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Deve-se levar em consideração a capacidade de a criança entender o que está sendo dito, portanto, quando a criança já tem uma idade maior, o pediatra deve explicar o que está sendo feito, o tratamento, etc. Se criança tiver sensório alterado, estado grave, internado em UTI, alteração neurológica, o relacionamento é quase unicamente com a família. Portanto, devemos sempre verificar a FAIXA ETÁRIA da criança para sabermos como devemos nos relacionar com ela. É extremamente importante lembrar do nome dos pais e da criança → melhora a relação médico paciente. Para pacientes hospitalizados a colocação do nome da criança e pais sob a cabeceira do leito facilita isso. Dizer à criança que iremos realizar o exame físico fornece uma proteção ao médico e aumenta a confiança da criança nesse. Receitas médicas: quando os pais não sabem ler podemos utilizar recursos como anotações em calendário, desenho para indicar o horário da medicação. Sempre para ter a certeza de que haverá o entendimento da correta conduta. É responsabilidade nossa a comunicação adequada. A criança é o mais importante na consulta, devemos esclarecer de acordo com a compreensão da criança e da família, e de acordo com a condição socioeconômica – sempre ter certeza do completo entendimento dos responsáveis em questão de tratamento/diagnóstico, ter a certeza que foi entendido e será manejado da forma adequada por parte dos responsáveis. Paciente em uso de algum equipamento: por exemplo o oxigênio; explicar que é essencial a manutenção do “caninho” com oxigênio, por mais que a criança não entenda o que é aquilo. Quando o paciente se trata de uma criança com maior entendimento, devemos explicar o porquê ela está usando determinado equipamento e o tempo necessário de uso. NUNCA mentir! Sempre responder o que a criança perguntar, sem omitir, porém sem necessidade de acrescentar coisas que não foram perguntadas (não diminuir, NEM EXAGERAR). Recém-nascido: não devemos achar que é menos doloroso aos familiares ter uma criança internada sem ela nunca ter estado em casa. É sempre essencial explicarmos para mãe como o tempo de internação vai transcorrer e o que está acontecendo com seu RN, qual o tempo em média que outros RN com a mesma condição permaneceram internados (enfatizando que depende de cada paciente e de outras condições). Essa estimativa de tempo oferece possibilidade de planejamento por parte da família quanto a elaboração de escala de cuidadores, por exemplo. Jamais devemos omitir informações da criança, devendo sempre responder seus questionamentos, mas não necessariamente incluindo todos os detalhes, pois estes podem aumentar a angústia do paciente. LINGUAGEM Usar o diminutivo é muito ruim, pois nem sempre passa a correta dimensão do que está acontecendo. A utilização do diminutivo transparece uma impressão de menor gravidade, menor importância, porém, o entendimento da gravidade da doença por parte da família e paciente é importantíssimo. Lembrar: não podemos nos infantilizar para se adequar à “linguagem” das crianças, é importante sempre falar corretamente (mas de forma a fazer entender) para facilitar a aquisição de novas palavras! É necessário cuidar quanto à possibilidade de transmissão de germes/doenças através dos brinquedos como ursos de pelúcia. O ideal é que estes brinquedos sejam sempre laváveis e enviados pra higienização e que não sejam passados para outra criança antes de isso ter sido feito. Podemos pedir para os pais levarem um brinquedo próprio do filho para a consulta, pois é mais seguro. Cuidar com os acessórios utilizados durante o atendimento, como estetoscópio revestido com pelúcia, pois podem transmitir germes de uma criança para outra. Da mesma forma, deve-se ter cuidado com brincos, tiaras e outros adereços, pois a criança pode puxar o brinco. Alimentação adequada: evitar alimentos com osmolaridade elevada como salgadinhos que podem causar hipertensão precoce. Alimentação da infância reflete na vida adulta. Crianças internadas que possuem isolamento, é importante explicar porque os familiares estão em uso de máscara. Pode- se usar um urso com máscara para explicar o funcionamento e o objetivo da máscara. Orientar sobre alimentação, prevenção de acidentes, desenvolvimento e comportamento e promoção da saúde.
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