de fototerapia ● icterícia flutuante: ocorre quando o paciente relata que houve períodos de melhora da icterícia com piora posteriormente; sugestivo de neoplasia ou cálculo nas vias biliares ● OBS: a icterícia a longo prazo pode tornar o paciente esverdeado pela conversão de bilirrubina em biliverdina!! INTENSIDADE ● intensa: cálculo biliar, cirrose ou tumor (diretas) ● discreta: hemólise, baixa albumina, síndrome de Gilbert (indiretas) ● variável: cálculo, hemólise e cirrose FENÔMENOS QUE ACOMPANHAM Muitos sinais e sintomas podem acompanhar a icterícia, podendo variar de caso a caso. Os principais são ● dor no hipocôndrio direito ou esquerdo ○ surda (contínua, leve, imprecisa) no hipocôndrio direito associada a febre; suspeita de hepatite ○ cólica biliar: cálculo no hipocôndrio direito Sabrina Carvalho Miname ○ em faixa: hipocôndrio esquerdo acompanhada de vômito; indica suspeita de pancreatite ● prurido: coceira causada pela impregnação de sais biliares (+ comum na não conjugada) ● astenia: fraqueza que não melhora com repouso ● febre ○ baixa sem calafrios: hepatite aguda viral e hepatite alcoólica ○ alta com calafrios: contaminação bacteriana da bile ou hepatomegalia dolorosa ● calafrios: sensação momentânea de frio com ereção de pelos ● lipotimia: o paciente sente que está prestes a desmaiar mas não perde a consciência No caso de anemias hemolíticas constitucionais, um defeito no sistema imune ataca as hemácias, podendo levar a intensificação de palidez, astenia, lipotimia e dores osteomusculares. Na leptospirose temos febre e mialgia em panturrilhas. FATORES DE MELHORA OU PIORA A icterícia flutuante é uma exceção desse item, porque é caracterizada pela icterícia inconstante. Dos fatores de melhora existem relatos de “ chá de quebra pedra”, um medicamento fitoterápico usado pelo próprio paciente, mas não há evidências clínicas. O fator mais significativo de melhora é resolução da obstrução se houver e um tratamento adequado ao caso e banho de sol em caso de hiperbilirrubinemia não conjugada. Dos fatores de piora a ingestão de alimentos gordurosos pode piorar a dor no hipocôndrio direito, porque leva a movimentação da inflamação da vesícula. DIAGNÓSTICO POR EXAME DE SANGUE É necessário medir bilirrubina direta, indireta, enzimas hepatocelulares e canaliculares. Os resultados ajudam a diferenciar colestasee disfunção hepatocelular. ● colestase: obstrução de fluxo biliar ○ elevação moderada de aminotransferases (< 200 U/L) ○ elevação de fosfatase alcalina (3x acima do normal) ● disfunção hepática: lesão nos hepatócitos ou na saída da bile do fígado ○ elevação significativa de aminotransferase (> 50 U/L) ○ elevação moderada de fosfatase alcalina (menos de 3x maior que o normal) ○ OBS: nesse caso se usa os indicadores AST(aspartato) e ALT (alanina) também, porque se tiverem muito alterados podem indicar infecção viral Sabrina Carvalho Miname PERÍODOS DE SEMELHANÇA E DISSEMELHANÇA ● icterícia x carotenemia ○ a carotenemia é uma condição em que ocorre xantoderma (coloração amarelada da pele) e aumento de betacaroteno no sangue, normalmente devido ao consumo elevado de betacarotenoides (cenoura, abóbora etc) ○ na carotenemia não ocorre amarelamento da esclera ● icterícia em pessoas negras/pretas ○ negros normalmente possuem coloração amarelada da esclera pelo acúmulo de gordura na conjuntiva, o que dificulta o diagnóstico da icterícia TERMOS IMPORTANTES Definição Detalhes Colelitíase: cálculos no interior da vesícula biliar ● dor no hipocôndrio direito após a ingesta de alimentos gordurosos ● pode desenvolver icterícia quando obstrui a saída da vesícula e impede a passagem da bile, mas não é comum por causa da anatomia ● cálculo de colesterol (50% monoidrato de colesterol) ou pigmento (20% de colesterol) Colecistite: inflamação aguda da vesícula biliar pode ser causada por obstrução dos ductos cístico e pode causar icterícia se obstruir a passagem da vesícula Coledocolitíase: presença de cálculo no colédoco (ducto biliar comum) pode causar icterícia devido a possível movimentação da pedra, que pode obstruir ou desobstruir a passagem da bile Colangite: infecção dos canais biliares por bactérias após a obstrução, já que a bile parada favorece a proliferação de bactérias pode causar icterícia, febre ou dor UMA COLEDOCOLITÍASE PODE LEVAR A COLAGINTE!!! ● outros termos ○ síndrome colestática: ictericia, colúria(urina escura pq há presença de bilirrubina direta) e acolia fecal (fezes claras porque a bilirrubina direta não consegue chegar no intestino) ○ tríade de Charcot: dor, icterícia e febre (nem todo paciente que tem a tríade tem colangite) Sabrina Carvalho Miname ○ neoplasia no pâncreas, fígado é um exemplo de maligno, porque interrompe a passagem da bilirrubina. ○ Cirrose: substituição do tecido celular, não conseguindo nem captar a bilirrubina indireta ○ Colúria: urina com cor escura semelhante a coca-cola, devido a quantidade de bilirrubina presente (indica que uma parte da bilirrubina não se ligou a albumina quando deveria e por isso foi excretada na urina) ○ Acolia: fezes claras (porque a bilirrubina não chega ao intestino) ICTERÍCIA NA ANAMNESE ● idade: pode auxiliar na etiologia ○ crianças e adultos: hepatite A ○ idosos:câncer de vias biliares ● profissão: exposição a infecções virais ● procedência/viagens: áreas endêmicas de malária, hepatite etc ● raça: negros apresentam maior incidência de anemia falciforme ● hábitos: hepatites B e C são + comuns em usuários de drogas injetáveis ● antecedentes: transfusões de sangue, histórico de hepatite ● uso de medicamentos: pode levar a lesões hepáticas Sabrina Carvalho Miname
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