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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Sp1 - med lab • As dosagens hormonais – o que é normal (ciclo) e alterações mais comuns sendo os Estrógenos: estradiol; estriol; estrona. • Hipogonadismo - primário e secundário • Puberdade Precoce • Menopausa Os hormônios esteroides sexuais femininos incluem principalmente os estrogênios e a progesterona. São sintetizados a partir do colesterol em vários tecidos endócrinos, ligam-se a proteínas carreadoras e são levados pela corrente sanguínea até suas células-alvo. Os principais estrogênios presentes na mulher são estradiol, estrona e estriol, com potências diversas em várias ações. São produzidos pelas células da granulosa dos ovários, pela placenta na gravidez e, ainda, podem s e r d e r i v a d o s d a r e a ç ã o d e aromatização dos androgênios nos tecidos periféricos. Por outro lado, corpo lúteo é o local de produção da progesterona, que é responsável pela diferenciação do endométrio, controle da implantação e maturação do epitélio mamário, sendo, portanto, essencial para o início e a manutenção da gestação. • Secreção de hormônios sexuais s u p r i m i d a a t é o i n i c i o d a puberdade, a partir dos 9 anos. O ciclo menstrual consiste em duas fases, a folicular e a lútea, separadas pela ovulação. Este ciclo consiste de aproximadamente 28 dias, onde a fase folicular (ou de re-epitelização), marcada p e l a s e c r eção d e e s t r o g ê n i o , corresponde aos primeiros 14 dias, na qual ocorre o crescimento de novos folículos nos ovários; um desses folículos torna-se finalmente maduro e 1 Estrogênio, FSH, LH, Progesterona CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA ovula ao término desta fase. Após a ovulação, a célula secretora do folículo transforma-se no corpo lúteo, que secreta grande quant idade de progesterona e estrogênio. Depois de duas semanas, o corpo lúteo degenera, e, em consequência, os hormônios ovarianos diminuem a c e n t u a d a m e n t e e c o m eça a menstruação. • Te c a i n t e r n a d o s f o l í c u l o s p o s s u i n d o e s t r ó g e n o e progesterona. • A produção de estrógenos depende da síntese dos andrógenos, formados a partir da conversão pela aromatase durante a fase folicular do ciclo ovariano. • Na fase lútea o progesterona é maior que a capacidade de conversão, tendo o progesterona em maior quantidade. 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA O material para coleta utiliza um soro deve ser lipossolúvel. • O periodo na coleta depende. Deve colher nos primeiros dias do ciclo menstrual na fase folicular ou no 21 dia na fase lútea. • No preparo para a coleta o paciente deve estar de jejum em um tempo variável voltado ao critério médico. • Pode ocorrer variações dos valores na coleta entre laboratórios diferentes, interlaboratoriais, por este motivo deve coletar sempre no mesmo lugar para não mudar a dosagem. • Relacionado aos métodos tem preferências aos automatizados sendo: Fluorimetria por tempo r e s o l v i d o ( A u t o D E L F I A ) , q u i m i o l u m i n e s c ê n c i a , enzimaimonoensaio. Para fazer o questionário deve fazer algumas perguntas na anamnese: • Data da última menstruação • Medicamentos em uso • Clomifene, fenotiazínicos, sulpiride, haloperidol, tricíclicos, cimetidina, metildopa, metoclopramida. • Estrógenos conjugados • Anabolizantes • Derivados da testosterona Funções: • Indução de caracteres sexuais s e c u n d á r i o s e m m e n i n a s n a puberdade • Crescimento do útero • Proliferação do endométrio na 1 metade do ciclo menstrual. • Aumenta o espessamento da mucosa vaginal • Produção de muco cervical vaginal • Produção de muco cervical aquoso • Inibe atividade osteoclástica • Deposito de gordura nas mamas, grandes lábios, coxas, glúteos, pele macia e lisa. Estradiol Estriol livre 3 Cuidados a serem tomados na coleta dos hormônios sexuais Estrógenos CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA O 17-beta estradiol é o estrogênio mais ativo e importante na mulher em idade reprodutiva. Em virtude das d o s a g e n s d o e s t r a d i o l a i n d a apresentarem grande variação entre diferentes laboratórios, sugere-se seu controle em um único laboratório. Na mulher encontra-se em níveis baixos no hipogonadismo primário e secundário. O estradiol é medido para estudo dos casos de amenorréia e como guia para monitorização do desenvolvimento folicular durante indução da ovulação. Estradiol é também produzido pelas glândulas adrenais, testículos e pela conversão periférica da testostrona. Pode-se observar níveis elevados nos t u m o r e s o v a r i a n o s , t u m o r e s femininizantes adrenais, puberdade precoce feminina, doença hepática, gravidez e ginecomastia masculina. Em mulheres menopausadas, a estrona, mais do que o estradiol, é o estrogênio circulante predominante. Em virtude das dosagens do estradiol ainda apresentarem grande variação entre diferentes laboratórios, sugere-se seu controle em um único laboratório. Formato de resultado: O estriol é um hormônio esteróide estrogênico menos potente que o estradiol. Durante a gravidez normal é produzido pela placenta a partir de precursores produzidos pela adrenal fetal. 4 Estradiol Estriol livre CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Aumenta durante a gestação normal consti tuindo um parâmetro de avaliação da função e integridade da unidade feto-placentária. • Pode-se solicitar a dosagem de Estriol Livre ou Estriol Total. Sua determinação está indicada no acompanhamento da gestação de alto risco. O estriol livre ou não conjugado é sintetizado basicamente pela unidade feto - placentária, sendo indicador sensível da saúde fetal. Va lo res i so lados são de d i f í c i l interpretação e tem baixo poder preditivo na avaliação de risco fetal, sendo mais importante as medidas seriadas, e em conjunto a AFP - alfa beta proteína e hCG - gonadotrofina coriônica humana como nos testes de avaliação do risco fetal integrado e triplo. Estriol livre: Na gravidez apresenta estriol livre mais de 90% presente. Ele é sintetizado na unidade feto - placentária, sendo um indicador muito importante para a avaliação sensível da saúde fetal. • Os valores isolados tem baixo poder preditivo na avaliação de risco fetal. • Deve ser utilizado em medidas seriadas e em conjunto com outros testes, pois sozinho tem baixa eficácia para encontrar os riscos fetais. Estriol total: Mais utilizado para gestação de alto risco. Na gravidez normal ele é produzido pela placenta a partir de precursores produzidos pela adrenal fetal. • O parâmetro de avaliação da função e integridade da unidade feto - placentária. • A DOSAGEM É SERIADA, sua determinação está indicada no acompanhamento gestação de alto risco valores diminuídos. 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA A estrona é mais potente que o estriol porém menos potente que o estradiol. (Estradiol é o mais potente de todos). É o principal estrogênio circulante após a menopausa. Níveis de estrona podem se encontrar elevados após uso de estrogênios orais. Indicação: A estrona é muito u t i l i zada para ava l iação do hipogonadismo , avaliação de puberdade precoce (completa ou parcial) e para diagnóstico de t u m o r e s f e m i n i l i z a n t e s e acompanhamento de reposição hormonal na menopausa, em alguns casos. D e s s a f o r m a , o e x a m e d e progesterona 17- hidroxiprogesterona é comumente pedido para verificar a fertilidade da mulher. O teste também pode ser feito se a mulher está grávida e há risco de aborto ou gravidez ectópica - por isso o exame às vezes é realizado em mulheres que já sofreram abortos, deram à luz a um natimorto no passado ou apresentaram sangramento no útero. 6 Estrona CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA •O corpo lúteo e a placenta libera a progesterona. A progesterona ajuda a formar o corpo luteo. Efeitos fisiológicos: • Promove ações secretoras e de decidualização do endométrio. • Diminui frequência e intensidade de contrações uterinas. • Desenvolve os lóbulos e alvéolos das mamas. • A progesterona auxilia na implantação e manutenção da gravidez, agem para manter o embrião no útero. Resultados: A i n t e r p r e t ação d o e x a m e d e progesterona depende da razão pelo qual foi requerido. Por isso é importante levar em conta fatores como presença ou não de gravidez, fase do ciclo menstrual, idade e se é feito tratamento com reposição hormonal. • Os níveis de progesterona são medidos em nanogramas (ng) por litros de sangue (L). Resultados normais de progesterona podem variar conforme o período menstrual. No sexo feminino, os valores são: Fase folicular: até 105 ng/dL ( até 3,36 nmol/L) Fase lútea: 400 a 2000 ng/dL (12,8 a 64,0 nmol/L) Menopausa: até 90 ng/dL ( até 2,88 nmol/L). O MAIOR VALOR CLÍNICO DE P R O G E S T E R O N A O C O R R E GERALMENTE NA 20 E 24 DIA DO CICLO MENSTRUAL NA FASE LÚTEA. Exame de progesterona pode ser usado: • B u s c a r p o s s í v e i s c a u s a s d e infertilidade 7 Progesterona CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA • Determinarse a mulher está ovulando • Monitorar uma ovulação induzida • Diagnosticar gravidez ectópica ou aborto espontâneo • Monitorar gravidez de alto risco (toxemia, eclâmpsia) • Investigar amenorreia • Hiperplasia adrenal congênita (HAC) • Problemas adrenais (aumento de progesterona) Resultados anormais Altos níveis de progesterona podem indicar: • Cistos no ovário • Forma rara de câncer de ovário • Superprodução de progesterona pelas glândulas suprarrenais • Câncer na glândula adrenal • Hiperplasia adrenal congênita (HAC). Os baixos níveis de progesterona podem ser associados com: • Toxemia no final da gravidez • Diminuição da função dos ovários • Falta de menstruação (amenorreia) • Gravidez ectópica • Morte fetal/aborto espontâneo O FSH esta elevado no final da fase lútea, presente no final da menstruação para fazer a recrutamento folicular. Para realizar a coleta de sangue para a dosagem do FSH realiza entre a 2 e 5 dia do ciclo menstrual. O JEJUM NÃO É OBRIGATÓRIO. GnRH: A Hormona libertadora de gonadotrofinas (GnRH) é uma hormona segregada em pulsos pelo hipotálamo, que estimula a síntese de gonadotrofinas pela hipófise anterior. 8 FSH CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA As gonadotrofinas são essenciais para o desenvolvimento dos folículos ováricos (FSH) e para a ovulação (LH). O pico de LH esta no meio do ciclo menstrual. Indicações: O exame de FSH pode ser usado juntamente com as dosagens de LH, t e s t o s t e r o n a , e s t r ó g e n o e / o u progesterona para: • Investigar as causas de infertilidade • Investigar causas de baixa contagem de esperma • Investigar causas de menstruação irregular • Diagnosticar condições associadas a disfunções nos ovários ou testículos • Confirmar o diagnóstico de doenças pituitárias ou do hipotálamo, que podem afetar a produção de FSH • Confirmar menopausa Condições e sintomas que justificam o exame de FSH são: • Dificuldade para engravidar • Períodos menstruais irregulares • Desordens como síndrome dos ovários policísticos ou cisto no ovário • Ausência de menstruação não relacionada a gravidez • Baixa contagem de esperma • Disfunção erétil • Baixa concentração de massa muscular em homens Em crianças, as dosagens de FSH e LH são usadas para ajudar no diagnóstico de puberdade precoce. Esse distúrbio pode ser um sintoma para condições mais graves envolvendo a glândula pituitária, o hipotálamo, os ovários e testículos ou outros sistemas. A puberdade precoce inclui transformações comuns do período antes da idade esperada, como: • Desenvolvimento das mamas • Desenvolvimento dos testículos e pênis • Crescimento de pelos púbicos • Início da menstruação Declínio dos níveis de hormônios sexuais - redução de Estradiol e Progesterona e aumento do FSH e LH. 9 Menopausa CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Na menopausa inibe os osteoclastos, ocorrendo a osteoporose. Indicações para a dosagem de hormônios sexuais: Distúrbios da função gonadal ocorre a hiperfunção , podendo ocorrer a puberdade precoce em crianças e hiperandrogenismo em adu l tos (pacientes podem apresentar pelos periféricos mais grossos), é um distúrbios endócrino comum em mulheres em idade reprodutiva caraterizada pelo excesso de andrógenos como testosterona, afetando entre 5 e 10% das mulheres. Distúrbios da função gonadal ocorre a hipofunção ocorrendo puberdade r e t a r d a d a e m a d o l e s c e n t e s , hipogonadismo em adultos. Hipogonadismo feminino, causado por deficiência de estrógeno e progesterona, é marcado pela amenorreia. Nas amenorreias primárias, podem-se observar malformações do trato reprodut ivo e /ou ausênc ia de caracteres sexuais secundários N a s e c u n d á r i a , o b s e r v a m - s e infertilidade, fogachos e atrofia geniturinária. A amenorreia primária (ainda não menstruou) é caracterizada pela ausência de menstruação até 14 dias sem aparecimento de caracteres sexuais secundários, como mamas e pilosidade púbicas. Pode ocorrer também no tempo de 16 anos mesmo em presença de caracteres sexuais secundários. As causas mais comuns são: • Disgenesia gonadal. • Anomalias anatômicas dos órgãos genitais femininos (por exemplo: ausência de vagina e útero); • Amenorreia hipotalâmica • Puberdade tardia constitucional. 10 Amenorreia Primária CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA É d e f i n i d a p e l a a u sên c i a d e menstruação por pelo menos 6 meses em mulheres com ciclos irregulares ou por um período equivalente a três ciclos menstruais em pacientes que anteriormente menstruavam de forma regular. Sintomas de deficiência estrogênica: poderão ocorrer sintomas da deficiência hormonal, como fogachos (calor) e atrofia urogenital, além de osteoporose e aumento do risco cardiovascular. Entre as amenorreias secundárias os d iagnóst icos mais f requentes (excluindo-se gestação) são: • a síndrome dos ovários policísticos • hiperprolactinemia. Podemos classificar as causas de amenorreia conforme a localização da causa: 11 Amenorreia secundária Hipogonadismo CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Quando são indicadas as dosagens de hormônios sexuais? • N í v e i s d i m i n u í d o s d e hormôniossexuais: – testosterona↓ (< 250 ng /dL em homens) – estradiol ↓ (< 14 pg/mL em mulheres) • LH e FSH ↓ (< 0,6 U/L e < 1,0 U/L): – s u g e r e m h i p o g o n a d i s m o d e origemhipotalâmica ou hipofisária – incremento do LH e FSH após estímulo com GnRH: sugere distúrbio hipotalâmico – prolactina ↑: sugere microprolactinoma (50-200ng/mL) ou macroprolactinoma (> 200 ng/mL) • LH e FSH ↑ (> 10 U/L): – sugerem hipogonadismo primário ( f a l ê n c i a t e s t i c u l a r o u ovariana,menopausa) A investigação da amenorreia deve ser direcionada por achados na anamnese e exame físico. • Sempre questionar atividade sexual e uso de método anticoncepcional e excluir gestação. Achados no exame físico: O beta HCG é o primeiro exame quando apresenta amenorreia. • Dados ponderais como peso e estatura. • Caracteres sexuais secundários • Sinais de hiperandrogenismo, como por exemplo o HIRSUTISMO E VIRILIZAÇÃO. • Dismorfismos como pescoço alado, baixa estatura e malformação das orelhas. • S i n a i s d e h i p e r p r o l a c t i n e m i a (galactorreia). • E x a m e g i n e c o l ó g i c o : h í m e n imperfurado ou anomalias anatômicas. Exames que auxiliam no diagnóstico de hipogonadismo? • Realizar antes BHCG e depois progesterona LH, FSH, TSH e prolactina. Após exclusão degravidez realiza-se dosagem sérica de LH/FSH, TSH e prolactina. Níveis elevados de FSH e LH: 12 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA • Presença de altos níveis de FSH e L H i n d i c a h i p o g o n a d i s m o h i p e r g o n a d o t r ó f i c o ( c a u s a ovariana). Níveis normais ou baixos de FSH: Onde é produzido? Onde estaria a causa? • Níveis normais ou baixos de FSH i n d i c a m h i p o g o n a d i s m o h i p o g o n a d o t r ó f i c o ( c a u s a hipof isár ia ou hipota lâmica, produção ectópica de esteroides). Realizar exames de imagem na hipófise. • Nestes casos é indicado exame de imagem da hipófise (preferência ressonância magnética) para exclusão de lesões do sistema nervoso central) . Em casos suspeitos de síndrome de Cushing, a dosagem de cortisol salivar, urinário e teste de supressão com dexametasona podem colaborar para o diagnóstico. Se houver sinais de hiperandrogenismo (virilização, hirsutismo, alteração na voz), devem levar a pesquisa de hiperplasia adrenal congênita com a dosagem de 17-hidroxiprogesterona (17 OHP). Por que os níveis de FSH e LH estão elevados? Onde estaria a causa? Níveis elevados de FSH e LH estão elevados devido presença de altos n í v e i s d e F S H e L H i n d i c a H I P O G O N A D I S M O e HIPERGONADOTRÓFICO. A causa é ovariana. 13 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA • Síndrome dos Ovários Policísticos: Valores acima do normal • Relação LH/FSH: maior que 2 - sugestiva de diagnóstico • Menopausa mais tardiamente que o FSH. Vários distúrbios ou condições podem explicar um aumento nos níveis sanguíneos de LH em mulheres. É o caso, em particular, da insuficiência ovariana, dos ovários policísticos, da menopausa ou de um tumor hipofisário. Na Síndrome dos Ovários Policísticos pode encontrar-se em valores acima do normal, valorizando-se a relação LH/FSH maior que 2 como sugestiva de diagnóstico. Níveis aumentados de LH com FSH normal ou baixo podem ocorrer com obesidade, hipertireoidismo e doença hepática. • Deficiências ovarianas • Tumores secretores de gonadotropinas • Menopausa (primáriamente) Valores elevados de FSH no sexo feminino podem indicar: • Perda da função ovariana antes dos 40 anos (falência ovariana) • Menopausa precoce • Menopausa Valores elevados de FSH no sexo masculino podem indicar: • Síndrome de Klinefelter (Genótipo 47, XXY) • Testículos ausentes ou que não funcionam corretamente • Testículos danificados por uma doença, como a dependência do álcool, ou por meio de tratamentos, como quimioterapia 14 LH elevado FSH elevado CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Resultados acima do normal em crianças podem significar puberdade ou puberdade precoce. Indicações O exame de FSH pode ser usado juntamente com as dosagens de LH, t e s t o s t e r o n a , e s t róg e n o e / o u progesterona para: • Investigar as causas de infertilidade • Investigar causas de baixa contagem de esperma • Investigar causas de menstruação irregular • Diagnosticar condições associadas a disfunções nos ovários ou testículos • Confirmar o diagnóstico de doenças pituitárias ou do hipotálamo, que podem afetar a produção de FSH • Confirmar menopausa P e r í o d o q u e c o r r e s p o n d e a o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, a puberdade ocorre geralmente entre 8 e 13 anos de idade, nas meninas, e dos 9 aos 14 anos, nos meninos. O processo normal inicia-se a partir da maturidade do eixo hipotálamo-hipófise- gonadal e do aumento da produção de a n d r o gê n i o s p e l a s g lâ n d u l a s suprarrenais. Nas meninas, a telarca vem primeiro, seguida da pubarca, do aceleramento do crescimento linear e da menarca, que ocorre cerca de dois anos após o desenvolvimento do broto mamário. Já nos meninos, há primeiramente o aumento dos testículos (gonadarca), acompanhado pela pubarca e pelo crescimento linear A puberdade é considerada precoce quando se inicia antes dos 8 anos, nas meninas, e antes dos 9 anos, nos meninos, sendo classificada de três m a n e i r a s : p u b e r d a d e p r e c o c e dependente de gonadotrofinas (PPDG), 15 Puberdade precoce CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA ou cen t ra l ; pube rdade p recoce independente de gonadotrofinas (PPIG), ou periférica; e em variantes normais do desenvolvimento puberal, que constituem um processo benigno e autolimitado, no qual a telarca, a pubarca ou a menarca p o d e m e s t a r d e s e n v o l v i d a s isoladamente, sem que haja outros sinais de maturação sexual. Definição do início puberal é puramente clínica Evidenciada precocemente: • Aumento da velocidade de crescimento • Aumento do volume testicular(maior que 4 mL), nos meninos • Início da telarca, nas meninas. PUBERDADE PRECOCE: Aparecimento de características púberes antes dos 8 anos, no sexo feminino, e antes dos 9 anos, no masculino RETARDO PUBERAL: ausência de qualquer característica púbere aos 13 anos, nas meninas, e aos 14 anos, nos meninos. Precoce: Antes dos 8 anos - sexo feminino Antes dos 9 anos - sexo masculino EXAMES PARA INVESTIGAÇÃO E VALORES DIAGNÓSTICOS: Realizar teste sendo primeiro o FSH e LH elevados, quem aumenta é o SNC. Teste do estimulo do GnRH deve ser realizado, primeiro estimula a hipófise e começa a produzir e ter armazenamento. • Níveis suprimidos de testosterona ou estradiol: – testosterona < 14 ng/dL em meninos >14 anos – estradiol < 14 pg/mL em meninas > 13 anos • LH basal < 0,7 U/L e pico pós-GnRH< 9,6 U/L (meninos) ou < 6,9 U/L (meninas) sugerem: – retardo constitucional de crescimento e puberdade – hipogonadismo de origem hipotalâmica- hipofisária (se não houver incremento de LH/FSH após GnRH) • LH e FSH basais ↑ (> 10 U/L): – sugerem hipogonadismo primário (distúrbio testicular ou ovariano) 16 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Teste de estímulo com GnRH Na avaliação de uma puberdade precoce, o teste de estímulo com o hormônio liberador de gonadotrofinas (100µg de GnRH via endovenosa) continua sendo o mais importante para identificar a ativação do eixo hipotálamo- hipófise-gonadal. O pico de resposta de LH, utilizando ensaios sensíveis eleva-se ao redor de 20 vezes tanto na puberdade masculina quanto na feminina. Níveis de LH superiores a 6,9UI/L (IFMA) na menina ou superiores a 9,6UI/L no menino são claramente indicativos de estimulação do eixo. Níveis entre 4 e 8UI/L indicam pelo menos uma estimulação transitória do eixo. O pico de LH é atingido por volta de 15 a 20 minutos após o estímulo, de modo que uma única dosagem entre 15 e 60 minutos, pode dar a informação de que o eixo esteja ou não ativado. Por uma questão de segurança, recomenda-se a coleta também nos tempos 30 e 60 minutos (o teste, então, pode ser feito em tempos 0, 15, 30, 45 e 60min após a injeção de 100µg de GnRH). • O b j e t i v o é a v a l i a r r e s e r v a hipofisária de gonadotrofinas Investigar padrão de secreção de gonadotrofinas (pré-puberal ou puberal). • Procedimento GnRH (LHRH) 100 µg EV no tempo 0 - Dosagens de LH e FSH nos tempos 0, 15, 30, 45 e 60 min após GnRH ou 30 e 60 min) 17 GnRH Dosagem de LH e FSH Administração de 100 μg de GnRH EV Dosagem de FSHe LH aos 15’ Dosagem de FSH e LH aos 30' Dosagem de FSHe LH aos 60’ CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Interpretação Incremento de LH e FSH após GnRH: sugere reserva hipofisária de gonadotrofinas. Pico de LH > 9,6 U/L (meninos) ou > 6,9 U/L (meninas) principalmente se associada a uma resposta do LH > FSH após GnRH: sugere padrão puberal de secreção de gonadotrofinas O que espera-se neste teste em uma mulher com padrão puberal? Esperar Pico • Avaliar a reserva hipofisária. • Pico de FSH e LH. Incremento de LH e FSH após GnRH: – sugere reserva hipof isár ia de gonadotrofinas Pico de LH > 9,6 U/L (meninos)ou > 6,9 U/L (meninas) complicação do eixo principalmente se associada a uma resposta do LH > FSH após GnRH: – sugere padrão puberal de secreção de gonadotrofinas (CENTRAL) P u b e r d a d e d e p e n d e n t e d e gonadotrofinas, ou puberdade precoce c e n t r a l . O p r o b l e m a e s t a n o Hipotálamo e Hipófise anterior. Realizar exame de imagem. Imp l icação d i re ta na opção terapêutica, devendo constituir o primeiro passo na investigação da condição. Na periférica tem algum estímulo que não é hipotalâmico ou hipofisário causando puberdade precoce – então no teste de estímulo NÃO ocorre o pico de LH e FSH, MAS ONDE ESTÁ O PROBLEMA? 18 Puberdade Snc Considera-se como puberdade precoce central, para o sexo masculino, o pico de LH > 9,6 UI/L e, para o sexo feminino, o pico de LH > 6,9 UI/L. Puberdade Periférica CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Puberdade p recoce per i f é r i ca problema esta da adrenal, os meninos p o d e m a p r e s e n t a r t u m o r e s testiculares. PPDG: puberdade precoce dependente de gonadotrofinas (puberdade precoce central) PPIG: puberdade precoce independente de gonadotrofinas (puberdade precoce periférica) - Valores de LH mensurados por ensaio eletroquimioluminométrico So com os valores de estradiol, LH e FSH podemos observar a puberdade precoce central que é dependente da gonadotrofinas. Tendo um PICO DE LH E FSH. 1. Idiopática 2. Genética (mutações ativadoras nos genes KISS1 e KISS1R) 3. Doenças do sistema nervoso central: • Hamartomas hipotalâmicos • T u m o r e s : a s t r o c i t o m a s , c r a n i o f a r i n g i o m a s , g l i o m a s , ependimomas,neurof ibromas e disgerminonas • Infecções e processos inflamatórios do sistema nervoso central • Outras: cisto suprasselar, cisto aracnóideo, hidrocefalia, displasia septo-óptica,meningomielocele e malformações vasculares. • E x p o s i ç ã o p r o l o n g a d a a andrógenos. 19 Na puberdade precoce periférica, não h á i n c re m e n t o d o s v a l o re s d e gonadotrofinas após a infusão do GnRH exógeno. CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Na Puberdade precoce periférica não é dependente da gonadotrofinas. A adrenal, gonadas, LH e FSH NÃO ESTA ELEVADO. Podemos observar estrogênio e progesterona. • Uso externo de esteroides sexuais • Cisto ovariano • Tumor ovariano, adrenal ou testicular • Hiperplasia adrenal congênita • Síndrome de McCune-Albright • Hipotiroidismo primário 20
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