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PI VI final 22 junho

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CLEDJA DA SILVA FREITAS SANTANA
 DIVANI DA SILVA ALVES
DOUGLAS HENRIQUE SILVA SOUZA 
EMILIANE DE OLIVEIRA ARAÚJO 
FABIANA LOPES DE CASTRO MAROZZI 
JÉSSICA FRANCINE DA SILVA 
JULIANA MESQUITA ALVES CAMPOS
A necessidade da capacitação dos gestores
BIRITIBA MIRIM - SP
 
				2
2021
CLEDJA DA SILVA FREITAS SANTANA
 DIVANI DA SILVA ALVES
DOUGLAS HENRIQUE SILVA SOUZA 
EMILIANE DE OLIVEIRA ARAÚJO 
FABIANA LOPES DE CASTRO MAROZZI 
JÉSSICA FRANCINE DA SILVA 
JULIANA MESQUITA ALVES CAMPOS
A necessidade da capacitação dos gestores
Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP).
BIRITIBA MIRIM – SP
 2021
SANTANA, Cledja da Silva Freitas; SOUZA, Douglas Henrique Silva; ALVES, Divani da Silva; ARAÚJO, Emiliane de Oliveira; MAROZZI, Fabiana Lopes de Castro; SILVA, Jéssica Francine; CAMPOS, Juliana Mesquita Alves. A Necessidade da Capacitação dos Gestores, Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Flávio Franco Santana de Jesus. Polo Biritiba Mirim, 2021.
RESUMO
Estudiosos, organizadores de políticas e administradores estão em acordo quanto a aprovação da capacitação profissional como uma das circunstâncias que se impõem na realização de mudanças e reformas nas políticas públicas. Em qualquer plano de ação que se analise, a capacitação, o treinamento ou reciclagem, estão colocados como meios imprescindíveis à efetivação e êxito das metas propostas.
PALAVRAS-CHAVE: Gestão escolar; Gestores; Capacitação; Descontinuidade.
SUMÁRIO
Introdução	5
Desenvolvimento	6
Objetivos	6
Justificativa e delimitação do problema	6
Fundamentação teórica	9
Aplicação da disciplina	12
Metodologia	14
Conclusão	15
Referências	16
1. Introdução
Considerando a importância da educação escolar, o desempenho da direção e do pessoal administrativo é considerado uma enorme responsabilidade social . Sobre o tema Lück (2000, 2013), Paro (2002, 2007) e Lück et al. (2012) defendem que a educação pública do país precisa de um salto qualitativo e seu processo de gestão precisa ser aprimorado de forma constante para qualificação dos gestores escolares. 
Santos (2008) acredita que a formação inicial dos gestores escolares ainda é incompleta para funções administrativas, portanto a capacitação é fundamental para que os supervisores adquiram competências e exerçam com êxito a atividade de gestão, sendo reconhecido que a formação profissional é condição fundamental.
Através de estudos e observações sobre a administração de gestores e levando em consideração a realidade em nossa região que resolvemos questionar sobre a necessidade da capacitação dos gestores das escolas do município Biritiba Mirim do estado de São Paulo.
Pois devido a falta de incentivo da administração publica, dos gestores anteriores e da rotatividade com ingresso de gestores recém formados, acabam que ao assumirem a administração interrompem projetos, que estão em funcionamento, ou tentam implantar novos projetos, que não conseguem gerir, o que muitas vezes resultam em um mal desempenho no funcionamento escolar, refletindo em todos os envolvidos além de prejudicar a capacitação do novo gestor.
Caso não esteja capacitado para tal função, ele poderá sofrer diversas consequências, uma delas seria a falta de apoio da equipe que ali atua. Afinal “[...] introduzir mudanças ou ampliações no papel do gestor não é simples, esbarra em dificuldades e resistência dos educadores presos à concepções funcionalistas e burocrática da escola” (ALMEIDA, 2007, p. 31). 
e são, ainda bastante insípidas as iniciativas no sentido de propiciar a esse profissional uma formação que satisfaça as suas necessidades na tarefa de organizar e administrar uma escola em que haja uma articulação entre o pedagógico e o administrativo no sentido de promover o aprendizado e a construção cidadã a partir de elementos, como a tecnologia, ponto gerador de transformações nas diversas esferas sociais (ALMEIDA, 2007, p. 31).
Cabe ao gestor compreender cada situação que se estabelece no interior das escolas que coordena e ser capaz de negociar os conflitos que surgirem.
Muitas vezes a troca de gestores traz insegurança e conflito, pois nem todos pensam da mesma maneira, é preciso ter muito diálogo entre todos os envolvidos no ambiente escolar para ter um bom resultado em equipe, um bom gestor precisa ser firme no que faz, sem a necessidade de ofender ou maltratar seus liderados.
Os gestores precisam começar a entender que, dar continuidade no trabalho que já está sendo desenvolvido e que está gerando frutos para a educação não quer dizer, fazer o nome do antecessor ou que o mesmo não tenha capacidade para inovar, mais sim que está colocando a escola em primeiro lugar fortalecendo os projetos que ali já funcionam. Não que ele não possa colocar em pratica novas ideias, mas demonstrar que está ali para somar e contribuir.
2. Desenvolvimento
2.1 Objetivos
O projeto integrador VI tem como objetivo incentivar a gestão escolar e a administração pública a fornecer capacitações aos gestores escolares, uma vez que a falta do mesmo em muitos casos acaba prejudicando o bom funcionamento da escola, pois em muitos casos os coordenadores entram sem experiência na área de gestão e acabam se perdendo ao longo do processo. Com isso, acaba ocasionando a descontinuidade do trabalho que já estava sendo desenvolvido pela equipe. Essa falta de experiência da gestão escolar acaba refletindo não só dentro da diretoria, mas em todas as áreas da escola, pois ao notarem que a escola apresenta dificuldades e que não está caminhando como deveria e apresentando bons resultados, a secretaria de educação realiza a troca do gestor, seja ele coordenador ou diretor da unidade escolar, havendo assim uma grande rotatividade de gestores nas escolas da rede municipal de Biritiba Mirim.
2.2 Justificativa e delimitação do problema
Em conversa com a então secretária Marta que recém assumiu a Secretaria de Educação de Biritiba Mirim,podemos observar que,a troca de gestores nas unidades escolares é recorrente no municipio na maioria das vezes sendo no cargo de coordenador pedagogico,que é um cargo de indicação,feito a cada troca do executivo.A partir dai disso o grupo se direcionou para a EMEI Ferdinando Jungers,onde se deparou com o cenário realatado pela secretaria de educação:num período de quatro meses houve a transferencia da diretora,e não houve substituição desse cargo,quem nos recebeu foi a coordenadora pedagógica Cristiane Cunha,que estava como gestora da instituição e tamabém já era a segunda a ocupar esse cargo num período de dois meses.
ADMINISTRAÇÃO e GESTÃO EDUCIONAL
Administração e gestão são termos muitas vezes aplicados como sinônimos,porém é possível constituir diferenças entre eles, a começar da origem . Derivada do latim ad (proximidade, direção para) e minister (subordinação ou obediência), a palavra administração expressava, originalmente, “aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro” (CHIAVENATO, 1983, p. 6). Assim, a tarefa básica da administração era realizar objetivos por intermédio de pessoas, o que implica um esforço humano coletivo. Desse modo, segundo o autor, “a eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns depende principalmente da capacidade daqueles que exercem a função administrativa” (CHIAVENATO, 1979 apud PARO, 2001, p. 61). 
Depois de uma série de mudanças ao longo do tempo, o sendo conceitual do termo na atualidade é o de um mecanismo para:
[...] interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação orga-nizacional através do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira maisadequada à situação. ( CHIAVENATO, 1983, p. 6).
A expressão gestão, é utilizada para atribuir atividades administrativas,entende-se que “gestão não é só o ato de administrar um bem fora-de-si, mas é algo que se traz para si, porque nele está contido” (CURY, 1997, p. 201) e “o conteúdo deste bem é a própria capacidade de participação, sinal maior da democracia” (CURY, 1997, p. 201). Desse entendimento, o termo gestão faz referencia a um amplo conceito que o de comandar e designar uma forma de administrar por meio do diálogo e da participação coletiva.
No que se refere à educação, João Barroso, educador e pesquisador português, embora considere que administração e gestão são termos utilizados para designar “[...] as atividades pelas quais uma organização realiza o conjunto de objetivos (defi nidos interna e/ou externamente) por meio da optimização dos seus recursos humanos, materiais e financeiros” (BARROSO, 2001, p. 11). 
O termo “gestão escolar”, segundo esse educador português, entende-se uma “função executiva destinada a pôr em prática as políticas previamente definidas” (BARROSO, 2001, p. 10). Na perspectiva de Barroso,
Ao falarmos do sistema educativo se-á utilizar o termo “administração” para referir as atividades (planificação, organização, dircção, controle) que têm em vista assegurar o funcionamento do sistema em seu conjunto, e “gestão” para signifi car essas mesmas atividades ao nível de cada escola, ou instituição. Ao falarmos de uma escola em particular, enquanto organização, podemos utilizar o termo “administração” para significar o processo de definição das metas e das políticas que vão orientar o funcionamento da escola (quer no quadro da reinterpretação do normativo legal, quer no quadro de suas autonomias) e “gestão” para significar o processo de optimi-zação dos recursos humanos, materiais e financeiros que vão permitir concretizar esses objetivos e essas políticas. (BARROSO, 2001, p. 11).
Constatando a necessidade de superar a concepção contida no termo administração, surgiram inúmeros estudos que, levando em conta a especificidade ou particularidade do sistema educativo, procuram retomar seus fundamentos e adotar procedimentos práticos capazes de contemplar essas especificidades (PARO, 1998; HORA, 2007).
A administração educacional era vista como “uma instância inerente à prática educativa, que abrange o conjunto de normas/diretrizes e práticas/atividades que garantem, de um lado, o significado ou o sentido histórico do que se faz e, de outro lado, a unidade do conjunto na diversidade de sua concretização” (WITTMANN; FRANCO, 1998, p. 27) e definia o termo gestão como “coordenação de esforços individuais e coletivos de implementação de políticas e planos”.Posteriormente, em estudo realizado em 1999, intitulado “Estado da Arte em Políticas e Gestão da educação no Brasil: 1991 a 1997”, o termo administração, adquirindo a (re)significação de um “[...] conjunto de políticas, planejamento, gestão e avaliação da pratica social da educação”, passou a englobar as dimensões políticas, técnica e pedagógica da educação (GRACINDO; KENSKI, 1999, p. 166). Gestão, nesse momento, é um termo definido como o “[...] processo político-administrativo contextualizado e historicamente situado, por meio do qual a prática social da educação é organizada, orientada e viabilizada” (GRACINDO; KENSKI, 1999, p. 166). Embora neste estudo, o termo gestão possa, às vezes, ser confundido com administração, ele passou a ser empregado para definir os processos, políticas e ações que se constroem no interior das instituições educativas (WERLE, 2001).
No dominio da gestão escolar, as responsabilidades das instituições de ensino estão descritas no Art. 12:
I - Elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII - notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei (Inciso incluído pela Lei nº 10.287, de 20.09.2001).
A referida lei, em seu Art. 13, incumbe os docentes de “participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino” e, no Art. 14, relacionado à gestão, prevê: “os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os princípios de participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e de participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”(BRASIL, 1996, p. 6).
O que presenciamos na unidade de realização desse projeto foi que apenas professores, a escrituraria e o responsável pela escola tinham participação nas tomadas de decisões referentes a administração da escola, lembrando que aqui estamos nos referindo ao administrativo e não da parte pedagógica em si, diante disso, sugerimos que todos os funcionários que fazem parte da equipe possam ser inclusos nas decisões que são tomadas, além da capacitação dos gestores para trabalhar na administração de uma equipe, no objetivo de que quando acontecer a troca de gestão haja continuidade dos trabalhos a fim de que o aluno que é o principal objetivo da escola não tenha impacto negativo decorrente de uma equipe desestabilizada.
3. Fundamentação teórica
A educação e um direito garantido, pela constituição de 1988 e lei de diretrizes e bases n. 9096/1996. A escola desenvolve um papel fundamental na garantia desse direito. Porem, para eu esse direito seja garantido a escola precisa desenvolver um trabalho com excelência. Para esse fim, as unidades escolares desenvolvem uma organização para o bom andamento da unidade, favorecendo o trabalho dos funcionários e consequentemente impactando favoravelmente no aprendizado dos alunos.
Apesar de haver uma hierarquia na educação, como a secretaria municipal de educação e conselho municipal da educação, toda escola possui uma rotina adaptada a sua realidade. Sendo assim, embora a unidade possua documentos norteadores de como deve ser o desenvolvimento dos projetos educacionais, cabe a cada núcleo gestor construir seus próprios planos de trabalho, com o intuito de enfrentar da melhor maneira possível os desafios encontrados na dinâmica escolar, sempre mantendo o foco no aprendizado dos alunos. Com isso em mente e sempre necessário debater e repensar como dinamizar a construção do projeto pedagógico e currículo escolar.
Observando a rotina pedagógica de cada escola, nos deparamos com alguns desafios, dentre eles podemos pontuar a dificuldade da secretaria de educação em atender rapidamente as solicitações feitas, já que muitas vezes a demanda de trabalho e grande se comparada ao número de funcionários. Dito isso, fica clara a necessidade de autonomia do núcleo gestor na tomada de decisões a fim de otimizar o andamento da rotina escolar. Para que essas tomadas de decisões tenham um resultado positivo, se faz necessário estudar os problemas e focar em soluções que estejam dentro da realidade do que pode ser feito, porem respeitando a hierarquia dos órgãos externos, ao mesmo tempo que não se confunda autonomia com anomia, ou falta de organização.
Ainda vale ressaltar que a escola pode ter bons resultados quando está aberta a opiniões de pais, funcionários, autoridades escolares e comunidade, já que membros de diferentes vertentes tem visõesdiferentes para solucionar problemas. Como a professora Vivian Batista ressaltou na disciplina organização do trabalho pedagógico, o trabalho a ser feito na unidade escolar pode ser planejado levando em conta todos esses colaboradores. Cabe destacar que quando isso é feito, reflete de maneira positiva, haja vista a rotatividade de diretores e coordenadores pedagógicos, observando que, mesmo havendo mudanças no quadro de funcionários do núcleo gestor, outros personagens envolvidos na organização escolas saberão como dar continuidade ao trabalho que já estava sendo realizado, bem como estarão capacitados para acolher o novo gestor e atualiza-lo sobre o trabalho, dessa maneira, o trabalho continua fluindo sem interrupções.
Um outro ponto que foi destacado nos textos base da disciplina é que a educação não deve ser vista como algo estático, já que o mundo está em constante mudança, a escola deve acompanhar essas mudanças com objetivo de melhorar a qualidade do ensino. quando existe um ambiente democrático na escola, abre-se espaço para todos, incluindo os educandos expressarem que mudanças poderiam ser benéficas para todos. Embora caiba à direção a tomada final das decisões, todos estarão mais propensos a acatar as decisões depois de serem ouvidos e terem suas opiniões levadas em consideração.
Pensando nisso, os envolvidos podem se questionar: Qual tipo de gestão é o mais produtivo? É melhor que as responsabilidades sejam centralizadas ou partilhadas? Cada escola tem suas peculiaridades, portanto não existe fórmula pronta, é necessário analisar cada problema individualmente e pensar acerca de qual seria a melhor opção para a solução do problema, rompendo com algumas ideias pré-concebidas, como determinada turma ser de apenas um professor, mas enxergar todos os alunos como sendo responsabilidade de todos, criando assim uma unidade no processo educacional e permitindo que as ideias e procedimentos que funcionaram com um turma possam beneficiar outras turmas também.
Segundo Barroso, em sua publicação “o estudo da escola”, é necessário promover uma cultura de participação e colaboração entre todos, incluindo a definição e realização dos objetivos educacionais, desenvolvendo diversificadas formas de liderança com o objetivo de proporcionar a atuação da escola de maneira social, coerente e equilibrada. Por fim, incentiva que todos os membros do corpo docente e funcionários aumentem o conhecimento acerca de regras, funcionamento e estrutura da escola (Barroso, 1996, pag. 187).
Barroso chama atenção também que dentre os fatores que permitem a escola funcionar com excelência pode-se elencar: o tipo de liderança, o que os professores esperam dos alunos, a coerência e conhecimento das regras disciplinares, preocupação com qualidade do ensino da leitura, escrita e matemática e a avaliação frequente e cuidadosa do trabalho dos estudantes. Todos esses atores em conjunto, quando bem trabalhados, favorecem o fortalecimento dos caminhos necessários para os educandos atingirem uma educação plenamente satisfatória.
Ainda na disciplina gestão escolar, foi destacado que as constantes mudanças no cenário escolar fazem com que a demanda de capacitação dos gestores seja constantemente avaliada, sendo que essa capacitação precisa ser relevante crítica e criativa.
 Com todos esses pontos em mente chegamos à conclusão que cabe a gestão da unidade se atentar a preparar o plano político pedagógico de uma maneira não utópica, antes precisa ser realista para que o plano possa realmente sair do papel. para que a elaboração do documento possa atingir esse objetivo, se faz necessário a capacitação dos gestores. Tendo em vista que mesmo que alunos, docentes, comunidade e funcionários possam contribuir de maneira positiva trazendo atenção a problemas e sugestionando soluções, as decisões finais ficam a cargo do coordenador pedagógico e do diretor da unidade.
Do mesmo modo que precisamos refletir sobre a construção histórica da cultura escolar o papel do diretor nem sempre foi vivido da mesma maneira façamos uma breve descrição de acordo com Tardif, 2000 dos motivos que a capacitação continua dos gestores das unidades escolares se fazem necessárias.
Todo profissional precisa se apoiar em conhecimentos específicos, no caso dos diretores, normalmente eles têm formação inicial como pedagogo, sendo assim é essencial que se aprofundem em como dirigir a escola de maneira que vise a melhor educação para os alunos.
Por meio de constante formação que os pedagogos adquirem cada vez mais conhecimentos específicos isso não é apenas burocracia, mas sim constitui-se uma forma de garantir que os gestores possuem os saberes essenciais como gestores.
É fundamental que o profissional tenha compreensão de que os desafios que o ensino enfrenta, e a continuidade da formação permite que esses desafios sejam vistos da melhor maneira possível.
A única forma do coordenador pedagógico e diretor avaliarem se os professores estão exercendo da melhor maneira possível o seu papel como docentes, e garantir que os educandos estão recebendo ensino de qualidade e manter-se atualizado.
Existe ainda necessidade de saberes pragmáticos na gestão escolar, como por exemplo resolver as situações problemáticas de maneira concreta, incentivar profissionais e estudantes de uma unidade, adaptar aos recursos disponíveis na escola a fim de maximizar o seu uso e aprender a levar em conta o perfil dos alunos e disposição dos educadores.
Os saberes pragmáticos exigem autonomia e discernimento. Compreender o problema e buscar soluções específicas e não somente trabalhar em busca de obedecer a regras preestabelecidas.
Não podemos afirmar que existe formação inicial que inclua toda a demanda da docência e da gestão escolar, já que problemas são inesperados e desafios mudam constantemente.
Assim como os responsáveis pelo processo educacional são responsáveis pelas suas práticas, eles também são responsáveis pelos maus usos dos seus saberes daí vem a necessidade de aprofundar a sua competência de acordo com a área de atuação.
4. Aplicação da disciplina
Observou-se que as disciplinas estudadas no decorrer do semestre como Organização do Trabalho Pedagógico quanto a disciplina Gestão Escolar estão sendo essenciais para a construção e desenvolvimento do Projeto Integrador, visto que o nosso trabalho tem por tema a necessidade da capacitação dos gestores.
 Para o aprofundamento e desenvolvimento do trabalho, a disciplina de gestão escolar tornou-se imprescindível na construção do conhecimento deixando claro como atua os processos internos da gestão.
Na matéria de gestão escolar, aprendemos com a professora e educadora Heloísa Lück sobre os desafios encontrados diante daqueles que estão à frente de uma liderança, como a competência do relacionamento humano, da comunicação e da dinâmica de grupo, sobre a competência interpessoal que pode ser definida como a habilidade que o ser humano tem para lidar de forma eficaz com as relações, entre duas ou mais pessoas, além disso, com a flexibilidade em lidar com outros indivíduos dentro de sua diversidade de maneira que possa suprir as necessidades de cada um e as exigências das situações.
Tais competências envolve conhecimentos, habilidades e atitude, sua definição tem por objetivo estabelecer os parâmetros que vai desde orientar para o exercício do trabalho, como para a aprendizagem.
A atuação do gestor sobre a equipe escolar envolve competências especiais como do relacionamento humano, da comunicação, e da dinâmica de grupo, o gestor que administra uma equipe deve ser controlado e manter se sobre controle e deve ter sede de realização.
A comunicação pode ser considerada como verbal, (oral e escrita) e não verbal, ela é fundamental para atender as necessidades de cada pessoa, como para expressar as ideias, informações e os sentimentos.
A dinâmica por sua vez nada mais é que atividades desenvolvidas para serem trabalhadas em grupos com o pretexto de incentivo e motivação.
Um bom líder escolar, que gerencia uma unidade de ensino, tem várias frentesde trabalho nos respectivos setores que dizem respeito a gestão administrativa, gestão de pessoas, gestão de processos, gestão patrimonial e gestão pedagógica, que para Lück uma das mais complexas é a gestão de pessoas, Lück (2002) diz ‘’que somente uma escola bem dirigida apresenta bons resultados, toda força está no líder’’. 
Conhecendo os aspectos necessários para ser um bom líder, pensamos na capacitação dos gestores, considerando os benefícios e avanços que podem acontecer, como crescimento pessoal, autoconhecimento, que vai desde a aprendizagem, no contexto educativo, quanto na administração como num todo. 
Helóisa lück afirma em uma de suas entrevistas, que uma gestão que se encontra apta e preparada é aquela que acredita no trabalho que está realizando, no trabalho que faz diferença e acima de tudo, no trabalho que não pode ser realizado sozinho. De acordo com ela o trabalho não se faz sozinho, uma equipe não nasce pronta, é necessário ter uma compreensão unitária dos mesmos objetivos, das metas, bem como das ações, e do processo educativo a ser desenvolvido pela escola. 
E a matéria de organização do trabalho pedagógico veio completar o objetivo citado anteriormente no tema do PI, a solução do problema seria a capacitação dos gestores e a inclusão de funcionários na tomada de decisões já que muitos deles permanecem na Unidade Escolar por mais tempo que o diretor ou coordenador pedagógico, como aprendemos na semana 4. 
E no material da semana 5 reforça que organização do trabalho pedagógico não deve ser comparada a um modelo de gestão empresarial como a tomada de decisões de maneira unilateral, já que quando existe colaboração e trabalho coletivo, na laboração do plano político pedagógico é promovido o crescimento profissional e autonomia da escola levando esses fatores em consideração, mesmo que o gestor mude de Unidade Escolar é possível dar continuidade ao trabalho que já está em desenvolvimento visto que todos funcionários estão envolvidos no plano político pedagógico.
Devem também cultivar questões importantes para o bom funcionamento da unidade de ensino, o gestor tem a responsabilidade de deixar claro os aspectos fundamentais das diretrizes, da relação com os pais e a comunidade.
5. Metodologia
Ao entender o propósito do projeto integrador VI, o grupo se reuniu e começou a dar início aos trabalhos, colocando em pautas alguns quesitos que seriam necessários para a construção e desenvolvimento do mesmo.
O grupo, através de um representante entrou em contato com a escola para agendar uma visita a fim de conversar com os responsáveis e conhecer o campo que serviria de base para o projeto. Já na primeira visita a instituição de ensino, foi possível identificar a problemática de acordo com o tema proposto pela UNIVESP.
Num segundo momento, em uma reunião através do aplicativo do Google Meet, o grupo em debate achou viável trabalhar o tema com toda a rede municipal de ensino, já que essa problemática identificada acaba por afetar também outras unidades escolares e não apenas a visitada por nós. Diante disto, fomos até a secretaria de educação do município de Biritiba Mirim para uma entrevista com a secretaria de educação Sra. Marta Aparecida Ferreira dos Santos.
Algumas estratégias adotadas pelo grupo para identificar a problemática e tentar solucionar a questão foi:
· Visita a escola e a secretaria de educação do município para observação e conversa com funcionários, gestores e responsáveis;
· Coleta de dados através de entrevista e preenchimento de formulário;
· Análise dos dados coletados durante as visitas e entrevistas com os funcionários.
Após identificar a problemática e notarmos que esta estava sendo uma deficiência geral da rede municipal de ensino do município, o grupo chegou à conclusão de que uma capacitação para os gestores seria uma solução não só para as escolas como também de grande valia para o município, professores e alunos. Tendo em vista que, as escolas teriam a frente pessoas qualificadas, capacitadas, com visão de gestão, pensando sempre no desenvolvimento da escola e no ensino e aprendizagem dos alunos.
6. Conclusão
Diante dos fatos e relatos referentes à deficiência que há no município em relação aos gestores concluiu-se que seria de suma importância à realização de capacitações para os gestores, uma vez que é um cargo de grande importância, pois ele deve possuir a capacidade para lidar com todos os desafios e barreiras que são enfrentados durante o ano letivo. Nesse contexto a capacitação geral dos gestores os instruiria para um melhor desempenho em seu âmbito de trabalho, já que segundo Santos (2008) a capacitação inicial não é suficiente para as atividades administrativas. 
Como não depende de nós a solução para esse problema, o grupo se reuniu com a secretaria de Educação do município e propôs que a ainda esse ano fossem ofertadas capacitações aos gestores em uma tentativa de começar a trabalhar para ingressar numa nova era com gestores ainda mais capazes e com maiores possibilidades de ter êxito em seu trabalho.
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BRASIL. Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm>. Acesso em: 2 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 10.287/2001. Altera dispositivo da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10287.htm>. Acesso em: 4 jun. 2021.
UNIVESP – Módulo 7 Prática de Gestores - Vídeo-base - Entrevista exclusiva com professora Heloisa Lück - Os Desafios da Liderança, Disponível em: <https://ava.univesp.br/ultra/courses/_2061_1/cl/outline> Acesso em 15 de jun.2021.
UNIVESP – Módulo 7 Prática de Gestores - MATERIAL DE APOIO
Heloísa Lück fala sobre atuação em equipe de gestão, Disponível em: <https://ava.univesp.br/ultra/courses/_2061_1/cl/outline> Acesso em 15 de jun.2021.
UNIVESP – O Projeto Pedagógico e Autonomia da Escola - Vivian Batista da Silva e Rita de Cassia Gallelo, Disponível em: <https://ava.univesp.br/bbcswebdav/pid-523129-dt-content-rid-2293784_1/xid-2293784_1> Acesso em 20 de jun.2021.

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