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Resumo Medicina Laboratorial – Aula 1 (10/09) Alunos: Caio Nogueira e Leticia Santos →Conteúdos Abordados: - Introdução a patologia clínica; - Importância da patologia clínica; - Colheita do material, condicionamento e envio ao laboratório; 1. Investigação bioquímica e hematológica • Informações laboratoriais são adicionais as informações clínicas – Deve-se primordialmente existir o Interesse da clínica em desvendar diagnósticos obscuros e de confirmações laboratoriais; • Alguns laboratórios de patologia clínica possuem técnicos treinados apenas para humanos -> resultados sem qualquer interpretação; • Atualmente o clinica reconhece o laboratório como um serviço de excelência; • Uso bem sucedido do laboratório = dialogo entre o patologista clinica e o clinico veterinário, as duas coisas andam juntas para alcançar um bom diagnóstico, minimizando assim a ocorrência de erros. • Os exames de laboratório são subsidiários, ou seja, auxiliam no diagnóstico da clínica veterinária e também avaliam a gravidade da doença, nos prognósticos e na resposta do tratamento; • É necessário o clinico saber que exame solicitar e saber interpretar os exames solicitados (saber o que as alterações nos exames representam). 2. SANGUE 2.1 Parte liquida • Acelular (plasma) -> sobrenadante obtido quando uma amostra de sangue colhida com anticoagulante é centrifugada; • Tipos celulares: Linhagem vermelha, branca e plaquetas. 3. Conceitos importantes • Hematologia: Estuda os elementos do sangue e fatores de coagulação associados – citologia de líquidos não sanguíneos (LCR). • Urinalise: Exame de análise urinária e seus sedimentos, com observação da ocorrência de alterações físicas e químicas da urina. • Bioquímica Clínica: Bioquímica pura, basicamente envolve a análise de fluídos corpóreos, principalmente plasma; 4. Fatores que alteram os resultados 4.1 Variáveis do paciente Exercício – • Alteração nos Hematócrito (pode estar alto devido a desidratação) • Alteração nos leucócitos Estresse emocional – • Transporte entre ambientes • Presença do veterinário (Síndrome do jaleco branco) • Pessoas estranhas • Sons e odores estranhos Estresse emocional – • Leucócitos/neutrófilos/eosinófilo (principalmente em gatos) • Linfócitos Dieta – • Ideal jejum na noite anterior a colheita • Pós-alimentação: amostra lipêmica (apresentam um aumento lipídico- triglicerídeos) • Alta proteína -> Alto nitrogênio -> Alta ureia Fármacos - Importante anotar o fármaco, quanto tempo está sendo administrado e o motivo!! • Cefaloesporina -> altera creatinina • Tetraciclina -> glicose • Ác. Ascóbico -> hipoglicemia • Glicocorticoides -> Leucócitos baixos e ALT/FA Alto (cães) - Insulina exógena -Baixa de glicose, fosfato ou potássio 5. Preparo do paciente → IDEAL: Jejum de 8h-12h • Animais fazendo Fluidoterapia/Medicamentos: Baixo hematócrito/glicemia • Impossibilidade de jejum: Avisar o laboratório • Avaliar glicemia jejum é indispensável • Necessidade diagnóstica não é opção do tutor, é obrigação do veterinário • Médico veterinário= Estabelecer a necessidade, escolher melhor método, orientação ao tutor 6. Requisição de exames Informações mínimas necessárias: evitam atrasos, diagnósticos inadequados - Identificação do paciente - Identificação do tutor - Identificação do material - Identificação do veterinário solicitante 6.1 Prontuário: Deve ter o nome do animal, espécie, sexo, idade, raça, número do prontuário, nome do tutor, suspeita clínica e história clínica, data e médico veterinário 7. Identificação individual de cada amostra • Laboratorista: Observar coincidências de informações entre frascos e requisições • Amostra de boa qualidade: jejum alimentar (nem sempre possível) • Cultura e Antibiograma: Suspensão de medicamentos (antibiótico), ausência de refrigeração (fazer a análise o mais rápido possível) • Colheita da Urina: Agendada • Urocultura: Jejum alimentar 8. TUBOS: • Roxo: Hemograma, preserva volume/morfologia celular, Bactériostático, possui EDTA (respeitar o volume de sangue na marcação para melhores resultados) • Azul: Usado para provas de coagulação (respeitar exatamente a marcação de volume no tubo) • Vermelho: Ausência de interferência de anticoagulantes d=nas reações bioquímicas, manter refrigerado, cuidado para perfil hepático • Amarelo: Possui ativador de coagulo, quando não tem centrífuga • Cinza: possui Floreto, preserva glicose, inibe consumo por parte das hemácias, resultado fidedigno da glicemia • Verde: Heparina (anticoagulante), não preserva morfologia celular, análises bioquímicas 7.1 Métodos pós-colheita • Exames fecais: Frescas, refrigeradas (sem congelar) – 4h • Hemograma (EDTA): Refrigeradas máx – 24h • Urinálise: Refrigerada – 1h/ Temperatura ambiente – 2h (Nunca congelar) → OBSERVAR: • Utilizar um frasco por amostra • Observar quantidade e tipo de anticoagulante • Transferência de material da seringa pro tubo (Apertar o êmbolo na ponta do túbulo com cuidado e homogeneizar de 10-12 vezes e observar coágulos e fibrina – caso tenha precisa colher de novo) • Volume sanguíneo no tubo: Maior – coagulação / Menos – Alteração citológica 8. CENTRIFUGAÇÃO: • Caso não seja possível a centrifugação material, a amostra deve ser reenviada ao lab até 1h • Coagulo retraído – 2500 RPM por 5 minutos • Separar amostra: Micropipeta (pipeta pasteur) Melhores resultados não possuem contaminação sanguínea, coágulos ou fibrina • Líquidos em geral: Análise bioquímica, colher em tubos secos ou com EDTA -> devem ser enviados imediatamente, se necessário deixar na geladeira. Cerca de 5-10mL são suficientes • Lâminas com sangue fresco é o ideal e secar ao ambiente, para preservação da morfologia • Contagem plaquetária: tubo plástico ou siliconizado / Vidro: Agregação plaquetária 9. CITOLOGIA 9.1 PUNÇÃO DO LIQUIDO • Colheita: agulha + seringa → lâminas → esfregaço; • Conservação: secar bem → álcool absoluto/ 1 min; • Envio ao laboratório: cuidado com o esfregaço, palitos de fosforo na extremidade da lâmina → esfregaços externos → porção interna → passar esparadrapo na altura dos palitos. 9.2 Punção de massas ou nódulos • Colheita: evitar locais flutuantes, sem excesso de sangue • Leve pressão em Lâmina • Agulha 25 x 6 em seringa de 5 a 10 mL; • Movimento em leque • Conservação e envio: idem á punção de líquidos. Colocar outra lâmina sobre o material, de forma perpendicular e realizar o esfregaço. 9.3 LAVADO TRAQUEAL Colheita: material claro → tubo e centrifugar • Desprezar o sobrenadante • Diluir o precipitado • Seringa → lâmina → esfregaço Conservação e envio: enviar ficha completa e descrição da lesão 9.4 SWAB AURICULAR Colheita: Assepsia rigorosa da face interna da orelha e meato acústico. • Algodão com dakin → retirada dos pelos; • Não pode ocorrer a contaminação do swab; • Microbiota agregada ao exsudato; • Introdução no conduto; • Movimentos rotatórios; • Tubo estéril → refrigeração • Envio ao laboratório: dia seguinte → meio de Stuart; • Otite bilateral: 1 swab para cada conduto. 9.5 PELE • Piodermatites: - Tricotomia e assepsia; - Gaze e solução fisiológica; - Swab • DERMATOMICOSES - Raspado superficial, escamas de pele e pelos - Periferia da lesão - Lâminas ou frasco coletor. • ABCESSOS - Tricotomia e assepsia com álcool iodado ou líquido de Dakin; - Punção com seringa ou swab. 9.6 ANALISE DE FLUIDOS ORGÂNICOS • Tricotomia da área a ser puncionada • Álcool 70% • Assepsia rigorosa → iodo → 1-2 min • Puncionar • Álcool 70 % 10. Locais de coleta 11. COLHEITA DE URINA • Até 10mL de urina recente; • Colheita → maneira asséptica; • Cistocentese → mais recomendado; • Sondagem → efeitos colaterais;• Micção voluntária: menos recomendado. 12. COLHEITA DE FEZES • Diretamente do reto → 10 a 20g; • Defecção voluntária recente; • Porção sem contato com o chão; • Recipiente apropriado: sem refrigeração; tempo inferior a 12h.
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