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estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. ▪ § 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. ▪ § 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. ▪ Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. EVICÇÃO • É a perda ou desapossamento de um bem, judicial ou excepcionalmente administrativamente, em razão de um defeito jurídico anterior à alienação • As partes podem, de comum acordo, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. É o que diz o Art. 448. No entanto, a questão que envolve a exclusão é um pouco mais complexa. Para que a cláusula contratual que exclui a responsabilidade do alienante por evicção a Lei estabelece dois requisitos que devem ser cumpridos: i) o evicto deve ter sido informado do risco da evicção; E ii) o evicto deve ter assumido tal risco. • Evicção parcial: é necessário se verificar se a perda foi considerável ou irrisória. Numa compra quantitativa em que há perda considerável de parte dos bens, pode-se optar por abatimento proporcional ou rescisão do contrato. Em perda irrisória só é possível o abatimento proporcional. o Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. o Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. o Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. o Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: ▪ I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; ▪ II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; ▪ III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
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