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Caso clínico Leia atentamente o texto abaixo e após analise o caso apresentado. “Da adolescência em diante, deve-se aconselhar as mulheres a evitarem a gravidez não planejada. É preciso informar às pacientes e às suas famílias de que modo o diabetes pode complicar a gravidez e de como a gravidez pode agravar o diabetes. O diabetes não é uma indicação absoluta de cesariana. Nas gestantes bem controladas, a indicação da via de parto é obstétrica. Além disso, essa mulher pode evoluir para trabalho de parto prematuro por ser adolescente e diabética” Referência: Diabetes na gestação: recomendações para o preparo e o acompanhamento da mulher com diabetes durante a gravidez https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional/002-Diretrizes-SBD-Diabetes-Gestacao-pg323.pdf Você, estudante de enfermagem da Unidade Curricular Saúde da Mulher já tem conhecimento sobre os passos da SAE e como aplicá-la no dia a dia da enfermagem. Portanto, considerando o conhecimento adquirido até hoje leia o caso abaixo com atenção. 03/05/2021, 17h25min: Você recebe Antônia, 17 anos, adolescente, diabetes gestacional, G1P0A0, que comparece à emergência obstétrica com a mãe, relatando dor em baixo ventre e sangramento leve + tampão mucoso. Residente de Guaiba, estudante do ensino médio, mora com os pais e tem namorado que não pode vir ao hospital, pois está em um campo de treinamento do quartel onde é soldado. Primigesta, idade gestacional 35 semanas e quatro dias (por USG de 1º trimestre), movimentação fetal presente. Em uso de insulina e acompanhamento de alto risco. Pré-natal regular. Mãe refere que precisou levá-la no colo porque ela não conseguia caminhar com a dor. Ao exame físico identifica-se no momento PA 140/80, fundo uterino com altura de 37 cm, ganho de peso no último mês de 1400g, FR 22mpm, FC 103bpm. Dinâmica uterina presente 10’/3x15’’ (em 10 minutos, 3 contrações de 15 segundos) . BCF 156 bpm. Colo uterino com 4 cm de dilatação. Edema presente em MMII. Ao analisar a carteira de gestante você encontra dados de exames do primeiro e terceiro trimestre todos com padrões dentro da normalidade, exceto glicemia de 1 trimestre com resultado de 114 e curva glicêmica positiva para diabetes gestacional. Exames NR para doenças venéreas, vacinação registrada de acordo com o calendário. Em discussão com a equipe de saúde decide-se por mantê-la internada por risco para parto prematuro. Após avaliação médica identifica-se bolsa integra, colo dilatado, ILA dentro dos padrões de normalidade, feto compatível com 35s4d, 2200g, 46cm, BCF 152bpm. Às 19h vem resultado de exames laboratoriais: hemograma normal, leucograma normal, plaquetograma normal, VDRL - , HIV - , Hepatites -, TGO e TGP normais. Paciente interna, programa-se medicação corticóide IM agora e em 24h; inicia-se buscopam simples para dor e contrações; solicita-se MAP e preparo da paciente para parto prematuro. UTI neonatal é comunicada. Tendo em vista o caso acima você deverá programar o acompanhamento de enfermagem à essa gestante, baseado na metodologia SNAPPS a seguir: Summarize (apresentar uma breve história do caso); Narrow (limitar diagnósticos de enfermagem); Analyze (buscar diferenciais de cuidado a esse paciente de acordo com as necessidades); Probe (perguntar ao professor as experiências que ele tem sobre o caso – se necessário); Plan (planejar os cuidados que serão realizados); Select (selecionar um caso semelhante para buscar melhores resultados). Responda em um WORD para ser postado em um link disponibilizado pela Professora no Blackboard. Lembre-se, TODOS os colegas do grupo deverão fazer a postagem do material. Você tem o tempo de 3h para realizar a atividade. Curso de Enfermagem Unidade Curricular Saúde da Mulher Prof. Camila Alves Avaliação Teórica – A2/N1 UTILIZE O DOCUMENTO ABAIXO PARA RESPONDER: INTEGRANTES: Ingrid de Jesus Nunes; Mariana Sousa Machado; Pyetra de Medeiros da Silva; Thais Lemos Mendes Escreva suas respostas sobre o caso aqui – cada item tem peso de 0,66 1. O QUE VI? H - História clínica resumida. Incluir dados de identificação (idade e gênero). Antônia, feminino, adolescente, 17 anos da entrada na emergência obstétrica com a ajuda da sua mãe, relatando muita dor em baixo do ventre e sangramento leve mais tampão mucoso, paciente apresenta diabetes gestacional, G10A0. A Paciente reside em Guaíba e mora com os pais, questionaram por que o pai não estava ali com a mãe, foi respondido que ele esta em um treinamento de quartel onde é soldado por isso não pode comparecer. Primigesta, idade gestacional é de 35 semanas e 4 dias de acordo com a USG do 1° trimestre. O feto apresenta movimentação presente. A paciente esta em uso de insulina e acompanhamento de alto risco. Pré-natal em dia e regular. A mãe contou que teve que trazer a filha no colo até a porta do hospital, pois ela não conseguiu caminhar por conta das dores. Ao exame físico foi apresentado PA 140/80, fundo uterino com altura de 37 cm, ganho de peso n o ultimo mês de 1400g, FR 22mpm, FC 103bpm. Dinâmica Uterina presente 10’/3x15’’ (em 10 minutos a paciente teve 3 contrações de 15 segundos). BCF 156bpm. A paciente apresenta dilatação de 4 cm. Edema presente em MMII. Ao ver a carteira de gestante você encontra dados de exames do primeiro e terceiro trimestre normais exceto a glicemia de primeiro trimestre com resultado de 114 e curva glicêmica positiva para diabetes gestacional. Exames NR para doenças veneras, vacinação registrada de acordo com o calendário. Em conversa com a equipe de saúde, decide-se deixar ela internada por risco de parto prematuro. Após avaliação médica identifica-se bolsa integra colo dilatado, ILA dentro dos padrões, feto com 35 semanas 2200g, 46 cm, BCF152 bpm. Os exames laboratoriais estão normais. Paciente ira receber medicação IM de corticoide agora e em 24 horas. Inicia buscopam simples para dor e contração. Solicitação de MAP e prepara da paciente para parto prematuro. UTI neonatal comunicada. 2. O QUE VI? E - Exame físico. Dados relevantes do exame físico. Paciente mulher, 17 anos, adolescente, diabetes gestacional, G1P0A0. Primigesta, idade gestacional 35 semanas e quatro dias (por USG de 1º trimestre), movimentação fetal presente PA 140/80, fundo uterino com altura de 37 cm, ganho de peso no último mês de 1400g, FR 22mpm, FC 103bpm Dinâmica uterina presente 10’/3x15’’ (em 10 minutos, 3 contrações de 15 segundos) . BCF 156 bpm. Colo uterino com 4 cm de dilatação. Edema presente em MMII. Glicemia de 1 trimestre com resultado de 114 e curva glicêmica positiva para diabetes gestacional. Exames NR para doenças venéreas, vacinação registrada de acordo com o calendário. Após avaliação médica identifica-se bolsa integra, colo dilatado, ILA dentro dos padrões de normalidade, feto compatível com 35s4d, 2200g, 46cm, BCF 152bpm. Exames laboratoriais: hemograma normal, leucograma normal, plaquetograma normal, VDRL - , HIV - , Hepatites -, TGO e TGP normais. 3. O QUE VI? I - Interpretação/análise/diagnósticos diferenciais. – DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM (no mínimo 3 reais e 2 de risco) Dor no trabalho de parto relacionado à expulsão do feto, evidenciado por dor. Risco de glicemia instável relacionado a controle insuficiente do diabetes. Dor aguda relacionado à agente biológico lesivo, evidenciado por comportamento expressivo. Risco de sangramento relacionado à complicação gestacional. Integridade tissular prejudicada relacionada a agentes irritantes, evidenciado por mucosa uterina lesada. 4. O QUE FIZ? P - Plano terapêutico resumido – PROGRAMAR UMA PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM – COM PRAZOS/TURNO Realizar controle dos sinais vitais, principalmente pressão (risco de doença hipertensiva) e temperatura (risco de infecção). Realizar avaliação nutricional pelo índice de massa corporal (IMC) e controlar o peso; Avaliar atividade uterina por meio da palpação abdominal (frequência, intensidade e duração das contrações). Não tem valor o uso da tocometria através de cardiotocografiaPesquisa para estreptococo do grupo B, se não tiver sido realizada antes e houver disponibilidade local; Atenção para eliminação de fluidos vaginais; 5. O QUE FIZ? O - Orientação à paciente. Condutas que tomaria. Atentar-se com a pressão, pois está em 140/80, podendo levar a uma pré-eclâmpsia leve, por isso controle da PA, deve ocorrer mais frequente. A presença de edema nos MII ocorre normalmente conforme a gestação chega próximo ao fim, deve-se ter preocupação quando o edema for culminante com outras alterações, portanto deve-se orientar a paciente de uma possível atividade física, recomendar uma boa ingesta de água, uma dieta alimentar construída especificamente para a gestação e um monitoramento do ganho de peso. Apesar de bom controle glicêmico fatores de risco podem ser eventuais, distúrbios hipertensivos, ocorrência de polidrâminio, problemas cardiovasculares ao feto e necessidade de primeira cesárea. 6. O QUE APRENDI? C - Conhecimento adquirido ou necessidade de aprendizagem estabelecida. Fontes de busca devem ser apresentadas. ESCOLHA UM MATERIAL BIBILIOGRÁFICO E APRESENTE UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A CONDIÇÃO CLÍNICA DA PACIENTE Vimos que as causas do diabetes gestacional envolvem as mudanças hormonais no corpo da mulher durante a gestação. A placenta, para garantir que a glicose chegue de forma adequada ao bebê em formação, acaba enfraquecendo a insulina da mãe. O resultado é uma compensação do pâncreas materno, produzindo mais insulina na tentativa de reduzir os níveis de açúcar no sangue. Este quadro de glicose alta e insulina alta no sangue - que muitas vezes não consegue controlar os níveis de glicose - vai se somar, levando então ao desenvolvimento do diabetes gestacional. O diabetes gestacional não controlado é fonte de muitas preocupações. Quando o bebê recebe grandes quantidades de glicose, acaba nascendo muito acima do peso, o que aumenta o risco de complicações no parto, chance de hipoglicemia neonatal e também de desenvolvimento de obesidade na idade adulta. Para a mãe, uma vez feito o diagnóstico de diabetes gestacional, existe um grande risco de desenvolvimento de diabetes nas próximas gestações e também de evolução para diabetes tipo 2 dentro dos anos seguintes. Informações retiradas do site abaixo site https://www.diabetes.org.br/publico/colunas/88-dra-andressa-heimbecher-soares/933-diabetes-gestacional-pode-levar-ao-nascimento-prematuro-do-bebe#:~:text=Acometendo%20entre%202%2C4%20a,beb%C3%AAs%20muito%20acima%20do%20peso. Segundo uma pesquisa científica realizada pela revista de saúde UNG-SER que a DMG repercute na vida de mãe e filho, metade dos estudos evidenciou a DM tipo 2 como a principal consequência e para a criança a possibilidade de macrossomia em mais da metade dos estudos. Fica explicito que as complicações crônicas poderão estar presentes na vida de mãe e filho. Consequentemente é necessário atentar para alguns cuidados importantes durante a gestação como controle glicêmico, dieta equilibrada e tratamento medicamentoso, contribuindo para diminuir as complicações ao binômio mãe e filho. PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À DIABETES MELLITUS GESTACIONAL PARA GESTANTE E FETO Maria José Matias, Jeremias Guilherme Da Silva, Ana Lúcia Seabra De Souza, Isabella Engleshit De Oliveira Do Nascimento, Allyne Gérsica Ribeiro Bezerra, Silvio Nicolau De Oliveira