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Hipersensibilidade: Tipos e Mecanismos

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EAD 8-9, 3º Bimestre, Aula 12 e 13 (17.06-24.06)
Definição: São reações exageradas e inadequadas do sistema imune provocadas por moléculas inofensivas para a maioria das pessoas . Essas 
reações exageradas e inadequadas podem ser contra antígenos exógenos inofensivos na maioria das vezes, para a maioria dos ind ivíduos, ou 
contra antígenos próprios (provocando autoimunidade).
▪
Tipo I (Hipersensibilidade anafilática): Mediada pela IgE, que ativa mastócitos e basófilos. Também tem ação de eosinófilos mais 
tardiamente. Conhecida comumente como resposta alérgica/alergia, sendo relativamente comum.
▪
Tipo II (Hipersensibilidade citotóxica): Mediada pela IgG, fagócitos e complemento. Desencadeia um processo inflamatório, de forma que 
os fagócitos liberam várias enzimas e o sistema complemento promove o complexo de ataque a membrana, gerando toxicidade aos tecidos. 
Pode ter relação com autoimunidade.
▪
Tipo III (Hipersensibilidade mediada por complexos imunes): Mediada por IgG, fagócitos e complexos imunes. Os imunocomplexos 
formados se depositam em diversos tecidos causando resposta inflamatória e citotóxica mediada pelos imunocomplexos. Pode ter relação com 
autoimunidade, como no lúpus e glomerulonefrite. 
▪
Tipo IV (Hipersensibilidade celular ou tardia): Mediada por linfócitos T (Th1, Th2 ou Tc). A depender do desencadear da resposta, 
algumas vezes pode promover reações na pele, sendo comum confundi-la com a hipersensibilidade do tipo I. Pode ter relação com 
autoimunidade.
▪
Todas as doenças autoimunes acabam desencadeando mecanismos de hipersensibilidade, de forma que se tem dois mecanismos contri buindo 
para a destruição celular e tecidual.
▪
Hipersensibilidade imediata. Uma vez que se desencadeia a primeira resposta, da próxima vez que o indivíduo entrar em contato com o 
determinado alérgeno, automaticamente já começa a manifestar os sinais e sintomas de alergia.
▪
Quando são apresentados antígenos para os linfócitos TCD4, estes desencadeiam a resposta adaptativa. Dependendo do tipo antigênico 
apresentado aos linfócitos, pode-se ter resposta Th1, Th2 ou Th17. A resposta Th2 é desencadeada especificamente contra helmintos e, 
de forma disfuncional, contra alérgenos.
▫
Origem: Desencadeada pela produção de anticorpos IgE contra antígenos ambientais comuns, que para a maioria dos indivíduos são 
inofensivos e não provocam qualquer reação. Em indivíduos atópicos, a exposição a alguns antígenos resulta na ativação de células Th2
(resposta adaptativa celular) e na produção de IgE, contando com a ação de mastócitos, basófilos e eosinófilos no mecanismo.
▪
Mecanismos imunes patológicos: Células Th2, anticorpos IgE, mastócitos/basófilos e eosinófilos.▪
Mecanismos de lesão tecidual e doença: Mediadores derivados de mastócitos (aminas vasoativas, mediadores lipídicos e citocinas) e 
inflamação mediada por citocina (eosinófilos e neutrófilos).
▪
Indivíduos atópicos: Os eventos de hipersensibilidade que geram atopia/alergia estão envolvidos com predisposição genética. Os genes 
envolvidos podem ser compartilhados por familiares, produzindo alergias bastantes similares (rinite/asma).
▪
Alérgenos mais comuns: Medicamentos (AINEs, analgésicos); pólen; castanhas; camarão/crustáceos; abelhas; componentes e proteínas do 
leite; ovo (albumina); pelos; ácaros; picadas de insetos.
▪
Tipos comuns de hipersensibilidade imediata: Febre do feno (rinites); alergias alimentares; asma brônquica; anafilaxia. ▪
Locais de exposição de alérgenos: Mucosa (50% da população), ingestão ou injeção parenteral. ▪
Basófilos e mastócitos: Mastócitos e basófilos são células bem semelhantes, porém de linhagens diferentes, apesar de ter as mesmas 
características e funções. Os mastócitos estão presentes no tecido conjuntivo e epitelial, enquanto os basófilos amadurecem na medula e 
estão presente na circulação. A degranulação dessas células é precedida pelo aumento do influxo de Ca++, sendo crucial. Ionóforos que 
aumentam Ca++ citoplasmático também promovem degranulação, enquanto agentes e medicamentos que depletam Ca++ citoplasmático 
suprimem degranulação.
▪
(9) Hipersensibilidade (3º BIM)
 
Etapas da hipersensibilidade do tipo 1
O processo alérgico inicia de forma imediata, mas demora em torno de 24 horas para se estabilizar.▪
IL-4 e IL-13: Estimulam os linfócitos B específicos a produzirem IgE. ▫
IL-5: Age na medula óssea, estimulando a produção de eosinófilos e sua migração para o tecido em que está ocorrendo o processo 
alérgico. 
▫
IgE-mastócitos/basófilos: Esses IgE produzidos em resposta ao alérgeno irão circular e se ligar a receptores FcεRI (receptor de alta 
afinidade para porção Fc da IgE) expresso nos mastócitos e basófilos, os sensibilizando. Desta forma, a resposta alérgena já está 
desencadeada. 
▫
(1) Fase de sensibilização: Após a exposição desses alérgenos por alguma via, as APCs processam e apresentam estes antígenos para os 
linfócitos T nos órgãos linfoides secundários. As células dendríticas liberam IL-4 ao apresentar o antígeno, ativando os linfócitos TCD4 e 
estimulando a resposta Th2. Os linfócitos TCD4 liberam IL-2 (age no próprio linfócito TCD4 para ocorrer a expansão clonal). As células Th2
secretam IL-4, IL-5 e IL-13. 
▪
(2) Fase de ativação: Quando ocorrer a exposição repetida ao determinado alérgeno, os basófilos presentes nos vasos ou os mastócitos 
presentes no tecido, sensibilizados anteriormente por IgE, vão reconhecer este antígeno. Uma vez que acontece a ligação do al érgeno com o 
IgE, automaticamente estes mastócitos são ativados e degranulados, liberando os grânulos citoplasmáticos no tecido. 
▪
C3a e C5a do complemento;▫
Codeína e morfina (anestésicos);▫
Corantes de contrastes como iodo radioativo;▫
Fatores físicos como urticária induzida pelo frio, calor e pressão;▫
Lecitina (molécula que liga açúcar) em alimentos como morango e uva.▫
Ativação de mastócitos por mecanismos diferentes da ligação cruzada com IgE: Não é uma resposta alérgica propriamente dita, mas 
existem mecanismos que levam à degranulação dos mastócitos e simulam uma resposta inflamatória. Neste caso, não necessariamente ao 
entrar em contato novamente terá a estimulação destes mecanismos. 
▪
(3) Fase efetora: Uma vez ativados e degranulados, os mastócitos liberam aminas vasoativas e mediadores lipídios que provocam a reação de 
hipersensibilidade imediata, alguns minutos após à exposição repetida ao alérgeno. Também são liberadas algumas citocinas que agem em uma 
reação de fase tardia, entre 6 a 24 horas após a exposição repetida ao alérgeno, perpetuando este processo. 
▪
Reação de fase imediata
Na reação de fase imediata, se tem broncoconstrição, aumento da permeabilidade vascular e hipermotilidade intestinal (diarreia e vômito).▪
Aminas vasoativas (histaminas): Principais componentes presentes nos grânulos liberados pelos mastócitos. Promovem o ↑ da 
permeabilidade vascular, vasodilatação, broncoconstrição, secreção de muco + contração da musculatura lisa.
▪
Prostaglandinas: Promove vasodilatação, broncoconstrição, quimiotaxia de neutrófilos, edema (saída de exsudatos) e dor. ▫
Leucotrienos B4: Atraentes de basófilos, que liberam mais mediadores. ▫
Leucotrienos C4 e D4: Promovem broncoconstrição prolongada, secreção de muco e aumento da permeabilidade vascular. ▫
Fator ativador de plaquetas: Promove agregação plaquetária e liberação de heparina. ▫
Mediadores lipídios: Promovem eventos comuns em reações inflamatórias, porém, neste cenário, se torna uma reação exagerada e 
inadequada. 
▪
Reação de fase tardia
6 a 24 horas após a exposição.▪
IL-3: Proliferação de mais mastócitos.▫
TFN: Dão continuidade ao processo inflamatório, recrutando mais células inflamatórias para o local.▫
IL-4 e IL-13: Produção de IgE e secreção de muco.▫
IL-5: Age à nível medular, estimulando a produção e ativação de eosinófilos. Também age à nível vascular, estimulando a adesão dos 
eosinófilos da corrente sanguínea para migrarem aos tecidos.
▫
Citocinas: Liberadas pelos mastócitos.▪Triptase e quimase: Enzimas liberadas pelos grânulos dos mastócitos. Degradam estruturas microbianas, mas em uma reação de alergia 
causam lesão celular (proteólise). 
▪
Proteína básica maior e proteína básica dos eosinófilos: Tóxica para helmintos, bactérias e células do hospedeiro.▫
Peroxidase, hidrolases lisossômicas e lisofosfolipase: Degradam as paredes celulares de helmintos e protozoários, causando danos 
Eosinófilos: Fazem parte do processo alérgico tardiamente, liberando grânulos.▪
 
Peroxidase, hidrolases lisossômicas e lisofosfolipase: Degradam as paredes celulares de helmintos e protozoários, causando danos 
e remodelação do tecido.
▫
Manifestações clínicas
Manifestações clínicas sistêmicas: Choque anafilático.▪
Manifestações clínicas localizadas: Rinite alérgica (vias áreas); asma brônquica (trato respiratório inferior); urticária e pápulas eritematosas 
(pele); diarreia e vômitos (intestino).
▪
Coração e sistema vascular: ↑ permeabilidade capilar, ocorrendo o edema tecidual devido liberação dos exsudatos ricos em proteínas 
plasmáticas; ↓ PA quando os mediadores promovem a vasodilatação à nível sistêmico (choque anafilático); ↓ oxigenação; batimentos 
cardíacos irregulares; perda da consciência.
▫
Trato respiratório: Contração de músculo liso e constrição da garganta, resultando em dificuldade para respirar e deglutir. ▫
Trato gastrointestinal: Contração de músculo liso, aumentando o peristaltismo e causando cólicas estomacais, vômitos e diarreias.▫
Anafilaxia sistêmica: Ocorre quando os alérgenos caem na corrente sanguínea, ativando os mastócitos próximos aos vasos sanguíneos e 
desencadeando processo alérgico à nível sistêmico. 
▪
Rinite alérgica: Mastócitos presentes na mucosa nasal. Se tem edema local, secreção nasal de muco e obstrução das vias áreas. ▪
Urticária: Comum após ingestão de alguns alimentos ou medicamentos aos quais o indivíduo tem alergia. Se tem muito prurido e as regiões 
ficam edemaciadas (dermografismo) e quentes. 
▪
Dermatite atópica (eczema): Acontece devido mastócitos presentes na pele. É uma resposta inflamatória contra antígenos comuns, que 
causa exantema crônico pruriginoso com erupções cutâneas.
▪
Conjuntivite: Quando algum alérgeno entra em contato com a conjuntiva.▪
Asma: Mastócitos submucosos das vias áreas inferiores (pulmões). Aumenta secreção de muco e constrição brônquica, resultando em 
dificuldade respiratória. Faz o uso contínuo de medicamentos porque o comprometimento é um pouco mais grave do que a rinite, por exemplo.
▪
Resposta ao veneno de abelha ou picada de insetos: Edemaciamento do local afetado, principalmente da face.▪
Alergias alimentares: Mastócitos do trato gastrointestinal podem ser sensibilizados a alguns antígenos alimentares, causando contração da 
musculatura lisa (vômito e diarreia) e do ↑ da permeabilidade das mucosas, de forma que os alérgenos caem na corrente sanguínea e causam 
urticária. 
▪
Diagnóstico
Teste de puntura (Prick test): Utiliza formulações de extratos alergênicos, que são aplicadas por pequena fricção/puntura na pele do 
antebraço ou nas costas do paciente, com uma caneta. A leitura se faz entre 15 e 20 minutos e a formação de um exantema/pápula no 
local pode significar sensibilidade ao alérgeno testado. Estas formulações estão bem diluídos, o suficiente para causar uma reação cutânea 
em quantidade segura e evitar que ocorra uma reação anafilática.
▫
Teste cutâneo para alergia: Funciona como uma triagem para confirmar suspeitas, e a partir daí, fazer os testes confirmatórios.▪
Pesquisa de IgE total no soro.▫
Princípio: Tem o suporte inerte com plaquinhas em que são adsorvidos os alérgenos específicos para o que se quer pesquisar. 
Adiciona-se o soro do paciente e caso se tenha o IgE específico para aquele determinado antígeno, este vai se ligar. Em seguida, 
adiciona o anti-IgE marcado com a substância radioativa (radioisótopo), e caso os anticorpos que tenham se ligado ao antígeno 
sejam IgE, estes anti-IgE radioativos vão se ligar. Se determina a radioatividade. 

Pode ocorrer reação cruzada porque alguns alérgenos têm similaridades antigênicas com outros compostos; Ex: O amendoim pode 
causar reação cruzada com ervilha, lentilha, feijão; camarão pode causar reação cruzada com caranguejo e lagosta; leite de vaca pode causar 
reação cruzada com carne bovina e leite de cabra; trigo pode causar reação cruzada com centeio e cevada.

Radioallergosorbent test (RAST): Radioimunoensaio para pesquisa de IgE contra alérgeno específico. É um teste à base de conjugado 
que utiliza elemento radiotivo, sendo um método bem sensível. Pode ser substituído pela quimioluminescência (com sensibilidade maior 
que ELISA).
▫
Teste laboratoriais para alergia: Testes mais específicos para fechar diagnóstico.▪
Tratamento
Sintomáticos: Anti-histamínicos, anti-leucotrienos, broncodilatadores (β-agonistas inalados) em casos de alergias respiratórias.▪
Evitar a degranulação de mastócitos: Inibir o influxo de Ca++ (Cromolin sódico); fosfodiesterases (teofilinas).
 
Evitar a degranulação de mastócitos: Inibir o influxo de Ca++ (Cromolin sódico); fosfodiesterases (teofilinas).▪
Dessensibilização ao alérgeno: Administrando baixas quantidades deste alérgeno, o organismo começa a produzir IgG contra o 
alérgeno, que competem com o IgE; O alimento é processado e diluído em concentração muito baixas. Primeiro, é feito a provocação 
cutânea. Quando o paciente deixa de reagir a este teste, é feito a provocação oral. A dessensibilização é feita por meio de exposição 
repetida a múltiplas doses diárias, visando recrutar células imunes incapazes de reagir ao alimento. As dose aumentam progressivamente 
até que o sistema imune pare de reagir contra o antígeno e a população de células resistentes seja grande o suficiente, causando 
tolerância imunológica. É muito eficaz em crianças.
▫
Administração de anti-IgE (Fc): Os mastócitos são sensibilizados por ligação de IgE. Alguns medicamentos e tratamentos bloqueiam a 
sensibilização dos mastócitos por anti-IgE, de forma que os indivíduos não desenvolvem a reação alérgica.
▫
Imunoterapia: Em casos mais graves, principalmente quando se tem alergias alimentares, são feitos tratamentos experimentais. ▪
Hipersensibilidade mediada por anticorpos. ▪
Origem: Desencadeada por anticorpos IgM e IgG, que podem agir contra antígenos estranhos ou antígenos celulares/teciduais do próprio 
organismo, danificando suas funções e ocorrendo uma resposta autoimune.
▪
Mecanismos imunes patológicos: Anticorpos IgM e IgG contra antígenos de superfície celular ou matriz extracelular.▪
Mecanismos de lesão tecidual e doença: Citotoxicidade dependente de anticorpo (ADCC)1; opsonização e fagocitose2; inflamação mediada 
por complemento3; respostas fisiológicas anormais sem lesão celular ou tecidual (como sinalização de receptor de hormônio)4.
▪
ADCC1
Células como NK, macrófagos, neutrófilos e monócitos possuem receptores de Fc e se ligam a anticorpos que recobrem células al vos.▪
Este mecanismo não envolve fagocitose e nem complemento. ▪
A principal célula envolvida é a célula NK, que possui receptores FcγRIII, que se liga a porção Fc da IgG. O mecanismo de ação tem relação 
com a toxicidade da própria célula NK, que uma vez ligada ao IgG que está ligado ao antígeno, libera perforinas e granzimas, que agem em 
conjunto na célula, destruindo-a e causando danos às células e tecidos (mecanismo de toxicidade). 
▪
Desencadeadas por IgG (receptor FcγRII/CD16).▪
Opsonização e fagocitose2
A opsonização é quando o anticorpo neutraliza o antígeno e se liga no fagócito, facilitando o processo de fagocitose.▪
A proteína C3 sofre clivagem espontânea na corrente sanguínea, se transformando em C3a e C3b. C3b se deposita na membrana dos
microrganismos ou das células com os antígenos a qual está irá reagir.
▫
Citólise via complemento ou fagocitose mediada por receptores Fc ou C3b se depositando na superfície celular.▫
Mecanismo: Quando os anticorpos estão causandoa neutralização do antígeno, servem de estímulo para a ativação da via clássica do sistema 
complemento, ativando toda a cascata e resultando no complexo de ataque a membrana (MAC). Os anticorpos e a proteína C3b podem 
sinalizar para que os fagócitos se liguem no antígeno, através do anticorpo ou da C3b (fagócito tem receptor para a porção Fc da IgG e receptor 
a C3b), fazendo o processo de fagocitose. 
▪
Anemia hemolítica autoimune e púrpura trombocitopênica autoimune: O sistema imunológico reconhece os antígenos da membrana 
eritrocitária e plaquetária como estranhos, produzindo anticorpos contra eles, o que irá levar à ativação do complemento e recrutamento de 
fagócitos. É o principal mecanismo de destruição celular nestes casos.
▪
Anemia hemolítica induzida por drogas: Alguns fármacos como penicilinas, cefalosporinas, fenacetina e clorpromazina são haptenos, ou 
seja, por si só não induzem resposta imune. Precisam se ligar a uma partícula maior, como a hemácia, para se tornarem substâncias 
▪
 
Se o fármaco se liga às plaquetas e as tornam imunogênicas, pode-se ter trombocitopenia (púrpura).▫
Clorafenicol (antibiótico) pode se ligar aos leucócitos e induzir mecanismo de opsonização e fagocitose.▫
seja, por si só não induzem resposta imune. Precisam se ligar a uma partícula maior, como a hemácia, para se tornarem substâncias 
imunogênicas e induzirem a produção de anticorpos. Uma vez depositados na parede da hemácia, induzem a ligação de anticorpos, ocorrendo a 
opsonização e fagocitose, destruindo as hemácias indiretamente (citólise via complemento).
Sistema ABO: Os antígenos do sistema ABO são de carboidrato. O IgM ativa fortemente o sistema complemento (precisam de apenas 
uma molécula). Os fagócitos não tem receptores para a porção Fc dos IgM, de forma que o mecanismo principal é a ativação do 
complemento.
▫
Incompatibilidade Rh: IgG anti-Rh, se ligando ao antígenos eritrocitários, de forma que a hemácia sofre destruição no sistema 
reticuloendotelial (fagocitose).
▫
Reações transfusionais e incompatibilidade sanguínea: ▪
Inflamação mediada por complemento3
Inflamação mediada por anticorpos com ativação do complemento e recrutamento de neutrófilos. ▪
Mecanismo: Quando o anticorpo se liga ao antígeno, ativa o complemento. As proteínas da cascata vão circular e chegar no local para se 
ligarem a cascata, não sendo adicionadas de forma íntegra. Sofrem ação enzimática e são quebradas em frações. As frações que ficam na 
cascata promovem o complexo de ataque a membrana. As frações que não ficam na cascata (C5a e C3a) tem ação inflamatória, recrutando e 
ativando os neutrófilos para o local onde está acontecendo o processo. Os neutrófilos migram e se ligam à porção Fc da IgG. Este tipo de 
resposta vai estimular a inflamação e lesão tecidual, que ocorre pelo complemento + pela ação dos neutrófilos. 
▪
As frações do complemento que não ficam na cascata também ativam a degranulação de mastócitos e liberação de histamina (aumentam 
permeabilidade vascular, estimulam vasodilatação e causam contração da musculatura lisa).
▪
Mecanismo de resposta fisiológica anormal sem lesão celular/tecidual4
Os anticorpos produzidos contra os antígenos destes tecidos promovem reação.▪
Doença de Graves (hipertireoidismo): Se tem o anticorpo anti-receptor de TSH se ligando ao receptor de TSH, mimetizando a ação do 
hormônio e resultando no hiperestímulo dessa glândula, promovendo o aumento da produção dos hormônios T3 e T4 (anticorpo estimula 
receptor sem ligante). 
▪
Miastenia de Gravis: Os anticorpos se ligam aos receptores de Ach, bloqueando a ação da acetilcolina e impedindo o estímulo do músculo, 
que fica paralisado (anticorpo inibe ligação do ligante ao receptor).
▪
Anemia perniciosa: Os anticorpos anti-FI se ligam e bloqueando o sítio de ligação da vitamina B12 (fator intrínseco), que não é absorvida. ▪
Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos. ▪
Imunocomplexos em altas concentrações/tamanho grande são removidos pelos fagócitos.▫
Imunocomplexos em baixas concentrações/tamanho muito pequeno, não são removidos por fagócitos e são depositados nos tecidos.▫
Origem: Formada pela deposição de imunocomplexos nos vasos sanguíneos e tecidos (glomérulos, vasos e articulações), promovendo uma 
resposta inflamatória e/ou lesão tecidual via complemento e fagocitose.
▪
Mecanismos imunes patológicos: Complexos imunes de antígenos circulantes e anticorpos IgM ou IgG depositados em tecidos.
 
Mecanismos imunes patológicos: Complexos imunes de antígenos circulantes e anticorpos IgM ou IgG depositados em tecidos.▪
Mecanismos de lesão tecidual e doença: Recrutamento e ativação de leucócitos mediados por complemento e receptor de Fc.▪
As doenças mediadas por imunocomplexos podem ser gerais, quando se formam na circulação e depois são depositados em determinados 
órgãos; ou localizados, como no rim, articulação ou pequenos vasos, quando os imunocomplexos são formados e depositados localmente.
▪
Febre reumática (antígenos estranhos): Após infecção de Streptococcus, por serem microrganismos com antígenos bem semelhantes 
com antígenos do músculo cardíaco, válvulas cardíacas e articulações, quando o sistema imune produz Ac contra o microrganismo, se tem 
uma reação cruzada com estes tecidos, podendo manifestar comprometimento destes devido a resposta inflamatória desencadeada. 
▫
Glomerulonefrite (antígenos estranhos): O sistema imune produz anticorpos contra a streptolisina O, substância antigênica presente 
na parede dos Streptococcus. Estes imunocomplexos formados podem se depositar na parede glomerular, estimulando o processo 
inflamatório.
▫
Lúpus eritematoso sistêmico (antígenos próprios): Se formam imunocomplexos contra os constituintes nucleares, resultando em 
lesões localizadas ou sistêmicas, atingindo vasos, SNC, músculo cardíaco, articulações, rins, etc.
▫
Os complexos imunes que causam doença podem ser compostos por antígenos próprios ou antígenos estranhos com anticorpos ligados.▪
1ª Fase: Formação de imunocomplexos na circulação;▫
2ª Fase: Deposição em vários tecidos;▫
3ª fase: Reação inflamatória.▫
Doenças por imunocomplexo sistêmica:▪
IgM, IgG1 e IgG3 ativam o sistema complemento. Os subprodutos do sistema complemento recrutam leucócitos como neutrófilos.▪
IgG1 e IgG3 se ligam a receptores dos neutrófilos (possuem receptor para a porção Fc do IgG), ativando essas células, desencadeando a 
resposta inflamatória e lesão tecidual ao liberar os seus grânulos.
▪
Hipersensibilidade mediada por linfócito T (por células ou tardia). ▪
A lesão tecidual é causada por uma resposta tardia mediada por linfócitos TCD4 ou por lise das células do hospedeiro pelos li nfócitos TCD8. 
Pode ter participação de outras células, já que os linfócitos TCD4 recrutam leucócitos através de suas citocinas.
▪
Mecanismo de lesão: As reações cutâneas são iniciadas quando os linfócitos TCD4+ de memória são ativados pelas células de Langherans ou 
outras APCs na pele, que fazem a captação e processamento do antígeno antes de apresentá-los ao LTCD4. Estes, ativados, liberam mediadores 
inflamatórios e recrutam células efetoras ao local. A partir disso, podem ocorrer todos os eventos inflamatórios.
▪
Principais células efetoras: Macrófagos-monócitos, linfócitos TCD4, linfócitos TCD8 e células NK.▪
Mecanismos imunes patológicos: Linfócitos TCD4+ (inflamação mediada por citocina) ou linfócitos TCD8+ (citólise mediada por célula T).▪
Th1: Células dendríticas apresentam antígenos de microrganismos intracelulares (vírus e bactérias) → Libera uma citosina específica ao 
apresentar o antígeno para o linfócito TCD4, a IL-12 → Ativa esses linfócitos TCD4 → Os linfócitos TCD4 liberam IL-2, que vai agir nele 
▫
Resposta Th1 ou Th17.▪
 
apresentar o antígeno para o linfócito TCD4, a IL-12 → Ativa esses linfócitos TCD4 → Os linfócitos TCD4 liberam IL-2, que vai agir nele 
mesmo (citocina autócrina), promovendo a expansão clonal → Se diferenciam em uma população de células chamadasde Th1 → Th1 
libera o IFN-gama (principal citocina ativadora de macrófagos) e a IL-2 → Vão agir e ativar macrófagos, células NK, linfócitos TCD8 e 
linfócitos B (estimulando-os a produzir anticorpos da classe IgG e a opsonização + neutralização, para ocorrer a fagocitose e ativação do 
sistema complemento via clássica)
Th17 (Mecanismo): Células dendríticas captam e apresentam antígenos de bactérias e outros microrganismos extracelulares, exógenos 
inofensivos ou endógenos para o linfócito TCD4, liberando TGF-β e IL-21 no processo → As citocinas ativam os linfócitos TCD4 → Os 
linfócitos TCD4 liberam IL-2, que vai agir nele mesmo (citocina autócrina), promovendo a expansão clonal → Se diferenciam em uma 
população de células chamadas de Th17 → Libera IL-17 e a IL-22 → Estimulam e recrutam células inflamatórias para o local, estimulando 
o processo inflamatório e lesão tecidual.
▫
Mecanismo 2: Em alguns tipos de hipersensibilidade do tipo IV, os linfócitos TCD8 também podem ser estimulados neste processo 
quando reconhecem alguns antígenos, liberando perforinas e granzimas que causam a lise celular.
▫
Fase de sensibilização: Ag injetado subcutaneamente é processado por APC locais na pele. As células T reconhecem Ag nas APCs e se 
diferenciam em Th1 e Th17. Forma células de memória, de forma que quando a pessoa for exposta novamente à este antígeno, irá ocorrer uma 
resposta imediata contra o antígeno, desencadeando os sinais e sintomas da hipersensibilidade do tipo IV.
▪
Fase de desencadeamento: As citocinas recrutam macrófagos e células inflamatórias. O infiltrado de células inflamatórias causa acúmulo de 
plasma e dano tecidual local.
▪
Reações teciduais comuns (Dermatite de contato): 48 a 72 horas após exposição da pele à alguns antígenos exógenos (veneno de 
plantas e alguns metais), as APCs apresentam os antígenos para os linfócitos TCD4, que desencadeiam o mecanismo de resposta i nflamatória 
(mediada por linfócitos T e macrófagos) diretamente na pele. Provoca eritema na pele, prurido e pode formar vesículas. Não é uma reação 
alérgica porque não tem o envolvimento de IgE e mastócitos. Algumas pessoas tem esta reação à níquel presente em algumas biju terias e 
relógio de pulso, ao dicromato do couro ou a parafenildiamina de protetores solares.
▪
Teste de Mantoux PPD: Tuberculose. É injetada a tuberculina via intradérmica, que consiste em uma proteína produzida pelo 
Mycobacterium. O objetivo do teste é saber se o indivíduo ainda produz imunidade adaptativa mediada por células contra os produtos do 
MO. Se não tiver mais imunidade contra o Mycobacterium, o indivíduo precisa ser vacinado novamente. 
▫
Teste de Machado Guerreiro: Chagas.▫
Teste de Matsuda: Lepra.▫
Teste de Montenegro: Leishmaniose.▫
Reações intradérmicas: Feitas no indivíduo para saber se tem imunidade contra alguns patógenos. O antígeno é inoculado por via 
intradérmica, fazendo uma pápula no indivíduo. A leitura é feita de 48-72 horas, por ser uma hipersensibilidade tardia. Se mede a área de 
hipersensibilidade formada. De acordo com o diâmetro formado pela reação, tem um VR. Se tiver dentro do VR (> 0.5 mm +), ainda se tem 
imunidade (células T suficientes para fazer a reação e controlar o microrganismo se o indivíduo se expor). Se não formar a reação de 
hipersensibilidade ou se for muito pequena, o indivíduo é suscetível.
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Na tuberculose, a resposta imune mediada por células T contra Mycobacterium tuberculosis torna-se crônica pela dificuldade de matar a 
bactéria, já que essa consegue escapar da fagocitose e permanece vivo dentro do fagossomo do fagócito. Forma-se o granuloma 
(tubérculos nos pulmões) como resposta de lesão do tecido local.
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Schistossoma mansoni promove a formação de granulomas no fígado, devido à presença de ovos do parasita.▫
Granuloma: Quando o sistema imune tem dificuldade em eliminar o microrganismo, desencadeia uma resposta imune frente a ele recrutando 
as células para o local onde está ocorrendo o processo infeccioso e formando o granuloma (aglomerado de células do sistema imune frente ao 
MO para inibir a disseminação dele). Se a imunidade celular fica comprometida, os granulomas vão diminuir e o MO consegue se disseminar . 
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Artrite reumatoide: Doença inflamatória multissistêmica que afeta principalmente articulações periféricas, também podendo afetar 
alguns órgãos.
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Diabetes tipo I: Atividade imunológica nas ilhotas de Langerhans com infiltrados linfocitários, na maioria CD8+ e número variável de 
CD4+ e macrófagos, causando lesões nas células beta pancreáticas, resultando em grave deficiência de insulina.
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Esclerose múltipla: Doença autoimune do SNC no qual os linfócitos TCD4 do subgrupo Th1 e/ou Th17 reagem contra antígenos da 
bainha de mielina, resultando na ativação de macrófagos em volta do nervos no cérebro e na medula, destruindo a bainha de mielina e 
resultando em anormalidades na condução de impulsos nervosos, levando a problemas motores incapacitantes e destruição nervosa.
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Doenças autoimunes associadas: ▪

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