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CARDIO | THAYANNE GUSMÃO, P7 1 DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CORONARIANA A DAC é uma condição em que há formação de placas de ateromas dentro das artérias. Doenças cardiovasculares e cerebrovasculares é maior causa de morte do Brasil e do mundo inteiro, seguido de câncer, DIP, doenças do aparelho respiratório, mortes violentas e AIDS ✓ 5 a 8 mil – sintomas de isquemia/ ano (EUA) ✓ 5-10% atendimentos emergências ✓ 3 a 6 mil dólares/paciente ✓ 15-30% dor torácica → IAM ou AI ✓ 50% IAM → supra ST chegada ✓ < 50% IAM sem supra ST alteram enzimas na admissão ✓ 2-3% IAM → liberados erroneamente ✓ Alta taxa de mortalidade: 25% DOENÇA ATEROSCLERÓTICA É um processo patológico que causa doença das artérias coronárias, cerebrais e periféricas. Endotélio: camada fina, composta por células epiteliais especializadas, compondo tecido de aspecto escamoso e íntegro Funções variada do endotélio: inflamação, coagulação, controle de fluxo sanguíneo local. Além de produzir substâncias anticoagulantes e pró-coagulantes para manter uma homeostase dentro do vaso sanguíneo. → Quando há uma lesão vascular os fatores pró-coagulantes predominam sobre os fatores anticoagulantes Iniciação da Aterosclerose: • Acúmulo extracelular de lipídios • Recrutamento de leucócitos (células espumosas) • Acúmulo intracelular de lipídios • Formação de células espumosas • Disfunção/injúria endotelial • Trombogenicidade O acúmulo de LDLD no endotélio vai recrutar monócitos para fazer fagocitose, esses monócitos se diferenciam em macrófagos e depois em células espumosas. Ao passar do tempo, a gordura se deposita na parede do vaso e os macrófagos vão liberando mediadores inflamatórios, que recrutam cada vez mais células de defesa para o local. Diante do processo inflamatório, as células da camada média muscular também são recrutadas para estabilizar a placa de gordura ao liberar mataloproteinases, que na verdade vai acabar deixando a camada de gordura mais fina e instável, facilitando o processo de ruptura, que reduz muito ou oclui a luz do vaso e pode provocar angina, IAM, AVC etc. o que determina se a ruptura vai causara oclusão total ou não do vaso são os fatores pró e anticoagulantes. Qual o papel das estatinas? Tentar estabilizar as placas de gordura, tornando-as mais fibrocálcicas, além de atuar como um anti- inflamatório vascular. MEV também ajuda nisso. REMODELAMENTO ENDOTELIAL REMODELAMENTO POSITIVO: ➔ Dilatação de toda a parede de tal forma que, apesar das placas serem grandes, não obstruíam de forma significativa a luz do vaso. ➔ Grande quantidade de gordura e capa fibrosa fina = maior risco de instabilização da placa ➔ Possui uma maior reação inflamatória A Doença isquêmica do miocárdio secundária a aterosclerose pode ter 3 apresentações clínicas distintas: assintomática (isquemia silenciosa), aguda (SCA) e crônica (angina estável) CARDIO | THAYANNE GUSMÃO, P7 2 REMODELAMENTO NEGATIVO: ➔ Ausência de dilatação da parede arterial, então, pequenas placas de ateroma podiam causar grande obstrução da luz ➔ Possuem uma menor reação inflamatória ➔ Geralmente são mais crônicas; pouca quantidade de gordura, capa fibrosa maior e placas estáveis FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR Esses fatores de risco levam a um estresse oxidativo e disfunção endotelial e temos alterações nos mediadores, citocinas, e nas substâncias que sejam vasoconstrictoras ou vasodilatadoras. Predominam mais fatores vasoconstrictores podendo causar trombose, inflamação, vasoconstricção, remodelamento e ruptura de placa. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR − Estimar o risco de IAM, AVC, IC, DAP em 10 anos Realizado em etapas: − 1ª: muito alto risco − 2ª: alto risco CARDIO | THAYANNE GUSMÃO, P7 3 − 3ª escore de risco: ERG (escore de risco global) → alto, intermediário e baixo risco 1ª ETAPA – RISCO MUITO ALTO ✓ Doença aterosclerótica significativa: arterial coronária, cerebrovascular, vascular periférica → Obstrução ≥ 50% em qualquer território arterial ✓ Com [pacientes em prevenção secundária] ou sem eventos clínicos (infarto, AVC, angina, IT etc) O que fazer? → Sem tratamento: meta de redução percentual > 50% → Usando estatina: metas: LDL-c <50 md/dL e N-HDLc < 80 mg/dL → Tratamento recomendado: Atorvastatina 40-80mg, Rosuvastatina 20-40 mg, ou Sinvastatina 40 mg após ezetimiba 10mg → Devemos iniciar logo o tratamento não medicamentoso + medicamentoso) 2ª ETAPA: ALTO RISCO ✓ Pacientes em prevenção primária ✓ Aterosclerose subclínica documentada: como vemos isso? → USG carótidas com placas → ITB < 0,9 → Escore CAC (cálcio coronariano) > 100 → Placas na angio-CT de coronárias < 50% ✓ Aneurisma de aorta abdominal ✓ DRC conservador – TFG < 60 mL/min ✓ LDL – c ≥ 190 mg/dL ✓ DM 1 ou 2 + LDL-c 70-189 mg/dL + Estratificadores de Risco ou DASC (doença aterosclerótica documentada): → Homem ≥ 48 anos / mulher ≥ 54 anos → DM > 10 anos diagnosticado → História familiar parente de 1º grau DCV prematura: homem < 55 anos/ mulher < 65 anos → Tabagismo (1 cigarro último mês) → Síndrome metabólica → Albuminuria > 30 md/g → Retinopatia → TFG < 60 mL/min ✓ LDL-c 70-189 mg/dL + ERG com risco para o homem > 20% e > 10% na mulher também se enquadra em alto risco CV Obs: Critérios diagnósticos de síndrome metabólica: • Obesidade abdominal em: Homens: → Brancos de origem europeia e negros ≥ 94cm → Sul-asiáticos, ameríndios e chineses ≥ 90 cm → Japoneses ≥ 85 cm Mulheres: → Brancas de origem europeia, negras, sul-asiáticas, ameríndias e chinesas CA ≥ 80cm → Japonesas ≥ 90 cm • Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL • HDL- colesterol: → Homens: < 40 mg/dL → Mulheres: < 50 mg/dL • PAS ≥ 130 mmHg ou tratamento para HAS • PAD ≥ 85 mmHg ou tratamento para HAS • Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL O que fazer? → Sem tratamento: meta de redução percentual > 50% se LDL-c ≥ 70 mg/dL → Usando estatina: metas: LDL-c <70 md/dL e N-HDLc < 100 mg/dL → Tratamento recomendado: Atorvastatina 40-80mg, Rosuvastatina 20-40 mg, ou Sinvastatina 40 mg após ezetimiba 10mg 3ª ETAPA: RISCO INTERMEDIÁRIO ✓ ERG homem 5-20%/ mulher 5-10% ✓ DM sem ER (estratificador de risco) ou DASC O que fazer? → Sem tratamento: meta de redução percentual 30-50% se LDL-c ≥ 100 mg/dL → Usando estatina: metas: LDL-c <100 md/dL e N-HDLc < 130 mg/dL → Tratamento recomendado: Lovastatina 40mg, Sinvastatina 20-40mg, Pravastatina 40-80mg, Fluvastatina 80 mg, Pitavastatina CARDIO | THAYANNE GUSMÃO, P7 4 2-4 mg, Atorvastatina 10-20mg, Rosuvastatina 5-10mg 3 ª ETAPA: RISCO BAIXO ✓ ERG < 5% O que fazer? → Sem tratamento: meta de redução percentual >30% se LDL-c ≥ 130 mg/dL → Usando estatina: metas: LDL-c <130 md/dL e N-HDLc < 160 mg/dL → Tratamento recomendado: Lovastatina 40mg, Sinvastatina 20-40mg, Pravastatina 40-80mg, Fluvastatina 80 mg, Pitavastatina 2-4 mg, Atorvastatina 10-20mg, Rosuvastatina 5-10mg Em resumo o Escore de Risco Global (ERG): o Estima o risco de IAM, AVE, insuficiência vascular periférica, insuficiência cardíaca em 10 anos o Utilizado nos pacientes que não se enquadram na condição de MUITO ALTO e ALTO RISCO o BAIXO RISCO: probabilidade < 5% de eventos CV em 10 anos o RISCO INTERMEDIÁRIO: homens com risco ≥ 5% e ≤20% e mulheres com risco ≥ 5% e ≤ 10% o ALTO RISOC: risco > 20% para homens e > 10% para mulheres Critérios avaliados no escore global: ➢ Idade ➢ HDL-c ➢ CT (colesterol total) ➢ PAS tratada ou não ➢ Tabagismo ➢ DM
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