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AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO DE UMA INDÚSTRIA QUÍMICA Agnaldo Barreto de Sá Jr. André Luiz de Souza Marques Claudio Violante Ferreira Daniela Caetano Bruno Marcelo José Colaço Marcelo Moreira Mejias Renato Valente Ferreira MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO DA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO. Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc., Eng. Seg. Trab.- Orientador / UFRJ RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL SETEMBRO DE 1999. ii AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO DE UMA INDÚSTRIA QUÍMICA Agnaldo Barreto de Sá Jr. André Luiz de Souza Marques Claudio Violante Ferreira Daniela Caetano Bruno Marcelo José Colaço Marcelo Moreira Mejias Renato Valente Ferreira MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO DA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO. Aprovada por: __________________________________________________________ Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc., Eng. Seg. Trab.- Orientador / UFRJ __________________________________________________________ Prof. Cláudia do Rosário Vaz Morgado, D.Sc., Eng. Seg. Trab. / UFRJ __________________________________________________________ Prof. Eduardo Linhares Qualharini, D.Sc., Eng. Seg. Trab. / UFRJ __________________________________________________________ Prof. Simone Dias Cabral, M.Sc., Eng. Seg. Trab. / UFRJ __________________________________________________________ Prof. Vilmar Augusto Azevedo Miranda, M.Sc., Eng. Seg. Trab. / UFRJ RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL SETEMBRO DE 1999. iii SÁ JR., AGNALDO BARRETO DE MARQUES, ANDRÉ LUIZ DE SOUZA FERREIRA, CLAUDIO VIOLANTE BRUNO BRUNO, DANIELA CAETANO COLAÇO, MARCELO JOSÉ MEJIAS, MARCELO MOREIRA FERREIRA, RENATO VALENTE Avaliação da Segurança do Trabalho de Uma Indústria Química [Rio de Janeiro] 1999 xi, 195p. 29,7 cm (EE/UFRJ, Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, 1999) Monografia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Engenharia 1. Segurança do Trabalho 2. Indústria Química I. EE/UFRJ II. Título (série) iv Dedicamos este trabalho a todos aqueles que acreditam em nosso país. v AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus por ter nos dado saúde. Aos nossos pais, que muito ajudaram em nossa vida. Aos amigos e parentes pela ajuda moral. Ao nosso orientador, professor Assed Naked Haddad, pelo tempo dedicado na ajuda da elaboração de nosso trabalho. Ao engenheiro Newton Freitas e demais funcionários da empresa estudada pela atenção e boa receptividade que nos foi dada. Ao professor Vitor Ferreira Romano e a todos os funcionários do Laboratório de Robótica da COPPE pela permissão na utilização dos recursos do Laboratório. vi Resumo da Monografia apresentada à Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO DE UMA INDÚSTRIA QUÍMICA Agnaldo Barreto de Sá Jr. André Luiz de Souza Marques Claudio Violante Ferreira Daniela Caetano Bruno Marcelo José Colaço Marcelo Moreira Mejias Renato Valente Ferreira Setembro / 1999 Orientador: Assed Naked Haddad Pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho Resumo: Este trabalho consiste na avaliação dos aspectos relativos à segurança e saúde dos trabalhadores de uma empresa química. Através de visitas, entrevistas com os funcionários, medições de algumas condições ambientais, fotografias, filmagens e inspeções visuais tanto dos processos como do arranjo físico da indústria, procurou-se identificar atos e condições inseguras nos locais de trabalho, analisá-las através de métodos e mecanismos de organização e, por fim, propor algumas soluções de forma a minimizar os riscos encontrados, com a criação de medidas de proteção e, especialmente, de prevenção da ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho. As principais propostas deste trabalho foram o redimensionameto do sistema de proteção contra incêndios, um programa de ergonomia e a criação de um layout, comprometendo o aumento da produtividade da planta com a minimização dos riscos de acidentes. A metodologia utilizada para sua elaboração foi baseada em normas técnicas, normas e conceitos sobre segurança do trabalho e em conhecimentos adquiridos durante o curso de Pós-Graduação. vii SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS................................................................ .... 1 1.1 - Localização e descrição dos estabelecimentos............................................... 1 1.1.1 - Classificação segundo o grau de risco................................................... 5 1.1.2 - Mapas de Riscos ................................................................ ................... 8 1.2 - Relação dos produtos fabricados................................................................ ... 11 1.3 - Descrição das edificações................................................................ ............... 14 1.4 - Condições Sanitárias................................................................ ....................... 19 1.5 - Recomendações................................................................ ............................... 21 CAPÍTULO 2 - PROCESSOS INDUSTRIAIS............................................................. 22 CAPÍTULO 3 - INSPEÇÃO DE SEGURANÇA........................................................... 26 3.1 - Atos Inseguros ................................................................ ................................ . 26 3.2 - Condições ambientais de insegurança .......................................................... 27 CAPÍTULO 4 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO) ................................................................ ................................ ................... 29 4.1 - Análise do estabelecimento ................................................................ ............ 29 4.2 - Recomendações................................................................ ............................... 31 CAPÍTULO 5 - RISCOS QUÍMICOS ................................................................ .......... 32 5.1 - Atividades insalubres ................................................................ ...................... 34 5.2 - Atividades perigosas ................................................................ ....................... 35 5.3 - Recomendações................................................................ ............................... 37 viii CAPÍTULO 6 - RISCOS FÍSICOS................................................................ .............. 38 6.1 - Ruído................................................................ ................................ ................. 38 6.2 - Calor................................................................ ................................ .................. 40 6.3 - Recomendações................................................................ ............................... 42 CAPÍTULO 7 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .............................. 43 7.1 - Definição dos EPI’s ................................................................ .......................... 43 7.1.1 - Grupos de EPI ................................................................ ..................... 43 7.1.2 - Definiçõesdos termos utilizados.......................................................... 44 7.2 - Inspeção quanto ao uso de EPI’s................................................................ .... 45 7.3 - Recomendações................................................................ ............................... 50 CAPÍTULO 8 - ARRANJO FÍSICO INDUSTRIAL ...................................................... 51 8.1 - Classificação do layout................................................................ .................... 51 8.2 - Layout proposto................................................................ ............................... 52 8.3 - Considerações sobre o layout quanto às NR’s 11 e 12................................. 56 8.4 - Recomendações................................................................ ............................... 57 CAPÍTULO 9 - RISCOS EM ELETRICIDADE, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS................................................................ ................................ ............... 58 9.1 - Medidas básicas de prevenção................................................................ ....... 58 9.2 - Inspeção das instalações elétricas................................................................ . 59 9.3 - Recomendações................................................................ ............................... 62 CAPÍTULO 10 - MÁQUINAS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS........................ 63 ix 10.1 - AMFE para empilhadeira................................................................ ................ 65 10.1.1 - Check-list dos riscos................................................................ .......... 66 10.1.2 - Planilha AMFE................................................................ ................... 67 10.1.3 - Procedimentos elaborados ................................................................ 68 10.2 - Recomendações................................................................ ............................. 69 CAPÍTULO 11 - ERGONOMIA................................................................ ................... 70 11.1 - Antropometria e Biomecânica Ocupacional:................................................ 70 11.1.1 - Levantamento e movimentação de cargas......................................... 71 11.1.2 - Análise e registro das posturas.......................................................... 75 11.1.3 - Descrição do posto de trabalho.......................................................... 76 11.1.4 - Relatório ergonômico da atividade..................................................... 77 11.2 - Iluminação ................................................................ ................................ ...... 83 11.2.1 - Principais fatores para uma iluminação adequada............................. 85 11.2.2 - Avaliação dos níveis de iluminamento ............................................... 86 11.3 - Recomendações................................................................ ............................. 87 CAPÍTULO 12 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................ 88 12.1 - Medidas Preventivas................................................................ ...................... 88 12.2 - Dispositivos de combate a incêndios........................................................... 90 12.2.1 - Extintores................................................................ ........................... 91 12.3 - Circulação e saídas................................................................ ........................ 99 12.4 - Treinamento de pessoal e sistemas de alarme.......................................... 100 12.5 - Recomendações................................................................ ........................... 101 x CAPÍTULO 13 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS............................................................. 102 13.1 - Setor industrial ................................ ................................ ............................. 103 13.2 - Laboratórios ................................................................ ................................ . 105 13.3 - Recomendações................................................................ ........................... 107 CAPÍTULO 14 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ................................................. 108 14.1 - Análise da sinalização de segurança utilizada na empresa...................... 108 14.2 - Recomendações................................................................ ........................... 112 CAPÍTULO 15 - PLANO DE AÇÃO ................................................................ ......... 113 15.1 - Ações a curto prazo ................................................................ ..................... 113 15.2 - Ações a médio prazo................................................................ .................... 114 15.3 - Ações a longo prazo ................................................................ .................... 115 CAPÍTULO 16 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 116 BIBLIOGRAFIA ................................................................ ................................ ....... 118 ANEXO I – FOTOS ................................................................ ................................ .. 120 ANEXO II - MAPAS DE RISCOS ................................................................ ............. 127 ANEXO III - DADOS SOBRE AS MATÉRIAS-PRIMAS MAIS UTILIZADAS NO PROCESSO PRODUTIVO................................................................ ....................... 132 ANEXO IV – GUIA DE EMERGÊNCIA DAS PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS NO PROCESSO PRODUTIVO........................................................... 154 xi ANEXO V – REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO ................ 169 ANEXO VI – ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES ESPECÍFICAS DE RESÍDUOS. ....... 170 ANEXO VII – MÉTODOS DE ELIMINAÇÃO E DESATIVAÇÃO DE PRODUTOS DE LABORATÓRIO................................................................. ................................ ...... 172 ANEXO VIII – SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS E SOLVENTES EM GERAL.......... 175 ANEXO IX – QUESTIONÁRIO UTILIZADO NA ENTREVISTA COM OS TRABALHADORES................................................................ ................................ . 178 ANEXO X – EXEMPLO DE FICHA DE INFORMAÇÃO TÉCNICA DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS QUÍMICOS PRODUZIDOS PELA EMPRESA ............................ 187 ANEXO XI – TERMO DE RESPONSABILIDADE DE USO DO EPI......................... 190 ANEXO XII – EXEMPLO DE FICHA DE EMERGÊNCIA USADA NO TRANSPORTE DOS PRODUTOS FINAIS................................................................ ........................ 191 ANEXO XIII – EXEMPLO DE RÓTULO EMPREGADO NOS PRODUTOS FABRICADOS PELA EMPRESA ................................................................ ............ 192 ANEXO XIV – EXEMPLO DE LAUDO DE ANÁLISE DO CONTROLE DE QUALIDADE................................................................ ................................ ............ 193 ANEXO XV – EXEMPLO DE ORDEM DE SERVIÇO................................ ............... 194 ANEXO XVI – PLANTA DO ESTABELECIMENTO DE COLÉGIO.......................... 195 1 CAPÍTULO 1 - INFORMAÇÕES GERAIS Este projeto visa realizar um levantamento de um estabelecimento industrial no que tange os aspectos de segurança do trabalho, procurando determinar falhas, e fazer sugestões que visem minimizar ou eliminar tais falhas. 1.1 - Localização e descrição dos estabelecimentos Neste trabalho foi analisado um estabelecimento de uma empresa, a qual será denominada Química&Química, com o intuito de preservar seu anonimato. A Química&Química (Sociedade de Economia Mista), fundada em 04 de maio de 1994 com o objetivo de criar novas alternativasde trabalho, vem através do tempo se consolidando cada vez mais no segmento de petróleo, como indústria e comércio. No início só existia a comercialização de produtos, porém com a expansão, veio a ter produção própria no Rio de Janeiro e, por terceirização, em uma unidade industrial na Paraíba. Procurando sempre explorar a filosofia de trabalho voltada para o cliente, a Química&Química é hoje uma empresa que detém uma certificação da série ISO 9000, operando com tecnologia de ponta. Seus estabelecimentos atualmente se resumem a um escritório no centro do Rio de Janeiro, uma fábrica no bairro de Colégio e outras duas, sendo uma na cidade de Macaé (RJ) e outra em Natal (RN). O estabelecimento analisado neste trabalho foi o de Colégio (Foto 1.1). Tal estabelecimento mereceu uma atenção especial, devido ao fato de que neste são fabricados os produtos da empresa, enquanto que em Macaé existe apenas o armazenamento. 2 Foto 1.1 - Vista externa do estabelecimento de Colégio. Com uma área total de 800 m2 e 13 funcionários, o estabelecimento de Colégio é o responsável pela fabricação dos produtos químicos da empresa, a qual possui como principais produtos, aditivos para perfuração de petróleo, sendo seu maior cliente a Petrobrás. Este estabelecimento possui um galpão, onde são estocadas matérias-primas e os produtos acabados, uma área destinada a 4 reatores exotérmicos e uma área construída de 2 pavimentos, dentro da qual estão localizados dois laboratórios químicos e uma área administrativa. Também nesta área, a empresa mantém uma representação da companhia que faz o transporte dos produtos entre a filial de Colégio e a de Macaé. O estabelecimento de Colégio está localizado dentro de uma área residencial, e dentre seus vizinhos está uma creche escolar, um bar e residências. Na Figura 1.1, é apresentada uma planta de localização esquemática da empresa, com seus bairros vizinhos, na Figura 1.2 é apresentado o organograma dos setores da fábrica e na Figura 1.3, o organograma de produção. No Anexo XVI são apresentadas as plantas do estabelecimento de Colégio. 3 Figura 1.1 – Planta de localização esquemática Figura 1.2 – Organograma dos setores do estabelecimento de Colégio (fornecido pela empresa) 4 Figura 1.3 - Organograma de produção (fornecido pela empresa) A filial de Macaé possui uma área total de 3415 m2, 12 funcionários, e, conforme já mencionado, é basicamente uma empresa armazenadora de produtos químicos voltados para a área de petróleo. Para isto possui um galpão de estocagem de 992 m2 podendo atender todo o mercado da Bacia de Campos. Um escritório administrativo de 2 pavimentos, com 93 m2 cada, controla toda a operação de entrada e saída de material, bem como as necessidades do maior cliente que é a Petrobrás. Existe ainda uma pousada de 90 m2 para os funcionários, contendo 2 suítes, sala e 5 cozinha, evitando assim, a estadia em hotéis daqueles originários do Rio de Janeiro para alguma visita em Macaé. Na Figura 1.4 é apresentado um organograma dos setores da fábrica do estabelecimento de Macaé. Figura 1.4 – Organograma dos setores do estabelecimento de Macaé (fornecido pela empresa) 1.1.1 - Classificação segundo o grau de risco De acordo com a NR-4 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho dada pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978) – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – os estabelecimentos têm a seguinte classificação conforme o Quadro I (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), segundo o grau de risco: Estabelecimento de Colégio: Enquadra-se no código D – Indústrias de transformação; item 24 – Fabricação de produtos químicos; item 24.9 – Fabricação de produtos e preparados químicos diversos; item 24.94-5 – Fabricação de aditivos de uso industrial � Grau de risco 3. Estabelecimento de Macaé: Enquadra-se no código I – Transporte, armazenagem e comunicações; item 63 – Atividades anexas e auxiliares do transporte e agências de viagem; item 63.1 – Movimentação e armazenagem de cargas; item 63.12-6 – Armazenamento e depósito de cargas � Grau de risco 3. 6 Para estabelecimentos com grau de risco 3, o número mínimo de funcionários para que haja necessidade de SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) é de 50. Portanto, como os estabelecimentos de Colégio e Macaé possuem 13 e 12 funcionários, respectivamente, não é necessária a instalação de SESMT’s nesses estabelecimentos. Como a soma dos dois estabelecimentos não atinge o número mínimo de 50 funcionários estabelecidos pelo Quadro II da NR-4, a empresa também fica desobrigada de manter SESMT’s centralizados no Estado, de acordo com o item 4.2.5 da NR-4. Além disso, pelo item 4.5 da NR-4, como a empresa que presta o serviço de transporte é terceirizada, e possui 1 empregado exercendo atividade no estabelecimento da contratante, o estabelecimento também fica desobrigado de manter SESMT pois, ainda assim, o número de empregados não alcança o mínimo de 50, de acordo com o Quadro II da NR-4. Pelo Quadro I da NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), o número mínimo de funcionários no estabelecimento para que haja necessidade de formação de CIPA é de 20, logo ambos os estabelecimentos estão isentos de CIPA. No entanto, pelo item 5.6.4 da NR-5, quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos da NR-5, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, através de negociação coletiva. Então, pelo item 5.16 da NR-5, este responsável terá por atribuição: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de funcionários; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; 7 e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; g) participar das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; h) requerer ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; k) participar, em conjunto com o empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; l) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; m) requisitar à empresa as cópias das CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) emitidas; n) promover, anualmente, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. 8 Do item 5.33, o treinamento para a CIPA ou o responsável pelas suas atribuições, deverácontemplar, no mínimo, os seguintes itens: a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho; c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa; d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção; e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho; f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. Pelo item 5.34 da NR-5, o treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa. Pelo item 5.35 da NR-5, o treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados. Pôde-se observar que o estabelecimento analisado não possui um responsável pelas atribuições acima citadas. 1.1.2 - Mapas de Riscos O mapa de riscos tem como objetivo reunir informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalhador na empresa, possibilitando durante a sua elaboração, a troca de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. 9 Como a nova edição da NR-5 [1] não inclui mais o Anexo IV para mapas de riscos, sua elaboração baseou-se na edição anterior da mesma. No mapa de riscos são especificados, através de círculos, os riscos existentes em cada área do estabelecimento, juntamente com o número de trabalhadores expostos a tais riscos. De acordo com o tamanho do círculo, os riscos são classificados como pequenos, médios e grandes. A classificação dos riscos, bem como a padronização de cores, são dadas pela Tabela I do Anexo IV da NR-5, a qual é reproduzida na Tabela 1.1. Como no levantamento feito na empresa constatou-se que a mesma não possui mapas de riscos de suas instalações, estes foram elaborados com base em inspeções e entrevistas feitas com os trabalhadores e estão apresentados no Anexo II. O modelo das entrevistas utilizado pelo grupo é mostrado no Anexo IX. 10 Tabela 1.1 – Classificação dos riscos e padronização das cores empregadas no mapa de riscos. Fonte [1] Grupo 1: Verde Grupo 2: Vermelho Grupo 3: Marrom Grupo 4: Amarelo Grupo 5: Azul Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos de Acidentes Ruídos Vibrações Radiações ionizantes Radiações não- ionizantes Frio Calor Pressões anormais Umidade Poeiras Fumos Névoas Neblinas Gases Vapores Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral Vírus Bactérias Protozoários Fungos Parasitas Bacilos Esforço físico intenso Levantamento e transporte manual de peso Exigência de postura inadequada Controle rígido da produtividade Imposição de ritmos excessivos Trabalho em turno e noturno Jornadas de trabalho perigosas Monotonia e repetitividade Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico Arranjo físico inadequado Máquinas e equipamentos sem proteção Ferramentas inadequadas ou defeituosas Iluminação inadequada Eletricidade Probabilidade de incêndio ou explosão Armazenamento inadequado Animais peçonhentos Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes 11 1.2 - Relação dos produtos fabricados As matérias-primas empregadas no processo de fabricação, no estabelecimento de Colégio, são: � benzoato de sódio; � bauxita; � ácido dodecilbenzenosulfônico; � triazina; � detergente concentrado; � álcool graxo etoxilado � óxido de magnésio; � quaternário de amônio; � mica fina; � mica média; � mica grossa; � ácido fluorídrico; � metasilicato de sódio; � silicone; � glutaraldeído; � ácido cétrico; � álcool propargílico; � ciclohexona; � imidazolina; � dimetilamina; � epicloridrina; � tripolifosfato de sódio; � glicerina; � formaldeído; � hidrazina 35%; � hidrazina 64%; � hidróxido de amônio; � nonilfenol etoxilado; � soda cáustica 50%; � etanol; � mea; 12 � metanol; � molibidato de sódio; � nitrato de sódio; � nitrito de sódio; � paraformoldeído; � percloretileno; � xileno. Sendo que as mais utilizadas são: � epicloridrina; � dimetilamina; � formaldeído; � quaternário de amônio; � ácido sulfônico; � nonilfenol; � ácido fluorídrico; � soda cáustica; � etanol. Existe uma grande variedade de produtos fabricados, porém eles estão agrupados de acordo com as seguintes funções: � inibidor de corrosão; � estabilizador de argila (respondendo por cerca de 40% da produção); � dispersante de parafina; � dispersante de água em óleo; � dispersante de óleo em água; � gerador de N2; � preventor de emulsão; � inibidor de corrosão; � antiespumante siliconado; � bactericida; � redutor de tensão superficial; � viscificante; � adensante; � redutor de filtrado; 13 � sal; � material de perda; � seqüestrante de oxigênio; � alcalinisante; � anti-espumante não siliconado; � gerador de calor; � intensificador de inibidor de corrosão; � preventor de emulsão; � antiencrustante; � dispersante; � traçador químico; � poliacrilato de sódio; � pasta de mão; � ácido dodecilbenzeno; � desengraxante; � detergente concentrado; � detergente concentrado para carro; � decapante. No Anexo X é apresentado um exemplo de ficha de informação técnica de segurança dos produtos químicos produzidos pela empresa. A filial de Macaé, armazena basicamente os seguintes produtos: � CMC (carbóxi metil celulose); � bentonita (argila ativada); � cloreto de potássio; � inibidores de corrosão; � bactericidas; � trietilenoglicol; � polímero catiônico; � calcáreos; � cloreto de cálcio; � cloreto de sódio; � lubrificantes; � mica (fina, média e grossa); � carbonato de cálcio; 14 � esponja de magnetita; � cerâmicos; � desemulsificantes; � goma xantana; � anti-espumantes; � amido pré-gelatinizado; � soda cáustica. No Anexo III, são fornecidas informações mais detalhadas sobre algumas das matérias-primas utilizadas em Colégio e no Anexo IV um guia de emergência para as principais matérias-primas utilizadas no processo produtivo. Cabe ressaltar que as informações contidas nesses anexos foram compiladas pelo grupo baseando-se em pesquisa bilbliográfica. 1.3 - Descrição das edificações A empresa encontra-se situada em um galpão de estrutura metálica com área de 800 m2 (Foto 1.1). A área destinada à parte administrativa, que engloba os laboratórios de controle de qualidade e desenvolvimento de produtos, encontra-se em uma construção de dois pavimentos de concreto armado situada em parte deste galpão. Analisando-se a edificação de uma forma generalizada, percebe-se que há problemas relacionados com espaço para armazenamento de produtos, tendo como agravante, o fato da produção ser feita em bateladas, segundo uma programação não linear de pedidos. Deve-se ressaltar, porém, que um melhor estudo de layout poderia minimizar a questão. Observa-se, contudo, uma preocupação da empresa em melhor adequar-se a essa situação, haja vista as constantes obras de melhorias que estão sendo implantadas. A seguir serão apresentadas as dependências da empresa, mostrada nas Figuras 1.5 e 1.6, e será feita uma análise da edificação segundo a NR-8 – Edificações, que estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados para garantir segurança e conforto aos trabalhadores. No próximo item encontra-se uma análise complementar, tomando-se por base a NR-24 – CondiçõesSanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. 15 Área administrativa (pavimento térreo) - constituída de recepção, duas salas de apoio administrativo, sanitários masculino e feminino, laboratórios de controle de qualidade e desenvolvimento de produtos, pequeno depósito de material de laboratório, vestiário masculino, área para futuro vestiário feminino, escada de acesso ao segundo pavimento, pequeno depósito de equipamentos de segurança sob a escada e acesso ao galpão. A� b rig o p ar a c om pr es so r d� e a r co m pr im id o Figura 1.5 – Representação simplificada do pavimento térreo (sem escala). 16 Figura 1.6 – Representação simplificada do segundo pavimento (sem escala) Observações de não-conformidade quanto à NR-8: � os locais de trabalho apresentam pé-direito de 2,60 m, o que contraria o item 8.2 que estabelece o mínimo de 3,00 m (altura do piso ao teto). Tal fato é compensado, porém, pelas demais condições favoráveis nos ambientes, o que é facultado pelo item 8.2.1; � o piso, junto à soleira da porta de entrada da rua para a recepção, apresenta um desnível abrupto, que contraria o item 8.3.1. Uma solução para o problema seria a construção de um patamar após a porta, contendo sinalização de desnível. � a escada apresenta em seu ponto mais baixo, no patamar que faz a mudança de direção de 90o, um pé-direito de 1,80 m, o que contraria o item 8.2 e constitui-se na pior não-conformidade neste setor. A solução para o problema é a sinalização com ampla visibilidade, tanto para quem sobe quanto para quem desce. Na Figura 1.7 apresenta-se uma sugestão de sinalização. 17 CORTE CUIDADO Figura 1.7 – Sugestão de sinalização Observações complementares: as áreas acima citadas possuem piso em cerâmica; paredes emassadas e pintadas em cores claras nas salas de apoio administrativo e recepção; paredes com azulejo até o teto nos sanitários, vestiário e laboratórios; luminárias com lâmpadas fluorescentes e aparelhos de ar condicionado do tipo janeleiro (window type). Área administrativa (segundo pavimento) - constituída de sala da gerência, três salas de apoio administrativo, uma sala de reuniões, uma pequena biblioteca, sanitários masculino e feminino, refeitório e cozinha. Observações de não-conformidade quanto à NR-8: os locais de trabalho apresentam pé-direito de 2,60 m, o que contraria, como já visto no pavimento térreo, o item 8.2 que estabelece o mínimo de 3,00 m (altura do piso ao teto). Tal fato porém, é compensado pelas demais condições favoráveis nos ambientes, o que é facultado pelo item 8.2.1; nas primeiras visitas detectou-se umidade nas paredes da sala da gerência e na sala de reunião. Este problema foi posteriormente resolvido pela manutenção da empresa. Observações complementares: as áreas acima citadas possuem piso em cerâmica; paredes emassadas e pintadas em cores claras nas salas da gerência, apoio administrativo e reunião; paredes com azulejo até o teto nos sanitários, cozinha e refeitório; divisórias internas tipo Duraplac com 1,60 m de altura e visor em vidro nas 18 salas de apoio administrativo; luminárias com lâmpadas fluorescentes e aparelhos de ar condicionado do tipo janeleiro (window type). Área administrativa (laje de teto do segundo pavimento) – constituída de espaço destinado a seis caixas d’água de amianto, com 1000 litros cada, e interligadas entre si. Observações de não-conformidade quanto à NR-8: foram observadas saliências de elementos estruturais no piso, além de tubulação atravessando área de passagem. Área de produção (Setor Industrial e Plataforma de embarque e desembarque) – constituída de área onde se localiza a base de estrutura metálica que abriga quatro reatores exotérmicos, sendo o maior com capacidade para 4300 litros, dois com 1700 litros, e o menor, com capacidade para 800 litros. Neste setor encontra-se, ainda, uma escada em concreto armado que conduz à cobertura da área administrativa. Observações de não-conformidade quanto à NR-8: não há guarda-corpo de proteção na área da p lataforma de embarque e desembarque. a escada de acesso à cobertura da área administrativa possui guarda-corpo que não atende ao item 8.3.6.b, quanto à exigência de que os vãos possuam ao menos uma das dimensões igual ou inferior a 12 cm. Observações complementares: o piso neste setor é de cimentado áspero, que apresenta a vantagem de ser antiderrapante (conforme preconiza o item 8.3.5), porém, com o inconveniente de não ser uma especificação correta para indústrias, já que não apresenta alta resistência a impactos e a desgaste por atrito (uso) e facilidade de higienização, dada a alta porosidade. As paredes são construídas com blocos de concreto aparente sem pintura (a empresa estuda a possibilidade de revestimento cerâmico que atenda às exigências da Vigilância Sanitária para uma nova linha de produtos com especificações mais restritas, que está em fase de estudo para implantação). O teto tem pé-direito de 9,00 m e é forrado com telhas metálicas, sendo uma pequena parte com telhas translúcidas, que aumentam a eficiência e qualidade da iluminação. É também dotado de exaustores eólicos, que melhoram as condições térmicas. 19 Área de estocagem e movimentação de carga - constituída de área central coberta, sendo o limite da estrutura do galpão afastado do muro de divisa do terreno, o que proporciona boa área de ventilação e iluminação natural. Neste setor encontram- se ainda: cisterna, estação de tratamento de efluentes industriais, torre de refrigeração dos reatores exotérmicos e rampa de acesso ao Setor Industrial. Observações de não-conformidade quanto à NR-8: � a rampa possui guarda-corpo que não atende ao item 8.3.6.b, quanto à exigência de que os vãos possuam ao menos uma das dimensões igual ou inferior a 12 cm. Observações complementares: como observado na área de produção, o piso neste setor é de cimentado áspero, que apresenta a vantagem de ser antiderrapante (conforme preconiza o item 8.3.5), porém com o inconveniente de não ser uma especificação correta para indústrias, já que não apresenta alta resistência a impactos e a desgaste por atrito (circulação de empilhadeira e caminhão) e facilidade de higienização, dada a alta porosidade. O teto tem pé-direito de 9,00 m e é forrado com telhas metálicas. 1.4 - Condições Sanitárias Como consideração inicial, observa-se que as instalações da empresa apresentam boas condições gerais de conforto e segurança, havendo por parte da direção um interesse constante de aperfeiçoamento e enquadramento da mesma, nas normas pertinentes. A seguir, será feita uma análise das instalações da empresa, tomando-se por base as exigências da NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Instalações sanitárias � A metragem de 1 m2 para cada sanitário, por 20 operários em atividade (item 24.1.2), é perfeitamente atendida, sendo boas as condições de higiene (item 24.1.3); � atende-se ao item 24.1.2.1 quanto à divisão por sexo, destacando-se a existência de banheiro na sala da gerência (com vaso, lavatório e chuveiro), 20 dois banheiros masculinos (com vaso e lavatório) e dois banheiros femininos (com vaso e lavatório); � atende-se ao item 24.1.4, sendo os vasos sanitários sifonados e com descarga automática; � atende-se ao item 24.1.5, sendo os chuveiro de plástico com registro de metal a meia altura na parede. Foi detectado que foi retirado um chuveiro de seu ponto de saída d’água; � atende-se ao item 24.1.11, quanto às exigências para banheiros dotados de chuveiro, caracterizando-se por: serem boas as condições de conservação, asseio e higiene; possuir água quente; dispor de portas de acesso que impedem o devassamento e ter piso e paredes revestidos de material cerâmico (resistente, liso, impermeável e lavável); � atende-se ao item 24.1.12, quanto à quantidade de um chuveiropara cada 10 (dez) trabalhadores “nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso”. Vestiários � Atende-se parcialmente ao item 24.2.1, já que existe vestiário masculino (com vasos, lavatório, chuveiros e armário), porém, apesar de só haver duas mulheres trabalhando na empresa, ainda não existe um vestiário feminino, que está em previsão de construção e com espaço já definido; � quanto às demais exigências para vestiários: itens 24.2.4 (paredes), 24.2.5 (piso), 24.2.6 (cobertura), 24.2.7 (janelas), 24.2.8 (rede elétrica), 24.2.9 (iluminamento) e 24.2.10 (armários), destaca-se haver conformidade, sendo observado que a cobertura é em laje de concreto armado. Por outro lado, a área mínima de 1,50 m2 para cada trabalhador não é atendida, caso sejam somados os trabalhadores da produção com aqueles da parte administrativa. 21 Refeitórios Não é obrigatória a existência de refeitório, pois o número de operários é menor que 300 (item 24.3.1). Deve-se observar, no entanto, que a empresa dispõe de um, que atende às especificações desta norma. Disposições gerais A empresa atende à exigência de se fornecer água potável e fresca aos trabalhadores, dispondo para tal, de bebedouro de jato inclinado e guarda protetora, apropriadamente instalado (itens 24.7.1 e 24.7.1.1). 1.5 - Recomendações Construção do vestiário feminino; Tampar as caixas d’água; Não armazenar produtos químicos próximos às caixas d’água. 22 CAPÍTULO 2 - PROCESSOS INDUSTRIAIS Neste capítulo é apresentada uma descrição sumária do processo industrial da Química&Química, desde o contato do cliente com a empresa até a entrega do produto acabado. Inicialmente, o cliente entra em contato com a Química&Química através do escritório da matriz da empresa localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro, a qual, de posse do pedido, o transmite ao gerente responsável pela unidade de produção localizada em Colégio. O gerente, de posse do pedido, faz a programação da produção, de forma a fabricar o produto desejado na quantidade exata, dentro dos padrões de qualidade e prazo. No Anexo XV é apresentado um exemplo de ordem de produção onde são especificadas as quantidades de cada matéria-prima e o procedimento para produção. Uma vez realizado tal balanceamento, o gerente consulta o supervisor de produção para saber se existem no estoque as matérias-primas na quantidade suficiente para que o pedido seja atendido. Caso não haja em estoque a quantidade necessária da substância, é feita a compra do restante e, não havendo tempo disponível para aguardar a sua chegada, é realizado um estudo visando a substituição da matéria- prima sem prejudicar a qualidade do produto. Após a chegada de todas as matérias- primas na empresa é realizada uma análise pelo controle de qualidade onde são verificadas as suas características. Um exemplo de laudo de análise do controle de qualidade é apresentado no Anexo XIV. Caso esteja fora dos padrões estabelecidos, esta matéria-prima é retrabalhada e reclassificada e, persistindo a não-conformidade, a mesma é rejeitada. Tal procedimento é adotado, pois a qualidade dos produtos que entram na empresa é fundamental para garantir a excelência do produto final (certificação da série ISO-9000). O balanceamento é encaminhado para o laboratório de análises químicas para que sejam feitos ensaios. Posteriormente, as matérias-primas são enviadas ao setor de produção junto com os procedimentos a serem adotados e as quantidades necessárias de cada matéria-prima a ser utilizada (ordem de fabricação). Com a formulação ideal, o operador do reator vai até o estoque de matéria- prima e transporta a substância desejada para a base do reator. As matérias-primas são acondicionadas em tambores metálicos com dois orifícios: um menor que possibilita a entrada do ar comprimido ou da bomba de diafragma e o outro um pouco 23 maior que possibilita a entrada de uma mangueira, que transfere a substância para o reator. Se esta apresentar baixa viscosidade, é utilizado o ar comprimido para empurrá-la do tambor para o reator. Caso contrário, é utilizada a bomba de diafragma, pois o ar comprimido danificaria o tambor e a substância permaneceria imóvel. Com o reator carregado de diversas substâncias, é realizado internamente uma reação exotérmica, liberando calor durante um determinado tempo de processo. A temperatura é controlada visualmente por indicadores localizados num painel de controle no setor industrial e o seu costado é refrigerado por um camisamento de água com circuito fechado. Decorrido o tempo de reação especificado na ordem de fabricação, é retirada uma amostra do produto acabado para que seja encaminhada ao laboratório de controle de qualidade onde é analisada a cor, pH, viscosidade e densidade. Caso estes itens estejam em conformidade com o estabelecido, é emitido um laudo de aprovação contendo o nome do produto, fabricante, nº do lote, cliente, quantidade, embalagem, peso e validade, além das características analisadas. Caso o produto ainda não possua as características desejadas, a reação é prolongada por mais algum tempo até que as condições estabelecidas sejam atendidas. Após a emissão do laudo de aprovação, o produto é retirado do reator por gravidade e acondicionado em bombonas plásticas com capacidade máxima de 60 kg. Sob o reator é colocada uma balança calibrada semestralmente com capacidade de até 300 kg, sobre a qual é colocada a bombona para ser devidamente preenchida até completar 56 kg. Depois de enchidas, as bombonas são tampadas e recebem o rótulo com o nome do produto e suas características de segurança, tais como: riscos à saúde, inflamabilidade, reatividade e procedimentos a serem seguidos em caso de acidente. Um exemplo de rótulo utilizado pela empresa é mostrado no Anexo XIII. No mesmo dia de fabricação as bombonas não podem ser armazenadas umas sobre as outras porque o produto sai do reator com temperatura elevada (40ºC < T < 45ºC) causando a perda das propriedades plásticas da bombona e a sua conseqüente deformação. Por isso, até 24 h após a produção, as bombonas são armazenadas lado a lado e, após este prazo, são armazenadas verticalmente, respeitando o lote de fabricação na plataforma de carregamento até a expedição para o cliente. No Anexo XII é apresentado um exemplo de ficha de emergência, a qual 24 acompanha o transporte dos produtos fabricados e indica procedimentos a serem adotados nos casos vazamento, incêndio, poluição e questões relacionadas à saúde e meio ambiente. A Figura 2.1 mostra uma representação esquemática do fluxograma da produção. 25 Cliente faz pedido Matr iz recebe pedido Gerente recebe pedido faz formulação consul ta supervisor de produção tem matér ia- pr ima? comprar matér ia- pr ima estudar produto substi tuto tempo hábi l? matér ia-pr ima dentro das especi f icações? chegada de matér ia-pr ima Laboratór io de controle de qual idade retrabalhar e reclassi f icar Estoque de matér ia-pr ima mater ia l rejei tado LCQ recebe formulação Operador recebe ordem de fabr icação Transpor ta matér ia-pr ima para base do reator substância é muito viscosa? usar ar compr imido usar bomba bombear produto para o reator reação exotérmica enviar amost ra para LCQ produto dentro das especi f icações? retrabalhar produto produto rejei tado emit i r laudo de aprovação cl iente final estoque de produto acabado expedição N S N S N S N S S N Figura 2.1 – Fluxograma da produção 26 CAPÍTULO 3 - INSPEÇÃO DE SEGURANÇA Durante as visitas foram feitas algumas observações, no que tange à segurança, das condições de trabalho da fábrica. Estas observações somadas às entrevistas foram o ponto de partida para arealização deste projeto. A seguir será feito um breve relato dos principais problemas encontrados. 3.1 - Atos Inseguros Ato inseguro é “todo ato que a pessoa fez quando não devia fazer ou deveria fazer de outra maneira, ou, ainda, algo que deixou de fazer, quando deveria ter feito” (fonte: [17]). Vale lembrar que, no caso de tarefas que envolvam risco, não significa que executá-las deva ser considerado um ato inseguro. Todavia, trabalhar sem a observância das precauções necessárias, sim. Estudos técnicos, principalmente no campo da engenharia, são capazes de, com o tempo, minimizar as condições inseguras. Quando se fala, porém, do elemento homem, apenas técnicas não serão suficientes para se evitar uma falha nas suas atitudes. As formas de comportamento, sim, devem ser levadas em consideração, no esforço de se prevenir atos inseguros, vindo daí a necessidade do envolvimento de profissionais de outras áreas, principalmente de Ciências Humanas, para se obter uma evolução neste setor. Instruções básicas sobre prevenção de incêndio e combate ao fogo, informações sobre ordem e limpeza, sinalização de segurança, entre outros, integram uma política de segurança, visando à diminuição dos acidentes causados por atos inseguros. Sendo a segurança do trabalho basicamente de caráter prevencionista, recomenda-se, ainda, uma pesquisa bibliográfica no sentido de identificar-se possíveis riscos no processo de produção, antes mesmo que ocorram acidentes, isto é, a simples análise estatística, mesmo que não acuse nenhum acidente, deve ser encarada como mais um subsídio para o responsável pela segurança. No Anexo V são listadas algumas regras básicas que devem ser seguidas em trabalhos de laboratório e que visam minimizar a ocorrência de atos inseguros. 27 Abaixo, estão listados os principais atos inseguros observados durante as visitas: � não utilização habitual de luvas e máscaras contra gases na manipulação de produtos químicos (Foto 3.1); � uso inadequado de EPI`s, como por exemplo, operador do reator exotérmico sem a parte superior do macacão (Foto 3.1); � trabalhador utilizando sandálias de dedo no laboratório (Foto AI.1). Foto 3.1 – Trabalhadores sem máscaras, luvas e com o macacão arriado 3.2 - Condições ambientais de insegurança As condições inseguras são riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos que trabalham na área, independente de suas atribuições. Elas poderão ser inerentes ao ambiente ou à execução das atividades. Na lista abaixo encontram-se as principais condições inseguras encontradas durante as visitas: � algumas instalações elétricas expostas (Foto AI.2); 28 � arranjo físico inadequado, como por exemplo, falta de definição de áreas para matéria-prima, produtos acabados e recipientes de descarte (bombonas usadas); não demarcação de áreas para circulação de pessoas, empilhadeira e caminhão (Foto 3.2); Foto 3.2 – Arranjo físico inadequado � caixas d’água destampadas (Foto AI.3); � produtos químicos armazenados ao lado das caixas d’água (Foto AI.4); � acesso aos extintores de incêndio obstruído (Foto AI.5); � falta de sinalização dos extintores (Foto AI.5); � existência de tubulações atravessando a área de passagem na laje de teto do segundo pavimento (Foto AI.6); � cabos de aterramento dos pára-raios em contato com a estrutura metálica do galpão; � não há guarda-corpo de proteção na área da plataforma de embarque e desembarque (Foto AI.7). 29 CAPÍTULO 4 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO) A NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto de seus trabalhadores. O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando-se o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. 4.1 - Análise do estabelecimento Pela NR-7, no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, que é o caso do estabelecimento analisado, de acordo com a NR-4, o empregador deverá indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO. No entanto, pelo item 7.3.1.1.2 da NR-7, as empresas com mais de 10 empregados e com até 20 empregados, enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I da NR-4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e medicina do trabalho. Compete ao médico coordenador realizar os exames médicos admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional, ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, às condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado. Deve ainda, o médico coordenador, encarregar-se dos exames complementares que serão explicitados a seguir para o estabelecimento analisado. O exame médico admissional deve ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades, item cumprido pela empresa. No entanto, de acordo com as entrevistas, verificou-se que a empresa não realiza os outros exames exigidos pela NR-7. 30 Para os trabalhadores sujeitos aos agentes relacionados na Tabela 4.1, a periodicidade de avaliação dos agentes químicos deverá ser, no mínimo semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador. Para os outros trabalhadores, não expostos aos agentes químicos, o exame periódico deverá ser anual para os menores de dezoito anos e maiores de quarenta e cinco anos de idade e bienal para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade. Pela NR-7, item 7.4.4, para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias, sendo que a primeira ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador e a segunda via deverá ser obrigatoriamente entregue ao trabalhador. Este atestado deverá conter no mínimo: o nome completo do trabalhador, com o número de registro de sua entidade e sua função; os riscos ocupacionais envolvidos; a indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador; o nome do médico coordenador e seu CRM; definição de apto ou inapto para a função; nome do médico encarregado do exame; data e assinatura do médico encarregado do exame. Os dados obtidos nos exames médicos devem ficar arquivados durante um período mínimo de 20 anos, mesmo após o desligamento do trabalhador. Pelo item 7.4.7 da NR-7, sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador e/ou dos exames, apenas exposição excessiva ao risco, mesmo sem qualquer sintomatologia ou sinal clínico, o trabalhador deverá ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido normalizadas. Caso haja agravamento de doenças profissionais, verificado através de exames médicos, caberá ao médico coordenador ou encarregado: solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT; encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho; orientar o empregador quanto à necessidade de medidas de controle no ambientede trabalho. Ainda pela NR-7, todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros, mantendo esse material guardado em local adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim, exigência atendida pelo estabelecimento analisado. 31 Tabela 4.1 – Parâmetros para controle biológico da exposição a alguns agentes químicos. Fonte [1] Indicador biológico Agente químico Material biológico Análise VR IBMP Método analítico Amostragem Interpret. Xileno Urina Ác. Metil- hipúrico __ 1,5 g/g creat. CG ou CLAD FJ EE Onde: CG – Cromatografia em fase gasosa CLAD – Cromatografia líquida de alto desempenho FJ – Final do último dia de jornada de trabalho (recomenda-se evitar a primeira jornada da semana) EE – O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite de tolerância, mas não possui isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico. 4.2 - Recomendações � Indicar um médico do trabalho para criação do PCMSO da empresa, com a realização de exames periódicos, demissionais e de mudança de função; � Dar preferência ao médico do trabalho de uma empresa especializada para poder manter o registro dos exames dos funcionários pelos 20 anos requeridos. 32 CAPÍTULO 5 - RISCOS QUÍMICOS Os agentes químicos, segundo a NR-9, item 9.1.5.2, são “substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão”. A presença destes agentes no ambiente de trabalho oferece um risco à saúde dos trabalhadores. Entretanto, o fato de estarem expostos a estes agentes agressivos não implica, obrigatoriamente, que os mesmos venham a contrair uma doença de trabalho. Para que ocorram danos à saúde é necessário que os agentes químicos estejam acima de uma determinada concentração, e que o tempo de exposição seja suficiente para uma atuação nociva sobre o ser humano. Daí, a importância da avaliação quantitativa do agente, bem como do tempo real de exposição do trabalhador a este agente. Denomina-se “Limite de Tolerância” aquelas concentrações dos agentes químicos presentes no ambiente de trabalho, sob os quais os trabalhadores podem ficar expostos durante toda a sua vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde. Estes limites representam um instrumento essencial no controle dos ambientes de trabalho, ajudando a eliminar os riscos, isto porque eles possibilitam a comparação dos resultados das avaliações de campo com valores padrões, servindo como guias de prevenção. Deve-se observar, entretanto, que os limites não são absolutos, refletindo, unicamente, o estado em que se encontram os conhecimentos em um dado momento. Pois, estes são baseados na melhor informação disponível, proveniente da experiência industrial e de estudos experimentais feitos em animais. As normas apresentam, em geral, apenas os limites de tolerância para inalação de substâncias químicas. Entretanto, existem outros meios de penetração destas no organismo. A seguir, segue uma descrição dos três principais: 33 a) Inalação Maior grau de risco devido à rapidez com que as substâncias químicas são absorvidas pelos pulmões. A inalação, com mais de 90% das intoxicações generalizadas, é a principal via de intoxicação no ambiente de trabalho, daí a importância que deve ser dada aos sistemas de ventilação. b) Absorção Contato das substâncias químicas com a pele. A absorção é extremamente crítica quando se lida com produtos lipossolúveis, que são absorvidos através da pele. Quando uma substância química entra em contato com a pele, podem acontecer as seguintes situações: � A pele e a gordura protetora podem atuar como uma barreira protetora efetiva. � O agente pode agir na superfície da pele, provocando uma irritação primária. � A substância pode combinar com as proteínas da pele e provocar uma sensibilização. � A substância pode penetrar através da pele produzindo uma ação generalizada. c) Ingestão Via de regra, acontece por descumprimento de normas de higiene e segurança. Representa uma via secundária de ingresso de substâncias químicas no organismo. Normalmente acontece de forma acidental. No Anexo III é apresentada uma lista com as principais matérias-primas utilizadas no processo produtivo, contendo algumas características como ponto de fulgor, limites de tolerância, toxicologia e primeiros socorros e no Anexo IV são apresentados guias de emergência para algumas destas matérias-primas, com informações sobre como proceder em casos de incêndio, derramamento ou vazamento, e informações de primeiros socorros. 34 5.1 - Atividades insalubres A caracterização de insalubridade nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, ocorre quando forem ultrapassados os limites de tolerância constante no Quadro no 1 (tabela de limite de tolerância) do Anexo no 11 da NR-15 – Atividades e Operações Insalubres, válidos para jornada de trabalho de até 48 horas por semana. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deve ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deve haver um intervalo de no mínimo 20 (vinte) minutos. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deve ultrapassar o valor obtido na equação que se segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave ou iminente Valor máximo = LT x FD Onde: L.T.= limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro no 1 do Anexo 11 da NR-15 F.D.= fator de desvio, segundo definido no Quadro no 2 da NR-15 O limite de tolerância é considerado excedido quando a média das concentrações ultrapassa os valores fixados no Quadro no 1 da NR-15. Para os agentes químicos que tenham ’VALOR TETO’ assinalado no Quadro no 1, considera-se excedido o limite de tolerância quando qualquer uma das concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados no referido quadro. Para a realização da análise deve-se escolher uma substância utilizada no processo produtivo e adquirir kits específicos de medição para este produto, o que não foi realizado devido aos altos custos envolvidos nesta medição. No entanto, recomenda-se uma avaliação ambiental dos níveis de produtos químicos presente, a fim de se verificar se tais concentrações não estão acima dos limites de tolerância estabelecidos na NR-15, Anexo 11. 35 Como exemplo de substância analisada, poder-se-ia proceder a verificação do formaldeído no galpão de produção, próximo ao local de manipulação das matérias- primas. A amostragem pode ser feita por períodos que vão de 15 (quinze) minutos a 8 (oito) horas, dependendo da contaminação do ambiente. O exemplo citado possui ’VALOR TETO’ assinalado e com isso, se qualquer medida entre as 10 que devem ser realizadas, estiver acima dos valores fixados no Quadro no 1, considera-se excedido o limite de tolerância e assim a insalubridade é caracterizada. Outro ponto ideal para medição seria em frente à capela localizada no interior do laboratório, com o intuito de averiguar a eficiência do sistema de exaustão e, conseqüentemente, se o formaldeído está afetando o trabalhador da área laboratorial. Também pode-se efetuar uma medição na saída da capela, localizada no galpão de produção, para verificar se a substância em questão afeta o trabalhador da área de produção. 5.2 - Atividades perigosas Analisando a possibilidade de existência de atividades perigosas, deve-se reportar à NR-16– Atividades e Operações Perigosas, a qual define como atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos 1 e 2 desta norma. O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de 30 % incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. Pela NR-20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis, que também trata de assuntos relativos a atividades perigosas, no item 20.2.1, líquido inflamável é definido como todo aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70 oC e pressão absoluta de vapor que não exceda 2,8 kg/cm2 a 37.7 oC. Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor abaixo de 37,7 oC, ele se classifica como líquido combustível de classe I. Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor superior a 37,7 oC e inferior a 70 oC, ele se classifica como líquido combustível de classe II. Pela NR-16, no item 16.7, considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70 oC e inferior a 93,3 oC. Um dos produtos mais fabricados no estabelecimento de Colégio, respondendo a mais de 40% da produção, possui em sua composição dois líquidos inflamáveis com baixo ponto de fulgor: álcool (com ponto de 36 fulgor de 13 oC) e formaldeído (com ponto de fulgor de 50 oC), sendo o primeiro de classe I e o segundo de classe II. Além disso, o álcool é utilizado para limpeza interna dos reatores exotérmicos. No Anexo 2 da NR-16 são consideradas atividades e operações perigosas com inflamáveis as que envolvem armazenagem de inflamáveis líquidos em tanques ou vasilhames e enchimento de quaisquer vasilhames com inflamáveis líquidos. Ainda pela NR-16, a área de risco para enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos em locais abertos é um círculo com raio de 7,5 metros, com centro nos bicos de enchimento. A área de risco para armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos em locais abertos corresponde a uma faixa de 3 metros de largura em torno dos pontos externos. Como os trabalhadores exercem atividades de transferência de produtos inflamáveis dos tambores para o reator exotérmico, acredita-se que tal atividade seja classificada como perigosa, cabendo então a percepção de um adicional de 30 % sobre o salário base dos dois operadores do reator e seu supervisor. De fato, os trabalhadores do setor industrial e dos laboratórios recebem um adicional de 30 %, correspondente a atividades perigosas. Além disso, a NR-20 faz algumas recomendações no que tange ao armazenamento de líquidos inflamáveis. No item 20.2.16, a norma especifica que o armazenamento de líquidos inflamáveis de classe I, em tambores com capacidade de até 250 litros, deverá ser feito em lotes de no máximo 100 tambores, recomendação atendida no estabelecimento analisado. Ainda na NR-20, deverá existir letreiro com dizeres “NÃO FUME” e “INFLAMÁVEL” em todas as vias de acesso ao local de armazenagem, recomendação não atendida por ocasião das primeiras visitas. Recentemente, porém, por sugestão do grupo, o estabelecimento de Colégio colocou alguns avisos de “NÃO FUME” no galpão de armazenamento dos produtos químicos e dentro dos laboratórios químicos. No Anexo VIII são listados alguns procedimentos que devem ser seguidos no manuseio, armazenagem, transporte e descarte de materiais inflamáveis e também as medidas a serem tomadas no caso de alguns acidentes, como derramamento e incêndio. 37 5.3 - Recomendações � Realizar avaliação das concentrações dos agentes químicos que apresentam maiores riscos aos trabalhadores; � Elaborar um Plano de Emergência seguindo os procedimentos listados nos Anexos III, IV e VIII para o eventual caso de acidentes; � Seguir as regras básicas para trabalho em laboratório conforme Anexo V, que poderiam ser fixadas nos laboratórios; � Colocar letreiros com dizeres “NÃO FUME” e “INFLAMÁVEL” nas vias de acesso ao local de armazenagem; � Respeitar sempre os limites estabelecidos pelas normas para o armazenamento de líquidos inflamáveis. 38 CAPÍTULO 6 - RISCOS FÍSICOS Consideram-se como agentes físicos, pela NR-9, item 9.1.5.1, “as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e ultra-som”. Apesar de sua presença oferecer um risco à saúde dos trabalhadores, isto não implica, necessariamente, que estes venham a contrair uma doença de trabalho. Para que os agentes físicos causem danos à saúde, é necessário que os mesmos estejam acima de uma determinada intensidade, e que o tempo de exposição a esta intensidade, seja suficiente para uma atuação nociva sobre o corpo humano. A seguir será feita uma análise sucinta dos principais riscos físicos encontrados na empresa. 6.1 - Ruído Ruído é o som capaz de causar uma sensação indesejável e desagradável, dependendo da situação, do estado de espírito em que o indivíduo se encontra, ou seja, da subjetividade de cada um. Portanto, o que é ruído para uma pessoa pode não ser para outra. Pela NR-15, Anexo 1, o limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente a que um trabalhador pode se submeter durante uma jornada de trabalho de oito horas, sem que haja lesão ao seu ouvido é de 85 dBA. Entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para os fins de aplicação dos limites de tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. A NR-15 também estabelece que os níveis de ruído contínuo ou intermitentes devem ser medidos em dB, com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (slow). A insalubridade é caracterizada de acordo com o Anexo 1 da NR-15, como uma exposição (para um período de trabalho de 8 horas) acima de 85 dBA. Ainda pela NR-15, Anexo 1, não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dBA para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos e, as atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dBA, sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. 39 A fim de quantificar o nível de ruído a que os funcionários estão submetidos, foi realizada uma medição na área dos reatores, a qual alcançou um nível equivalente de 58 dBA durante cerca de 1 hora e 15 minutos de medição, com uma dose projetada para oito horas de 2,3 %, a qual não provoca danos ao ouvido humano, de acordo com a NR-15. O ruído na área dos reatores carateriza-se por ser contínuo na maior parte do tempo, registrando picos nos momentos em que o compressor de ar e/ou a bomba são ligados. Durante o período de medição, os dois equipamentos foram ligados algumas vezes, acreditando-se que este foi um período característico para amostragem. Medições isoladas do compressor e da bomba registraram níveis de 88,9 dBA e 98 dBA, respectivamente. Foi ainda realizada uma medição isolada do nível de ruído da empilhadeira, que ocasionalmente entra na área dos reatores, onde alcançou-se 92,1 dBA. Foram realizadas medições de ruído no laboratório, durante cerca de 1 hora, em um dia em que os trabalhadores afirmaram haver mais ruído, devido ao fato de alguns agitadores permanecerem ligados. No entanto, o nível de ruído equivalente (LEQ) no período de medição ficou em torno de 36 dBA, sendo que o máximo, por um breve momento, atingiu 85,2 dBA. A dose, portanto, é de 0 % pois, como somente os ruídos acima de 85 dBA (para uma jornada de 8 horas, pela NR-15) são considerados prejudiciais à audição do trabalhador, apenas estes são computados no cálculo da dose. Cabe ressaltar que as medições foram feitas apenas com os aparelhos funcionando, sem pessoas na sala. Apesar do baixo nível de ruído encontrado, durante as entrevistas houve reclamação por parte dos trabalhadores do laborátório, porém, acredita-se que isto seja,na verdade, devido ao fato de o ruído ser em altas freqüências, durante um período relativamente longo, o que provoca irritação e incômodo ao trabalhador, sem no entanto causar danos ao ouvido. Durante a visita observou-se que, às vezes, os trabalhadores do laboratório utilizam um jato de ar comprimido para limpeza de alguns equipamentos durante curtíssimos intervalos de tempo. Ao se medir a intensidade de tal ruído, este alcançou níveis próximos a 68 dBA, o que, pela NR-15, Anexo 1, também não provoca danos ao ouvido humano. 40 6.2 - Calor O calor é um risco físico freqüentemente presente em uma série de atividades profissionais desenvolvidas na indústria, estando também presente em atividades executadas ao ar livre, tais como na construção civil e no trabalho no campo. O homem que trabalha em ambientes a altas temperaturas sofre de fadiga, seu rendimento diminui, ocorrem erros de percepção e raciocínio, além de poderem surgir sérias perturbações psicológicas que podem conduzir a esgotamentos e prostrações. Necessita-se portanto do conhecimento de como se processa a interação térmica entre o organismo humano e o meio ambiente, conhecendo-se seus efeitos e determinando-se como quantificar e controlar esta interação. Este estudo minucioso permite não só criar critérios adequados à quantificação dos riscos envolvidos, como também definir condições de trabalho compatíveis com a natureza humana. O Anexo 3 da NR-15, define os limites de tolerância para exposição ao calor. De acordo com esta NR, a exposição ao calor deve ser avaliada através do índice de bulbo úmido – termômetro de globo (IBUTG) definido pela equação abaixo para ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural tg = temperatura de globo Ainda pelo Anexo 3 da NR-15, as medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida e, os limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de trabalho, são dados pela Tabela 6.1 e as definições de trabalho leve, médio e pesado são dadas pelo Quadro 3 da NR-15, o qual é reproduzido parcialmente na Tabela 6.2. 41 Tabela 6.1 – Limites de tolerância para exposição ao calor. Fonte [1] Tipo de atividade Regime de trabalho intermitente com descanso no próprio local de trabalho (por horas) Leve Moderada Pesada Trabalho contínuo Até 30,0 ºC Até 26,7 ºC Até 25,0 ºC 45 minutos trabalhando 15 minutos descansando 30,1 a 30,6 ºC 26,8 a 28,0 ºC 25,1 a 25,9 ºC 30 minutos trabalhando 30 minutos descansando 30,7 a 31,4 ºC 28,1 a 29,4 ºC 26,0 a 27,9 ºC 15 minutos trabalhando 45 minutos descansando 31,5 a 32,2 ºC 29,5 a 31,1 ºC 28,0 a 30,0 ºC Tabela 6.2 – Definição de trabalho leve, médio e moderado. Fonte [1] Trabalho Definição Leve Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex. Datilografia) Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex. Dirigir) De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços Moderado Sentado, movimento vigoroso com braços e pernas De pé, trabalho leve em máquinas ou bancadas, com alguma movimentação De pé, trabalho moderado em máquinas ou bancada, com alguma movimentação Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar Pesado Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex. Remoção com pá) Trabalho fatigante 42 Tendo em vista a subjetividade das definições de trabalho leve, médio e moderado da NR-15, podemos classificar as atividades do laboratório como leves, e as dos trabalhadores da área industrial como médias. Desta forma, os índices máximos de IBUTG, admitindo um trabalho de 45 minutos com pausa de 15 minutos seriam de 30,6 ºC para os trabalhadores do laboratório e 28,0 ºC para os trabalhadores do galpão. Foram realizadas medições em um dia de inverno (02 de agosto de 1999) ensolarado às 11:00 horas da manhã. O IBUTG encontrado para o ambiente do laboratório foi de 27,9 ºC e, para os ambientes do galpão e da área dos reatores foram de 28,5 e 28,3 ºC, respectivamente. Como em dias de verão a temperatura provavelmente será maior, os limites de tolerância, que já estão um pouco acima para a área do galpão e dos reatores, ficará ainda maior, devido ao fato de o telhado ser metálico, caracterizando uma alta emissividade e, desta forma, um ambiente insalubre no que diz respeito à exposição ao calor. Uma sugestão possível seria a instalação de mais exaustores eólicos e ventiladores industriais na área do galpão, procurando, desta forma, minimizar o excesso de temperatura. 6.3 - Recomendações � Redimensionamento do sistema de ventilação do galpão como por exemplo, instalação de mais exaustores eólicos ou de ventiladores industriais; � Para maior conforto dos funcionários fazer isolamento acústico de equipamentos ruidosos como, por exemplo, a bomba e o compressor. 43 CAPÍTULO 7 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Em muitos serviços, o trabalhador precisa usar proteção especial, a fim de proteger-se contra a agressividade dos elementos ou dos materiais com que está lidando. Esses equipamentos, que podem ir desde simples avental até a máscara complexa protetora de aparelho respiratório, com insuflação de ar ou com cartuchos que retêm gases nocivos, estão sujeitos a métodos de ensaios especificados em normas que testam sua eficiência, a fim de evitar a utilização de material de qualidade inferior, que venha arriscar a integridade física do trabalhador, sua saúde e, mesmo, em certos casos, sua vida. Denomina-se EPI (Equipamentos de Proteção Individual), pela NR-6 – Equipamento de Proteção Individual, todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e integridade física do trabalhador nos casos em que: as medidas de proteção coletiva (EPC) forem tecnicamente inviáveis ou não fornecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; para atenderem situações de emergência. Em geral, há resistência por parte dos trabalhadores em usar EPI. Deve-se prepará-los para que os EPI’s sejam aceitos espontaneamente e não como imposição – o trabalhador precisa entender que quando necessário todas as partes do corpo devem ser protegidas, inclusive o aparelho respiratório e os olhos, cujas lesões, na maioria das vezes são irrecuperáveis. Além do exposto acima, é importante que, quando usado nas condições para as quais foi fabricado, o EPI esteja adaptado à anatomia do usuário ou, mais precisamente, seja confortável. 7.1 - Definição dos EPI’s A NBR 9.734 define os EPI’s em função das características e dos grupos de risco de cada produto, exceto explosivos e radioativos, organizando-os em dez grupos conforme os itens a seguir. 7.1.1 - Grupos de EPI Grupo 1 : EPI básico + óculos de segurança para produtos perigosos. Grupo 2 : EPI básico + máscara panorâmica com filtro GA combinado. Grupo 3 : EPI básico + máscara panorâmica com filtro VO combinado. 44 Grupo 4 : EPI básico + máscara panorâmica com filtro NH3. Grupo 5 : EPI básico + máscara panorâmica com filtro CO combinado. Grupo 6 : EPI básico + máscara panorâmica com filtro SO2 combinado. Grupo 7 : EPI básico + óculos de segurança para produtos perigosos + máscara semi-facial com filtro VO combinado ou máscara de fuga. Grupo 8 : EPI básico + óculos de segurança para produtos perigosos + máscara semi-facial com filtro VO combinado ou máscara de fuga. Grupo 9 : EPI básico + óculos de segurança para produtos perigosos + máscara semi-facial com filtro NH3 ou máscara de fuga. Grupo 10 : EPI básico + óculos de segurança para produtos perigosos + respirador de pó. Obs.: Para os grupos de EPI 2 a 9 podem ser utilizados filtros PV 7.1.2 - Definições
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