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2
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
EVANILDA CARDOSO PEREIRA BAYER
VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO
VITÓRIA-ES
2020
EVANILDA CARDOSO PEREIRA BAYER
VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social
Orientador: Profª Ma. Valquíria Apª Dias Capriolli
VITÓRIA-ES
2020
BAYER, Evanilda Cardoso Pereira. Violência contra a pessoa idosa. Total de páginas. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Pitágoras UNOPAR - (Graduação em Serviço Social).
RESUMO
O presente trabalho monográfico tem como principal objetivo, conhecer a proteção social voltada á pessoa idosa na sociedade brasileira, bem como o Serviço Social e sua relação com a violência contra o idoso de modo que, evidencie o estado do idoso perante a sociedade e, em especial, identificar o envelhecimento da sociedade, bem como a questão dos maus tratos e da violência sofrida por estes seres que devem fazer valer todo o direito, respeito e valorização, uma vez que eles são o eixo mobilizador do desenvolvimento atual, pois tanto contribuíram para o crescimento significativo do mesmo. Dentro deste contexto, percebe-se que o Estado tem o dever de cumprir a implantação de políticas públicas para proteger os idosos na sociedade vigente a qual encontra-se amparada pela Lei nº 10.741, de 01.10.2003, do Estatuto do Idoso, para a proteção e o combate à violência doméstica e familiar. Com isso, o Estado Democrático de Direito assumido pelo Brasil a partir da Constituição Federal de 1988, tem obrigação de concretizar as políticas públicas pressagiadas neste Estatuto, para que possa acolhê-lo da violência doméstica e familiar e, assim, consolidar o Princípio da Dignidade Humana, que é um dos requisitos que norteiam a República Federativa do Brasil. O Estatuto do Idoso é uma legislação que tende abrigar e tutelar os direitos do idoso, pois, afiança sua dignidade como ser humano e combater tal violência. No contexto atual, percebemos que as ofensas aos idosos, são cometidas pelos próprios filhos ou parentes muito próximos, sendo que estas agressões podem ser físicas, verbais, roubo de cartão bancário, pelo abandono em casas de abrigo ou mesmo em lugares sem qualquer condição de sobrevivência humana. O fato mais relevante é que nem sempre há denúncias a essas agressões, e o índice de maus tratos contra idosos só se elevam, bem como o aumento do desrespeito à dignidade dos mesmos.
Palavras chaves: Idoso; Violência; Maus tratos; Princípio da Dignidade Humana.
BAYER, Evanilda Cardoso Pereira. Violence against the elderly. Total pages. 2020. Course Completion Work. Universidade Pitágoras UNOPAR - (Graduation in Social Work).
ABSTRACT
This monographic work has as main objective, to know the social protection aimed at the elderly person in Brazilian society, as well as Social Work and its relation with violence against the elderly so that, it shows the state of the elderly before society and, in especially, to identify the aging of society, as well as the issue of mistreatment and violence suffered by these beings who must assert all the right, respect and appreciation, since they are the mobilizing axis of current development, as they have contributed so much to significant growth. Within this context, it is perceived that the State has a duty to comply with the implementation of public policies to protect the elderly in the current society, which is supported by Law No. 10.741, of 10/01/2003, of the Elderly Statute, for the protection and combating domestic and family violence. With this, the Democratic State of Law assumed by Brazil from the Federal Constitution of 1988, has an obligation to materialize the public policies prescribed in this Statute, so that it can welcome it from domestic and family violence and, thus, consolidate the Principle of Dignity Humanity, which is one of the requirements that guide the Federative Republic of Brazil. The Elderly Statute is a law that tends to shelter and protect the rights of the elderly, as it guarantees their dignity as a human being and to combat such violence. In the current context, we realize that offenses against the elderly are committed by their own children or very close relatives, and these aggressions can be physical, verbal, bank card theft, abandonment in shelters or even places without any conditions of human survival. The most relevant fact is that there are not always complaints about these aggressions, and the rate of abuse against the elderly only increases, as well as the increase in disrespect for their dignity.
Keywords: Elderly; Violence; Mistreatment; Principle of Human Dignity.
 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BPC 		Benefício de Prestação Continuada
CF		Constituição Federal
DUDH		Declaração Universal dos Direitos Humanos
FNAS		Fundo Nacional de Assistência Social
IBGE		Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
INSS		Instituto Nacional do Seguro Social
LOAS		Lei Orgânica da Assistência Social
MDS		Ministério do Desenvolvimento social e Combate à Fome
OMS		Organização Mundial de Saúde
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
CAPITULO I	13
ENVELHECIMENTO VELHICE E GERAÇÃO	13
1.1 Envelhecimento na sociedade brasileira	16
2.1 Proteção social do idoso brasileiro	22
3.1 Convívio familiar do idoso	31
3.2 As Veemências para denúncias: Os disque idosos e o papel do estado	34
4.1 Estatuto do idoso	38
4.2 O Papel do Assistente Social / Idoso	40
5. CONCLUSÃO	43
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	46
1 INTRODUÇÃO
O trabalho monográfico aqui apresentado abrange segmentos populacionais acerca do idoso que têm inspirado frutíferas reflexões teóricas sobre, os significados relacionados com cursos de vida e com gerações, bem como excelentes pesquisas etnográficas com grupos particulares que elaboram estratégias e representações próprias e faz uma breve e inicial discussão sobre a violência contra o idoso, abordando os aspectos gerais e jurídicos que submergem essa temática, que esta aumentando gradativamente, envolvendo o estágio da vida do ser humano em que mais deveria ter uma boa qualidade de vida. A evolução social não está contribuindo com a valorização e a importância dispensada aos idosos, pois, não buscam alimentar o compromisso social, e esquecem que são os principais responsáveis pela formação da atual sociedade, que, suas contribuições foram de grande relevância, uma vez que ao envelhecer deixam um importante legado os quais norteiam o contexto social na atualidade.
Percebemos que a população de idosos vem aumentando no Brasil, conforme relatos atuais que circulam nos meios de comunicação de massa os quais tornam público que, uma população de idosos acima de 60 anos gira em torno de 23,5 milhões de habitantes em nosso país, e deixa clara a informação de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, para 2020 a previsão apresenta uma estimativa de 40 milhões, e, apresenta o Brasil como o sexto país que contem mais idosos no mundo. A estatística nos remete a fazer uma breve reflexão sobre os Direitos Humanos previstos na constituição brasileira onde o essencial é viver com dignidade e qualidade garantindo os direitos fundamentais e sociais.
Diante do exposto deixa-se explícito que a principal inquietação gira em torno de que o que se encontra previsto na Lei está longe de ser cumprido, pois o que vemos é diariamente nos depararmos com noticiários alusivos à população idosa principalmente no que diz respeito a maus tratos dos próprios familiares e até mesmo casos de abandono, desrespeito, exploração, uso ilegal de seus direitos estipulados por Lei, e a sociedade se posiciona com indiferença por acreditar que a família é responsável pelo idoso e só a ela e dado o poder de decidir o seu destino, esquecendo do que reza o Estatuto do Idoso no Título I Art. 1o o qual nos diz que: “é instituído o Estatutodo Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.” E segue nos afirmando no seu artigo 2o, que, “o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, [...]” bem como “preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.” Ainda no Art. 3o nos diz que: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,[ ...]” e o que observamos é que em muitos casos estes direitos deixam de ser cumpridos pela sociedade e deixa a cargo da família ou de algumas instituições que não fazem valer os direitos a ele concedidos.
Dentro deste contexto social percebemos que o aumento do envelhecimento não ocorre somente no Brasil, a violência contra o idoso configura-se um fenômeno mundial, uma questão social com diversas formas em nossa sociedade e que desencadeia um importante desafio aos profissionais das áreas voltadas aos idosos, como por exemplo, os profissionais de Serviço Social, fomentar a necessidade de criação de projetos os quais possam estar assegurando os direitos legais para fazer se cumprir o que estipula a Lei no que se refere ao idoso.
Sabemos que, as leis sozinhas não são capazes o suficiente para modificar as pessoas, porém, as pessoas são responsáveis pela preservação de valores embasando-se em leis, pois, percebemos que, estas protegem a todos sem distinção de cor, idade, raça, entretanto, os direitos e as leis são desobedecidos diariamente, e muitos não procuram criar meios para que estas sejam cumpridas. Dessa forma, com o objetivo de desencadear uma significativa discussão, na tentativa de esclarecer a proteção social voltada à pessoa idosa bem como reconhecer o papel do Serviço Social e seu papel diante de casos de violência contra o idoso. Vale ressaltar que, neste trabalho será estudada a questão da violência e dos maus tratos contra idosos, identificando o envelhecimento da sociedade vigente, discorre também sobre o histórico da proteção social e analisar as leis que rege a proteção, o acolhimento da terceira idade, e estudar os direitos já adquiridos pelos idosos, destacando as punições para os agressores bem como os procedimentos cabíveis, a sua realidade social e desenvolvimento histórico. 
No que tange para este ângulo o valor da temática revela informações para reflexão dos obstáculos que localiza frente às barreiras estabelecidas pela sociedade capitalista e por causa dos roubos, do preconceito, da violência contra a terceira idade, sendo um desrespeito aos direitos humanos. Assim, deve-se repensar os hábitos modernos inseridos nas relações entre família e idosos, para tornar os direitos humanos eficazes e concretos na população brasileira.
CAPITULO I 
ENVELHECIMENTO VELHICE E GERAÇÃO
Atualmente, o envelhecimento populacional é visto como um dos maiores desafios para a saúde pública, uma vez que, se exige a efetiva implementação da estratégia de educação em saúde como possibilidade de manutenção da capacidade funcional da pessoa idosa.
As fases das Etapas da Vida - Jovens e idosos na contemporaneidade, insistem na enorme diversidade e variabilidade encontradas no interior destes segmentos, bem como a importância das suas relações com outros segmentos populacionais. Observamos que é da genética humana desde a criação da humanidade o envelhecimento ser um processo que se principia com o nascimento e que continua até chegar à morte. 
Segundo Hoffman, 2002, o envelhecimento acontece a partir dos 30 anos. E, esta alistado a um processo biológico em que há decadência das aptidões físicas, sucedendo fragilidades psicológicas e comportamentais. É consequência das condições sociais que originam a trajetória da pessoa ao longo do ciclo da sua vida, na tentativa de esclarecer melhor o assunto em se tudo apresenta-se alguns teóricos que irão favorecer subsídios suficientes ao desenvolvimento deste trabalho monográfico. 
Conforme Britto da Motta (2006), a visão preconceituosa sobre a população idosa, a qual, aponta, as características de alguém com bastante idade, de aparência asquerosa e enrugada, com ideias do ultra-sados, inativo, sem agilidade. 
Aconselham-se pois a criação de um atendimento diferenciado ao idoso que inclua o rastreamento de situações de violência no âmbito familiar para ser seguido pelos profissionais de saúde, bem como a criação de redes de apoio para atendimento aos vitimados, alem da ampla divulgação de recursos existentes na comunidade para encaminhamento dos casos detectados..
No Brasil a família é considerada o espaço mais adequado para a moradia e o cuidado do idoso depende, qualquer que seja a sua classe social, é importante o investimento em programas de suporte aos cuidadores familiares de idosos, para que seja adequado, digno e respeitoso, prevenindo os maus-tratos, em particular a negligência doméstica a qual necessita de cuidados relevantes na sociedade atual (FREITAS et al, 2006).
Guimarães e Cunha (2004), identificaram indicadores que servem de base e suspeita de uma situação de maus tratos. Destacando – se, contudo, que a ausência dos sinais e sintomas a seguir não assegura a inexistência de abuso:
 Em razão do aumento da expectativa de vida da população mundial, de muitos países convivem com idosos de gerações diversas, os quais possuem necessidades variadas, exigindo políticas assistenciais distintas em prol dos menos favorecidos. (SOUZA et al, 2007).
Percebemos também que o abuso na velhice é uma construção multidimensional que pode ser usada em todo o tipo de conduta abusiva em relação a anciãos, ou referir-se a uma ação específica. (GUIMARÃES E CUNHA, 2004).
Kauffman (2001) complementa que os maus tratos ao idoso podem assumir, além das citadas acima, desde dano físico real ou a angústia mental à negação dos serviços médicos e sociais, necessários. O comportamento abusivo contra o idoso pode ser exercido pelos membros da família, pelos atendentes ou pelos próprios profissionais da saúde.
Na contemporaneidade o ritmo cada vez mais acelerado com que as transformações sociais vêm ocorrendo, entendemos que já não é mais possível dar conta da complexidade em que se encontra o mundo social sem levar em conta as especificidades dos que fazem parte da sociedade. Conceitos como gênero e geração vêm tomando dimensões importantes através das quais torna-se possível a apreensão da diversidade existente no meio social.
No que diz respeito a este assunto nota-se que o idoso é aquela pessoa que possui um processo de aumento de idade, mesmo sem apresentar dependência ou debilidade física causada pela velhice
A velhice é uma realidade que sugere várias dimensões, biológica, cronológica, psicológica, existencial, cultural, social, econômica, política, etc. ser idoso é ter muita idade, sinal de maturidade, de experiência. A partir do limite etário prescrito pela sociedade analisam-se os sinais de caduquice e incapacidade física e mental, lembrando que os avanços tecnológicos, conservarem uma boa saúde está sendo remodelado em termos de qualidade de vida.
O Estatuto do Idoso, Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003, afirma que o idoso é aquele acima de 60 anos, para que possa fazer um agrupamento geral de pessoas a partir de uma ou mais características comuns a todos eles, ficando mais fácil de aplicar os direitos e deveres.
A classificação da OMS, 1985, convém estimar os casos de saúde, benefícios previdenciários e mercado de trabalho, na família, nas esferas sociais, apresentando algumas desvantagens, pois, cada pessoa de cada região tem características diferentes, sendo ninguém não é igual ao outro, assim, uma pessoas de setenta anos europeus, pode ter mais vigor físico, psicológico, do que um africano pode não ter, ou vice-versa.
A classificação dos indivíduos é fundamental para que seforme ações de políticas públicas para identificar os beneficiários dos recursos públicos e outorga-lhes direitos, respeitando as heterogeneidades, a diversidade existente entre os indivíduos. É fato que os idosos estão expostos a falta de oportunidades e a desvantagens sociais, pois a escala de pobreza é alta, gerando agravos físicos e psicológicos. 
 Os jovens consideram os idosos, como velhos rabugentos o invalido, o deficiente. A constituição em seu art. 203, ver o idoso como aquele que não tem condições de se manter, garantindo o salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência física e ao idoso, comprovando não ter condições de se manter financeiramente. Art. 230, CF/88 determina a família, a sociedade e o estado o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, garantindo a vida. Em nenhum dos dois artigos prediz direito ao trabalho, no próprio Estatuto do Idoso, art. 40, proíbe o idoso de trabalhar, proporcionando a aposentadoria compulsória, originando o sedentarismo do corpo e do espirito, dentro deste contexto percebemos que;
As limitações corporais e a consciência da temporalidade passam a ser problemáticas fundamentais no processo do envelhecimento humano, e aparecem de forma reiterada no discurso dos idosos, embora possam adquirir diferentes nuanças e intensidades dependendo da sua situação social e da própria estrutura psíquica. (Goldfarb, 1998).
No que tange para este ângulo notamos que o envelhecimento humano é uma das etapas da vida, que reflete as estruturas físicas, manifestações cognitivas e percepção subjetiva dessas mudanças, podendo assim dizer que a fase positiva é o desenvolvimento as mudanças e o processo de envelhecer são as alterações negativas. Perracini et al 2009, cita Teixeira 2007, ao descrever a velhice por alterações biológicas, psicológicas, cognitivas e sociais que alargam a predisposição a situações de incapacidade funcional, multimorbidade e aumento de risco a situações de vulnerabilidade, bastantes diversificadas e individuais, fazendo do envelhecimento uma experiência heterogênea e subjetiva. O primeiro critério que vem ao espírito para caracterizar o envelhecimento parece ser a longevidade ou esperança de vida, ou seja a duração de vida média de um indivíduo.
1.1 Envelhecimento na sociedade brasileira
Na contemporaneidade, na terceira idade as indivíduas passam a associar a velhice à arte de bem-viver. O aposentado lá recebeu a etiqueta da terceira idade — termo que vemos fortemente presente nos discursos e representações da velhice no Brasil, a partir da década de 80, de unia forma crescente. Este conceito de terceira idade, faixa etária entre 60 e 80 anos de idade, aproximadamente, traz consigo o signo do dinamismo dos "jovens idosos". Enquanto isso, os "idosos velhos", a partir dos 80 anos, já estariam compondo uma quarta idade, esta etapa sim estaria associada à imagem tradicional da decadência ou incapacidade física, segundo Clarice Peixoto, para os padrões franceses.
 Já na perspectiva de Michel Foucault, o papel do historiador é fornecer os instrumentos de análise que permitam localizar onde estão os pontos frágeis/fortes a que estão ligados os poderes e onde eles se implantaram. Para o autor, as redes de poder se formam no nível mais elementar do cotidiano. Pensando então, nos discursos e dinâmicas que constroem o sujeito da terceira idade, é preciso estar atento a rede que cria e mantém identidades. 
Assim as lideranças e as instituições envolvidas, bem como os meios de comunicação, o mercado consumidor, são elementos nesta teia de relações a serem estudados. Foucault, quando perguntado sobre quem coordena a ação dos agentes da política do corpo, diz que existem 'trabalhadores sociais', a partir de uma matriz confusa com a filantropia que formam um conjunto complexo, sutil em sua distribuição, em seus mecanismos, seus controles recíprocos, seus ajustamentos.
 Desta forma os discursos constroem identidades e os sujeitos, entendendo que discursos, não são só aqueles que são lidos ou que estão nos livros ou documentos mas são também as imagens veiculadas, sejam elas impressas, televisivas, cinematográficas, ou outras, como o próprio corpo. Os discursos vêm de autoridades e de trabalhadores sociais, utilizando a expressão de Foucault, e são assimilados e ressignificados conforme interesses pessoais ou de grupos. 
A partir de diferentes fontes discursivas, podemos entender o envelhecimento também enquanto representação, na perspectiva de Roger Chartier pois a representação se dá no trabalho de classificação e exclusão, de configurações sociais e conceituais próprias de um tempo e de um lugar. 
Existe uma representação do "envelhecimento ativo", fortemente a partir da década de 80, pensada pelo viés da saúde e da qualidade de vida. Para Rosemary Rauchbach8, profissional da Educação Física em Curitiba, pós-graduada pela UFSC e com larga experiência com grupos de terceira idade, envelhecer com qualidade de vida é: conviver com grupos; ter boa alimentação, boa moradia, tratamento médico e disposição de ser atuante; programar-se para fazer exercícios físicos, ler e participar de tudo que teve vontade de fazer e foi adiado; amar a si e aos outros (pois o amor rejuvenesce); não ter medo de ser criticado; compreender e intemalizar o processo de perda (morte). "Qualidade de vida" torna-se emblema discursivo da busca incansável pela felicidade na nossa sociedade contemporânea ocidental. Junto, aderem as propostas de vida ativa (profissional e afetiva, incluindo (sexual) e saudável (alimentação e exercícios físicos). 
Os sujeitos idosos que se inserem em grupos e associações assimilam, e, acabam por se aproximar ou buscar uma integração a estas alternativas de viver a velhice sem sofrer violência física nem psicológica, uma vez que temos casos concretos de que idosos sofrem muitos maus tratos sem que a sociedade procure tomar alguma providência para tentar sanar tal problema entre a população idosa.
Ao analisarmos tal fato tomamos consciência que a violência é a qualidade de elevado constrangimento físico ou moral, agir de forma brusca uma definida situação através de força maior, com ameaças ou ações concretas. Analisando a violência, entende-se que esta pode ser pública ou privada, onde a pública é aparente, influenciando toda a sociedade. A privada é desconhecida, abrange poucas pessoas, a exemplo da violência familiar.
Deve-se discutir a violência na educação familiar e escolar. Boa parte das violências é protagonizada pelos adolescentes que agrupam na sociedade adquirindo novas formas de agir e pensar, interferindo diretamente na vida da sociedade, tornando um desafio para educadores e gestores. 
Violência é um instrumental que necessita de implementos, tais como a revolução tecnológica, e se distingue do poder, que é mais ligado à capacidade de agir em conjunto, inerente a qualquer comunidade política. Violência e poder são termos opostos, pois é na desintegração do poder que a violência se apresenta. (ARENDT, 2004).
Usam-se vários adjetivos conforme os agentes que praticam a violência, distinguindo seus variados tipos como policial, institucional, social, econômico, político, conforme a população que atinge, entre outros. A violência se abriga com rapidez, fazendo todos agentes passivos e ativos. Os jovens estão conscientes de que são vítimas e figurantes, abrangendo a necessidade de dominar o desejo de romper limites, de definir território com lutas e expressão de força.
As causas da violência são várias, provocando medo ao se fazer a análise de todas. Alguns profissionais como psicólogos, sociólogos, marcam circunstâncias que levam maiores riscos para a violência, tais como o abandono familiar, a negligência, maus tratos, uso de drogas, etc. ainda os fatores que prejudicam o ambiente familiar são a pobreza, violência doméstica, alcoolismo, ausência de valores e sentimentos. A sociedade algumas vezes não oferece segurança, métodos eficazes para aliar os gruposfamiliares.
A sociedade não está aparelhada para encarar a complexidade dos problemas atuais, gerando desmotivação e agressividade, pois, o comportamento humano é fruto do ambiente em que é exposto. Apresenta-se cada vez mais tecnológica, competitiva e consumista, estima mais os bens, adaptando muitas vezes a necessidade dos grupos onde vivem. A violência explana um comportamento humano que causa danos morais, jurídico e religioso, pois fere os princípios sociais em todos os aspectos.
CAPITULO II
PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA AO IDOSO NO BRASIL
É pertinente dizer que, a partir da década de 70, a sociedade e o estado percebem o aumento da população idosa, dando inicio a uma reflexão a respeito do desprezo e discriminação vivida pelos os mesmos, surgindo movimentos em busca da dignidade e integração social, ainda assim, apresentam-se excluído de vários espaços sociais, tais como o trabalho, tendo seu valor medido pela sua produtividade, não possuindo valor algum diante a economia de mercado, em suma, sentem-se inválidos perante a sociedade. Faleiros (2007, p.39) avaliando esse ponto afirma: 
“Do ponto de vista cultural destacam-se os preconceitos contra os idosos, ou pela forma em que se valoriza a juventude por oposição ao velho, ou pela forma programada em que se destrói a sua imagem, negando-lhes oportunidades e autonomia.”
Entendemos que o envelhecimento, quase sempre é visto como uma fase degenerativa, visíveis como pessoas incapazes, doentes, dependentes. Porém com o avanço das politicas públicas, em especial ao atendimento aos idosos, o Estatuto do Idoso, os conceitos dominantes em relação a estes, foram desconstruídos, vendo a velhice como algo positivo, acontecendo devido o reconhecimento dos direitos que os mesmos possuem. 
Contudo, apesar de ser parte integrante do debate social enquanto sujeito de direito, ainda constata-se que as políticas sociais propostas aos idosos estão longe de constituírem de modo pleno.
Assim, ainda é visto como fato preocupante, devido o aumento da população idosa no país, o Estado tem diminuído os esforços quanto às responsabilidades sociais para com os idosos, tais como a Previdência Social e Saúde. Contudo, as Leis são contraditórias, pois, de acordo com CF/88 o idoso é a pessoas a partir dos 65 anos, na Politica Nacional do Idoso é de 60 anos, de acordo com a OMS. Quanto ao código penal essa idade passa a ser70 anos. Dentro desta linha de pensamento percebemos claramente estas contradições.
 Assim, algumas conquistas ligadas aos direitos do idoso estão o BPC – Beneficio de Prestação Continuada, direito sancionado pela CF/88, com objetivo de assegurar financeiramente o idoso com um salário mínimo mensal a pessoas acima de 65 anos de idade e a pessoas portadoras de deficiência, para obter esses direitos é preciso de uma renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo. O BPC é amparado pela Lei 10.741, de 1° de outubro de 2003, que estabeleceu o Estatuto do Idoso, administrado pelo Ministério do Desenvolvimento social e Combate à Fome – MDS, a operacionalização fica por conta do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
 Os recursos para manutenção do BPC decorrem do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Segundo Gomes (2002), este benefício tem como objetivo a universalização dos benefícios, porém, essa política não colabora para a edificação da cidadania plena, entretanto as necessidades básicas, daqueles que se deparam abaixo da linha da pobreza, não são atendidas com um salário mínimo mensal. 
Em estudos realizados por Sposati (2000), declara à inópia do salário mínimo brasileiro, que aprecia apenas uma cesta básica, reduzindo às necessidades humanas a alimentação. LOAS se apresentam de forma seletiva, pois, algumas pessoas não se ajustaram aos requisitos exigidos, assim, são excluídos do direito de receber o benefício.
A lei 8.842/94 dispõe sobre a Política Nacional do Idoso de 03 de julho de 1996, ampliando os direitos dos idosos, implantada através da reinvindicação da sociedade representada por vários interesses tais como os trabalhadores, professores universitários, idosos ativos, aposentados e entidades representativas. Segundo seu Artigo 3°, a política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios:
I - a família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida; 
II - o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos; 
III - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; 
IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas através desta política; 
V - as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta Lei.
Os princípios exibidos perpetram que a assistência social seja entendida como política de direito, que garanta a proteção social, propendendo emancipação e participação do idoso na sociedade e não como mero expectador, arquitetando assim, uma nova concepção do conceito social de idoso. 
Contudo, a implantação dessa política proporcionou ações isoladas sobre o idoso no país, devido ao complexo de variáveis presentes que se conflitaram com os amortizados recursos financeiros, impossibilitando a implantação efetiva dessa politica, tornando-a apenas um ideal. 
Foi por meio da Lei 10.741, de 01 de outubro de 2003, que estabelecido o Estatuto do Idoso, destacou-se como um passo histórico da legislação destinada a salvaguardar o idoso, estabelecendo prioridade nas medidas preventivas, e novos direitos específicos de proteção que vão desde a preferência no atendimento até a violência física, psíquica e moral. A família como protetora desresponsabilizando o Estado, sendo obrigação de a família cuidar dos seus idosos, na CF/88, cap. VII, art. 229 diz: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. 
Estatuto do Idoso:
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
Dentro deste contexto, o que se entende é que a família passou a ser a referência principal que se tem em relação aos cuidados com os idosos, contudo, a família que cuida é, muitas vezes a que violenta, pois é no seio da família que acontece o maior número de violência contra a pessoa idosa.
2.1 Proteção social do idoso brasileiro
Nota-se que longevidade do ser humano apresenta-se na sociedade contemporânea como uma conquista social, a terceira idade passou a figurar como uma realidade indiscutível em todo o mundo, nas últimas décadas é um fenômeno em crescente proporção. Tal fato tem pressionado as os compromissos governamentais no sentido da adoção de medidas que atenda as necessidades da população idosa, contingente cada vez mais expressivono contexto social.
 Assim leva-nos a entender que a velhice não pode mais ser encarada como uma “eventualidade” como era posto em evidência essa fase da vida quando se tratava de atribuir benefícios sociais a estas pessoas mesmo nos sofisticados sistemas de proteção social em vigor nos países de primeiro mundo. Atualmente mediante desenvolvimento da ciência e das novas tecnologias se reverteu em garantia de melhor qualidade de vida e de aumento da expectativa de vida humana sobre o planeta, mesmo considerando a heterogeneidade de que se reveste a vivência dessa condição etária, cercada por questões de natureza social, política, econômica e cultural.
Em países subdesenvolvidos atingir esta etapa da existência humana tem sido um grande desafio para a maioria dos idosos, tendo em vista um contexto onde ainda se registram profundas desigualdades sociais. È como se os idosos clamassem “estamos vivendo mais e necessitamos viver com dignidade”, este é um dos grandes desafios que tem tensionado os programas governamentais não só do Brasil como de todos os países do continente latino americano, nesta primeira década do século XXI. Nesta perspectiva, analisamos a I Conferência Regional Intergovernamental sobre Envelhecimento na América latina e Caribe, realizada pela Cepal de 19 a 21 de novembro de 2003, em Santiago no Chile, a qual aprovou a Estratégia Regional de Implementação do Plano de Ação Internacional sobre Envelhecimento como instrumento programático de orientação aos governantes dos países do continente. 
Dentro deste contexto de formulação de políticas e determinação de prioridades relacionadas ao envelhecimento na região, almeja-se garantir melhor qualidade de vida aos idosos os quais por esta conquista da civilização humana se coloca como exigência dos novos tempos. Isto implica, conforme os compromissos propostos pela I Conferência, a efetivação de políticas públicas sob a responsabilidade do Estado. A esse respeito a Declaração de Brasília sobre o Envelhecimento, assinada pelos países latinos, por ocasião da realização da II Conferência Intergovernamental sobre Envelhecimento na América Latina e no Caribe, realizada pela Cepal, em Brasília, em dezembro de 2007, com o tema: Hacia una sociedad para todas las edades y de protección social basada en derechos, veio reafirmar inúmeros compromissos.
Os compromissos que fazem parte desta Declaração foram reafirmados na III Conferência Intergovernamental sobre envelhecimento nos países latinos americanos realizados em maio de 2012, em São José na Costa Rica com o tema: Envejecimiento, solidaridad y protección social: La hora de avanzar hacia La igualdad, expressa a preocupação e o compromisso a ser assumido e concretizado pelos governantes de todos os países signatários da agenda firmada nesta conferência, diante de tal formulação e implementação de políticas e programas que venham garantir a proteção social efetiva e o reconhecimento de direitos aos cidadãos e cidadãs idosas. As reflexões ora apresentadas fazem parte da primeira fase da pesquisa teórica sobre o Sistema de Proteção Social. 
No tocante à realidade brasileira procuramos investigar os programas sociais que buscam preencher ás necessidades dos idosos no que diz respeito aos seus direitos que são estipulados por Leis vigentes no país. Dentro de todo este contexto detectamos um problema preocupante que encontra-se em grande escala e que merece destaque neste trabalho.
Conforme o Relatório da Organização Mundial de Saúde – OMS (2002), a violência compõe o uso da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que proceda ou tenha qualquer possibilidade de derivar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. Para o Ministério da Saúde (MS), “consideram-se como violências, ações realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, que ocasionam danos físicos, emocionais e espirituais a si próprios e aos outros” (BRASIL, 2001a, p. 7).
A ‘violência’ não é uma, é múltipla. De origem latina, o vocábulo vem das palavras vis, que quer dizer ‘força’ e se refere às noções de constrangimento e de uso da superioridade física sobre o outro. No seu sentido material, o termo parece neutro, mas quem analisa os eventos violentos descobre que eles se referem a conflitos de autoridade, a lutas pelo poder e à busca de domínio e aniquilamento do outro, e que suas manifestações são aprovadas ou desaprovadas, lícitas ou ilícitas, segundo normas sociais mantidas por aparatos legais da sociedade ou por usos e costumes naturalizados. Mutante, a violência designa, pois – de acordo com épocas, locais, circunstâncias -, realidades muito diferentes (MINAYO, 2006, p.13).
A violência classifica-se em três categorias: 
· Auto infligida: são comportamentos suicidas e auto abusos, envolve agressões a si próprio e automutilações;
· Interpessoais: podem ser intrafamiliares, entre pessoas da mesma família e comunitário, ocorre no ambiente social entre conhecidos e desconhecidos, são as violências físicas, sexuais, entre outras;
· Coletiva: são atos violentos que ocorrem nos meios macrossociais, políticos e econômicos, como crimes organizados, atos terroristas, crimes de multidões, guerras, etc.
Diante do exposto, Minayo (2006), cita a violência estrutural, que embasa os processos sociais, políticos e econômicos envolvendo a fome a miséria e as desigualdades sociais. A violência encontra-se enraizada na cultura, uma particularidade do viver social, um tipo de negociação, que por meio do emprego da força ou da agressividade visa encontrar soluções para os conflitos que não se permitem resolver pelo diálogo e pela cooperação (VECINA; MACHADO, 2010).
As consequências da violência fingem a saúde individual e coletiva e os serviços do setor. As unidades de serviços, antes muito mais orientadas para as enfermidades de origem biomédica, são hoje chamadas para dar respostas às vítimas de lesões e traumas físicos e emocionais, devendo equipar-se para isso. Desse modo, ao sistema de saúde, as consequências da violência, dentre outros aspectos, se evidenciam no aumento de gastos com emergência, assistência e reabilitação, muito mais custosos que a maioria dos procedimentos médicos convencionais. 
O fenômeno da violência engloba boa parte da população, de todas as camadas sociais, tornando um problema relevante, que requer atenção e ações emergenciais, ainda que silenciosa, assim, a violência é uma questão complexa com fatores sociais, culturais, econômicos e políticos. Portanto, seu enfrentamento exige ações da família, sociedade, órgãos governamentais e não governamentais. 
Este trabalho de conclusão de curso é de cunho bibliográfico, baseado em leituras, pesquisas de artigos, leis relacionadas ao tema proposto. Objetivando identificar o processo de violência contra o idoso e suas politicas de proteção. Bem como, desenvolver uma breve analise da pessoa idosa, relatar o envelhecimento populacional e suas dificuldades, abordar os aspectos do processo da violência e seus conflitos familiares e relatar as politicas de proteção ao idoso, sua importância e o papel do assistente social diante da questões relacionadas ao tema.
CAPITULO III
VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
A violência contra a pessoa idosa é qualquer ato ou omissão que resulte em prejuízo a saúde do idoso. (Dornelles e Costa, 2003, p. 153).
Os maus tratos podem ser visíveis, podendo causar hematomas, fraturas, edemas, etc. ou invisível por meio da violência emocional, tais como humilhação, xingamentos, entre outros. São vários tipos expressões de violência contra o idoso, a violência sexual, física, emocional, etc.
Tipos de violências contra o idoso segundo a Politica Nacional de Redução de Acidentes e Violências do Ministério da Saúde:
Violência interpessoal: refere-se às interações e relações cotidianas; é a violência sofrida em silêncio, na maioria das vezes praticada por filhos, cônjuges, netos, irmãos ou vizinhos próximos, conhecidos das vítimas. No que se referea essa forma de violência, são classificados os seguintes tipos. 
Abuso físico, maus-tratos físicos ou violência física: são expressões que se referem ao uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte. 
Abuso psicológico, violência psicológica ou maus-tratos psicológicos: correspondem a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar os idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá-los do convívio social. 
Abuso sexual, violência sexual: são termos que se referem ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou hetero relacional, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.
Abandono: é uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção.
Negligência: refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. Ela se manifesta frequentemente associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. 
Abuso financeiro e econômico: consiste na exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou ao uso não consentido por eles de seus recursos financeiros e patrimoniais. Esse tipo de violência ocorre, sobretudo, no âmbito familiar. 
Autonegligência: diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesmos. 
Violência emocional e social: refere-se à agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade, falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde. (BRASIL, 2001).
A violência contra o idoso está ligada a violência social mundialmente, se espalha da maneira que a sociedade estabelece suas relações de classe, de gênero, de etnias e de grupos etários e de como o poder emana nas esferas politicas e institucionais, no interior familiar. Na sociedade tradicional, a função do idoso é de aconselhamento, decisão, na modernização estimou a produtividade, assim, os idosos foram avaliados como inativos.
No processo de envelhecimento, analisa-se que as pessoas que envolvem os idosos, têm atitudes que colaboram para que percam sua autonomia, acreditam que suas regras e limites impostos devem ser cumpridos conforme o determinado, assim, qualquer manifestação contraria é considerada uma desobediência e não o querer do idoso.
Poucos são os idosos que fazem denuncias de violência. O silencio tem varias razões. Muitos agredidos se sentem envergonhados e temem as consequências da queixa: o revide maior ainda do agressor. Muitos dependem dos algozes e temem que a situação piore ainda mais, caso o fato tornar-se publico. Muitos morrem, sem admitir que foram vitimas de violência. (GRINBERG, 1999, p. 38)
Os idosos sofrem as violências a partir dos 60 anos, por meio da discriminação, sendo considerados descartáveis, como um peso social. O Estado é o maior discriminador, apontando-os como responsáveis pelos gastos da Previdência Social.
A lei funda que todo cidadão tem o dever de apontar à autoridade competente qualquer forma de negligência, maus-tratos ou desrespeito ao idoso. A literatura define como formas mais comum de violência familiar contra o idoso:
1. Os abusos físicos, percebidos como ações agressivas e brutais que podem ocasionar fraturas, hematomas, queimaduras ou outros danos físicos (Fernandes & Assis, 1999);
2. Os abusos psicológicos, determinados como as várias formas de privação ambiental, social ou verbal; a negação de direitos, as humilhações ou o uso de palavras e expressões que insultam ou ofendem; os preconceitos e a exclusão do convívio social (Fernandes & Assis, 1999); 
3. Os abusos financeiros ou a exploração econômica, definidos como a apropriação de rendimentos ou o uso ilícito de fundos, propriedades e outros ativos que pertençam ao idoso (Fernandes & Assis, 1999);
4. A negligência, entendida como a situação na qual o responsável permite que o idoso experimente sofrimento. A negligência é caracterizada como ativa quando o ato é deliberado e passivo quando resulta de conhecimento inadequado das necessidades do idoso ou de estresses do cuidador, resultante da necessidade de ministrar cuidados prolongados (Pagelow, 1984).
A identificação dessas formas de violência é preciso haver uma intervenção interdisciplinar e uma vigilância para o fato, deve-se observar as atitudes do cuidador, sua ausência no momento em que o idoso precisa dos cuidados exigidos, a aparência descuidada, desnutrição, tristeza, entre outras características.
A violência intrafamiliar de menciona às relações interpessoais e que ocorre no âmbito doméstico, principalmente no interior dos lares, e tem sido parte da realidade da população idosa. É uma das questões mais complexas no enfrentamento da violência, pois envolve o sangue do sangue, o pacto de confiança, as histórias familiares e as relações sociais mais complexas e profundas. 
Faz-se necessário ressaltar que a violência contra o idoso acontece no seio familiar, da destruição do poder legitimado pelo direito, pela negação do conflito ou pelo preconceito que impede que os idosos expressem suas palavras, suas potências e até mesmo que participem do convívio familiar. 
Segundo Faleiros (2007) a violência intrafamiliar é entendida como uma violência calada que muitas vezes é sofrida em silêncio, sendo a maioria das violências praticadas no ambiente familiar e que os autores dessas violências são, em geral, filhos e netos das vítimas, mas também amigos próximos.
Sabemos que a família é a base da sociedade e deve receber proteção do Estado, deve acolher as necessidades dos idosos, proporcionando carinho e conforto. Mas, algumas famílias por ignorância, violam os direitos, e consequentemente, aumenta os números de violência domestica contra o idoso. A sociedade e o Estado proporcionam suporte psicológico e programas de atendimento familiar para proteger os idosos e a sua família. A Carta Maior do país prevê que “o Estado assegurará à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações” (art.226, § 8º).
O Poder Público, a Lei 10.741/03 que ajusta o Estatuto do Idoso apresenta punições para os atacantes cuja pena máxima privativa de liberdade é de até quatro anos como expõe os artigos 94 e 95 da presente Lei:
Art. 94 – Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxime privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. Art. 95 – Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal. (BRASIL, Lei nº10. 741, de 1 de outubro de 2003).
O Estatuto do Idoso ao que se refere a vitima reafirma os princípios constitucionais, direitos e estabelece em seus artigos 96 a 108, penalidades para crimes contra o idoso, as condenações variam de reclusão a detenção mais multa. Assim, é crime contra o idoso: discriminação, impedindo ou dificultando sua acessibilidade a operações bancarias, aos meios de transporte, a falta de assistência necessária, recusar ou dificultar sua assistência a saúde sem justa causa ou negar socorro, o abandono nos hospitais, casas de saúde, entre outros; expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados imprescindíveis, quando forçado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivoou inadequado; deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso.
Também considerado como crime contra o idoso previsto por lei: apoderar ou desviar bens, proventos, pensão; negar acolhimento; reter o cartão magnético de conta bancaria relacionada ao benefício, assim como qualquer documento que assegure o recebimento de divida; exibir por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens que comprometam a pessoa do idoso.
Existem órgãos de defesa do idoso, como as Promotorias do Idoso, Varas do Idoso, Defensorias do idoso, Conselhos de Direitos do Idoso, atendimento domiciliar ao idoso, residência temporária para idosos pacientes de violência, Centro dia para acolhimento de idosos que precisam de atendimento diário individualizado e continuado, oficina abrigada de trabalho para que o idoso complemente a sua renda, casas-lares, capacitação de cuidadores de idosos e conselheiros, reserva de leitos em hospitais gerais e atendimento especializado nos consultórios dos hospitais públicos, os quais devem possuir médicos geriatras. Mas isso não é em todos os Municípios brasileiros, pois há a necessidade de se estimular a formação de uma verdadeira rede de proteção em todos os municípios.
O idoso precisa viver com dignidade, o Estado deve ampliar todo o tipo de serviço capaz de proteger todos os direitos básicos, saúde, transporte, lazer, procurando conhecer o perfil socioeconômico da população envelhecida. E procurar conscientizar os idosos de todos os seus direitos. Este trabalho de conclusão de curso é de cunho bibliográfico, baseado em leituras, pesquisas de artigos, leis relacionadas ao tema proposto. Objetivando identificar o processo de violência contra o idoso e suas políticas de proteção. Bem como, desenvolver uma breve analise da pessoa idosa, relatar o envelhecimento populacional e suas dificuldades, abordar os aspectos do processo da violência e seus conflitos familiares e relatar as políticas de proteção ao idoso, sua importância e o papel do assistente social diante das questões relacionadas ao tema. 
3.1 Convívio familiar do idoso
Senescência é o processo natural de envelhecimento do individuo, ocasionando transformações no ser humano, fazendo com que o organismo mude no transcorrer do tempo. Os anos vão passando e nosso corpo vai se modificando, surgindo doenças e sintomas típicos da idade. Teixeira, (2006) afirma: 
O envelhecimento fisiológico compreende uma série de alterações nas funções orgânicas e mentais devido exclusivamente aos efeitos da idade avançada sobre o organismo, fazendo com que o mesmo perca a capacidade de manter equilíbrio homeostático e que todas as funções fisiológicas gradualmente comecem a declinar. Tais alterações têm por característica principal a diminuição progressiva da reserva funcional. Isto significa dizer que um organismo envelhecido, em condições normais, poderá sobreviver adequadamente, porém, quando submetido a situações de stress físicos, emocional, etc., pode apresentar dificuldades em manter a sua homeostase e, desta forma, manifestar sobrecarga funcional, a qual pode culminar em processos patológicos, uma vez que há o comprometimento dos sistemas endócrino, nervoso e imunológico.
Lembrando que dependendo da forma que o sujeito vive, este poderá adquiri ou não doenças da idade avançada, pois, é característico da idade as fragilidades próprias, assim como fatores sociais como insuficiência financeira, o nível de escolaridade baixo, podem originar em um agravamento nas condições do aumento da fragilidade do idoso. 
Para um envelhecimento saudável é preciso de alguns fatores, a exemplo de bons hábitos ao longo da vida, advertindo que velhice não é doença, mas, percebe-se que as pessoas passam a ser vulneráveis, com facilidade para adoecer. Apesar de toda a dificuldade, debilidade, é fundamental destacar que a finalidade é fazer com que o idoso se torne o menos dependente possível, mantendo a autonomia, para que não perca sua identidade enquanto sujeito social provido de direitos. Em casos progredidos, em que a doença só piora, é preciso motivar o idoso a não piorar o seu estado funcional, quando não há melhoras significativas, deve-se tentar não piorar a situação. A sociedade e o Estado quando não ajustam o ambiente, estes dificultam o desempenho do idoso. Nos casos de idoso com deficiência física ou mental, os cuidados são mais complexos, cabendo muitas vezes a família cuidar, mesmo sem ter orientação para tal.
Nas famílias a responsabilidade de cuidar do idoso comumente incide em um único membro, sendo o cuidador principal, essa escolha geralmente influenciada pela relação de parentesco ou afinidade entre ambos ou na maioria das vezes assume o papel que lhe é impostos pelas circunstancias e não por escolha própria, mesmo sabendo que esta função lhe pertence. 
Portanto, cuidar de um idoso não é tarefa fácil, pois, ambos cuidador e idoso podem se deparar com sentimentos variados e conflitantes, ligados a raiva, medo, tristeza, confusão, invalidez, etc., podendo ser demorado à tarefa de cuidar. O idoso passa a viver numa condição de dependência de outrem, na qual não estava habituado, como também a um choque para os familiares que de um momento para outro se vêem na condição de cuidador, mesmo não estando preparada para enfrentar essa nova realidade.
A mutação que acontece no contexto familiar poderá provocar na família sentimentos de dúvida e conflitos, por isso é necessário que as políticas públicas, com uma equipe multiprofissional, ofereçam auxílio e informações para se esquematizar ações no cuidado familiar, assim, o objetivo é tentar precaver o estresse, assim também consentindo que o cuidador tenha possibilidade também de se cuidar. .
Os conflitos acontecem por vários motivos, a falta de apreço dos familiares em relação ao cuidar do idoso, a mudança de papeis, dessa forma exigindo um processo de adaptação perante essa nova condição. Karsch (2003, p. 107) retrata que:
Tanto no Brasil como em outros países, verificaram que os cuidadores principais sofrem um estresse bastante sério, devido a, pelo menos, quatro causas: as práticas de cuidar, em que o trabalho físico é requerido por 24 horas; os comportamentos, quando os idosos apresentam comportamentos perigosos e/ou agressivos; as relações interpessoais, quando os cuidados, e o esforço que exigem, desgasta a relação afetiva existente entre idoso e cuidador; e as consequências na vida social, quando as perdas ocasionadas pelo ritmo de cuidados prejudica, de modo insuportável, as já poucas relações do cuidador com seus amigos e sua participação em qualquer atividade de lazer.
É preciso refletir quanto ao emocional do cuidador, pois, podem estar encarando sentimentos positivos, a sensação de estar sendo útil por estarem cuidando de uma pessoa que possui laços afetivos, assim como negativos , refletindo a sensação de impotência, solidão, tristeza, podendo afetar a sua saúde, ocorrendo o cansaços, ansiedade e até mesmo a depressão.
A responsabilidade da família perante o idoso é indicado na CF/88, no art. 299: Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. No § 1 – CF: Os programas de amparo ao idoso serão executados preferencialmente em seus lares. Segundo Santos (2006), existe uma desinstitucionalização do cuidado, passando a ser preferencialmente da família. No entanto, a família é considerada a melhor fonte de cuidado para o idoso, porém na realidade verificamos que há famílias desassistidas, realizando praticamente sozinha mais essa responsabilidade.
1. Os cuidadores familiares se ressentem da falta de uma rede de suporte mais efetiva na área da saúde e na área social; 
2. Os cuidadores familiares carecem de treinamentos e orientações específicas para que possam realizar os cuidados no âmbito domiciliar;
 3. Os cuidadores familiares solicitam um suporte especializado que os acompanhee tire duas dúvidas ao longo do processo de cuidar; 
4. Os cuidadores familiares contam com a ajuda apenas da sua rede de suporte familiar; 
5. Há necessidade premente de os profissionais da área da saúde serem capacitados para atender a clientela e sua família nos diversos níveis de atenção a saúde. SANTOS (2006, p. 21).
3.2 As Veemências para denúncias: Os disque idosos e o papel do estado
Com a redemocratização em 1980, surgem várias iniciativas para melhor exercício de cidadania, estabelecidos pela CF/88 com medidas de origem popular, podendo garantir os direitos individuais, sociais e coletivos, definindo metas, criando instrumentos necessários para defesa desses direitos. No que se refere aos direitos do idoso, o Estatuto garante os princípios constitucionais e os da Política Nacional do Idoso, acrescentando o atendimento as necessidades como:
· Políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para os que delas necessitem;
· Serviços especiais de prevenção e atendimento a vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; 
· Serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis por idosos abandonados em hospitais e instituições de longa permanência; 
· Proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos e 
· Mobilização da opinião pública para ampliar a participação social no atendimento ao idoso.
A implantação do Estatuto requer que os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra os idosos sejam obrigatoriamente informados aos seguintes órgãos (art. 19): autoridades policiais, Ministérios Públicos ou aos Conselhos Estaduais e Municipais do Idoso. 
Em dez estados, os Ministérios Públicos contam com promotorias voltadas para a questão do idoso, sete contam com a existência de delegacias do idoso e em 12 estados, outras instituições, que são os Conselhos do Idoso ou o Ministério Público protegem no encaminhamento das denúncias de maus-tratos a idosos. Assim, praticamente todo o território nacional têm instâncias para as denúncias, estima-se que apenas uma pequena população das mesmas seja notificada aos órgãos responsáveis, o que ocorre, muitas vezes, em função da gravidade do evento. 
Nesse sentido, os serviços telefônicos do tipo disque denúncia e disque idoso, devem ser abrangidos dentro de um contexto mais amplo da grandeza necessário para a garantia da dignidade e integridade da pessoa humana.
Os serviços telefônicos para o recebimento de denúncias funcionam como ouvidorias e, portanto, como instrumentos facilitadores do exercício da cidadania (Strauss, 2003). 
O papel de uma ouvidoria consiste em receber, registrar, encaminhar aos órgãos responsáveis, responder e/ou solucionar, quando couber, os casos de: denúncias, reclamações, críticas, sugestões, elogios, consultas e solicitações de informação, permitindo o anonimato da denúncia constituindo um fator de proteção adicional às vítimas de maus-tratos.
CAPITULO IV 
DIREITOS HUMANOS E O IDOSO
Os Direitos Humanos são direitos fundamentais na sociedade. Nasceu da junção de muitas fontes, das tradições aprofundadas nas diversas civilizações, das ideias surgidas com o cristianismo e com o direito natural, serviu para limitar os poderes do Estado e alcançar o pleno desenvolvimento da personalidade humana. São aqueles que não se pode negar a ninguém, sem qualquer discriminação de raça, cor, idade, sexo, são necessidades fundamentais para o desenvolvimento do homem, efetivando por meio dos princípios gerais que acolhem todos os bens primordiais da vida como a dignidade, a vida, a segurança, a liberdade, a honra, a moral, entre outros. A partir dai, em 1948, em Paris, foi firmada a Declaração Universal dos Direitos do Homem, sendo um marco na conquista dos direitos humanos no sentido internacional.
A população mundial ainda fica acanhada quanto a concretização dos direitos humanos no que se refere a dignidade e ao valor do ser humano e a igualdade de direitos do homem e da mulher que promove o progresso social e a melhoria das condições de vida em uma liberdade.
(...) os princípios da igualdade e dignidade humana; a proibição à tortura, ao tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante; a vedação às prisões, detenções e exílios arbitrários; os princípios da presunção de inocência, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. (Declaração dos Direitos dos Homens, Paris, 10.12.1948).
A declaração protege a dignidade humana e proíbe qualquer tratamento desumano, desde o nascimento até a morte, os idosos em especial, visto que precisa de uma vida descente, com saúde, qualidade de vida. Observa-se que a sociedade vem ignorando os Direitos Humanos, sejam eles novos ou velhos, os quais valem para todos, pois, tais direitos correspondem a cada pessoa pelo simples fato de serem seres humanos e por serem dignos dessa condição. Em relação aos cuidados com os idosos afirma-se que é uma questão acentuada de direitos humanos, uma vez que são grandes as violações dos direitos a esse setor da população. 
Cabe ao Legislativo provocar meios eficazes de acolhimento ao idoso, ao analisar os art. 96 a 109 do Estatuto do idoso, impondo penas severas contra aqueles que agridem os idosos e contra os parentes e pessoas inescrupulosas que se apropriam indevidamente de suas rendas, a pena máxima para quem pratica algum crime contra o idoso não passa de quatro anos, essa estipulação do Estatuto faz com que se aplique a Lei nº 9.099/95.
Ao que se refere às necessidades biológicas ou os cuidados a sua sobrevivência, é preciso focar os direitos que admitam o recolhimento dos direitos dos idosos a igualdade de oportunidade e tratamento em todos os sentidos da vida conforme o envelhecimento.
A Lei Orgânica da Assistência Social LOAS (8742/93), garante a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice, afirma a garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; e no artigo 10º garante ao idoso política publicas e assistenciais voltadas para a saúde, habitação, trabalho, previdência social, educação, cultura, esporte e lazer. (BRASIL, 1993).
O Estatuto do Idoso no artigo 3º rege que: 
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária, seguido do artigo 4º onde assegura que “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligencia, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão será punido na forma da Lei”. (BRASIL, 2003).
O Estatuto do Idoso, Lei 10741 de 1° de outubro de 2003, contempla os direitos do idoso, é dever do Estado, da Família e da sociedade civil. A Declaração Universal dos Direitos Humanos DUDH em seu artigo 1º proclama que: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. No artigo 3º, Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal e no artigo 7º Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. (ASSEMBLÉIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, ONU, 1948).
4.1 Estatuto do idoso
O Estatuto do Idoso tem o intuito de proteger a dignidade do mesmo, aprovado e sancionado pelo Presidente da República em 1º de outubro de 2003, Lei nº 10.741. Vive-se em um país, onde o idoso não é respeitado, tratado como cidadão de segunda espécie, devido sua decadência de vigor físico e mental da própria idade. O Estatuto do Idoso é um diploma normativo, capaz de reconhecera essencialidade do indivíduo ao longo de suas vidas, contribuindo para as novas gerações. 
Os maus tratos não parte apenas da família, mas do próprio Estado, impondo-lhe uma aposentadoria ínfima, um serviço de saúde precário, não se preocupa em adotar uma política pública que o beneficie. Quanto a família, esta trata-os de forma humilhante, jogados em asilos, roubando suas aposentadorias, dentre outras maldades.
O reconhecimento àqueles que construíram com amor, trabalho e esperança a história de nosso país tem efeito multiplicador de cidadania, ensinando às novas gerações a importância de respeito permanente aos direitos fundamentais, desde o nascimento até a terceira idade. Moraes, 2007, p. 805.
Na CF/88, art. 230 a garantia e a proteção ao idoso afirmando a sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes a vida. Assim, o dever de resguardar a participação social, a defesa da dignidade, o bem-estar e o direito a vida, pertence a família, a sociedade e ao Estado, sendo dever de todos. A sociedade não evoluiu o bastante para conseguir reconhecer a importância dos idosos e o comportamento social que ofereça um envelhecimento digno, pois, foram eles os responsáveis pela edificação do país, instituíram padrões sociais e conhecimentos de hoje.
A velhice é consequência de uma experiência de vivencia, não adquirida nas universidades, garantir a dignidade aos idosos é uma questão de humanismo, e assim garantindo aos jovens de hoje um envelhecimento digno.
O Estatuto foi sancionado em 1º de outubro de 2003, pelo president4e Lula, expõe 118 artigos. O sistema de cotas de 3 % das moradias construídas com recursos federais para melhorar e facilitar o acesso a moradia condigna ao idoso, o direito ao salario mínimo mensal para os indivíduos acima de 65 anos de idade, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social, e a garantia de reajuste do beneficio sempre que o salário mínimo for reajustado. Determina a adequação das empresas prestadoras de serviço que suportem no mínimo 20 % do seu quadro com pessoas maiores de 45 anos. Força o poder público a prover medicamentos e instrumentos de reabilitação e tratamento. E um dos mais sérios problemas que este Estatuto prevê é a vedação de reajustes discriminatórios em razão da alteração de faixa etária pelos planos de saúde, oferece vagas em transporte coletivo gratuito aos idosos acima de 60 anos, entre outros benefícios. Lembrando que o Estatuto não mudou a visão social, pois, ainda acontecem casos de maus tratos, humilhação, desrespeito, muito tem se falado em direitos dos idosos, porém, a prática desses direitos é o inverso. 
O Estatuto do Idoso expande o tempo de beneficio de exercer a sanção penal fora da prisão para penas de até quatro anos, art.94, isso traz uma sensação de impunidade aos agressores, estimulando a violência, prevista a Lei 9.099/95, para agressores com pena inferior a quatro anos, ocasionando o benefício da transação penal e o termo circunstanciado, tendo o agredido que sair da delegacia acompanhada do agressor.
Quanto aos planos de saúde o Estado não faz seu papel de vigilância previsto na CF e assim proibir os reajustes injustos em função da faixa etária de idade. O previsto para 2020 é que o Brasil será o 6º país com maior número de idosos, a cerca de 30 milhões, assim, prevê a necessidade de se regulamentar e efetivar os direitos existentes dos idosos, não podendo continuar na posição de maior abandonado na sociedade. A função principal do Estatuto do Idoso é laborar como o diploma de direitos busca proporcionar meios de controle do Poder Público, em relação ao tratamento do idoso, criando uma educação cidadã. 
Nenhum idoso poderá ser objeto de discriminação, negligência, violência, crueldade ou opressão (art. 4º). Assim, aquele que viola os direitos de cidadania do idoso, pode ser condenado a pena variável de seis meses a um ano de reclusão ou multa (art. 96). Em casos de abandono sem assistência para suas necessidades básicas, a pena de três meses de detenção e multa (art. 98).
4.2 O Papel do Assistente Social / Idoso 
As Politicas sociais se formam a partir das respostas do Estado a questão social. O Estado administrava as questões sociais para acolher as demandas da ordem monopólica e as do trabalho, devido às pressões sociais, advindas da classe trabalhadora, a intervenção do Estado, na área social, não é só movida pela expansão do capital, mas também por lutas sociais de toda a classe trabalhadora, daí se dá o seu caráter contraditório (CORREIA, 2007).
O Estado tem assumido responsabilidades sociais, no sentido de manter a ordem, os princípios liberais assumidos pelo Estado capitalista influenciando o individualismo, colocando o bem-estar e a prosperidade como competências do próprio individuo. Com a crise de 1929, as visões liberais transformam e adotam novos rumos baseados nas ideias de Keynes. Após a segunda Guerra Mundial nos países desenvolvidos, concretizou um sistema de proteção social, ampliando os direitos sociais e implantando serviços sociais universais, estendendo a cidadania. (CORREIA, 2008, p. 02). 
A seguridade social é um avanço de reforma de Estado, representando a diminuição dos gastos sociais e a privatização e terceirização dos serviços sociais, sendo os direitos a saúde, previdência e assistência social descentralizados, passando a responsabilidade para os municípios. 
A Seguridade Social, segundo Yazbek (1995), o neoliberalismo trouxe paradoxos uma vez que, ao mesmo tempo em que foram reconhecidos constitucionalmente os direitos sociais, o Estado se implantou no contexto de ajustamento a uma nova ordem capitalista internacional, provocando o desmonte das conquistas no campo social, na qual as políticas ortodoxas de estabilização econômica, especialmente com suas restrições aos gastos públicos, reduzindo os investimentos sociais do Estado.
O Serviço Social atua na intervenção e interação com o idoso, politicas e direitos sociais, valorizando a pessoa e dando condições para seu aprendizado, socializando informações, crescendo a autoestima e autoconfiança, garantindo o convívio social, procurando motivar o potencial e a participação do idoso no meio familiar e comunitário.
O trabalho com grupos de idosos ajuda a valorização e estimulo, o assistente social, analisa, compreende os traçados sociais, propondo atividades que atendam às necessidades dos idosos. 
O atendimento à população idosa teve relevância desde os primórdios do Serviço Social. O caráter caritativo e assistencialista, de proteção aos idosos fragilizados, quer seja por questões socioeconômicas, quer seja por abandono dos familiares, foi se modificando, no decorrer de sua história. Os assistentes sociais comprometidos com as causas sociais se assumem como agentes políticos de transformação social ultrapassam a mera execução das políticas sociais e aliam-se aos movimentos sociais dos usuários na construção de um projeto que lhes garanta o usufruto da cidadania. A participação de assistentes sociais foi efetiva nos espaços de luta pela cidadania dos idosos e pela aprovação do Estatuto do Idoso, um avanço em termos legais, mas ainda distante de ser implementado. (GOLDMAN, 2005, p.1).
O assistente social atua em influência mútua com as políticas e os direitos sociais, devendo atualizar para ter contribuições na sua intervenção e na luta por melhorias nas políticas sociais. O processo de envelhecimento é uma tarefa complexa, que requer a particularização de condições, de necessidade, de exigências, de interesses e de possibilidades de acordo com a classe social, gênero e a etnia da pessoa idosa. O serviço social objetiva motivar o idoso a buscar novas experiências, enriquecendo seus conhecimentos e experiências, favorecendo a troca de conhecimento, transformando os idosos em agentes participativos e ativos na sociedade, relacionando os aspectos emocionais, psicológicos e sociais, devendo as ações ser centralizadas nesses fatores, pois, são os principais causadores da má qualidade de vida. O assistente socialé o elo entre o idoso e sua família e entre a instituição e a comunidade da qual faz parte, devendo conhecer as tensões que influem nas vidas envolvidas, bem como as características de comportamento pessoal e do grupo. 
O profissional de Serviço social procurar conhecer os interesses e necessidades do idoso, informando-o de seus direitos, assim poderá colaborar com o programa. Quanto ao trabalho educativo, contribui para que o idoso aprenda coisas novas, construindo ideias e mudando seus hábitos, se assim desejar. Essas ações ajudam no fortalecimento social do idoso diante da sociedade e da própria família, para que não fique submisso a algo ou alguém.
Os trabalhos desenvolvidos com as pessoas em processo de envelhecimento ou envelhecidos devem ser refletidos sobre a realidade e o contexto social, sendo função pedagógica do assistente social um instrumento facilitador a participação, politização e autonomia, podendo o idoso manifestar suas opiniões, escolhas e decisões. A participação em grupo ajuda no processo de envelhecimento através da troca de experiência, desenvolvimento da memória e do corpo, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
Os grupos formados por pessoas de terceira idade têm um sentido positivo, pois, ajuda-os a tirar da vida sedentária, envolvendo-os em uma interação entre os participantes. Trabalhar com essas pessoas, pensar com elas sobre o envelhecimento e as transformações que acontecem na sociedade é fundamental para o processo de aceitação e clareza dos direitos humanos, evidenciam a conquista de liberdade, autonomia, que pode ser confessado em seus relatos, incentivando a vontade de viver.
Deve o assistente social trabalhar os direitos sociais, resgatar sua dignidade, motivar a consciência participativa, fazendo da pessoa idosa um multiplicador de informações, desempenhando a cidadania.
5. CONCLUSÃO 
Durante a realização deste projeto de pesquisa, o que mais se evidenciou foi que a violência contra o idoso bem como e o processo de envelhecimento na sociedade é muito pouco discutido. Tal fato aparece não somente nos registros como também alguns cidadãos, que veem o idoso como uma pessoa fraca e vulnerável, no nosso cotidiano, na mídia, na literatura e nas artes, em que a sociedade cobra a juventude eterna das pessoas. Nesse sentido, enquanto nascer é sempre algo tão celebrado, o envelhecimento é frequentemente cercado de medos, dificuldades e estigmatizarão que os idosos sofrem no cotidiano.
No Brasil, o número de população idosa é crescente, exigindo do Estado novas adaptações para que possa respeitá-los em sua dignidade, de forma humanitária, alcançando assim uma melhor qualidade de vida.
 Percebemos que o direito dos idosos visa à proteção dos mesmos, a partir da CF/88 e o Estatuto do Idoso protegendo-os contra qualquer tipo de violência, agressão ou tortura, que prioriza a dignidade humana e delega deveres ao Estado, à sociedade e à família. 
Na esfera infraconstitucional cita-se a Lei nº 8.842/94, Lei de Política Nacional do Idoso; a Lei 10.173/01, a qual dá prioridade os idosos em processos judiciais em que sejam partes; o Estatuto do Idoso, Lei 10.741/03, entre outros que auxiliam na busca da concretização de todos os direitos inerentes ao idoso. A atual Carta Constitucional abona amparo aos direitos humanos e fundamentais ao idoso, pois adotou um Estado Democrático de Direito. 
A partir dai conclui-se que há uma necessidade de mudança na atuação dos gestores públicos e da família, a partir da inclusão social, resgatar o idoso como valor para a sociedade. A sociedade ainda apresenta dificuldades de garantir serviços de qualidade, desenvolver recursos humanos de excelência, no entanto as estatísticas de abandono, maus-tratos e outras formas de violência têm aumentados gradativamente. 
O Estatuto do Idoso é um ponto de partida para o avanço da aplicação dos direitos do idoso nas áreas de saúde, lazer, previdências, entre outros. O Estado tem papel essencial na edificação do principio da dignidade da pessoa humana, devendo realizar, efetivar, implantar as politicas públicas impostas pelo Estatuto. Acolher o idoso contra a violência doméstica e familiar é de interesse público, pois, não para de crescer esta população. 
No que tange para este fato, percebemos que, devem-se constituir programas de tratamento ao idoso e aos agressores, realizar programas de conscientização e informação. É fato evidente que quando o idoso se sente abrigado e valorizado, ele tem sua autoestima erguida, encara as dificuldades da vida de maneira mais fácil, institui condições para que a sociedade consiga aceitá-los, reconhecê-los e protegê-los. 
A entidade estatal deve originar políticas públicas de prevenção à violência e prestação de serviços adequados aos idosos, quanto à população, espera-se que zele pelo bem-estar das pessoas com mais idade, conscientize-se da sua situação de fragilidade, respeitando-as e ajudando-as nesta etapa da vida. 
O cuidado com idoso é impresumível, proeminente de direitos humanos, deve-se reconhecer que ele é merecedor de promoção social, educacional, de laser, visto que é um crescimento social de todo um povo, a favor de uma qualidade de vida compatível com o desenvolvimento cientifico e tecnológico.
Todos nós precisamos de um mínimo de atenção onde, os vínculos afetivos, no convívio com a sociedade nos deixa mais fortes para completarmos os estágios da nossa vida em curso, a nossa identidade precisa estar dentro do pertencimento do meio social, assim nos sentimos com autonomia na nossa vida.
Esta pesquisa nos mostra que o serviço social há muito vem rompendo barreiras e quebrando paradigmas na efetivação dos diretos de todos os cidadãos, através da proteção social vieram milhares de transformações nas políticas públicas da ordem do favor para a do direito social, as práticas inovadoras vieram ajudar a justar as novas demandas propostas pela modificação da realidade nacional e as discussões serviram para a formulação de uma nova política pública da Assistência Social através da inclusão de direitos sociais. Conhecemos melhor os vários aparatos criados para dar suporte a gestão das políticas públicas, em atenção neste caso a população idosa do município de Ribeirão. Devido o aumento da longevidade populacional houve a necessidade de implementação de políticas voltadas a atenção do idoso, através de novas estratégias que emancipem os idosos fazendo a sociedade reconhecê-lo como parte integrante da mesma.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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