Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Empresarial ESTABELECIMENTO Conceito: Art. 1.142 CC. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. o Não é patrimônio o Não é pessoa jurídica o Constitui universalidade de fato (pluralidade de bens singulares que pertencem a uma pessoa com destinação unitária). Classificação: o Filial: não existe qualquer autonomia atribuída ao gerente que, sempre, atuará a partir de ordens expedidas pela administração da empresa, situada na sede o estabelecimento principal. o Sucursal: há alguma autonomia dada ao gerente do estabelecimento secundário, que poderá tomar determinadas decisões em detrimento da espera de ordens da administração da empresa. Composição (atributos): o Aviamento: é o potencial de lucratividade de determinada atividade (mais-valia do estabelecimento). o Clientela: conjunto de pessoas que se relacionam com o empresário com o fim de consumir produtos ou serviços. o Obs: Quanto maior a clientela, maior o aviamente e vice-versa. Circulação: o Cessão de cotas: o estabelecimento comercial não muda de titular, feito por contrato de compra e venda. o Passe de ponto: é a venda do direito de ser inquilino. o Trespasse: alienação do estabelecimento empresarial. Trespasse: o Válido: averbado e publicado na imprensa oficial. o Eficáz: quitação das dividas do passivo ou notificação dos credores para pagá-los. o Efeitos: Sucessão empresarial – art. 1.146 CC: os débitos contraídos por um determinado empresário e vinculados ao estabelecimento trespassado passam a ser de responsabilidade de outrem. Débitos devem estar contabilizados Débitos vencidos sucedem no momento da publicação do trespasse. Débitos vincendos sucedem após o vencimento. Responsabilidade Solidária = 1 ano. Proibição da Concorrência: cláusula implicita de não restabelecimento. Concorrência se verifica quando: Exercerem mesma atividade econômica; Atividade perante o mesmo mercado consumidor; Atuação na mesma época. Prazo certo e definido. Pode ser ampliado ou reduzido. Silêncio = 5 anos. Subrrogação contratual – art. 1.148 CC: salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante Cessão de créditos – art. 1.149 CC: a cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente. Ponto Comercial: é o endereço, o local onde será instalado o estabelecimento de uma atividade empresarial. o Direito de inerência ao ponto: é o direito que o empresário locatário tem de permanecer no imóvel locado ainda que em arrepio à vontade do locador, que só poderá retomá-lo nas hipóteses legalmente previstas. Contrato: há de ser contrato de locação expresso, explícito; se houver necessidade de renovações devem também ser escritas. Prazo: o prazo para poder ter direito de inerência ao ponto deve ser no mínimo de 5 anos, ininterruptos, somados nos contratos expressos. Material: nos últimos 3 anos, deve ser exercida a mesma atividade econômica. Obs: O direito de inerência ao ponto é garantido mediante ação renovatória de aluguel, que deve ser promovida, diante do que prescreve o § 5º, do art. 51 da Lei nº 8.245/91, durante o penúltimo semestre do último ano de contrato utilizado para a prova dos requisitos anteriormente mencionados. o O locador, pode alegar para evitar a renovação compulsória do aluguel (hipóteses de exceção de retomada): i) Reformas no imóvel por exigência do poder público; ii) Reformas que valorizem o imóvel, de interesse do locador; iii) Insuficiência da proposta nova de aluguel, na renovatória; iv) Melhor proposta de terceiros; v) Transferência de estabelecimento de parente ou de sociedade, há mais de um ano; vi) Uso próprio do locador. o A regra, portanto, é a de que se a ação renovatória de aluguel for julgada improcedente, sendo acolhido, como argumento, algum dos casos de exceção de retomada, caberá indenização pela perda do ponto. Não caberá a mencionada indenização: o fundamento da exceção de retomada ser a melhor proposta de terceiros; e exceção de retomada está baseada na boa-fé e sinceridade do pedido de retomada. o Obs: Shopping Center - nas locações de espaço em shopping centers, o locador não poderá recusar a renovação do contrato com fundamento no fato de o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente. Nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping center, prevalecerão as condições livremente pactuadas nos contratos de locação respectivos e as disposições procedimentais previstas na Lei nº 8.245/91.
Compartilhar