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Produza um texto dissertativo-argumentativo apresentando uma análise literária do poema e discorra acerca da representação do Modernismo por meio dessa obra de José Craveirinha. Sua resposta deve ter

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#interna 
QUESTÃO 1 
• 
Você conhece José Craveirinha? Considerado um dos maiores poetas moçambicanos, ele 
atuou como jornalista, poeta e escritor. Nasceu em Maputo, de pai português e mãe 
negra de etnia Ronga, essa mistura cultural e linguística é fonte de reflexão e matéria-
prima para sua obra. Tendo em vista esses aspectos, leia o poema “Um homem nunca 
chora”, de José Craveirinha. 
 
Acreditava naquela história 
do homem que nunca chora. 
 
Eu julgava-me um homem. 
 
Na adolescência 
meus filmes de aventuras 
punham-me muito longe de ser cobarde 
na arrogante criancice dos heróis de ferro. 
 
Agora tremo. 
E agora choro. 
 
Como um homem treme. 
Como chora um homem! 
 
Disponível em: < https://www.escritas.org/pt/t/13382/um-homem-nao-chora> Acesso 
em: 09 jul. 2021. 
 
O poema apresenta um tom introspectivo e confessional que extrapola uma simples ideia 
de desvalorização, e isso é enfatizado pela linguagem e seus recursos. Refletindo sobre 
isso, produza um texto dissertativo-argumentativo apresentando uma análise literária do 
poema e discorra acerca da representação do Modernismo por meio dessa obra de José 
Craveirinha. Sua resposta deve ter no mínimo 12 e no máximo 20 linhas. 
 
 
 
RESPOSTA: 
A análise estilístico-discursiva do poema “Um homem nunca chora”, de José Craveirinha reflete um eu 
lírico 
que aborda a inocência de uma criança que acredita em super heróis e depois na idade adulta o seu eu 
lírico descobre não ser feito de "ferro", descobre-se uma pessoa que tem medo e chora. 
Nos três primeiros versos o poeta fala sobre a inocência de ser uma criança, que acredita em heróis e tem 
uma visão destorcida do que é ser um homem e não sabe sobre sentimentos humanos. 
Nos versos "Na adolescência/ meus filmes de aventura/ punham-me muito longe de ser cobarde/ na 
arrogante criancice do herói de ferro", o poeta retrata o adolescente no começo do entendimento da vida, 
do ser, que começa a questionar suas crenças. 
O poeta, no presente, fala do como é ser um homem, é ter sentimentos, é chorar, é lutar. Craveirinha 
demonstra ter nervos, sentimentos. Um ser humano no pleno gozo da vida e suas aventuras e desventuras. 
Conforme Barreto (2016), uma das características do autor está no uso de suas palavras que invertem os 
elementos da oração. 
O poema apresenta traços do movimento modernista, que consiste na espontaneidade, na exaltação de 
novidade e no uso de uma linguagem mais popular, movimento caracterizado no começo do século XX. 
 
 
 
 
#interna 
Referências: 
BARRETO, Matheus G.,José Craveirinha: o poeta, seu sangue e sua terra. Disponível em: 
https://www.olharconceito.com.br/colunas/exibir.asp?id=665&artigo=jose-craveirinha-o-poeta-seu-
sangue-e-sua-terra. Acesso em: 12/08/21.

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