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CASO CLÍNICO SISTEMA CARDIOVASCULAR Mulher de 65 anos, tabagista (45 anos/ maço), portadora de hipertensão arterial sistêmica em grau III, diabetes mellitus tipo II. Alega desconforto torácico cada vez mais frequente em forma de peso no meio do peito e às vezes com pontada, que dura mais de 30 minutos e com maior grau de intensidade durante a semana anterior, além de dispneia. Relata que anteriormente apresentava dor torácica após caminhada de 100 metros, mas agora já não consegue caminhar mais de 50 metros ou mesmo ficar sentada assistindo TV sem que os sintomas apareçam. A dor se irradia para o lado esquerdo do pescoço e só melhora após períodos cada vez maiores de repouso. Ao exame: ausculta pulmonar com estertores crepitantes, FR: 30 irpm, PA: 170/90 Hg, Spo2: 85%, T: 36,7 ºC, FC: 135 bpm ● EXAMES: enzimas cardíacas (troponina cardíaca elevada), hemograma sem alterações, LDL e VLDL colesterol elevados (ver valores), radiografia de tórax (aumento da área cardíaca, congestão pulmonar com infiltrado difuso). Ecocardiograma: disfunção contrátil de ventrículo esquerdo, angiografia (estenose de ramo descendente da artéria coronária esquerda), ECG sem alterações, ecocardiograma : fração ejeção 32% PERGUNTAS 1) Quais patologias podem ser identificadas no caso descrito? R: Doença arterial coronariana (aterogênese), hipertensão arterial sistêmica, angina instável, infarto, edema pulmonar e icc. 2) Associe a dislipidemia que a paciente apresenta com a patogênese do processo em questão. R: A dislipidemia apresentada pela paciente é um fator de risco para o surgimento da doença arterial coronariana. Com uma lesão no endotélio da artéria coronária, as lipoproteínas, livres no sangue, entram no tecido lesionado junto com macrófagos, formando células espumosas que formam placas de ateroma, diminuindo o lúmen do vaso levando a um caso de aterosclerose na artéria coronária (doença arterial coronariana). 3) Como a hipertensão arterial sistêmica influencia os processos patológicos listados? R: A hipertensão arterial sistêmica pode ser a responsável pela lesão causada no endotélio vascular, levando à condição de aterogênese e também pode causar alterações cardíacas. 4) A avaliação RX tórax identificou congestão pulmonar, qual a relação desse processo patológico com a redução da fração de ejeção detectada no ecocardiograma? Explique de acordo com os mecanismos fisiopatológicos envolvidos. R: Devido a estenose da artéria coronária esquerda, juntamente à HAS, haveria um represamento do sangue no V.E, gerando aumento da pressão ventricular e uma consequente congestão pulmonar, posteriormente, ocorreria a hipertrofia numa tentativa de compensar o déficit na fração de ejeção gerado pela HAS e pela disfunção contrátil ventricular esquerda (mediada pela estenose).
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