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1 Revisão Emergências Psiquiátricas Verena Facchini EMERGÊNCIAS PSIQUIATRICAS REVISÃO AV1 TRANSTORNOS DEPRESSIVOS NA EMERGÊNCIA Doença CRÔNICA Se inicia, normalmente, na juventude. • Cursa com rebaixamento do HUMOR (humor deprimido) → Lembrem dos critérios maiores: humor deprimido + anedonia (perda do prazer das atividades diárias). o Nem sempre o paciente fica só deprimido, pode ficar irritado/reativos/beligerantes. Tristeza x Depressão: Nem toda tristeza é depressão. Aquela “tristezazinha” que aparece a noite, segunda de manhã. No caso da depressão, pode até ter uns momentos de melhora, porém afeta a qualidade de vida do paciente, porque ele não consegue trabalhar/estudar por causa da tristeza. Ela traz prejuízo para o paciente. A tristeza e o medo fazem parte da vida. CAUSAS Fator genético, Fatores hormonais: nas mulheres percebemos isso mais claramente, no período pré- menstrual, na menopausa, Doenças orgânicas (hipovitaminose – C, D...): a hipovitaminose C causa sintomas de fadiga e irritabilidade. “Traumas psicológicos”: situações de abuso, assédio TCE (Traumatismo Cranioencefálico) Uso de substâncias psicoativas (SPAs): qualquer droga pode causar essa depressão do humor. Uso de medicamentos (corticoides, roacuntan): os corticoides podem levar a elevação do humor também. Gestação. QUADRO CLÍNICO Critérios Maiores • • Humor deprimido • • Anedonia Critérios Menores • • Alterações do sono (*inversão do ciclo sono-vigília): tanto a insônia quanto a hipersonia, inversão do ciclo sono-vigília, troca o dia pela noite. • • Alterações de apetite e peso: pode ser para mais ou para menos. • • Anergia/prostração/adinamia/ast enia • • Hipobulia → queda da vontade. Avolição → Zero vontade • • Humor irritado • • Choro fácil Oscilações de humor: Oscilar mais, a amplitude da oscilação é maior. Sentimentos de inutilidade/menos-valia Prejuízos de atenção, memória e pensamento Pensamento de morte/suicida Do Sofrimento ao Suicídio “Ah! Fulano estava ótimo e se matou.” Geralmente não é assim que acontece, isso é muito incomum. O mais comum é a pessoa vir com um grau de sofrimento psíquico há muito tempo e esse sofrimento se prolongando a pessoa passa a ver a morte com uma solução para resolver esses sintomas. Sofrimento Pensamento de morte Planejamento suicida: mais grave, pensa em como poderia fazer isso. Tentativa de Suicídio: quando o paciente faz mesmo alguma coisa. • • Suicídio ativo X Suicídio passivo o Ativo: faz uma coisa diretamente para se matar. Por exemplo, tem um carro vindo e ele se joga na frente do carro para se matar. o Passivo: pessoa assume um comportamento de risco para ela morrer. EX: ficar atravessando a rua várias vezes sem olhar para o lado. DEPRESSÃO NA EMERGÊNCIA Sofrimento psíquico intenso, pode incluir psicose. O paciente pode estar tão mal que pode sair da realidade. Ter um delírio que as pessoas podem matar ele porque ele não vale nada. • • Crises de choro • • Pensamentos de morte • • Ideação suicida → Faz o acolhimento e medicar. Para aliviar a angústia e a ansiedade do momento. CASO CLINICO ... crises de choro intensas e relato de que quer morrer. Tem diagnóstico com desvenlafaxina 100mg 1-0-0 e quetiapina 100mg 0-0-1. Já tentou suicídio com ingestão de medicamentos, há cerca de 3 anos. • • Desvenlafaxina: é um antidepressivo DUAL → é SEROTONINÉRGICO e NORADRENÉRGICO Ao exame, paciente chorosa, deprimida, angustiada, hipovirgil e hipotenaz, pensamento lógico, sem alterações de curso, conteúdo melancólico, de desvalia, pensamento de morte. Afeto sintônico. MEDICAÇÃO: Clonazepam 0,25mg 02cp sublingual → Ansiolítico 2 Revisão Emergências Psiquiátricas Verena Facchini BENZODIAZEPÍNICOS Não são tão usados na emergência, mas podem ser usados também. Efeitos colaterais • • Paciente fica mais sedado, se for idoso pode ficar sedado por muito tempo • • Dependência • • Tolerância: usou por 20 anos, com certeza ele vai estar usando uma dose muito maior. As doses que ele foi tomando antes foram perdendo o efeito. • Acelerar processos demenciais. O benzodiazepínico NÃO causa Alzheimer. MAS se a pessoa tem ou tem uma pré-disposição vai acelerar. Aprazolam Benzodiapínico de meia-vida intermediária: 6-20h Formulações: 0,25mg, 0,5mg (SL), 1mg, 2mg Via Oral ou Sublingual. Lorazepam – Lorax Benzodiazepínico de meia-vida curta: 6-12h Formulações: 2mg Via Oral PODE ser usado em hepatopatas: paciente cirróticos que estão em abstinência de álcool cursam com delirium tremens e tem que usar o benzodiazepínico e nesse caso só pode usar o Lorazepam. TABELA DE EQUIVALÊNCIA Importante essa tabela referencial para saber qual benzodiazepínico usar. Benzodiazepínicos de vida longa: clonazepam e Diazepam → reduz o número de tomadas, o paciente toma menos vezes. Além disso, são mais baratos. O clonazepam tem também a facilidade de ter várias doses. Para fazer o desmame o de gotas é muito bom, porque vai reduzindo aos poucos para o paciente não ter abstinência. CASO CLINICO ... 1 hora após Soraia ser medicada com Clonazepam 0,25mg 02 CP SL, você passa na sala de observação, onde ela está com a filha, e pergunta como Soraia está. Ela, menos chorosa, diz: mais ou menos. Você ouve gritos na sala de espera, e descobre que um paciente está agitando. Qual a melhor conduta INICIAL? Ir para a sala de espera, ver o paciente agitado. CASO CLINICO ... Após ouvir gritos, você vai para a sala de espera, e encontra um paciente francamente psicótico, alucinando e dizendo que os demônios estão atrás dele. O paciente está nervoso, agitado. Qual a melhor conduta? Pedir para família e equipe trazerem o paciente para a sala de medicação/observação. Quando o paciente é trazido à sala de medicação, gritando, Soraia fica muito assustada, nervosa. Soraia diz que está tendo falta de ar, e que vai morrer (está com raiva). Qual a melhor conduta para ela neste momento? Medicar Soraia novamente Qual a melhor medicação para Soraia, neste momento? Alprazolam 0,5mg 01 cp sublingual → Também poderia ser o clonazepam. Poderia fazer o bromazepam, tanto de 3 ou 6, nesse caso usaria o de 3, não escolheria esse por não ser sublingual. O ideal seria fazer uma medicação com um efeito mais ansiolítico.
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