Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• Diante de um vício redibitório, pode-se reclamar de duas formas, ou seja, através de duas ações judiciais: 1) ação redibitória ou 2) ação quanti minoris ou ação estimatória. o Ação redibitória: quando o bem se torna impróprio para o uso, pede-se para redibir o contrato, ou seja, pede-se o desfazimento do negócio e a conseqüente devolução de todo o valor pago. o Ação estimatória: quando há diminuição do valor do bem em função do vício, pede-se o abatimento no preço. Vai se apurar quanto o valor do bem diminuiu por causa do vício, devendo ser realizada a devolução dessa diferença. o Fica a cargo do adquirente escolher qual das duas ações quer ajuizar. o O alienante responde por vício redibitório se tiver agido de boa-fé, ou seja, se não estivesse sabendo do defeito oculto? Sim, o alienante responde, pois se trata de uma garantia implícita imposta a ele. No entanto, se tiver agido de má-fé, responde ainda por perdas e danos. o Só há vício redibitório em contrato oneroso. Entretanto, na doação onerosa também há responsabilidade pelo vício redibitório. o O prazo para reclamação de defeito oculto começa a contar a partir do momento da entrega efetiva, sendo esse prazo de 30 dias pra coisa móvel e de 1 ano pra coisa imóvel. Porém, se o bem já estiver na posse do adquirente, conta-se a partir da data da alienação, sendo o prazo reduzido pela metade. Art. 445. o No entanto, se pela natureza do vício não for possível a percepção imediata, o CC prevê um prazo diferente no § único do Art. 445. Nesse caso, o prazo começa a contar a partir do momento em que se toma conhecimento do vício, sendo o prazo máximo de 180 dias para bens móveis e de 1 ano para imóveis. O adquirente, tem, portanto, em bens móveis, 180 dias pra descobrir, e a partir disso, 30 dias pra reclamar. Em bens imóveis, 1 ano pra descobrir, e a partir disso, 1 ano pra reclamar. ▪ Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. ▪ Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. ▪ Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. ▪ Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. ▪ Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. ▪ Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já
Compartilhar