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APG 08 - "O GRITO" - FASAVIC

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JULIA FRANCO FERNANDES DE CARVALHO FAGUNDES – 2˚ PERÍODO 
APG 08 – 31/08 
“O GRITO” 
 
SISTEMA LÍMBICO 
• Sem transmissão contínua dos sinais nervosos do 
tronco cerebral para o prosencéfalo, este fica 
inutilizável. De fato, compressão grave do tronco 
cerebral, na junção entre o mesencéfalo e o 
prosencéfalo, algumas vezes resultante de tumor da 
glândula pineal, em geral, provoca na pessoa coma 
que nunca desaparece pelo resto de sua vida. Os 
sinais neurais no tronco cerebral ativam os 
hemisférios cerebrais por duas formas: (1) por 
estimular diretamente o nível basal da atividade 
neuronal, em grandes áreas do cérebro; e (2) por 
ativar sistemas neuro-hormonais que liberam 
neurotransmissores específicos, facilitadores ou 
inibidores, semelhantes a hormônios, em áreas 
selecionadas do cérebro. 
• Circundando a parte superior do tronco encefálico 
e o corpo caloso, existe um conjunto de estruturas 
na face interna do telencéfalo (cérebro) e no 
assoalho do mesencéfalo que forma o sistema 
límbico. Os principais componentes do sistema 
límbico são: 
Þ O chamado lobo límbico é uma margem de 
córtex cerebral na face medial de cada 
hemisfério. Nele estão situados o giro do 
cíngulo, localizado acima do corpo caloso, 
e o giro para-hipocampal, localizado no 
lobo temporal. O hipocampo é uma parte 
do giro para-hipocampal que se estende 
até o assoalho do quarto ventrículo; 
Þ O giro denteado situa-se entre o 
hipocampo e o giro para-hipocampal; 
Þ O corpo amigdaloide é composto por 
vários grupos de neurônios localizados 
próximo à cauda do núcleo caudado; 
 
• Partes do Sistema Límbico que auxiliam na 
memória: 
Þ Os núcleos septais estão localizados na 
área septal, formada por regiões abaixo do 
corpo caloso e do giro paraterminal (um 
giro cerebral); 
Þ Os corpos mamilares do hipotálamo são 
duas massas arredondadas próximas da 
linha média e dos pedúnculos cerebrais 
Þ Dois núcleos talâmicos – o anterior e o 
medial; 
Þ Os bulbos olfatórios são estruturas 
achatadas pertencentes à via olfatória que 
estão localizados sobre a lâmina 
cribriforme; 
Þ O fórnice, a estria terminal, a estria 
medular, o fascículo medial do telencéfalo 
e o fascículo mamilotalâmico são feixes de 
axônios mielinizados que se conectam 
entre si; 
• O sistema límbico é por vezes chamado de 
“cérebro emocional”, pois sua função primária 
está relacionada com uma série de emoções, 
tais como dor, prazer, docilidade, afeto e raiva. 
Ele também está envolvido com o olfato e com 
a memória. Experimentos mostraram que, 
quando diferentes áreas de sistemas límbicos 
de animais são ativadas, as reações dos animais 
indicam que estão sentido dor intensa ou prazer 
extremo. A estimulação de outras áreas do 
sistema límbico de animais gera docilidade e 
sinais de afeto; 
• A estimulação do corpo amigdaloide ou de 
certos núcleos hipotalâmicos de um gato 
produz um padrão comportamental conhecido 
como raiva – o gato mostra suas garras, eleva 
sua cauda, abre seus olhos, sibila e cospe. Por 
outro lado, a remoção do corpo amigdaloide faz 
com que o animal não sinta medo ou 
demonstre agressividade. Da mesma maneira, a 
pessoa cujo corpo amigdaloide está lesado não 
consegue reconhecer expressões de medo em 
outros indivíduos ou sentir medo em situações 
em que isso normalmente seria adequado como 
ao ser atacado por um animal; 
 
 JULIA FRANCO FERNANDES DE CARVALHO FAGUNDES – 2˚ PERÍODO 
• Junto com outras partes do telencéfalo (cérebro), o 
sistema límbico também parece ter funções na 
memória, lesões do sistema límbico causam 
alterações de memória. Uma porção do sistema 
límbico, o hipocampo parece ter uma característica 
não vista em outras estruturas da parte central do 
sistema nervoso – apresentar células que podem 
passar por mitoses. Assim, a parte do encéfalo que é 
responsável por alguns aspectos da memória pode 
desenvolver novos neurônios, mesmo em pessoas 
idosas; 
• As estruturas anatômicas do sistema límbico, 
demonstrando que formam complexo 
interconectado de elementos da região basal do 
cérebro. Situado no meio de todas essas estruturas, 
fica o extremamente pequeno hipotálamo, que, do 
ponto de vista fisiológico, é um dos elementos 
centrais do sistema límbico; 
• A posição-chave do hipotálamo no sistema límbico 
mostra, a seu redor, outras estruturas subcorticais 
do sistema límbico, incluindo a área septal, a área 
paraolfatória, o núcleo anterior do tálamo, partes 
dos gânglios da base, o hipocampo e a amígdala. 
E, ao redor das áreas límbicas subcorticais, fica o 
córtex límbico, composto por anel de córtex 
cerebral, em cada um dos hemisférios cerebrais, (1) 
começando na área orbitofrontal, na superfície 
ventral do lobo frontal; (2) se stendendo-se para 
cima para o giro subcaloso; (3) então, de cima do 
corpo caloso para a região medial do hemisfério 
cerebral, para o giro cingulado e, por fim; e (4) 
passando por trás do corpo caloso e para baixo, pela 
superfície ventromedial do lobo temporal para o giro 
para-hipocâmpico e para o unco; 
• Nas superfícies medial e ventral de cada hemisfério 
cerebral existe anel principalmente de paleocórtex, 
que envolve o grupo de estruturas profundas 
intimamente associadas ao comportamento geral e 
às emoções. Por sua vez, esse anel de córtex límbico 
funciona como via de mão dupla de comunicação e 
de associação entre o neocórtex e as estruturas 
límbicas inferiores; 
 
 
 
• Muitas das funções comportamentais, promovidas 
pelo hipotálamo e por outras estruturas límbicas, são 
também mediadas pelos núcleos reticulares do 
tronco cerebral e por seus núcleos associados. 
Demonstrou-se que a estimulação de porções 
excitatórias da formação reticular pode causar altos 
graus de excitabilidade cerebral, enquanto também 
aumenta a excitabilidade da maioria das sinapses da 
medula espinal; 
• Via importante de comunicação entre o sistema 
límbico e o tronco cerebral é o fascículo 
prosencefálico medial, que se estende das regiões 
septal e orbitofrontal do córtex cerebral para baixo 
pela região média do hipotálamo para a formação 
reticular do tronco cerebral. Esse feixe carreia fibras 
em ambas as direções, formando um sistema 
troncular de comunicação. A segunda via de 
comunicação é por meio de vias curtas, entre a 
formação reticular do tronco cerebral, tálamo, 
hipotálamo e a maioria das outras áreas contíguas da 
parte basal do encéfalo; 
 
 
• Em meados do século XX, William James afirmou 
que uma pessoa passa por transformações 
fisiológicas quando recebe um estímulo. Por 
exemplo, a falta de ar, palpitação ou angústia são 
resultados de alguma causa externa percebida por 
esta pessoa. A partir daí, quando se reconhece esses 
sinais, temos a origem da emoção. Em suma, um 
acontecimento que afeta alguém gera um impulso 
nervoso direcionado ao tálamo e a mensagem se 
espalha. Um pedaço vai ao córtex cerebral, gerando 
experiências subjetivas de medo, alegria enquanto a 
outra parte vai ao hipotálamo e cria “sintomas”. 
Assim, a experiência emocional e reação fisiológica 
se tornam objetos simultâneos, mas aqui a 
consideração de um centro inicial à emoção é um 
erro. 
 
 
 JULIA FRANCO FERNANDES DE CARVALHO FAGUNDES – 2˚ PERÍODO 
• Em 1937, James Papez concretizaria o circuito de 
Papez como o condutor das emoções, e não os 
centros cerebrais. De acordo com ele, há quatro 
estruturas conectadas: hipotálamo, núcleo anterior 
do tálamo, giro cingulado e hipocampo. O circuito 
seria o atuante ativo no mecanismo das funções 
emotivas e expressões periféricas. Papez defendia 
que o córtex cingulado determinava antes das outras 
áreas a experiência da emoção. O giro cingulado se 
encaminha ao hipocampo e este, por sua vez, ao 
hipotálamo através de um feixe chamado fórnix. 
Nisso, os impulsos hipotalâmicos chegam ao córtex 
pele relé no núcleo talâmico anterior; 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
• O sistema nervoso autônomo é a porção do 
sistema nervoso central que controla a maioria das 
funções viscerais do organismo.Esse sistema ajuda a 
controlar a pressão arterial, a motilidade 
gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o 
esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura 
corporal e muitas outras atividades. Algumas delas 
são quase inteiramente controladas, e outras, 
apenas parcialmente; 
• Uma das características mais acentuadas do 
sistema nervoso autônomo é a rapidez e a 
intensidade com que ele pode alterar as funções 
viscerais. Por exemplo, em 3 a 5 segundos ele pode 
aumentar a frequência cardíaca até valores duas 
vezes maiores que o normal e, em 10 a 15 segundos, 
a pressão arterial pode ser duplicada. No outro 
extremo, a pressão arterial em 10 a 15 segundos 
pode ser reduzida para causar desmaio. A sudorese 
pode começar em segundos e a bexiga pode se 
esvaziar, involuntariamente, também em segundos; 
• O sistema nervoso autônomo é ativado, 
principalmente, por centros localizados na medula 
espinal, no tronco cerebral e no hipotálamo. Além 
disso, porções do córtex cerebral, em especial do 
córtex límbico, podem transmitir sinais para os 
centros inferiores, e isso pode influenciar o controle 
autônomo; 
• O sistema nervoso autônomo também opera, em 
geral, por meio de reflexos viscerais; isto é, sinais 
sensoriais subconscientes de órgãos viscerais podem 
chegar aos gânglios autônomos, no tronco cerebral 
ou no hipotálamo e, então, retornar como respostas 
reflexas subconscientes, diretamente aos órgãos 
viscerais, para o controle de suas atividades; 
• Os sinais autônomos eferentes são transmitidos 
aos diferentes órgãos do corpo por meio de duas 
grandes subdivisões chamadas sistema nervoso 
simpático e sistema nervoso parassimpático, cujas 
características e funções se descrevem nas seguintes 
seções; 
 
 JULIA FRANCO FERNANDES DE CARVALHO FAGUNDES – 2˚ PERÍODO 
• As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas 
secretam principalmente uma das duas substâncias 
transmissoras sinápticas: acetilcolina ou 
norepinefrina. As fibras que secretam acetilcolina 
são chamadas colinérgicas. As que secretam 
norepinefrina são chamadas adrenérgicas, termo 
derivado de adrenalina, que é o nome alternativo 
para a epinefrina; 
• Todos os neurônios pré-ganglionares são 
colinérgicos, tanto no sistema nervoso simpático 
quanto no parassimpático. Acetilcolina ou 
substâncias tipo acetilcolina, quando aplicadas aos 
gânglios, irão excitar tanto os neurônios pós-
ganglionares simpáticos quanto os parassimpáticos. 
Todos ou quase todos os neurônios pós-ganglionares 
do sistema parassimpático também são colinérgicos. 
Em vez disso, a maioria dos neurônios pós-
ganglionares simpáticos são adrenérgicos. 
Entretanto, as fibras nervosas pós-ganglionares 
simpáticas para as glândulas sudoríparas e, talvez, 
para um número muito escasso de vasos sanguíneos, 
são colinérgicas. Então, todas ou quase todas as 
terminações nervosas do sistema parassimpático 
secretam acetilcolina. Quase todas as terminações 
nervosas simpáticas secretam norepinefrina, mas 
poucas secretam acetilcolina. Esses 
neurotransmissores, por sua vez, agem nos 
diferentes órgãos para causar, respectivamente, os 
efeitos parassimpáticos ou simpáticos. Portanto, a 
acetilcolina é chamada transmissor parassimpático e 
a norepinefrina, transmissor simpático; 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA GERAL DO SISTEMA LÍMBICO 
 
 
 JULIA FRANCO FERNANDES DE CARVALHO FAGUNDES – 2˚ PERÍODO

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