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Curso GRA1223 CONTRATOS E RESPONSABILIDADE CONTRATUAL GR0482-212-9 - 202120.ead-8793.05 Teste ATIVIDADE 2 (A2) Iniciado 14/09/21 13:47 Enviado 15/09/21 17:26 Status Completada Resultado da tentativa 4 em 10 pontos Tempo decorrido 27 horas, 38 minutos Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários • Pergunta 1 0 em 1 pontos Sandro, Leonardo e Diego decidiram constituir uma sociedade empresária, por meio da qual iriam operar um restaurante especializado em culinária grega. Sandro aportou grande parte do capital, Leonardo aportou sua expertise de exímio administrador de empresas e Diego o seu talento culinário. Seis meses após o início da operação do restaurante, Leonardo desentendeu-se irreconciliavelmente com Sandro e Diego, em razão do que acabou sendo excluído da sociedade por deliberação da maioria do capital acionário, em reunião extraordinária de sócios designada especialmente para decidir os destinos da sociedade. Considerando que a sociedade é um contrato plurilateral, qual a única afirmação correta que se pode fazer sobre o caso apresentado? Resposta Selecionada: A exclusão de Leonardo dos quadros sociais por desentendimento grave com os demais sócios acarretou na resolução ou extinção do contrato de sociedade como um todo. Resposta Correta: Com a exclusão de Leonardo, pode-se dizer que o contrato de sociedade se resolveu ou se extinguiu somente em relação a este sócio. • Pergunta 2 0 em 1 pontos Como de costume, um mês antes de vencer o seguro de seu automóvel, Paulo foi procurado por sua corretora de seguros de veículos para renová-lo por mais um ano. Após cotar o preço do prêmio junto a três seguradoras, a corretora sugeriu a Paulo que renovasse o seguro com a mesma empresa, pois foi a que apresentou o melhor preço e os melhores benefícios. Paulo aceitou a sugestão, e a corretora enviou-lhe o formulário do contrato para que ele o preenchesse com seus dados pessoais (nome, endereço, CPF, RG, marca, modelo e ano de fabricação do veículo etc.), imprimisse-o, assinasse-o e o devolvesse a ela, para que ultimasse os trâmites de conclusão do contrato junto à seguradora. Assim foi feito, e assim se concluiu mais um contrato de seguro pelo período de um ano. Do ponto de vista do procedimento de formação, a que tipo de contrato o relato acima se refere? Resposta Selecionada: Contrato de adesão, de formação progressiva. Resposta Correta: Contrato de adesão, de formação instantânea. • Pergunta 3 1 em 1 pontos “No Capítulo sobre a extinção do contrato, o nosso Código dispõe sobre casos de ineficácia em sentido estrito, ou funcional (em que a extinção se dá por causa surgida depois da convenção), (a) por vontade de ambas as partes (distrato), ou (b) pela vontade de apenas uma delas (resilição unilateral); (c) como um meio de defesa contra o inadimplemento ou (d) como meio de defesa contra a onerosidade excessiva (arts. 474, 475 e 475)”. AGUIAR JÚNIOR, R. R. Extinção dos contratos. In: FERNANDES, W. (Coord.). Contratos empresariais: fundamentos e princípios dos contratos empresariais. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 479-480. À luz desta passagem de Ruy Rosado de Aguiar Júnior e com base em seus estudos, reflita sobre as afirmações a seguir. A resilição é consequência do descumprimento do contrato por uma das partes, podendo ser unilateral ou bilateral. A resilição não é consequência do descumprimento do contrato por uma das partes, mas da manifestação de vontade de uma ou de ambas as partes. A resilição bilateral, também chamada de distrato, somente se opera por meio de decisão judicial transitada em julgado. Nos contratos de trato sucessivo em vigor por tempo indeterminado, qualquer uma das partes pode denunciar o contrato à outra, eis que ninguém pode ser compelido a ficar indefinidamente vinculado a um contrato. Agora, responda: quais das afirmações acima são corretas? Resposta Selecionada: II e IV. Resposta Correta: II e IV. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. Resilição é o termo que se utiliza para designar a extinção do contrato por deliberação voluntária de uma (em casos previstos em lei ou no contrato) ou de ambas as partes. • Pergunta 4 1 em 1 pontos “Em resumo: o CC de 2002 adotou o vocábulo resolução para exprimir as situações decorrentes de causas não imputáveis ao devedor (inadimplemento involuntário), de causas imputáveis ao devedor (inadimplemento voluntário) e de onerosidade excessiva. Chamou de distrato (resilição bilateral) a extinção do contrato operada pela manifestação confluente das partes contratantes e de resilição unilateral o poder-direito concedido pela lei ou pelo negócio jurídico a qualquer das partes, no sentido de determinar a extinção do contrato mediante comunicação de tal propósito à outra por simples e prévio aviso”. JORGE JUNIOR, A. G. Resolução do contrato por inadimplemento do devedor. Revista do Advogado, São Paulo, n. 116, jul. 2012. p. 9 (grifos do autor). A partir dessas considerações, associe os itens da primeira lista como os da segunda, a seguir. I. Resilição unilateral do contrato. II. Resolução do contrato. III. Resilição bilateral do contrato. ( ) Inadimplemento da obrigação contratual, voluntário ou involuntário. ( ) Denúncia do contrato por uma parte à outra. ( ) Distrato é o desfazimento consensual do contrato. ( ) Desconstituição do contrato por sentença judicial. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de respostas. Resposta Selecionada: II, I, III, II. Resposta Correta: II, I, III, II. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. A resilição é a forma de extinção do contrato que se opera somente mediante manifestação de vontade das partes, quer seja esta unilateral, quer bilateral. Já a resolução decorre do inadimplemento da obrigação contratual a cargo de uma das partes, quer de origem voluntária, quer involuntária. • Pergunta 5 0 em 1 pontos Logo após ter comprado um micro-ônibus zero quilômetro na revendedora de uma marca, pagando a integralidade do preço à vista, José, dono de uma empresa de turismo, notou que havia algo estranho com o veículo: ao pisar no acelerador, sobretudo em subidas, o motor falhava e, em seguida, perdia muita potência. No dia seguinte, dirigiu-se à revendedora para reclamar do problema, quando foi constatado que a peça responsável pela injeção de combustível no motor estava com defeito, mas que bastava trocá-la por outra nova, sem qualquer custo, que o micro-ônibus voltaria a funcionar corretamente. Todavia, José alegou que a revendedora é obrigada a prestar-lhe garantia contra vícios redibitórios, e que com base no artigo 441 do Código Civil, queria redibir o contrato de compra e venda e reaver o preço que pagou à vista pelo veículo. A concessionária, porém, contra- argumentou dizendo que o seu José somente teria direito de redibir o contrato se o defeito em questão não pudesse ser facilmente reparado, como seria pela simples troca da peça defeituosa. Quem você acha que está com a razão, José ou a revendedora de veículos? Por quê? Resposta Selecionada: [Sem Resposta] Resposta Correta: A revendedora está com a razão, porque o defeito em questão é passível de ser removido ou facilmente corrigido por ela. • Pergunta 6 0 em 1 pontos “O princípio da liberdade de contratar torna-se mais inteligível à luz da distinção entre leis coativas e supletivas. As primeiras ordenam ou proíbem algum ato, determinando o que se deve e o que não se deve fazer [...]. Destinam-se as leis supletivas a suprir ou completar a vontade do indivíduo, aplicando-se quando ele não a declara. Ora, o Direito Contratual constitui- se, predominantemente, de normas supletivas, deixando, portanto,larga margem à vontade dos que agem em sua esfera. Nesse território, a liberdade de contratar domina amplamente.” GOMES, O. Contratos. Rio de Janeiro: Forense, 1983. p. 26. À luz desta passagem de Orlando Gomes, reflita sobre as afirmações a seguir. As normas do Código Civil que estabelecem garantias ao adquirente contra os vícios redibitórios são normas cogentes, também chamadas de coativas. As normas do Código Civil que estabelecem garantias ao adquirente contra a evicção são normas cogentes, também chamadas de coativas. As normas do Código Civil que estabelecem garantias ao adquirente contra a evicção são normas dispositivas, também chamadas de supletivas. As normas do Código Civil que estabelecem garantias ao adquirente contra os vícios redibitórios são normas dispositivas, também chamadas de supletivas. Agora, responda: das afirmações acima, quais são corretas? Resposta Selecionada: [Sem Resposta] Resposta Correta: I e III. • Pergunta 7 0 em 1 pontos Antônio chegou muito perto do sonho da casa própria: com a chegada de sua aposentadoria e o saque integral de seu FGTS, conseguiu comprar um pequeno terreno em Mariana, MG, e contratar seu amigo Paulo – respeitado empreiteiro da região – para construir uma pequena casinha para ele. Antônio e Paulo assinaram o contrato de empreitada em 30 de julho de 2015, avençando que o preço total da construção seria de R$ 30 mil, dividido em 24 parcelas mensais de R$ 1.250. Antônio pagou a primeira parcela ao assinar o contrato, e Paulo iniciou a construção no dia seguinte. Três meses depois, mais exatamente em 5 de novembro daquele ano, sobreveio o trágico rompimento da barragem de Fundão, espalhando um “mar de lama” por todo o município de Mariana, “tragando” o terreno de Antônio, e arrastando, rio abaixo, três meses de trabalho de Paulo e de sua equipe de pedreiros. Considerando o contexto acima relatado, qual a solução preconizada pelo Código Civil para essa crise surgida no contrato de empreitada entre Antônio e Paulo? Resposta Selecionada: Resolução do contrato por onerosidade excessiva da prestação. Resposta Correta: Extinção do contrato por inexecução involuntária das prestações. • Pergunta 8 0 em 1 pontos “Contrato de adesão não é patologia, algo a ser necessariamente coibido pelo julgador. Representa uma realidade de mercado, fruto de indispensável coordenação geral de esforços frente à acentuada circulação de bens e serviços. Servem as necessidades de rapidez da sociedade técnica: afinal, hoje não há que se perder tempo em negociações relativas a atos correntes [...]. Assim, a predeterminação do conteúdo contratual permite, por exemplo, a racionalização e a consequente redução dos custos de transação, uniformização de procedimentos, com reflexo sobre o preço cobrado do adquirente final (consumidor ou não)”. MELO, D. L. M. Contratos de adesão em relações de não consumo: lógica econômica e balizas para o ativismo jurisdicional. Revista do Advogado, São Paulo, n. 116, out. 2012. p. 71 (grifos do autor). Com base no texto acima, o que é correto afirmar? Resposta Selecionada: O contrato de adesão representa um abuso do direito da parte economicamente mais forte em detrimento da parte mais frágil, razão pela qual é um contrato nulo. Resposta Correta: O contrato de adesão é uma técnica de contratação que visa racionalizar e reduzir os custos de transação, propiciando inclusive a diminuição dos preços dos produtos e serviços que veicula. • Pergunta 9 1 em 1 pontos “Consiste a evicção na perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade da coisa transferida, por força de uma sentença judicial ou ato administrativo que reconheceu o direito anterior de terceiro, denominado evictor. Note-se, portanto, que a sua previsão legal decorre especialmente da necessidade de se resguardar o adquirente de uma eventual alienação a non domino, ou seja, alienação de coisa não pertencente ao alienante. Em tal caso, poderá o alienatário (adquirente) voltar-se contra aquele, se vier a perder a coisa para terceiro”. GAGLIANO, P. S.; PAMPLONA FILHO, R. Novo curso de direito civil: contratos. v. 4. São Paulo: Saraiva, 2018. p. 199. À luz desta passagem de Pablo Gagliano e Rodolfo Pamplona sobre a garantia legal contra a evicção, assinale com V as afirmativas verdadeiras, e com F as falsas. ( ) A garantia contra a evicção é cabível apenas nos contratos aleatórios. ( ) A garantia contra a evicção é cabível apenas nos contratos comutativos. ( ) As partes podem convencionar validamente que o alienante não responderá por eventual evicção sofrida pelo adquirente. ( ) O evicto exerce o seu direito de regresso contra o alienante do bem que perdeu para o evictor, levando a protesto o contrato de alienação. ( ) O evicto exerce o seu direito de regresso contra o alienante do bem que perdeu para o evictor, denunciado a lide ao alienante. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. Resposta Selecionada: F, V, V, F, V. Resposta Correta: F, V, V, F, V. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. A evicção é a garantia legal ao adquirente de bens em contratos comutativos, e a forma correta de este exercer seu direito de regresso contra o alienante é denunciar-lhe a lide ajuizada pelo terceiro que reivindica a posse da propriedade do bem. • Pergunta 10 1 em 1 pontos Hipócrates, 95 anos, médico aposentado, dedicando-se, atualmente, à criação de cavalos de raça em sua fazenda em Ribeirão Preto, soube com alegria que Lucas, seu sobrinho, decidira prestar o vestibular da Fuvest para ingressar na Faculdade de Medicina da USP. Como prêmio pela decisão e estímulo para que perseverasse neste intento, o tio prometeu ao sobrinho que se ele fosse aprovado na Fuvest, daria de presente a ele um dos melhores cavalos de seu haras. Dito e feito: Lucas passou na Fuvest e seu tio lhe doou um belo cavalo. Ocorre, porém, que o animal adoeceu gravemente, e um mês depois veio a óbito, sendo diagnosticado que pouco antes de ser presenteado, contraíra uma grave infecção bacteriana. Considerando as circunstâncias do caso relatado acima, em que se constitui a doença apresentada pelo animal? Resposta Selecionada: Em um vício oculto aos olhos de todos e preexistente à doação, mas não em um vício redibitório, porque somente os contratos bilaterais e comutativos podem ser redibidos por vício oculto da coisa alienada. Resposta Correta: Em um vício oculto aos olhos de todos e preexistente à doação, mas não em um vício redibitório, porque somente os contratos bilaterais e comutativos podem ser redibidos por vício oculto da coisa alienada. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. Em razão da gratuidade implícita ao contrato de doação, não é justo obrigar a parte que realiza a liberalidade em favor da outra que reponha a coisa doada que pereceu em razão de um vício oculto. Somente nos contratos bilaterais, onerosos e comutativos há a possibilidade de se falar em garantia legal implícita contra os vícios ocultos à coisa alienada, ou seja, os vícios redibitórios. Quarta-feira, 29 de Setembro de 2021 15h25min48s BRT
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