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Otites 1
◽
Otites
Doença da orelha externa
Anatomia
A orelha externa é formada pelo pavilhão auricular, conduto auditivo externo, até 
a membrana timpânica. Tem composição de cartilagem e possui glândulas e 
pelos, por exemplo. 
A orelha média é composta pela cavidade timpânica, células da mastoide e tuba 
auditiva (liga a orelha média até a rinofaringe). Na orelha orelha média temos a 
cadeia ossicular: martelo, bigorna e estribo. O martelo está aderido à membrana 
timpânica, articulado com a bigorna e a bigorna articulada ao estribo. O estribo 
está ligado a orelha interna por meio da sua base, localizado na estrutura oval.
A orelha interna é formado pelo labirinto (ósseo e membranoso). O labirinto tem 
a cóclea, na região anterior, e os canais circulares, na parte posterior. Dos 
canais circulares saem terminações nervosas que formam o nervo 
vestibulococlear (XVIII).
Inervação
Otites 2
*O ramo auricular do nervo vago emite um ramo interno, chamado de ramo 
de Jacobson, que é responsável pelo reflexo de tosse. 
Funções da orelha externa
Proteção mecânica
Manutenção de temperatura e umidade
Localização de fonte sonora
Condução e amplificação do som (10 a 25dB)
Otite externa
É o processo inflamatório da orelha externa.
Quais as formas clínicas?
Otite externa difusa aguda (mais comum)
É uma inflamação aguda da orelha externa.
Quais alguns outros nomes para ela?
"Swimmer's ear", "tropical ear"
Qual a etiologia?
Bacteriana → é uma celulite da pele do conduto auditivo externo. 
As bactérias mais envolvidas são: Pseudomonas aeruginosa e S. 
aureus
Fatores predisponentes
Clima quente e úmido
Trauma local → cotonete, por exemplo
Uso de AASI (aparelhos auditivos)
pH alcalino:
Otites 3
O pH deveria ser ácido e o cerume que confere o pH ideal, 
além de promover proteção mecânica. Quando há remoção do 
cerume, o pH se torna alcalino. A imersão em água do mar ou 
de piscina e uso de sabonetes detergentes também contribuem 
para alcalinização.
Quadro clínico
Otalgia
Plenitude auricular → ouvido "tampado"
Prurido
Pode ter otorreia
Dor à mobilização do tragus e/ou do pavilhão auricular → ajuda 
a diferenciar uma otite externa de uma média
💡 Então, fazemos uma compressão do tragus ou 
puxamos a orelha para cima e para trás. Se o 
paciente referir dor, provavelmente se trata de uma 
otite externa. 
Hiperemia
Edema
Como é o diagnóstico?
Clínico.
Tratamento
Analgesia
Limpeza, no otorrino
Gotas tópicas → lembrar que fluoroquinolonas e 
aminoglicosídeos são ototóxicos 
Otites 4
Otite externa localizada
É circunscrita, como se fosse uma furunculose. É uma foliculite do 1/3 
lateral do conduto externo auditivo, por uma obstrução das unidades 
pilossebáceas.
Qual a etiologia?
S. aureus.
Quadro clínico
Otalgia.
Tratamento
Quando tem ponto de flutuação: drenagem cirúrgica + ATB 
sistêmica (cefalexina) - na maioria das vezes não precisamos fazer 
sistêmico.
Quando não tem ponto de flutuação: gota tópica e/ou ATB 
sistêmica.
Otite externa fúngica
Também chamada de otomicose.
Causado principalmente após uso prolongado de antimicrobiano tópico.
O quadro clínico é marcado por otorreia e prurido.
As etiologias mais comuns são: Asperigillus sp (mais comum) e 
Candida sp.
O tratamento é baseado na limpeza mecânica, evitando lavagens para 
não deixar o ambiente mais úmido ainda; gota tópica contendo 
antifúngico e acidificação do meio.
Otite externa crônica
É uma inflamação crônica do conduto auditivo externo (CAE). Acontece 
devido a uma hipersensibilidade do conduto.
As culturas são sempre negativas → flora não patogênica. 
Otites 5
A clínica é marcada por prurido e otorreia. Não tem dor, não é aquele 
quadro aguda.
O tratamento é a limpeza local, gotas tópicas com corticoide e gotas 
acidificantes.
Otite externa necrosante ou maligna 
Acontece principalmente em diabéticos mal controlados e 
imunodeprimidos.
Ela promove uma osteomielite do CAE que se estende à base do 
crânio, e pode ser grave.
Etiologia: Pseudomonas aeruginosa.
O quadro clínico é marcado por otalgia intensa, refratária ao tratamento 
habitual. Apresenta como sinais:
Tecido de granulação na parede inferior do CAE
Pólipos inflmatórios
Otorreia
Envolvimento de pares cranianos (VII, X, XI)
O diagnóstico é pelo quadro clínico sugestivo e a realização da 
cintilografia com tecnécio 99 (capta o material radioativo na região do 
osso temporal).
O tratamento é com internação hospitalar, ATB venosa (ciprofloxacino), 
controle da glicemia e da função renal, debridamento diário para alguns 
pacientes. 
Otites 6
A cintilografia de controle é a de gálio e é feita a cada 3 semanas. 
Doenças da orelha média
Anatomia
*Se conseguirmos visualizar o triângulo luminoso, isso pode nos dizer que a 
membrana timpânica está normal
Criança tem mais otite média aguda, devido a menor extensão da tuba auditiva 
e por ela ser mais retificada → então a secreção nasal consegue "subir" muito 
mais fácil:
Otites 7
Quais as funções da tuba auditiva?
Drenagem de secreção da orelha média
Equalizar a pressão com o ambiente
Quais as funções da orelha média?
Transmissão sonora
Equaliazação de impedâncias, que acontece pelo mecanismo 
hidráulico, mecanismo de alavanca do martelo e bigorna e forma cônica 
da membrana timpânica
Formas clínicas
Otite média aguda
É uma inflamação do mucoperiósteo da orelha.
Tem início súbito e tem curta duração. Pode ter etiologia viral ou bacteriana, 
sendo as bactérias mais comuns: S. pneumoniae, H. influenzae e S. 
pyogenes.
Epidemiologia
Pico de incidência: 6 a 12 meses
Maior incidência no inverno
Fisiopatologia
Quase sempre é precedida de um quadro de IVAS, que pode causar 
processo infeccioso e edema da tuba auditiva → tuba auditiva fecha. 
Isso leva a uma pressão negativa da orelha média → o ar que estava 
na tuba é absorvido e forma-se uma pressão negativa, o que acarreta 
no acúmulo de secreções dentro da caixa timpânica → favorece a 
colonização bacteriana. 
Otites 8
Fatores de risco
Ambientais → IVAS, creche/escola, tabagismo passivo, uso de 
chupeta
Hospedeiro → idade, anormalidades craniofaciais, predisposições 
genéticas, DRGE.
💡 O aleitamento materno é fator de proteção.
Quadro clínico
Otalgia
Otorreia
Otorragia
Febre 
Irritabilidade 
Diagnóstico
É clínico → otoscopia. Encontramos conduto normal e hiperemia e 
abaulamento da membrana timpânica. Tem também alteração da 
transparência e aumento da vascularização.
Lembrar da diquinha de puxar a orelha → se não sentir dor, é otite 
média. 
Tratamento
Aqui já usamos ATB sistêmico. 
Otites 9
O ATB de primeira escolha é a amoxicilina 80-90 mg/kg/dia. 
Otite média aguda recorrente 
É quando o paciente tem 3 ou mais episódios de OMA em 6 meses OU 
4 ou mais episódios de OMA em 12 meses.
Nesses casos, precisamos controlar os fatores de rico para OMA, 
vacinação antifluenza ou colocar tubo de ventilação (cirurgia)
Otite média com efusão
É a otite média serosa/secretora. É a presença de fluido na orelha média, 
sem sinais ou sintomas de infecção.
O líquido pode ser mucoide, seroso, sanguinolento ou purulento. 
→ Dá para ver nível de líquido ou até bolhas de ar na otoscopia.
Tem os mesmos fatores de risco que a OMA.
Epidemiologia
É muito comum nos lactentes até 1º ano de vida
90% das crianças antes da idade escolar
Pico de incidência no inverno
Maior prevalência em crianças com malformações craniofaciais 
Fisiopatologia
Otites 10
Há um processo inflamatório da tuba auditiva → disfunção da tuba → 
pressão negativa na orelha média → acúmulo de secreções.
Aguda: < 3 semanas
Subaguda: > 3 semanas e <3 meses
Crônica: > 3 meses
Quadro clínico
É difícil descobrir. É uma criança que tem déficit de atenção, atraso no 
desenvolvimento da fala e linguagem, uso de aparelhos com som alto, 
alterações comportamentais, plenitude auricular, tontura. É bem comum 
em pacientes com hipertrofia de adenoides. 
Diagnóstico
Otoscopia (pode ser pneumática) → detecta presença de líquidona 
orelha média. Dá para observar também a redução da mobilidade da 
membrana timpânica e redução da transparência da membrana 
timpânica.
A presença de líquido também pode ser confirmada pela timpanometria:
Tratamento
Fazemos uma observação clínica até 3 meses a partir do diagnóstico.
Otites 11
Se depois de 3 meses a criança continuar com líquido na orelha média, 
indicamos a cirurgia de miringotomia (perfuração da membrana 
timpânica) + colocação de tubo de ventilação com ou sem 
adenoidectomia. 
*se for unilateral, podemos esperar até 6 meses para fazer indicação 
cirúrgica.
Otite média crônica não colesteatomatosa
Otite média crônica colesteatomatosa
Otalgia: como tratar?
Caso clínico 1
Quais os diagnósticos diferenciais de otalgia aguda?
Otite média aguda, disfunção da ATM, trauma local, amigdalite, 
amigdalectomia (vem da neuralgia reflexa), trauma local com cotonete.
p.s.: otites podem ser classificados quando a topografia (externa ou 
média) e evolução de tempo (aguda ou crônica). 
Características de causas otológicas x extra-otológicas (extra-auditivas)
Dá para perceber muito pela otoscopia. Se a otoscopia for 
completamente normal, seja aguda ou crônica, praticamente afastamos 
causa otológica → então, no caso da extra-otológica, a otoscopia 
praticamente define diagnóstico. Se for uma causa otológica, não é bem 
assim, vamos ter que identificar e descrever tudo. 
Otites 12
Quais os diagnósticos?
a) otite externa difusa aguda
b) otite média aguda
c) DTM → distúrbio temporo-mandibular
d) lesão do glossofaríngeo
e) otite externa fúngica → otomicose
foto 1: otite externa difusa aguda→ conduto auditivo externo está mais 
amplo, mas a membrana timpânica está vermelha, distendida
foto 2: otite média aguda → conduto auditivo externo está normal, 
amplo. O problema está na membrana timpânica (e por isso é otite 
média): tem hipervascularização da membrana, opacidade, apagamento 
da cadeira ossicular
foto 3: otite externa fúngica → quase sempre por candida albicans 
foto 4: otoscopia normal
Otites 13
Quais os principais agentes etiológicos envolvidos em cada caso?
Otite média aguda: Streptococcus pneumoniae
Otite externa difusa agua: pseudomonas aeuriginosas
Otomicose: candida e aspergilus
Como tratar?
Otite externa difusa aguda: 
É por pseudomonas → ciprofloxacino VO ou tópico resolve. 
De forma geral, a gente prescreve Otociriax (ciprofloxaficono + 
hidrocortisona) para qualquer otite externa aguda, 3 gotas, de 
12/12h, por 10 dias. Pode associar com corticoide sistêmico (40mg, 
1 comp/dia pela manhã). 
Em casos de toxemia, febre recorrente, muito edema e hiperemia 
do conduto (gota otológica não conseguiria entrar), podemos utilizar 
o ATB sistêmico. 
Otite média aguda:
Amoxicilina + clavulonato (clavulin, 875mg, VO, 12/12h, 10 dias).
Significa que está tendo abcesso retroauricular (mastoidite) como 
complicação.
Outra complicação é a paralisia facial periférica por otite média. 
Otites 14

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