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Todos os ocupados em usinas metalúr-
gicas (altos-fornos, laminações etc.) e
em manufaturas metalúrgicas de
toda espécie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 396 998187 pessoas
Classe serviçal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 208 648188 pessoas
Se contarmos os ocupados em todas as fábricas têxteis junto com
o pessoal das minas de carvão e de metais, teremos 1 208 442; se os
computarmos com o pessoal de todas as metalúrgicas e manufaturas,
teremos então o número global de 1 039 605; em ambos os casos o
total é menor do que o número de modernos escravos domésticos. Que
edificante resultado da maquinaria explorada como capital!
7. Repulsão e atração de trabalhadores com o
desenvolvimento da produção mecanizada.
Crises da indústria algodoeira
Todos os representantes confiáveis da Economia Política reco-
nhecem que a introdução de nova maquinaria age como uma peste
sobre os trabalhadores dos artesanatos e manufaturas tradicionais,
com os quais ela inicialmente compete. Quase todos deploram a escra-
vidão do operário de fábrica. E qual é o grande trunfo que todos eles
põem na mesa? Que a maquinaria, depois do pavor de seu período de
introdução e desenvolvimento, aumenta, em última instância, os es-
cravos do trabalho, ao invés de finalmente diminuí-los! Sim, a Economia
Política se rejubila com o teorema repelente, repelente para qualquer
“filantropo” que acredite na eterna necessidade natural do modo de
produção capitalista, de que mesmo a fábrica baseada na produção
mecanizada, depois de certo período de crescimento, depois de maior
ou menor “período de transição”, esfalfa mais trabalhadores do que
ela originalmente pôs no olho da rua!189
OS ECONOMISTAS
78
187 Destes, 30 501 do sexo feminino.
188 Destes, 137 447 do sexo masculino. Excluído dos 1 208 648 todo pessoal que não presta
serviços em residências particulares.
Adendo à 2ª edição: De 1861 a 1870, o número de serviçais masculinos quase dobrou.
Aumentou para 267 671. Em 1847, havia 2 694 guardas-florestais (para as reservas de
caça dos aristocratas); em 1869, no entanto, havia 4 921. As mocinhas que trabalhavam
como empregadas nas casas dos pequenos burgueses londrinos eram chamadas, na lingua-
gem popular, de little slaveys, pequenas escravas.
189 Ganilh considera, no entanto, como resultado último da produção mecanizada um número
absolutamente reduzido de escravos do trabalho, à custa dos quais se ceva, um número
maior de gens honnêtes e desenvolve sua conhecida perfectibilité perfectible. Por pouco que
ele entenda o movimento da produção, ao menos sente que a maquinaria é uma instituição
extremamente fatal se sua introdução transforma trabalhadores ocupados em paupers,
enquanto seu desenvolvimento gera mais escravos do trabalho do que ela liquidou. O cre-
tinismo de seu ponto de vista só se pode expressar por meio de suas próprias palavras:
“As classes condenadas a produzir e a consumir diminuem; e as classes que dirigem o
trabalho, as que aliviam, consolam e esclarecem toda a população se multiplicam (...) e se
apropriam de todos os benefícios que resultam da diminuição dos custos do trabalho, da

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